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GESTÃO EMPREENDEDORA
CONCEITO
Você estudará o empreendedorismo desde seu conceito essencial até sua utilização para a
formação de uma forte vantagem competitiva de uma organização.
Além disso, buscaremos conhecer o processo da gestão empreendedora com suas demais
ferramentas gerenciais, em que o papel da liderança e da implementação de uma cultura
empreendedora fazem muita diferença.
PROCESSO DE GESTÃO
Para isso, é preciso estabelecer um processo de gestão na organização. Hisrich e Peters (2004)
apontam nove passos para a implementação dessa estrutura de gestão:
INTRAEMPREENDEDORISMO
Isso implica dizer que o intraempreendedor está continuamente desenvolvendo novos processo,
produtos e serviços nas organizações em que atua.
Já é evidente, nas discussões sobre gestão de pessoas, que são as pessoas que levam as
organizações ao alcance dos seus objetivos, por isso cada dia mais busca-se compor equipes de
sucesso para uma atuação organizacional mais e�ciente e e�caz.
Essas unidades de negócio se referem a famílias de produtos ou serviços que podem ser
oferecidas a um mercado. Assim, para desenvolvê-las, é necessário que aconteça o processo
empreendedor:
Regras
políticas.
Observando o quadro acima, podemos perceber que o per�l empreendedor, chamado pelos
autores como domínio empreendedor, demonstra total comprometimento com o negócio em que
atua.
Para Hisrich e Peter (2004, p. 57), o domínio empreendedor é pressionado pela necessidade de
ação, escassez de informações para tomada de decisão, disposição em assumir riscos e poucos
especialistas para apoio às decisões, assim como tem um curto período de tempo em termos de
comprometimento com a oportunidade. O domínio administrativo (gerencial) não só é lento em
agir sobre a oportunidade, como também, uma vez que a ação se concretize, seu
comprometimento é, em geral para um longo período de tempo, um período que, em alguns
casos, é longo demais.
Dessa forma, o domínio empreendedor tem sido valorizado nas organizações, trazendo maior
competitividade de mercado, uma vez que os ambientes em que as organizações atuam têm
exigido cada vez mais inovações e o aproveitamento de oportunidades. Assim, no processo de
tomada de decisão o domínio empreendedor tem se mostrado à frente do domínio gerencial.
Para Hisrich e Peter (2004), aproveitar os trabalhadores que querem assumir responsabilidades,
Segundo os autores, caso não ocorra uma forma de gestão que aproveite essas potencialidades
internas, além de termos uma subutilização dos seus recursos criativos, inovadores e de
oportunidade, ainda teremos uma frustração que provavelmente impulsionará a busca pela
autorrealização em outros lugares.
CULTURA ORGANIZACIONAL
Podemos conceituar a palavra cultura como um conjunto de valores aceito por uma determinada
população e que acaba por signi�car grande in uência no comportamento dos seus indivíduos.
Dessa forma, cultura organizacional se refere à cultura implantada em uma organização. Para
Lacombe e Heilborn (2008, p. 355), a cultura organizacional é um “conjunto de valores em vigor
Conforme os autores, fazem parte da cultura organizacional sua hierarquia, seus padrões de
valores, padrões de comportamentos e atitudes, suas crenças e costumes entre outros.
Ainda para Lacombe e Heilborn (2008), uma cultura organizacional costuma ser dividida em três
níveis:
Primeiro nível
Comportamentos e criações: fazem parte desse nível as lendas, histórias, rituais e cerimônias,
layout, formalidade e informalidade das relações, maneira de falar entre outros. O que realmente
importa é o que está por trás dos artefatos visíveis desse nível.
Segundo nível
Premissas básicas: pertencem a esse grupo premissas sobre o que se pensa da existência, das
relações, da atividade humana, da ética, do trabalho e do divertimento. Esses valores já se
encontram, em geral, inconscientemente automatizados.
A cultura organizacional costuma ser utilizada para determinar os valores centrais da organização,
e a partir daí nortear todos os comportamentos em seu interior. Por isso, se a organização deseja
ter uma cultura intraempreendedora, que valorize o domínio empreendedor, é preciso se preparar
para isso.
Como a inovação é um aspecto muito importante para a organização, ela também precisa
incorporar a inovação como um valor a ser gerenciado internamente. Por isso, conforme
Fumagalli et al. (2012), o ambiente da organização deve ser capaz de:
Para Hisrich e Peters (2004), o líder possui um papel muito importante na construção de um
ambiente organizacional que estimule o intraempreendedorismo.
AMBIENTE DE TRABALHO
Mas é claro que não seria só o tipo do ambiente que pode in uir em nosso comportamento,
também deve in uenciar a forma em que o ambiente é moldado, decorado, o tipo de roupa
permitido, a climatização, o visual, as cores das paredes, ores no ambiente, obras de arte,
quadros, conforto em geral, entre tantos outros fatores. Portanto podemos supor que o ambiente
de trabalho também deve in uir no comportamento das pessoas e, por conseguinte in uenciar
nas relações interpessoais e supostamente nos resultados das empresas em todos os sentidos
Deve-se lembrar que estamos no século XXI, assim sendo, já não seria hora de questionar alguns
paradigmas quanto aos ambientes de trabalho? Muito bem! Sabe-se que muitos já pensaram
nisto, porém não há trabalhos signi�cativos neste campo. Ao se pensar nisto decidiu-se elaborar
um projeto de pesquisa onde se buscará demonstrar que muitos aspectos e formas no ambiente
de trabalho já podem e devem ir modi�cando-se, o ideal poderia ser o nosso ambiente de
trabalho tornar-se a extensão de nossa casa e muitas vezes será a nossa própria casa ou como se
assim fosse. E como que o ambiente de trabalho pode in uir ou não nos relacionamentos
interpessoais?
É sabido que o ser humano é fruto do meio em que vive e que é gerido por necessidades básicas
que os podem motivar ou não, são elas: necessidades �siológicas como alimentação, sono,
atividades física, satisfação sexual etc.; necessidades psicológicas: como segurança intima,
participação, autocon�ança e afeição; necessidades de auto-realização: como impulso para
realizar o próprio potencial, estar em contínuo auto-desenvolvimento. Estas necessidades não
satisfeitas também são motivadoras de comportamento, podendo levar a: desorganização de
comportamento; agressividade; reações emocionais; alienação e apatia. A motivação se refere ao
comportamento que é causado por necessidades dentro do indivíduo e que é dirigido em direção
aos objetivos que possam satisfazer essas necessidades.
In�uência do Ambiente
Não se podem exigir resultados de uma equipe se esta não tiver um mínimo de comodidade e de
condições para realizar suas necessidades básicas. Mas se acredita que quanto melhor e mais bem
atendidas estas necessidades tanto melhor será o desempenho de uma equipe. O ambiente de
trabalho é constituído de duas partes distintas: a física (instalações, móveis, decoração etc.) e a
social (as pessoas que o habitam). In uem no conforto social. Evidentemente, se tais elementos
forem precários, ninguém trabalhará com moral elevado. Conforme a natureza do trabalho, exigir-
se-á uma luminosidade, uma temperatura, um grau de umidade diferente, o que também deverá
estar de acordo com a região onde se trabalha e a época do ano.
Como se viu as pessoas são produtos do meio em que vivem, tem emoções, sentimentos e agem
de acordo com o conjunto que as cercam sejam o espaço físico ou social.
Fatores Intrapessoais
Cada pessoa tem uma história de vida, uma maneira de pensar a vida e assim também o trabalho
é visto de sua forma especial. Há pessoas mais dispostas a ouvir, outras nem tanto, há pessoas
que se interessa em aprender constantemente, outras não, en�m as pessoas tem objetivos
diferenciados e nesta situação muitas vezes priorizam o que melhor lhes convém e às vezes
estará em con ito com a própria empresa. O auto conhecimento e conhecimento do outro são
componentes essenciais na compreensão de como a pessoa atua no trabalho, di�cultando ou
facilitando as relações. Dentre as di�culdades mais observadas, destacam-se: falta os Objetivos
pessoais, di�culdade em priorizar, di�culdade em ouvir.
