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28 ARTIGO ORIGINAL

Evelyn Eisenstein
Medicina de adolescentes: desafios
contínuos

INTRODUÇÃO PESQUISAS HISTÓRICAS

A adolescência é um período de vida único e O conceito de que a adolescência é uma


significante para qualquer pessoa, principalmente época de estresse e tempestades foi introduzido
devido aos aspectos universais determinados pelos por Hall, em 1904. Quando Stuart(3) descreveu as
processos do desenvolvimento, como o crescimen- características do processo de crescimento e de-
to acelerado, a maturação sexual, a expansão das senvolvimento numa revista científica, ao mesmo
funções cognitivas e psicossociais e a progressão tempo em que os psicanalistas começavam a deba-
para se alcançar a independência socioeconômica ter os problemas ligados à resolução dos conflitos
e a autonomia no grupo social(1). sexuais da infância e os problemas intrapsíquicos
Nos últimos cem anos, as práticas clínicas e as associados às mudanças corporais e hormonais da
pesquisas trouxeram informações que nos ajuda- puberdade, foi que o período da adolescência pas-
ram a melhorar nosso entendimento dos processos sou a ser tema de interesses científico e médico.
Piaget e Inhelder(4) descreveram a habilida-
de crescimento, desenvolvimento e maturação,
de dos adolescentes em construir ideais como um
proporcionando, assim, melhor atendimento mé-
avanço do desenvolvimento cognitivo, e, mais tar-
dico, psicológico e social dos adolescentes nos seus
de, Erikson(5) descreveu os oito estágios do desenvol-
contextos familiares.
vimento humano, sendo a adolescência um período
A compreensão das necessidades de saúde
de tarefas e desafios do desenvolvimento emocional
durante a adolescência estimulou a evolução da su-
antes de se alcançar a idade adulta, tema aprofun-
bespecialidade da medicina de adolescentes, atual-
dado por Aberastury e Knobel(6), que desenvolvem
mente considerada área de habilitação da pediatria o conceito de síndrome da adolescência normal, en-
na maioria dos países, inclusive o Brasil, mas tendo fatizando as perdas e os lutos que acompanham os
sempre um enfoque multidisciplinar e integrado com ganhos do desenvolvimento emocional.
diversas áreas do conhecimento, como ginecologia, Em 1950, Greulich e Pyle(7) descreveram a
endocrinologia, psiquiatria e psicologia, saúde pú- evolução da maturação óssea durante a infância e a
blica e coletiva, nutrição, enfermagem, serviço social, puberdade num Atlas Radiográfico que é usado até
odontologia e ainda muitas outras que trabalham hoje como parâmetro para se obter o diagnóstico
interligadas aos cuidados de saúde dessa população. da idade óssea. Mas o trabalho científico de maior
Muitos serviços de atendimento foram criados com impacto foi a publicação, por Tanner(8), em 1962,
enfoques diversos, como assistência, pesquisas, tra- do livro Growth at Adolescence, sobre o crescimen-
balhos comunitários de prevenção, rastreamento de to durante a puberdade, com a descrição dos es-
riscos e intervenções básicas de educação em saúde. tágios puberais do desenvolvimento corporal e da
maturação sexual – mamas e pêlos pubianos no
sexo feminino e genitália e pêlos pubianos no mas-
culino –, que ficaram conhecidos como os critérios
de Tanner e que também foram incorporados ao
Professora-adjunta da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade do Estado do
Rio de Janeiro, Núcleo de Estudos da Saúde dos Adolescentes (FCM/NESA/UERJ) e do conhecimento médico internacional sobre os ado-
Centro de Estudos Integrados, Infância, Adolescência e Saúde (CEIIAS). lescentes(9, 10). Esses autores também descreveram

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o tempo de duração e as características do estirão influenciaram a vida sexual da adolescente e os


