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Profª Jacqueline Colaço

TEORIA DO TEXTO
AULA 5

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Aluno: Milena da Silva Martins Coimbra
Email: milarai58@gmail.com
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Aluno: Milena da Silva Martins Coimbra

CONVERSA INICIAL

Nesta etapa, veremos que há algumas fórmulas que podem ser utilizadas
como exercícios componentes do texto argumentativo.
Formulas introdutórias:

• Comecemos por;
• A primeira observação recai;
• A primeira observação importante a ser feita;

Essas expressões servem para dar um desenvolvimento mais harmonioso


ao texto, ou seja, são locuções que desempenham o papel de articuladores
textuais e que garantem mais criatividade ao texto.
As fórmulas são conclusivas, por isso essas expressões normalmente
aparecem na conclusão do discurso, mas não quer dizer que o instrutor não
possa se valer de outros recursos linguísticos para tal situação.
A tarefa da argumentação não se resume a essa relação de estruturas
frasais. É importante que o aluno saiba que as proposições podem ser expressas
por outras relações e sentenças que se adequam conforme a organização do
discurso, seu valor semântico e contexto em que as passagens ocorrem.

TEMA 1 – RECURSOS ARGUMENTATIVOS

É de suma importância usar os mais variados recursos de argumentação


em um texto. Somente recursos de consenso, por exemplo, não ajudam a obter
um texto rico. O correto é mesclar recursos disponíveis.
Segundo Platão, conforme segue:

1.1Argumento de autoridade

Para que o argumento tenha caráter de autoridade é necessário que o dito


tenha sido proferido por uma autoridade reconhecida como tal, num determinado
campo do saber, em determinada área de atividade social ou profissional e que
o seu dizer seja uma verdade incontestável.

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1.2 Argumento baseado no consenso

São constituídos de preposições que não se discutem, por serem


suficiente por si mesmas e universalmente aceitas.

1.3 Argumentos baseados em provas concretas

Esse tipo de argumento é constituído de opiniões pessoais que devem


aparecer no texto sustentadas por fatos. Essas opiniões podem expressar a
formação ou desaprovação ao que a sociedade postula. É muito comum
discursos políticos usarem esse tipo de recurso argumentativo. Deve-se cuidar
da pertinência, da adequação ao tema para que seja a expressão da verdade

1.4 Argumentos com base no raciocínio lógico

Procura-se apresentar, nesse tipo de argumentação, as relações entre as


preposições mencionadas no discurso. Depois, apresentam-se as razões que
sustentam as afirmações. Devemos ter cuidado para não fugir do tema, o que é
muito comum nesse tipo de raciocínio.
Um texto incoerente quanto à lógica dos argumentos é condenável, por
isso, devemos ser sempre fidedignos ao que afirmamos para garantir a coerência
do texto.

1.5 Argumento da competência linguística

Garante a confiabilidade do discurso é a maneira como se fazem as


afirmações. De modo geral, a linguagem utilizada em textos publicitários, textos
acadêmicos, textos religiosos ou em qualquer outra esfera de atividade social é
a variante chamada culta. O vocabulário deve ser adequado ao dito, reputação
e formação acadêmica de quem toma a vez de orador. Isso dá o caráter de
confiabilidade ao que se diz.
Como vimos, são vários os tipos de argumentos que se podem utilizar ao
produzir um discurso. Cabe ao orador escolher qual deles é de maior valia no
desenvolvimento de sua preleção. Todos esses documentos estão relacionados
ao contexto de preleção – o que se adequa a um texto, poderá não se adequar
a outro.

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TEMA 2 – RETROSPECTIVA HISTÓRICA

Em trabalhos escolares que a dissertação é o foco principal, então


podemos sugerir aos alunos o uso de retrospectivas de fatos históricos como
base da sua argumentação. Tanto poderão aparecer na introdução, como no
desenvolvimento ou na conclusão da dissertação.
As ideias apresentadas para argumentação do fato histórico deverão ser
coerentes com ele e, acima de tudo, o fato deverá ser relevante para sua
inclusão no texto.
Devemos enfatizar para o aluno que ele deverá ter conhecimento desse
fato, do contexto da situação em que ele ocorreu e as relações com o momento
de sua iniciação.
Há diferentes maneiras de fazermos referências a fatos ocorridos no
passado e que tem relevância na modernidade. Para concluirmos nosso estudo
sobre o processo da dissertação, se faz necessário passarmos algumas
características. Uma dissertação histórica realiza uma análise do tema em
diferentes tempos, seguindo a estrutura certa para esse modelo de redação.

2.1 Estrutura da retrospectiva

2.1.1 Introdução

Nesta parte fazemos uma introdução ao tema, explicando-o ou definindo


sobre o que se trata. Não se trabalha com argumentos nessa parte do texto.

2.1.2 Desenvolvimento

O desenvolvimento é o “miolo” do texto separado conforme o tempo


(época) que se quer abordar. Esses textos devem ter base histórica, portanto,
colocar os dias, descrever fatos etc. é extremamente importante.

2.1.3 Conclusão

É a parte final. Deve conter um parágrafo retomando o tema. Pode-se


compilar a perspectiva presente, o momento atual ou futuro sobre o tema.
A retrospectiva histórica é um texto de ordenação cronológica que
obedece às relações lógicas: analogia, pertinência, causalidade, coexistência,
implicações etc.

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A intenção é colocar verdades válidas para os fatos acontecidos. O tempo


utilizado é o presente no seu valor atemporal.

Figura 1 – Exemplo de texto retrospectiva

Estabelecimento do tema
1º parágrafo Introdução

Retrospectiva história (época mais


2º parágrafo distante)

Desenvolvimento
Retrospectiva história (época mais
3º parágrafo próxima e época atual)

Expressão inicial + retomada do TEMA


4º parágrafo (agora sob uma perspectiva histórica) Conclusão

Como sabemos, o que atribui qualidade a um texto são os aspectos que


vão além dos limites determinados pelo sistema da linguagem. É lógico que a
correção gramatical e a observação das normas de concordância consideradas
padrão também são importantes para coesão e coerência textuais, mas é preciso
que as relações que se dão internamente com o contexto e o texto estejam
sempre adequadas, obedecendo uma relação lógica com o propósito de
estabelecer sentido ao que se afirma.

FINALIZANDO

Como leitura complementar, sugere-se o texto Leitura e escrita, de São


Joaquim Alves e Paulo Ottoni Orlândia.
Bons estudos!

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REFERÊNCIAS

BAKHTIN, M. Estética da criação verbal. Os gêneros do discurso. São Paulo:


Martins Fontes, 1997.

MARCUSCHI, Luiz Antônio. Oralidade e escrita. Conferência de abertura do II


Encontro Franco-brasileiro de ensino de língua. UFRN, Natal, out de 1995.
Disponível em:<
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/5779001/mod_resource/content/1/Orali
dade%20e%20letramento%20-%20Da%20fala%20para%20a%20escrita-
%20MARCUSCHI%2C%20Luiz%20Ant%C3%B4nio.pdf>. Acesso em: 12 jan.
2022.

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