É bom lembrar também que o ser humano é individual, é único e que, portanto também reage de
forma única e individual a situações semelhantes. No cenário idealizado de pleno emprego,
mesmo de ótimas condições �nanceiras, conforto e segurança, alguns trabalhadores ainda
estarão tomados pelo sofrimento emocional. Outros, necessitados, cavando o alimento diário com
esforço excessivo, ainda assim se declaram felizes, esperançosos.
Todos nós desejamos ardentemente que a vida nos conceda duas coisas: sucesso e felicidade.
Somos todos diferentes uns dos outros. O conceito de sucesso pode variar de pessoa para
pessoa, mas existe um fator muito importante e decisivo para o sucesso de todos os homens:
ninguém pode obter a realização e a felicidade sozinha.
É na convivência com o seu semelhante que o homem encontra as bases de sustentação para ser
feliz. Mas esta convivência nem sempre é fácil. Ao mesmo tempo em que nossos relacionamentos
nos abastecem de grati�cação, é por meio deles que experimentamos nossas agruras e
aborrecimentos.
Todos já encontramos pela frente aquelas pessoas difíceis de suportar e que sempre mostram aos
outros sua faceta mais negativa. Pode ser um chefe, um colega, um subordinado ou até um
parente ou conhecido. São as "malas sem alça". Apesar de serem irritantes e despertarem em nós,
às vezes, os piores sentimentos, a verdade é que elas estão aqui para �car, e a saída é
aprendermos à maneira certa de carregarias.
Nunca se esqueça de que ninguém muda ninguém, mas você pode mudar a sua maneira de
receber e dar sentimentos para as pessoas. Para lidar com pessoas difíceis use o preceito de
Eleanor Roosevelt: "Ninguém pode fazê-lo sentir-se inferior sem o seu consentimento". Diversos
estudos comportam mentais demonstraram que se você se capacitar em relações interpessoais,
haverá percorrido em torno de 85% do caminho rumo ao seu sucesso em qualquer pro�ssão, e
perto de 99% do caminho que o conduzirá à felicidade no âmbito pessoal. Se todas as pessoas
que cruzassem o nosso caminho nos mostrassem o seu melhor lado, não haveria problemas. É
muito fácil construir relacionamentos com aqueles que se encontram nas mais altas esferas
evolutivas. Geralmente são pessoas plenas de amor, dispostas a reparti-lo sem cobrar retorno ou
reconhecimento. São humildes e sempre prontas a servir ao seu próximo. No patamar em que a
maioria da humanidade se encontra, essas criaturas se destacam nas grandes causas
humanitárias, e quando deixa a vida, seu lugar �ca irremediavelmente vazio.
Segundo estudiosos, os seres humanos de todos os continentes possuem quase que na sua
totalidade quatro características básicas:
1. Todos têm sede de alimentar o próprio ego. Necessitam aumentar sua auto-estima.
2. Todos estão mais interessados em si mesmos do que em qualquer outra coisa no mundo.
3. Todos querem se sentir importantes e chegar a ser alguém.
Quando encontramos pessoas que possuem alta dose de auto-estima, �ca fácil nos darmos bem
com elas. Geralmente são leves, generosas, tolerantes, dispostas a escutar as idéias dos outros,
possuem jovialidade nas atitudes. É como se estivessem saciado de auto-estima e por isso podem
se dar ao luxo de suprir, em grande quantidade, a carência das outras pessoas. Como se gostam e
se aprovam, aceitam às vezes correr alguns riscos ao se submeterem à avaliação dos demais.
Admitem, sem nenhum problema, que não são perfeitas que cometem erros, que se equivocam.
Podem ser criticadas, pois a crítica não abala a sua sólida e elevada auto-estima.
Quando surgem a nossa frente alguém com baixa auto-estima é que a coisa se complica
sobremaneira. Isso porque estas pessoas são o estopim para criar situações de brigas e
desentendimentos. Se esta pessoa tiver um baixíssimo nível de auto-estima então, será inevitável
que a atitude mais insigni�cante do mundo se transforme numa ameaça. Um simples olhar ou um
gesto podem ter um efeito devastador sobre ela.
As pessoas mais hábeis em relações humanas sabem lidar muito bem com estes
tipos.Primeiramente aplique diariamente os seguintes preceitos:
Percebendo que as pessoas que agem assim carecem de auto-estima, você estará melhor
preparado para um relacionamento produtivo com elas, se não agravar a situação em que se
encontram. Vença o impulso quase natural de desprezarias ainda mais. Evite comentários que
possam soar como deboche, observações sarcásticas e cortantes.
Não adote posições polêmicas e faça tudo para se esquivar de qualquer confronto, principalmente
os de opinião. Não se esqueça também de jamais falar mal destas pessoas para colegas de
trabalho ou conhecidos de ambos, pois tomando conhecimento de seu comentário se
transformarão em suas eternas inimigas. Desarme o gatilho usando um elogio sincero. No exato
momento em que o "mala" estiver preparado para odiá-lo, faça-o gostar de você. Expresse seu
apreço por qualquer coisa que ele faça bem, fale sobre seus interesses e ofereça sugestões úteis.
Quebre o ciclo de antagonismo. Raiva gera raiva. Intimidação gera intimidação e retaliação
também Pergunte-se: Como posso virar este jogo e ao mesmo tempo fazer com que esta pessoa
�que minha amiga?
A única forma de lidarmos bem com as "malas sem alça" é fazer com que gostarem mais de si
mesmas. Quando você aprender a alimentar o ego das pessoas elas jamais se antagonizarão com
GESTÃO EMPREENDEDORA Grupo Evolução 13
você. Afaste o medo destas pessoas aproximando-se delas com autocon�ança. Nunca demonstre
medo, mas também não deixe transparecer nada de agressivo em suas atitudes. Chegue sempre
perto delas sinalizando que vem em paz, que é amigo, que jamais será uma ameaça para elas. O
sorriso, o tom de voz equilibrado e o elogio colocado na hora e na dose certa funcionarão como
verdadeiros "passes de mágica", aplacando qualquer indício de agressividades destas "bombas de
dinamite". A segunda característica que os seres humanos possuem
é a que os faz estarem primeiro mais interessados em si mesmos que nos outros. Portanto,
quando você quiser persuadir uma pessoa a fazer algo, deverá sempre dar uma razão que
enalteça o ego dela. Isso funciona com todas as pessoas, em todos os níveis: crianças, executivos,
operários ou reis. Você sempre deve dar ao outro uma razão para ajudá-lo, mas esta razão deve
contemplar sempre algum benefício para ele e não só para você. As pessoas tornam-se
automaticamente cooperativas quando sentem que ganharão com isso. Sempre devemos
procurar encontrar uma razão pela quais as outras pessoas queiram fazer algo, e elas farão.
Outra característica muito importante no homem é que um dos seus desejos universais é se sentir
importante, ter sua dignidade con�rmada pelos outros, ser valorizado e reconhecido. Todos
desejam isto, até mesmo os artistas famosos ou os mais ricos e aparentemente bem-sucedidos.
Por esta razão, o indivíduo não consegue manter por muito tempo seus sentimentos de
dignidade e valor, tão necessários ao seu bem-estar, se todos aqueles que cruzam o seu caminho
o tratam como se fosse um "Nada" ou um "Ninguém". As boas maneiras e a cortesia são as
ferramentas mais importantes para demonstrarmos que reconhecemos a importância da outra
pessoa.