puberal, além de terem publicado vários artigos e seus cuidados ginecológicos. Novas técnicas mi-
livros sobre o crescimento humano(11). crobiológicas para rastreamento e tratamento de
Os estudos científicos sobre os padrões hor- infecções cervicais, como por clamídia e gonoco-
monais e a secreção dos estrogênios no sexo femi- cos, facilitaram o diagnóstico e a prevenção da
nino e da testosterona no masculino e a descober- doença inflamatória pélvica, assim como de outras
ta do aumento das gonadotrofinas e do hormônio doenças sexualmente transmissíveis (DSTs).
de crescimento como indicadores biológicos para Mesmo assim, os índices de gravidez na ado-
identificação da puberdade ocorreram mais tarde, lescência permaneceram altos, e cada vez mais a
assim como o conhecimento do controle neuroen- gestação precoce na adolescência contribui como
dócrino do início da puberdade(12-16). um dos mais importantes fatores de risco do com-
A tendência secular para a aceleração da velo- portamento sexual. Além de novos desafios como
cidade de crescimento e do ganho de peso durante as doenças virais, o vírus da imunodeficiência hu-
a puberdade e a diminuição da idade da menarca mana (HIV) e o papilomavírus humano (HPV) estão
foram observadas, assim como as diferenças de associados ao aumento dos riscos do desenvolvi-
idade do início da puberdade e da altura final que mento do câncer cervical e ao desafio como causa
ocorrem em diversos países, de acordo com suas de morte. Novos modelos psicossociais de compre-
condições socioeconômicas e nutricionais(17-20). ensão do comportamento sexual e do desenvolvi-
Nos últimos cem anos, o número de crianças mento de materiais de informação e de educação
com doenças consideradas fatais ou que se tornavam em saúde tornaram-se prioridades nacionais e
crônicas que não chegavam à adolescência agora internacionais como estratégia de prevenção das
o faz graças aos avanços científicos, como técnicas situações de risco na adolescência(23).
cirúrgicas, quimioterapia, vacinas e medicações. A Novos desafios foram surgindo, inclusive rela-
taxa de mortalidade devida a causas naturais dimi- cionados ao consumo de drogas, álcool e cigarros,
nuiu quase 90% entre 1933 e 1985, enquanto as que cada vez mais estão sendo iniciados precoce-
causas externas, que podem ser prevenidas, como mente, obrigando os países à criação de novas re-
homicídios, acidentes e suicídios, emergiram como gulamentações e ao estabelecimento de critérios de
principais, secundárias à violência e aos problemas idade para o consumo dessas drogas(24). A associa-
sociais das últimas três décadas(21). As mudanças ção de cigarro e comportamentos de alto risco entre
sociais, como industrialização e aparelhos tecnoló- adolescentes com idades de 12 a 17 anos, os quais
gicos como televisão e, atualmente, computador, os usam 11 vezes mais drogas ilícitas e 16 vezes mais
movimentos de emancipação feminina e também álcool, ficou estabelecida em estudos que vêm sendo
a revolução sexual, com o advento da pílula contra- desenvolvidos desde as décadas de 1960-80(25, 26).
ceptiva, e vários outros acontecimentos políticos Também a violência sociocultural e as diversas
e culturais, inclusive a globalização atual, influen- formas de abuso, inclusive a exploração comercial
ciaram a expressão, inclusive da sexualidade e dos do sexo, o turismo sexual e a pedofilia na internet,
comportamentos de risco, dos adolescentes no seu vão sendo disseminadas entre os países, influen-
meio familiar e contextual. ciando a saúde e o bem-estar dos adolescentes
através das barreiras geográficas e políticas. O ho-
micídio permanece a principal causa externa de
PESQUISAS ATUAIS mortalidade dos adolescentes masculinos, entre 15
e 19 anos, no Brasil(27). Convenções internacionais,
Os avanços na área de ginecologia, com a in- dos direitos humanos e das metas do desenvolvi-
trodução dos hormônios combinados na forma de mento do milênio, além do Estatuto da Criança e
contraceptivos orais e injetáveis, a contracepção de do Adolescente, Lei 8.069/90, são compromissos
emergência(22) e as técnicas da colposcopia, lapa- que o Brasil assumiu, como país signatário das
roscopia e do exame preventivo do Papanicolaou Nações Unidas, e tenta implementar, a cada dia,

