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Leve a qualidade dos ingredientes em consideração, quanto mais novo o ingrediente melhores
são os resultados na receita.
½ cebola média
Hortelã
Para não perder tempo verifique se tudo o que você precisa está ao alcance e tenha certeza de
que tudo vai sair como o planejado.
Enquanto isso, coloco a quinoa para cozinhar junto com 1 xícara de chá de água.
O quibe cozinha rápido, então asse em forno alto, podendo utilizar o grill para dourar. Ele vai
soltar uma água por causa da quinoa e demais ingredientes. Eu retirei a água da travessa na
metade do cozimento.
Para quem está começando agora a se aventurar pela culinária sem glúten os desafios são
enormes. Tentar substituir a farinha de trigo, que já é por si só capaz de dar crocância,
elasticidade, maciez, volume, estabilidade e sabor, por um apanhado de outras farinhas sem
glúten, buscando ter as mesmas características é demasiado difícil. Isso por que temos que
unir várias farinhas que juntas tragam um pouco das características do glúten, para a receita. E
a confusão já começa quando nos deparamos com uma quantidade muito maior de farinhas
que podem ser usadas e o universo de possibilidades é tão grande que acabamos por errar
muitas vezes.
Quanto comecei a pegar firme na confecção de pães e testar misturas de farinhas, acho que
fiquei pelo menos 6 meses tentando desenvolver o primeiro pão decente e naquela época, não
consegui encontrar muitos guias, ou literatura que fossem capazes de resolver as minhas
dúvidas. Durante uns 15 dias eu fiz todos os pães que se pode imaginar, como se minha
cozinha tivesse virado um laboratório e fui desenvolvendo meu primeiro pão de maneira
profissional. Já havia feito um pão para um seminário sobre doença celíaca na faculdade de
nutrição, mas o resultado não foi bom e de 2006 para 2010, já tinha uma bagagem acumulada
que me fez enxergar as farinhas de outra forma. Foi nessa época e com poucas farinhas no
mercado para me ajudar a chegar na melhor composição que a partir de artigos científicos e
muita pesquisa nas associações de celíacos que cheguei na seguinte composição:
Digamos que você precise usar em uma receita 2 xícaras de chá de farinha. Para que a
composição de farinhas da sua receita respeite as porcentagens você precisaria de 1 xícara de
chá de farinha de arroz, ½ xícara de chá de polvilho doce e ½ xícara de chá de fécula de batata.
Falando em substituição, não espere substituir o polvilho ou a farinha de arroz em uma receita
e obter um resultado satisfatório ou igual a receita original. Eles realmente tem funções
específicas na receita e quando trocados podemos ter perda de qualidade na estrutura, na
durabilidade, na elasticidade. Eu diria, que até possível trocar a farinha de arroz por outras
farinhas, principalmente se for uma oleaginosa como amêndoa, castanha de caju e até farinha
de coco. Mas o lance é que o resultado final da receita não depende só das farinhas,
precisamos também de outros componentes da receita como farinhas formadoras de gel como
a linhaça, a chia, o psyllium. A quantidade de água ou líquido usado deve ser adequada para
que o pão ou o bolo tenham um bom resultado. Até mesmo a quantidade de ovos e o tipo de
gordura usada varia de uma receita para outra e isso também pode atrapalhar a qualidade
quando mudamos a composição das farinhas. Não estou dizendo que não é possível substitui-
los, mas para isso é preciso conhecimento, teste...
Esse ponto que abordei no parágrafo anterior, me lembra de outros fatores que acabamos
errando quando pegamos uma receita na internet, ou de um vídeo, ou mesmo fazemos um
curso ou vemos a receita em um livro. Quando você se deparar com uma receita que quer
muito testar em casa, tenha em mente que ela foi criada com aquelas características e que se
você mudar alguma coisa, o resultado não será o mesmo. E mais, quando a receita é descrita
em xícaras o autor está se referindo à xícaras e colheres medidoras. Nas aulas que ministro, é
muito comum os alunos se espantarem quando falamos em usar xícaras com nomenclatura
certinha (240ml para xícaras de chá e 15ml para colheres de sopa) para que a receita dê certo.
Alguns autores falam inclusive qual a forma correta de medir. Algumas pessoas costumam
pegar a farinha de dentro do frasco com o utensílio medidor e isso é um erro. Mas podemos
falar disso em outro post, depois. A lição aqui é seguir a receita a risca com as farinhas
certinhas.
Voltemos então a falar sobre como podemos substituir a fécula de batata. Sabendo que a
fécula é uma amido, podemos ter em mente que ele é de fácil diluição em água ou outro meio
líquido, correto? Portanto, ao trocar por farinhas de média ou alta densidade estamos falando
de ingredientes que tem mais dificuldade em se misturar com a água. Logo, ao fazer a receita
substituindo a fécula, aumente a quantidade de água aos poucos de modo que a textura da
massa seja semelhante àquela feita com a composição de farinha recomendada. Agora, quais
sãs as farinhas de média e alta densidade?
_Média densidade_
Grão de bico
Painço
Aveia
Quinoa
Sorgo
Milho
_Alta densidade_
Amaranto
Trigo Sarraceno
Farinha de coco
Teff
Existe outras proporções e outros fatores que podem acrescentar muito valor aos pães e bolos
que você fizer, tornando a receita ainda melhor e o resultado incrível, mas para chegar nesse
nível de delícia nas preparações que você quer é preciso dedicação. Imagine a sua cozinha
como um laboratório como eu fiz e desenvolva o seu próprio método.
15/04
@chefegutomedeirosoficial
Guto