Quando você se mostra avesso a ouvir o que os outros têm a dizer, quando não olha para a
pessoa que fala com você, quando não trata esta pessoa pelo nome, depois de já ter
conhecimento dele, quando cumprimenta com a mão-mole, quando quer impor suas opiniões,
quando mede as pessoas de cima abaixo com o seu olhar, quando deixa que esperem por você
sem lhes dar nenhuma justi�cativa, estará sinalizando com estas coisas "aparentemente
pequenas" que não considera importante a outra pessoa. Saiba que os pressupostos da etiqueta,
ao contrário do que muitos pensam, não estão distantes do dia-a-dia das pessoas e não se
restringem somente a ensinar o manuseio correto de copos e talheres. Com eles você estará
construindo as bases para o edifício de seus relacionamentos em todos os níveis.
Como não está escrito na testa de ninguém o nível de auto-estima que cada um possui,
encontrando-se com alguém que carece dela, automaticamente você estará criando um cenário
favorável a brigas e desentendimentos. Mas reconhecer e demonstrar que considera todas as
pessoas importantes deve ser algo verdadeiro dentro de você. Não pode ser falso, da boca para
fora. Ninguém consegue todo o tempo �ngir aquilo que não sente. Os que fazem gentilezas
mentirosas logo são percebidos pelos seus pares como pessoas medíocres e bajuladoras. Não é
isto que você deve ser.
Desenvolva um real interesse pelas necessidades das outras pessoas, aprenda a prestar atenção
nas outras pessoas e jamais queira se colocar perante elas como sendo você o mais importante.
Por isto um dos "h's" do pro�ssional de sucesso é a humildade. Sempre que você conseguir
inculcar no outro a idéia de que o considera importante, terá lavrado um tento nas relações
Você também pode aprender a controlar as emoções destas pessoas consideradas "difíceis".
Se decidir previamente que terá uma conversa difícil, é bem possível que você se aproxime de
uma forma hostil, com os punhos fechados, pronto para brigar. Assim você próprio monta o
cenário no qual a outra pessoa vai agir Ela agirá segundo o seu roteiro.
Quando nos relacionamos com as outras pessoas, vemos nossas próprias atitudes re etidas no
comportamento dos outros. É como se estivéssemos diante de um espelho. Quando sorrimos, a
pessoa do espelho também sorri. Quando fechamos a �sionomia, o outro também fecha. Nosso
tom de voz também pode pilotar o do outro. Se alguém gritar com você, responda num tom
equilibrado. Isto fará com que o outro baixe o tom. Procure plantar dentro de seu coração e de sua
mente a empatia, aprenda a trocar de lugar com o outro. Não tome as ofensas que receber dos
outros para si. A resolução de con itos é uma atribuição humana. É para isto que você está aqui
na escola do planeta Terra. Por isso você só cresce no convívio com o seu semelhante. Mas você
só conseguirá construir relacionamentos sólidos e bem sucedidos se mentalmente e
emocionalmente estiver sintonizado com a compaixão.
Quando alguém cruzar o seu caminho, saiba que não será por acaso, você certamente terá algo a
compartilhar com esta pessoa. Dizem os grandes mestres que na vida não temos amigos nem
inimigos, todos são nossos instrutores.
As várias mudanças que ocorrem hoje no mundo do trabalho não podem ser traduzidas apenas e
tão somente em termos da economia e das ciências da administração e da produção. Não se pode
esquecer, igualmente, que a globalização da economia e o novo liberalismo, por um lado, e o
esvanecimento das utopias e enfraquecimento dos movimentos operários, por outro,
fortaleceram grandemente o capital. Isso não obstante, o capital não pode ser entendido em uma
visão monolítica. Pelo menos duas categorias gerais se contrapõem: o capital especulativo e o
capital produtivo. Independente do foco do olhar que se dirige ao trabalho, percebe-se que essas
mudanças extraordinárias afetaram todos os fatores ligados à formação pro�ssional. Dentre os
vários aspectos da formação no terceiro grau, interessam-nos, nesse estudo, as demandas
(maximizadas) de relações interpessoais no trabalho. Como dissemos em outro estudo: "os novos
paradigmas organizacionais que orientam a reestruturação produtiva têm priorizado processos de
trabalho que remetem, diretamente, à natureza e à qualidade das relações interpessoais".
PRINCÍPIOS DOS 5 S
Os passos que se deve seguir são faxinas gerais, limpar o ambiente e os objetos, separar tudo o
que se precisa com freqüência daquilo que se usa esporadicamente, fazer uma arrumação de
forma a se facilitar a vida no trabalho, guardar cada coisa em seu lugar, manter os equipamentos
em ordem e bom funcionamento, combater o desperdício, ordenar as informações, estar atento
as condições de saúde e higiene e por �m uma auto disciplina e aperfeiçoamento constante do
local de trabalho.
Podemos iniciar a longa caminhada da melhoria continua praticando os cinco (bons) sensos que
cada um tem dento de si utilização, ordenação, limpeza, saúde e autodisciplina. A mudança deverá
OCOI crer dentro de cada um. Se não tornarmos a decisão pessoal de viver com dignidade,
ninguém poderá nos ajudar.
O convívio pessoal sempre foi um desa�o para a humanidade e, durante algum tempo, passou
sem ser notado devido a algumas condutas relacionadas à individualidade, à centralização do
poder e à valorização dos produtos em vez das pessoas.
As instituições perceberam que o sucesso de sua �loso�a está no fator humano, ou seja, em seu
interior. Somando o fator acima com a situação atual mundial, onde vivemos um acelerado ritmo
de mudanças que exige uma capacidade permanente de adaptação, não é mais possível negar a
necessidade de investir no ser humano, gerando os mais variados processos de trabalho, com um
conceito diferenciado de gestão de pessoas.
Dinâmica de grupo é uma ideologia política, interessada nas formas de organização e na direção
de grupos, acentuando a importância da liderança democrática, a participação dos membros nas
decisões e vantagens das atividades cooperativas em grupo.
Ressalto que o grupo não é uma invenção, mas sim uma forma de viver, onde algumas leis regem
seu desenvolvimento e as relações nele contidas, como indivíduo/grupo, grupo/grupo e
grupo/instituições.
Mas para chegarmos a tal êxito, devemos respeitar o momento do grupo, vendo-o como único,
pois nele teremos embutidos valores que por meio de dinâmicas poderão vir à tona, explicitando
di�culdades, facilidades e expectativas e, muitas vezes, tornando o implícito, explícito. Estes
detalhes são fundamentais para o trabalho em grupo, pois é por meio deles que acabam se
banalizando as técnicas de dinâmicas de grupo, com comentários do tipo "As dinâmicas de grupo
estão cada vez mais difíceis", "Dinâmica de grupo é brincadeira" ou, ainda, "Acho que as dinâmicas
de grupo expõem as pessoas ao ridículo". Problemas como estes podem surgir se não �zermos o
uso desta técnica de forma sensata, como deve ser sempre. Primeiramente, a dinâmica de grupo
deve ser realizada apenas por pro�ssionais capacitados.
Outras recomendações são importantes, como conhecimento prévio do grupo e de seus objetivos,
respeito ao tempo do grupo, diversidades da técnica em processos maiores, adaptação da técnica
de acordo com o quê o grupo apresenta, realização das dinâmicas de forma descontraída, regras
claras, favorecer a participação de todos, foco de�nido, respeito às opiniões e propiciar discussões,
Tendo em vista os problemas naturais das relações humanas, bem como a importância da
coletividade, onde nem sempre é reconhecida e explorada tal capacidade, temos as dinâmicas de
grupo como apoio para despertar os talentos do processo coletivo, favorecendo o progresso do
grupo. Desta forma, as organizações governamentais, �lantrópicas, privadas e não-
governamentais podem aproveitar melhor o conhecimento do grupo para atingir seus propósitos
institucionais.
LIDERANÇA
CONCEITO
Para Lindo[1], a liderança se constitui como um dos temas centrais da literatura sobre
administração e continua a ser vista como um fator crítico na performance de uma
organização. É o processo através do qual um indivíduo in uencia outras pessoas a
alcançarem as metas desejadas, sendo que pode atuar de formas diferenciadas de acordo
com o seu per�l.