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numa árdua tarefa de construção de cidadania e gratuito acesso aos serviços prestadores dos cuida-
do exercício da democracia(28, 29). dos de saúde. A formalização de um campo acadê-
Novas epidemias vão surgindo, inclusive rela- mico e universitário, além do científico e dos cuida-
cionadas aos transtornos alimentares e nutricionais. dos hospitalares, e ademais do apoio das entidades
Enquanto a desnutrição crônica primária ainda exis- governamentais e não-governamentais, fez surgir
te mundialmente(30), resultando em atraso puberal e e garantir a evolução da medicina de adolescentes
de menarca, no Brasil a prevalência da anemia por como uma área de interesse profissional, médico
deficiência de ferro continua sendo mais um desafio e de saúde pública, em prol dos adolescentes no
de saúde pública entre adolescentes. O sobrepeso Brasil e internacionalmente.
e a obesidade, assim como a hipertensão arterial e O rastreamento dos riscos de saúde, os cui-
a aterosclerose, tornaram-se temas científicos im- dados em níveis primário, ou comunitário; secun-
portantes. O estudo National Health and Nutrition dário, ou ambulatorial e nas unidades de saúde;
Examination Survey (NHANES-III) (1988-1994), feito e terciário, ou hospitalar, além dos protocolos de
nos Estados Unidos, revelou que 11% dos adolescen- diagnóstico e tratamento em hospitais universi-
tes entre 12 e 17 anos já são considerados obesos, tários e das pesquisas locais e multicêntricas que
sendo 14% com risco de obesidade(31). Talvez a razão vêm sendo disseminadas e multiplicadas no Brasil
principal seja um estilo de vida sedentário adotado nos últimos 30 anos, tornaram essa população de
por muitos adolescentes que permanecem horas adolescentes cada vez mais integrada, assistida e
sentados, tanto na escola como em casa, diante da incluída nos programas de saúde governamentais.
televisão e do computador, além da ingestão quase No Brasil, trabalhos pioneiros foram estabe-
diária de alimentos altamente calóricos e gordurosos. lecidos em várias universidades e, a seguir, com o
Nos últimos 20 anos, a incidência dos transtornos ali- apoio da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e a
mentares, como a anorexia e a bulimia nervosa, tem criação, em 1978, do Comitê de Adolescência, com
aumentado, assim como as dietas mágicas e o uso representantes de vários estados, organizou-se a
de anabolizantes em problemas relacionados com publicação do primeiro Manual de Adolescência, em
distúrbios da imagem corporal e da auto-estima(32). 1989. As atividades dos comitês em vários estados
brasileiros deram um enorme impulso à medicina
de adolescentes em nosso meio, culminando na
ASPECTOS LEGAIS E PROFISSIONAIS realização de congressos nacionais a cada dois ou
três anos desde 1985. Em fins de 1989 foi criada,
Quase coincidente com a atenção emergente em Brasília, a Associação Brasileira de Adolescência
sobre as necessidades de saúde dos adolescentes, (ASBRA), que visa, entre suas múltiplas finalidades,
apareceram novas leis, regras e práticas profissio- a desenvolver os cuidados de saúde global, incenti-
nais que facilitaram a rápida evolução dos cuidados var as pesquisas científicas e ampliar a comunicação
de saúde nessa faixa etária. Geralmente os princí- entre os profissionais que se dedicam ao estudo da
pios de consentimento permitido para o cuidado adolescência(34). Para maiores informações, acessar
próprio, principalmente em questões ligadas à se- www.asbrabr.com.br. Vários livros foram organiza-
xualidade e ao sigilo de informação, estão associa- dos e publicados, com os diversos autores nacio-
dos ao critério de maturidade, apesar de a maioria nais, e desde 2003 contamos com a nossa revista
das leis julgar o adolescente menor até os 18 anos Adolescência & Saúde, também acessada através do
de idade, como no Brasil(33). site www.adolescenciaesaude.org.br.
Mas o mais importante, além das decisões le-
gais e judiciais baseadas na Convenção dos Direitos
da Criança, compromisso assinado em 2002, é o DESAFIOS FUTUROS
reconhecimento, pelas sociedades profissionais das
áreas médicas, psicológicas e sociais, dos direitos Os caminhos percorridos por muitos profissio-
dos adolescentes às questões de saúde e do livre e nais têm sido longos, árduos e cheios de controvér-

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sias culturais e científicas a respeito do significado sucesso desses programas. Alianças para a saúde
da adolescência como período de vida, e ainda se dos adolescentes são feitas com agendas políticas
desdobram em novos percursos e outros desafios comuns entre vários países, deixando o paradigma
para o futuro. biomédico e o trabalho clínico exclusivo para trás
Cada vez mais os aspectos de prevenção e de e criando atividades de protagonismo juvenil e de
rastreamento de riscos em comunidades que so- eqüidades sociais(36). A colaboração internacional
frem as disparidades sociais têm sido alvo dos tra- possibilita a troca de conhecimentos entre os pro-
balhos de pesquisa. Muitos estudos sociológicos e fissionais dedicados à saúde dos adolescentes, com
antropológicos têm revelado a importância da resi- o apoio das políticas de saúde organizadas em nível
liência e das relações de cuidados necessárias entre global pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e
os adolescentes e os adultos, da conexão positiva pela Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS)
com a família e a escola para a construção de fato- em vários documentos técnicos e acessíveis na rede
res de proteção da sua auto-estima, em busca de da internet. Atualmente várias redes de colabora-
sua autonomia e livre expressão, que são caracte- ção nacional e internacional vão se formando, e a
rísticas importantes do desenvolvimento saudável telemedicina, as videoconferências e a educação à
da transição até a vida adulta(35). distância vêm sendo implementadas e realizadas
Outros modelos vão surgindo: em vez de cui- com sucesso, unindo profissionais de saúde e da
dados médicos especializados para problemas espe- informática médica, inclusive do NESA/UERJ, www.
cíficos, como gravidez, drogas ou depressão, vão mmissions.org, www.lampada.uerj.br/telemedicina.
sendo criados espaços alternativos e integrados en- Mas com certeza os direitos de saúde e de
tre serviços de saúde e locais apropriados nas comu- cidadania dos adolescentes, já assegurados nas
nidades, onde esses serviços de prevenção e orien- Convenções das Nações Unidas e nas Metas do
tação estão disponíveis. Muitas redes de assistência Milênio e ratificados também pelo Brasil, perma-
envolvem os próprios adolescentes no planejamen- necem como um marco importante do trabalho
to e na avaliação dos programas e das atividades desenvolvido no passado e como o maior desafio
de promoção da saúde, com características do con- para o futuro que se abre a cada dia, em cada fa-
texto cultural local. A participação dos adolescentes mília, em cada comunidade e em todos os serviços
e o apoio dos adultos são sempre fundamentais ao do sistema de saúde do nosso país.

Partes deste artigo foram publicadas, em co-autoria, nos seguintes trabalhos, sendo re-publicadas com permissão dos autores: Hardoff D, Eisenstein E.
Adolescent medicine with a 100 year perspective. Int J Adolesc Med Health. 2004; 16(4): 293-302; Bennett DL, Eisenstein E. Adolescent health in a globalised
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