Podemos então conceituar liderança como sendo a realização de metas por meio da direção de
colaboradores. A pessoa que comanda com sucesso seus colaboradores para alcançar �nalidades
especí�cas é líder. Um grande líder tem essa capacidade dia após dia, ano após ano, numa grande
variedade de situações.
Podemos entender a liderança como a in uência interpessoal numa situação, por intermédio do
processo de comunicação, para que seja atingida uma meta, ou metas especi�cadas. Assim, a
liderança sempre envolve in uência por parte do líder (in uenciador) para afetar (in uenciar) o
comportamento de um seguidor (in uenciado) ou seguidores numa situação. Trabalhar com
pessoas e com grupos é lidar diretamente com a resistência. Liderar é manejar com decisões que
nem sempre agradam as pessoas, é administrar con itos de interesses, é imprimir novas
realidades, normas, procedimentos.
Segundo Chopra (2002), liderança é um conceito misterioso e ilusório. O que lemos como sendo
história é, na realidade, a criação de mitos. De uma pessoa comum, a sociedade cria um Napoleão
ou um Gandhi, um Martin Luther King ou uma Joana D'Arc, alguém que adquire o status de ser
capaz de moldar o destino.
Assim, podemos dizer que uma pessoa está liderando quando ela está coordenando os esforços
de um grupo para alcançar um objetivo comum. Por exemplo, um jogador gerente de software
pode liderar sua equipe de programadores objetivando o desenvolvimento de um novo sistema.
O que se espera de um verdadeiro líder é que seu grupo produza, mediante aos objetivos que
devem ser atingidos. Uma vez alcançados, a satisfação dos membros do grupo passa a ser algo
de fácil constatação. Considera-se, portanto, ainda como de sua responsabilidade o fato de
garantir o moral dos membros que se acham sob sua direção. Finalmente, esse moral do grupo
deve retratar também a satisfação de cada membro em particular, o que implica uma
sensibilidade especial em dar a cada um a oportunidade de utilizar-se de seus próprios recursos
da forma mais natural. Dessa forma, ele está sempre atento no sentido de favorecer o
ajustamento de cada pessoa dentro do contexto grupal ao qual está inserida.
Parece �car bem evidente que a grande tarefa do líder consiste em ter a habilidade de coordenar
as atividades de cada membro em particular, a �m de que atividade grupal ua de forma normal e
sem interrupções, ao mesmo tempo em que se veri�que um clima de harmonia no que se refere à
participação de cada um. Veri�ca-se com freqüência que a atuação do líder não está
exclusivamente ligada a aspectos internos do grupo. A ele são atribuídas também atividades de
adaptação do grupo ao meio ambiente. Cabe a ele ter sensibilidade de perceber e diagnosticar
variáveis ambientais, para que possa estar habilitado a imprimir diferentes orientações ao futuro
destino do grupo. Há sempre que se pensar que o subgrupo não subsiste isoladamente,
independente de outros grupos.
O LÍDER
CONCEITO
O líder é o guia, tem iniciativa nas situações que os demais vacilam, os demais se sentem
seguros com a sua presença.
Um líder pode ser consciente ou não do seu papel de condutor de homens. É a pessoa no grupo à
qual foi atribuída, formal ou informalmente uma posição de responsabilidade para dirigir e
coordenar as atividades relacionadas à tarefa.
Sua maior preocupação prende-se à consecução de algum objetivo especí�co do grupo. Sendo
que a maneira pela qual uma pessoa numa posição de líder in uencia as demais pessoas no grupo
é chamada "estilo de liderança".
No exercício de liderança, o líder encontrará tanto mais facilidade de atingir os objetivos quanto
maior for a con�ança que os liderados nele depositarem.
Integridade: qualidade que faz com que as pessoas con�em em você. Integridade signi�ca,
literalmente que a pessoa é completa;
Entusiasmo: é uma característica geral dos líderes;
Calor: uma personalidade quente é contagiante;
Calma: transmite calma para os subordinados;
Firme apesar de justo: a combinação de �rmeza ou exigências e justiça apareceu na
industria nos últimos dez anos como qualidade desejável.
Pontos fundamentais
Segundo Robbins (2002), o líder do futuro, para acompanhar a constante evolução precisa ter
certas características, como as seguintes:
Características de um líder
Segundo Lacombe, Heilborn (2003), uma característica comum aos líderes é a con�ança que têm
em si próprio. Assim, a con�ança pode ser considerada a característica básica dos líderes. Ora, se
nem eu aposto em mim, quem irá apostar? Se não me tenho em alta conta, como esperar que os
outros me respeitem? Desta forma, se o líder tiver uma dúvida, seus seguidores terão várias. Uma
das principais controvérsias sobre a liderança relaciona-se com a possibilidade de identi�car
características para os líderes, ou seja, se existem traços comuns da liderança. Nos dias de hoje, já
não se fala mais em liderança como sendo um traço psicológico, intrínseco a um indivíduo, que
uns têm sorte de ter e outros não, ou que uns têm mais do que os outros. A liderança somente
faz sentido quando especi�camos para que �m e em que circunstâncias se espera que o líder
deva agir.
Qualidades do líder
De acordo com Adair (2000), existem algumas qualidades essenciais que qualquer líder deve
possuir. Basicamente, o líder deveria possuir, servir de exemplo, e talvez até mesmo personi�car
as qualidades esperadas ou requeridas em seu grupo de trabalho. O líder deve, portanto, ser um
exemplo vivo para seu grupo de trabalho. Assim, por exemplo, para trabalhar na área de criação
de uma agência de marketing deve-se ser uma pessoa comunicativa, com boa visão de mercado e
criativa. Logo, o líder da equipe de criação deve possuir, dentre outras qualidades, as exigidas para
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todos os outros funcionários da área, só que em um nível exemplar.
Ainda segundo Adair (2000), essas qualidades consideradas "essenciais" são necessárias para ser
um líder, contudo, não são su�cientes para fazer com que ele seja visto como tal. Por exemplo,
não se pode admitir um líder militar sem coragem. Mas existem muitos soldados com coragem
que não são líderes. Da mesma forma, um trabalhador que faz parte do sindicato pode ter uma
boa comunicação, mas não é o líder do sindicato. Logo, podemos perceber que além das
qualidades essenciais é preciso ter outras qualidades para poder ser um líder e se destacar dentre
outras pessoas.
Desta forma, pode-se falar em traços genéricos ou amplos de liderança. Embora as qualidades do
líder estejam bastante relacionadas com os campos aos quais os líderes estão inseridos, existem
determinadas qualidades de liderança mais genéricas ou transferíveis:
Entusiasmo: Você consegue pensar em algum líder que não tenha entusiasmo? É muito
difícil, não é?
Integridade: Essa é a qualidade que faz com que as pessoas acreditem em você. E con�ança
é essencial em todos os relacionamentos humanos – sejam pro�ssionais ou pessoais.
"Integridade" signi�ca tanto inteireza pessoal como a adesão a valores externos a você,
principalmente bondade e sinceridade.
Firmeza: Muitas vezes os líderes são pessoas exigentes, sendo incômodo tê-los por perto,
pelo fato de seus padrões serem muito elevados. Eles são obstinados e persistentes.
Líderes querem ser respeitados, mas não são necessariamente populares.
Imparcialidade: Líderes e�cientes tratam indivíduos diferentemente, porém de forma
igualitária. Eles não têm favoritos. Eles são imparciais ao darem recompensas ou
penalidade pelo rendimento.
Zelo: A insensibilidade não leva a bons líderes. A liderança envolve o coração, assim como a
mente. Gostar do que você faz e importar-se com as pessoas é igualmente essencial.
Humildade: Uma qualidade curiosa, porém própria dos melhores líderes é a humildade. O
oposto da humildade é a arrogância. Quem deseja trabalhar para um administrador
arrogante? Os sinais de um bom líder são o desejo de ouvir as pessoas e ausência de
egocentrismo.
Con�ança: Con�ança é essencial. As pessoas sentem a sua presença, e portanto o
desenvolvimento de autocon�ança é sempre anterior ao exercício da liderança. Mas não se
permita que a autocon�ança seja excessiva, que é o primeiro passo no caminho para a
arrogância.
O líder deve ter um forte entusiasmo. Você já viu um bom líder desanimado, preguiçoso? Assim,
por exemplo, Fidel Castro sempre demonstrou um grande entusiasmo em seus discursos. O líder
precisa então desenvolver esta importante qualidade. Um líder desanimado transmite o seu
desanimo para seus subordinados. Você prefere assistir uma aula ministrada por um professor
que demonstra entusiasmo ou desânimo? A qual dos dois você prestaria maior atenção?
A integridade é uma qualidade que o líder deve ter. Contudo, existem na história da humanidade
relatos de líderes que não eram íntegros, como Adolf Hitler, por exemplo. Contudo, quando a falta
O líder deve manter a �rmeza diante de qualquer situação. Deve ser �rme na hora de cobrar
resultados dos subordinados. Deve passar uma percepção de exigência aos seus subordinados.
A imparcialidade é também uma qualidade importante no per�l do líder e�caz. Ele deve ser capaz
de tratar cada indivíduo de acordo com suas características, pois ninguém é igual a ninguém.
Contudo, o tratamento deve ser igualitário. Os líderes não podem ter favoritos, devem distribuir
recompensas de maneira imparcial, baseado em critérios objetivos e bem de�nidos.
O zelo também é uma característica genérica dos líderes. É importante que o líder seja sensível,
saiba agir com o coração, se preocupe com as pessoas e saiba lidar com elas. Líderes não podem
ser insensíveis.
Os líderes e�cazes também são humildes. A arrogância deve ser evitada ao extremo, já que
ninguém gosta de trabalhar com pessoas arrogantes. O bom líder deve estar disposto a ouvir as
pessoas, a não abusar do poder que lhe foi conferido.
Por �m, temos a con�ança como uma importante qualidade do líder. Os líderes devem transmitir
con�ança aos seus liderados, executando as suas tarefas com convicção, demonstrando que
realmente sabe o que está fazendo. Contudo, a con�ança não deve ser excessiva, caso contrário
pode se transformar em arrogância, que é uma qualidade (se é que podemos chamar a arrogância
de qualidade) que os líderes não podem nem pensar em ter.
INOVAÇÃO EMPREENDEDORA
CONCEITO
Inovar é desenvolver uma criatividade com uma utilidade, é assim, de maneira simples,
podemos de�nir a inovação. A inovação e a criatividade dominam o mercado mundial,
admitindo grande importância, no mundo globalizado.
Percebo a criatividade como algo que é novo, útil, tanto para o criador,
quanto para a sociedade, tratando-se de um processo que possui começo
meio e fim.
Se você for uma pessoa curiosa, idéias vão bater à sua porta, pois vai
perceber lacunas, necessidades, costumes e que certamente favorecerá a
geração de idéias.
Muitas vezes é preciso criar várias respostas para cada pergunta. Faça um
grande Braisntorming, é da quantidade que sai a qualidade, e lembre-se
não é preciso uma grande idéia e sim uma idéia de grande resultado.
Entenda o processo:
Se quiser fazer grandes progressos terá que correr riscos calculados, pois
idéias não funcionam sempre, devem ser registradas em banco de idéias,
como também colocadas em prática. Em criatividade não existem erros e sim
ensaios, e uma idéia poderá ser inadequada para determinado momento e
valiosa em outro, aprender com erros e acertos é fundamental. Estudos
apontam que, quanto mais idéias você gerar, mais provavelmente terá uma
idéia espetacular.
Se quiser ter uma grande idéia, tenha muitas idéias, propicie insigths
através de observações, sentimentos e pensamentos para chegar aos
resultados esperados, mas lembre-se que num determinado momento
temos que utilizar o pensamento lógico. Para cada problema há várias
soluções. Ficar somente com uma resposta pouco vai adiantar, não existe
nada pior do que uma única idéia, uma única opção.
A maioria dos autores aponta o Marketing Empreendedor como aquele voltado para as micro e
pequenas empresas. Com ferramentas de gestão especí�cas para as organizações menores.
Stokes (2000, apud OLIVEIRA FILHO, 2012) aponta as principais diferenças entre o Marketing
Tradicional e o Marketing Empreendedor, conforme o quadro abaixo.
Para Hisrich e Peter (2004), os grandes pro�ssionais de marketing podem utilizar as habilidades
GESTÃO EMPREENDEDORA Grupo Evolução 30
especí�cas para as pequenas organizações, utilizando-se dos seguintes métodos para aproximar
o cliente:
Reunir uma base de dados que favoreça o contato e a aproximação com o cliente.
Usar métodos de concorrentes menores, normalmente culturalmente mais próximas do
cliente.
Auxiliar seu revendedor criando programas de marketing especí�cos para lojas.
CRIATIVIDADE
CONCEITO
De todas as características do empreendedor uma das essenciais e que mais facilmente podemos
desenvolver é a criatividade.
Embora todos tenhamos talentos criativos falta-nos muitas vezes con�ança na nossa própria
criatividade.
O termo criatividade tem um signi�cado que vai muito além de possuir um talento artístico. É sim,
a capacidade de utilizar a imaginação para criar novas ideias.
Comece por ver o mundo que construiu à sua volta: a sua casa, o seu trabalho, as
suas relações sociais são expressões criativas criadas por si. Compreender que a
criatividade pode assumir muitas formas é um primeiro passo para desenvolver a sua
capacidade de criar de forma consciente.
1. Inteligência
2. Capacidade de adaptação
3. Auto-estima elevada
4. Orientação para desa�os
5. Curiosidade
6. Interesse
3. Estimular o lado criativo do cérebro: existem técnicas que permitem “desligar” o lado lógico
do cérebro permitindo o livre trabalho do nosso lado criativo. Uma dessas formas é escrever ou
desenhar algo com a mão não-dominante, deixando o instinto conduzir os músculos. O que de
aqui resultar é um produto do seu lado criativo. Outra possibilidade é fechar os olhos e desenhar
o que visualiza na sua mente. Poderá ainda escrever os seus pensamentos diariamente, à medida
que vão surgindo. As ideias deverão uir livremente procurando não fazer qualquer juízo de valor.
Quanto mais praticar esta técnica mais facilidade terá em deixar uir as suas ideias, pensar de
forma abstrata e em tomar decisões. A sua mente está progressivamente mais aberta a novas
ideias e menos preconceituosa.
4. Relaxe e medite: o pensamento lógico gera ondas beta no cérebro enquanto que a meditação
e o relaxamento produzem ondas alfa que têm muitos efeitos positivos entre os quais se inclui o
pensamento criativo. Existem técnicas de respiração que ajudam a libertar a mente e a mudar a
atividade cerebral de ondas beta para alfa. Ouvir melodias simples e suaves também ajuda a
mudar a frequência das ondas cerebrais.
5. Faça qualquer coisa fora de contexto: ser criativo é estar aberto a novos pensamentos e
6. Pedir ajuda: Uma experiência interessante pode ser pedir a ajuda de uma criança ou de uma
familiar mais velho na resolução de um problema particularmente difícil. A criança sem o
constrangimento do conhecimento e a pessoa mais velha com a sabedoria da experiência
poderão trazer algo de novo ao problema e novas perspectivas que se poderão revelar bastante
úteis e inspiradoras.
GERAÇÃO DE IDEIA
Uma oportunidade caracteriza-se por um conjunto de circunstâncias favoráveis, que cria o desejo
de um novo produto ou serviço. Segundo Ferreira et al. (2010), uma boa oportunidade deve
conter quatro qualidades essenciais:
Ser atrativa.
Durável.
Estar disponível no momento e local certos.
Poder ser transformada em um produto ou serviço que agregue valor ao cliente.
Por outro lado, segundo os autores, uma ideia está associada à criatividade e pode ser de�nida
como um pensamento ou noção, que podem ter ou não as qualidades de uma oportunidade.
As ideias nem sempre podem ser implementadas, por isso as boas ideias não são sinônimo de
sucesso. O que garante sua possibilidade de implementação é uma oportunidade, também
chamada de uma janela estratégica de mercado, cujo desejo do consumidor pode ser traduzido
em um produto ou serviço.
Para Ferreira et al. (2010), criatividade é ter a capacidade de olhar para as mesmas coisas de
maneira diferente, por outro ângulo.
O fomento de novas ideias acontece por meio do estímulo à criatividade da sua equipe de
trabalho. Muitos empreendedores já promovem ou incentivam a participação em cursos de outros
idiomas, de pintura e artes, de gincanas e atividades recreativas, a �m de estimular o hemisfério
cerebral direito, que é responsável pela criatividade. Com as atividades rotineiras estabilizadas,
tendemos a usar apenas o hemisfério esquerdo do cérebro e acabamos por boicotar nossa
criatividade.
Para Ferreira et al. (2010), o processo de geração de novas ideias pode ser explorado por meio das
seguintes fontes:
Após o processo de geração de ideias, é preciso avaliá-las, identi�cando aquelas que possuem
melhor viabilidade de implementação e, em seguida, desenvolver um plano de execução da
mesma. Também é importante se preocupar com uma forma de proteção das ideias já elaboradas
por meio de registros e patentes.
ESTRATÉGIAS E PRÁTICAS
É claro que você sabe o que é estratégia, embora talvez não tenha enxergado a presença dela em
muitos eventos que acontecem a sua volta. Por exemplo, muitos de nós apreciamos futebol,
talvez até tenhamos um time de nossa preferência.
Se o treinador – ou técnico – for realmente bom, ele estará o tempo todo acompanhando o
desenrolar da partida, veri�cando o posicionamento de seus jogadores, cobrando (talvez até aos
berros) que eles façam as jogadas que ensaiaram durante os treinos. O time, com certeza, ao
entrar em campo, já sabia detalhes sobre o adversário, alguns jogadores provavelmente já teriam
sido escalados para marcar mais de perto os craques do outro time.
Veja que isso é apenas um pequeno exemplo. As estratégias também estão presentes no mundo
empresarial. O que faz uma empresa decidir ampliar o negócio de algo que ela está
confortavelmente dominando o mercado para se “aventurar” por outros caminhos? Por exemplo,
uma empresa é tradicionalmente uma fabricante de automóveis de luxo, mas decide passar a
fabricar também automóveis populares. Qual o motivo dessa decisão? A resposta, basicamente, é
ganhar mais dinheiro, dominar uma porção maior de mercado, garantir o posicionamento da
ENTENDENDO O CONCEITO
De alguns anos para cá, um livro muito antigo ganhou popularidade no mundo dos negócios e
você talvez já o tenha lido. Se ainda não o fez, faça. É uma leitura muito interessante e pedagógica
em muitas facetas de nossas vidas, se, é claro, soubermos entender as metáforas contidas no
texto. A obra chama-se “A Arte da Guerra”, de um estrategista, general e �lósofo chinês chamado
Sun Tzu. Esse livro data de cerca de 500 a.C. e contém estratégias militares nos 13 capítulos que
compõe a obra.
É muito intrigante veri�car que, no texto de Sun Tzu, ao discorrer sobre o comportamento dos
generais, esse estrategista prescreve comportamentos que podem fazer com que as forças
militares comandadas tenham êxito no campo de batalha. Essas prescrições têm sido utilizadas
para o ensino de logística, de economia, de administração e em muitas outras ciências.
Na verdade, o que faz o livro ser tão popular é que ele trata de situações extremas – e a guerra
seja talvez a situação mais extrema que um ser humano pode enfrentar – mas ao mesmo tempo o
faz de uma maneira prescritiva, que recomenda o momento de atacar, de conservar posições, de
buscar um entendimento com o inimigo e até o momento de recuar.
Para comparar as forças e avaliar o poder relativo entre elas, se devem realizar as seguintes
perguntas:
Qual dos lados possui um sistema de recompensas e de castigos mais justo e claro?
Se ponderarmos com sabedoria estes fatores, poderemos prever o resultado de uma batalha.
Veja que recomendações pertinentes. Imagine trazer esses conselhos para o mundo corporativo.
Veja a pergunta sobre soldados bem treinados. Pense: como é o sistema de treinamento de sua
empresa? Se sua empresa ainda não existe, como você planeja que seus funcionários sejam
treinados? A�nal, você considera o treinamento algo importante para seu empreendimento?
Considere essa outra pérola que lemos acima, a questão de recompensas e castigos. É evidente
que hoje, nas estruturas empresariais, o sistema de recompensas e castigos não é como no tempo
de Sun Tzu, mas ele existe – ou pelo menos deveria existir. Isso �ca evidente nas empresas que
possuem uma política clara de distribuição de lucros e resultados e que possuem manuais de
comportamento e ética para disciplinar as ações de seus funcionários.
Observe também que apenas nesse trecho vimos que é preciso avaliar, comparar as forças. Não
forças militares, é claro, mas forças empresariais. Dito de forma simples, você conhece quem são
seus adversários – seus concorrentes – no campo de batalha, ou seja, no mercado em que você
atua?
Estudando esses movimentos todos das empresas, nasceu há algum tempo o conceito de
administração estratégica. O surgimento desse conceito é compreensível. Como você deve estar
cansado de saber, as empresas não competem apenas “no quintal de casa” como acontecia no
passado. O ambiente competitivo se ampliou de tal forma, o poder do consumidor ganhou
contornos tão surpreendentes, que é possível que um empreendedor de uma pequena empresa
tenha que enfrentar concorrentes que ele nem sequer tinha conhecimento que existia. Essa é a
realidade atual. Gostando ou não, tendo ciência deste fato ou não, essa é a regra do jogo
empresarial atual.
Vamos então conhecer um pouco mais sobre este conhecimento chamado administração
estratégica. Hermann (2005 apud GROSSI; OLIVEIRA FILHO, 2009, p. 4) de�ne estratégia como
uma “ação de planejar e executar o crescimento da empresa, constituindo na decisão de objetivos
básicos no curto e longo prazo e a adaptações constantes nos cursos da ação”.
De acordo com Fischman e Almeida (1991, apud SALAZAR e DORNELAS, 2003), a palavra
estratégia origina-se do grego strategos (chefe do exército), daí muito pertinente nossa revisita
ao livro de Sun Tzu. Seguindo esse raciocínio, a administração estratégica “é uma técnica
administrativa que utiliza a análise do ambiente interno e externo da organização, apresentando
suas oportunidades e ameaças, além dos seus pontos fortes e fracos em relação ao cumprimento
Essas de�nições nos remetem ao dinamismo que é próprio do ambiente competitivo em que as
empresas estão inseridas. Para aquecer ainda mais esse vulcão de mudanças das empresas, ainda
temos o fato de que as empresas, como não são entidades isoladas e sim participam de forma
sistêmica na sociedade, afetam e são afetadas por uma série de eventos que ocorrem à sua volta
os quais não têm, num primeiro momento, aparentemente nenhuma relação com a atividade
empresarial. As decisões do governo são um exemplo claro disso. Dependendo da política
econômica e �scal do governo, os impactos sobre a atividade empresarial são enormes.
Poderíamos comparar, de forma simplista, ao que acontece no meio de uma corrida de Fórmula 1
quando, de uma hora para outra, começa a chover no circuito. As equipes têm que adaptar suas
estratégias – e rapidamente – para continuar em condições de competitividade.
Porém, trago à sua atenção uma colocação importante de Mintzberg (1994, apud GROSSI;
OLIVEIRA FILHO, 2009) que chama a atenção para a fragilidade de um plano estratégico, que
pode perder sua função ou sua importância caso apresente uma rigidez nas decisões das
organizações, e, por consequência, acabe prejudicando o pensamento criativo e o surgimento de
inovações.
Essa observação só vem reforçar o fato de que, para um empreendedor, a estratégia deve estar
alinhada à inovação, elemento fundamental no próprio pensamento empreendedor. As inovações
são fundamentais para manter o empreendimento em evidência e a experiência mostra que isso,
de fato, é o que ocorre para os empreendedores de sucesso, relembrando um conceito
fundamental de empreendedorismo formulado por Shane e Venkataraman (2000 apud GROSSI;
OLIVEIRA FILHO, 2009, p.3):
PLANO DE NEGÓCIOS
Neste momento, você pode estar pensando que tudo o que você viu foi muito importante, as
considerações foram muito claras.
Eu sinto informá-lo que, como quase tudo na vida, não existem fórmulas milagrosas que façam
um empreendimento ter sucesso. Os grandes empreendedores costumam ter uma frase pronta: o
segredo do sucesso é 90% transpiração e 10% inspiração, ou seja, requer muito trabalho.
No entanto, é claro que o planejamento pode sim fazer a diferença entre o sucesso e o fracasso.
Os estudos do SEBRAE invariavelmente apontam como uma das principais causas de fracasso
dos novos empreendimentos a falta de um planejamento sério, correto e, mais importante,
realista.
Nesta unidade, vamos conhecer as bases para um planejamento empreendedor formal, o que nós
chamamos de PLANO DE NEGÓCIOS. Você conhecerá suas características principais e será capaz
de elaborar um plano inicial para o empreendimento dos seus sonhos ou até de suas
necessidades.
Talvez você já tenha se perguntado como alguns empresários de sucesso, alguns até muito
GESTÃO EMPREENDEDORA Grupo Evolução 39
famosos na mídia, à frente de megaempreendimentos, “chegaram lá”. É uma boa pergunta. No
entanto, independente de como esse sucesso aconteceu na vida deles, acredito que essa não é a
pergunta que deve ser feita. A pergunta correta é: como eu, com o meu empreendimento, posso
“chegar lá”? E esse “chegar lá” pode não ser necessariamente transformar seu negócio numa
grande corporação – embora isso possa ser alcançado – mas sim, como esse empreendimento vai
me trazer satisfação pessoal, realização pro�ssional e a concretização de minhas metas pessoais.
Pensando nisso, muitos de nós talvez não sejamos o próximo “Eike Batista”, mas conseguiremos
alcançar nossos objetivos e nos sentir muito bem com isso. Independente do tamanho do
empreendimento que vamos realizar, o fato é que precisamos exercitar algo que nunca, em
momento algum, pode ser despercebido: o planejamento. Uma máxima nos meios da Qualidade
Total – um assunto que também deve interessar ao empreendedor – é: “quem não sabe para onde
vai, qualquer lugar serve”. Há muitas variações desse ditado, mas todas elas apontam para a
necessidade de sabermos onde estamos, quem somos e onde queremos chegar.
Isso nada mais é do que saber a real situação atual e visualizar o futuro. Somente o bom
planejamento torna isso possível. Uma analogia que podemos fazer é com uma viagem.
Imagine que você pretenda viajar com sua família para um destino turístico qualquer. Eu, por
exemplo, gosto muito de praia. Pense que esse seria seu destino: uma praia tranquila, para você
desfrutar de um merecido lazer com aqueles de quem você gosta. Sem você perceber, seu
planejamento já começou: a de�nição do destino.
Um próximo passo seria: como vamos chegar? De carro, de ônibus, de avião ou outro meio
disponível – e, é claro, dentro de seus recursos �nanceiros. Esse segundo ponto é crucial: sem
recursos �nanceiros, não há viagem. Saber quanto vai custar o combustível, a alimentação, a
hospedagem é fundamental, a�nal, se as crianças quiserem um simples sorvete e você não tiver
dinheiro, o passeio �cará meio frustrante.
Além disso, outras coisas podem acontecer na viagem: um pneu furado, uma quebra no carro, um
desvio inesperado, coisas que muitas vezes não estão exatamente sob o seu controle, mas que
podem sim acontecer. A conclusão é clara: sair de casa para uma viagem de férias e voltar em
segurança não é fruto do acaso e sim de planejamento cuidadoso. É claro que muitos viajantes
não planejam nada e voltam para casa mesmo assim, mas você com certeza concordará que o
risco que eles assumiram para si mesmos e para suas famílias foi muito mais alto.
Tendo esse pano de fundo, vamos pensar num empreendimento qualquer. Muitos dão muito
certo, as pessoas envolvidas podem até �car ricas com isso, mas o risco assumido foi muito alto e
as possibilidades de fracasso também. Além disso, o planejamento formal serve a tantos
propósitos que não é mais possível admitir que você, como uma pessoa de visão, abra mão dessa
ferramenta.
Antes de entrarmos em mais detalhes sobre Plano de Negócios, vou contar-lhe uma história da
vida real sobre uma grande empreendedora americana chamada Martha Stewart. As mulheres
costumam ser grandes empreendedoras, pois, na maioria dos casos, têm mais foco e são mais
persistentes diante de di�culdades que qualquer empreendimento oferece.
Este caso é relatado por Hisrich e Peters (2004) e nos traz a fantástica experiência desta que é
um dos ícones do empreendedorismo americano. Martha Stewart, apesar de ser uma mulher
bonita e até certo ponto bem-sucedida como modelo, gostava muito de experimentar novas
receitas e novos jeitos de cuidar do lar. Num de seus primeiros movimentos empreendedores,
escreveu um livro – do tipo que faz muito sucesso no mercado editorial americano, aqueles que
ensinam “faça você mesmo” – que vendeu mais de 500 mil cópias em 30 edições.
Após esse sucesso inicial, Martha continuou escrevendo sobre uma série de temas diferentes,
como jardinagem, organização de casamentos, decoração de Natal, culinária e outros. A cada
novo lançamento, seus negócios prosperavam e, por �m, indicaram claramente a necessidade de
uma reformulação estratégica por meio de uma administração mais consolidada. Nesse ponto,
Martha já estava na TV, editava e publicava revistas, mantinha colunas em jornais e iniciava na
Internet o site de sucesso estrondoso com o endereço <www.marthastewart.com>.
Mesmo com essa grandiosidade toda, o Plano de Negócios formulado por ela – que foi utilizado
para captar recursos para o lançamento de sua revista mensal e dar maior suporte �nanceiro para
seus novos empreendimentos – baseava-se em dois eixos: oferecer soluções do tipo “faça você
mesmo” aos seus leitores e, ao mesmo tempo, oferecer os materiais para que realizassem esses
projetos. Martha abriu o capital de sua empresa, mas manteve o controle acionário. No dia do
lançamento das ações de sua empresa, a cotação de abertura das ações era de US$ 18 e a de
fechamento, no mesmo dia, foi de US$ 35. Incrível, não acha?
Veja que interessante. Nós imaginamos que, pelo fato de os EUA serem o celeiro da maioria dos
empreendimentos, tudo lá ocorre meio que por acaso, grandes empresas nascendo nas garagens
das casas. É verdade que sabemos de grandes e históricos empreendimentos que lá nasceram
desta forma, como a Apple e a Microsoft. Mas a regra não é essa, e sim raríssimas exceções. No
Quadro abaixo, você vai notar uma pesquisa do SBA (Small Business Administration), que é o
órgão do Governo americano de auxílio às pequenas empresas daquele país. Essa pesquisa é
Causa Percentual
Inexperiência no ramo 9%
Fraudes 2%
Desastres !%
TOTAL 98%
Veja só! O que Martha Stewart fez, ao elaborar um Plano de Negócios, nos ensina, de forma
prática, que não se deve contar com a sorte e sim – e isso é uma regra – planejar e planejar muito.
PRINCIPAIS INTERESSADOS
GESTÃO EMPREENDEDORA Grupo Evolução 42
É evidente que se quiséssemos saber quem é o principal interessado num Plano de Negócios, a
resposta seria bastante simples: o próprio empreendedor. Mas ele não é o único que quer – e
muitas vezes, precisa – saber como estão as coisas na empresa ou como serão, caso venha a ser
instalada.
Vamos falar um pouco sobre os diversos interessados no Plano de Negócios. De forma geral,
podemos citar os seguintes interessados no Plano de Negócios do empreendimento (PAVANI et.
al. 1997, apud DORNELAS, 2001):
Dessa forma, podemos ver que o público interessado no plano de negócios é amplo e
diversi�cado.
Tendo isto em mente, como você imagina que deve ser elaborado um plano de negócios?
Infelizmente, muitos empreendedores acreditam que fazer um Plano de Negócios é somente mais
uma burocracia a ser vencida, principalmente quando pleiteiam um �nanciamento bancário – que,
invariavelmente, para empreendimentos iniciantes, exigem que o plano de negócios seja
apresentado.
Então, pode ocorrer o pior cenário: além de não acreditar no plano e considerá-lo desnecessário,
alguns empreendedores o fazem de qualquer forma, com dados incorretos, exagerados ou
subestimados, ou mesmo, infelizmente, claramente mentirosos. Como Dornelas (2001) salienta,
pior do que não ter um plano de negócios é fazê-lo erroneamente e de forma consciente.
Considerando todos esses elementos interessados no plano de negócios, �cou claro para nós sua
importância, não é mesmo? Porém, uma dúvida que ainda pode pairar no ar é como fazer um
plano de negócios, ou seja, operacionalizá-lo, pôr no papel.
Reconheço que esta é uma das partes mais delicadas e desa�adoras do plano de negócios, mas é
preciso vencê-la. Alguns recorrem a programas de computador para fazer isso e há alguns muito
funcionais no mercado, sendo que você pode encontrar versões gratuitas para download na
Internet.
Outra coisa: embora possamos encontrar uma diversidade de modelos, não podemos a�rmar que
exista uma rigidez para se escrever um plano de negócios, no entanto, algumas etapas, a
experiência mostrou, são necessárias e essenciais.
MODELOS SUGERIDOS
Vamos utilizar alguns exemplos para ilustrar, mas volto a frisar que você deve compará-lo à
realidade de seu empreendimento em andamento ou em fase de idealização.
O primeiro modelo é o sugerido por Dornelas (2001), conforme você pode perceber abaixo:
Plano Operacional
Esta seção deve apresentar as ações que a empresa está planejando em seu sistema
produtivo e o processo de produção, indicando o impacto que estas ações terão em seus
parâmetros de avaliação de produção. Deve conter informações operacionais atuais e
previstas de fatores como: lead time do produto ou serviço, percentual de entregas a
tempo (on time delivery), rotatividade do inventário, índice de refugo, lead time de
desenvolvimento de produto ou serviço etc.
Análise de Mercado
Estratégia de Marketing
Deve-se mostrar como a empresa pretende vender seu produto/serviço e conquistar seus
clientes, manter o interesse dos mesmos e aumentar a demanda. Deve abordar seus
métodos de comercialização, diferenciais do produto/ serviço para o cliente, política de
preços, principais clientes, canais de distribuição e estratégias de promoção/comunicação e
GESTÃO EMPREENDEDORA Grupo Evolução 46
Outra sugestão de Dornelas (2001) é um Plano de Negócios destinado à empresas virtuais (as
chamadas ponto com).
1. Capa
2. Sumário
3. Sumário Executivo
4. O Negócio
5. Dados Financeiros
6. Anexos
Dornelas (2001) �nalmente sugere um modelo para microempresas em geral. Vamos examiná-lo?
1 Capa
2. Sumário
4. Produtos e Serviços
4.1 - Descrição dos Produtos e Serviços (características e benefícios)
4.2 - Previsão de Lançamento de Novos Produtos e Serviços
5. Análise da Indústria
5.1 - Análise do Setor
5.2 - De�nição do Nicho de Mercado
5.3 - Análise da Concorrência
5.4 - Diferenciais Competitivos
6. Plano de Marketing
6.1 - Estratégia de Marketing (preço, produto, praça, promoção)
6.2 - Canais de Venda e Distribuição
7. Plano Operacional
7.1 - Análise das Instalações
7.2 - Equipamentos e Máquinas Necessárias
7.3 - Funcionários e Insumos Necessários
7.4 - Processo de Produção
7.5 - Terceirização
8. Estrutura da Empresa
8.1 - Estrutura Organizacional
8.2 - Assessorias Externas (jurídica, contábil etc.)
8.3 - Equipe de gestão
9. Plano Financeiro
9.1 -Balanço Patrimonial
9.2 -Demonstrativo de Resultados
9.3 -Fluxo de Caixa
10. Anexos
Ao buscarmos sugestões para montagem de nosso Plano de Negócios, não podemos esquecer do
papel relevante que o Sebrae – Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas –
desempenha na consultoria e assessoria aos empreendedores. Esse agente de desenvolvimento
está presente nas principais cidades brasileiras e tem feito a diferença no cenário das micro e
pequenas empresas, apoiando, capacitando e acompanhando os empreendedores nessa árdua
caminhada.
No modelo sugerido pelo Sebrae, existe praticamente as mesmas etapas básicas a serem
elaboradas que vimos no modelo de Dornelas (2001).
RECOMENDAÇÕES
Nunca é demais frisar que os Planos de Negócios serão examinados por diversos públicos
interessados. Assim, da mesma forma que você tem um esmero quando vai receber convidados
em sua casa, faça o mesmo com o seu plano de negócios. A�nal, ele serve como apresentação
formal de sua empresa, do seu negócio.
Você deve ter reparado que, independente dos modelos sugeridos, o Plano de Negócios contém
uma listagem, que se apresenta no Sumário, dos principais tópicos que ele abrange. Isto é muito
prático, pois, dependendo de quem for ler esse Plano, certamente investirá mais tempo nos
tópicos que mais lhe interessam. Imagine, por exemplo, um banco ou uma agência �nanciadora.
Com toda certeza, a parte em que se demonstram os dados �nanceiros receberá maior atenção e,
por meio do Sumário que serve como um índice, esse interessado acessará mais rapidamente
essas informações.
RESUMO
GLOSSÁRIO
E-BOOK
Os arquivos acima poderão ser baixados e acessados mesmo quando não tiver
acesso a internet.
Todo o material disponibilizado pelo Evolução é destinado aos seus alunos durante a realização do curso
contratado, sendo de utilização e reprodução exclusiva e o uso não autorizado caberá as sanções
previstas em legislação de propriedade intelectual.
REFERÊNCIAS
GESTÃO EMPREENDEDORA Grupo Evolução 51
BARBOSA, Antonio P.; BARBOSA, Ana Clarisse A. A evolução do empreendedorismo, de Ford
aos nossos dias. In.:LAPOLLI, Édis M.; ROSA, Silvana B. Empreendedorismo e desenvolvimento
sustentável: visão global e ação local. Florianópolis: Pandion, 2009. pp. 125 – 148.
BARON, Robert A.; SHANE, Scott A. Empreendedorismo – uma visão do processo. São Paulo:
Thomson Learning, 2007.
FERREIRA, M. P.; SANTOS, J. C.; SERRA, F. A. R. Ser empreendedor: pensar, criar e moldar a
nova empresa. São Paulo: Saraiva, 2010.
LACOMBE, Fr. ;HEILBORN, G. Administração – princípios e tendências. 2.ed. São Paulo: Saraiva,
2008.
SILVEIRA, A. C.; GONÇALVES, G.; BONELI, J. J.; CASTRO, N. E.; BARBOSA, P. A.; VILLENA, D. J..
Empreendedorismo: a necessidade de se aprender a empreender. Net. Disponível em: <
http://www.novomilenio.br/foco/2/artigo/artigo_daniele.pdf>. Acesso em: 20 fev. 2012.
TZU, Sun. A arte da guerra. São Paulo: Ed. Martin Claret, 2002.