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RODOLPHO MACHADO FERNANDES WAYNE

TEORIA DO CRIME: FATO TÍPICO, ILÍCITO E CULPÁVEL

Marataízes
2023
RODOLPHO MACHADO FERNANDES WAYNE

TEORIA DO CRIME: FATO TÍPICO, ILÍCITO E CULPÁVEL

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à


Faculdade Digital Descomplica Uniamérica,
como parte dos requisitos necessários à
obtenção do grau de Pós Graduado em Direito
Penal e Processual Penal.

Marataízes
2023
AGRADECIMENTOS

A Deus, em primeiro lugar, que ao longo dos anos me ensinou a lidar com os
problemas sem que isso me impedisse de continuar a progredir, aquele que sempre
esteve ao meu lado e sempre estará comigo, agradeço por ter me dado o
conhecimento necessário para desempenhar um papel honroso na sociedade e que
me motiva a nunca desistir dos meus sonhos.
À minha querida mãe, Rosimere Machado, que me ensinou os caminhos da
verdade e da justiça. Que apesar de hoje não se encontrar fisicamente comigo, sei
que sempre estará comigo, seja em seus ensinamentos, seja para eu nunca me
esquecer de tudo o que fez por mim, agradeço, pois me chamou de Presente de Deus
e dedicou sua vida a proteger a família e cuidar de mim e se hoje aqui me encontro
como um profissional na área do Direito, devo muito a ela, desejo que a senhora esteja
em um lugar muito melhor, pois merece todas as riquezas que esse mundo não pode
comprar.
Ao meu pai, Juceir Lourenço Fernandes, um grande homem que sempre se
orgulhou de mim, que em sua vida trabalhou para trazer o sustento de nossa casa,
que viveu com a minha mãe até seu último dia de vida dividindo com ela a
responsabilidade dos cuidados com a família e que me ensinou a responsabilidade
que um homem precisa ter.
À minha esposa Ingrid Natália Umbelina Wayne, a mulher que escolhi para
viver uma vida inteira ao lado, que hoje encontra-se grávida de nossa filha Clhoe,
desejo que nosso amor jamais acabe e que sejamos, assim como foram nossos pais,
uma família estruturada nos princípios cumprindo as ordens do Deus Todo Poderoso
e sejamos felizes cuidando de todos a nossa volta.
Agradeço também a meu amigo Herbert Oliveira Martins, um grande homem,
o qual me ensinou e ensina muito desde que eu o conheci, cuidadoso com a mãe,
responsável no trabalho, organizado e por diversas vezes me ajudou quando precisei,
saiba que jamais esquecerei o senhor.
Agradeço também aos meus familiares Dayana Machado Fernandes, Michelle
Ribeiro Pereira, Enzo Gabriel Câmara, Maria Eduarda Ribeiro Cabral, Eva Umbelina
Wayne, Derick Andrew Wayne. Pessoas de grande importância em minha vida e
caminhada, pessoas que aprendi e aprendo muito e me fazem um homem feliz, por
fim, agradeço a Deus e a toda minha família, pela oportunidade que me faz presente.
RESUMO

A Teoria do Crime é um conceito fundamental no sistema jurídico brasileiro e


em muitos outros sistemas jurídicos ao redor do mundo. Ele se divide em três
elementos essenciais: Fato típico, ilícito e culpável, que juntos formam a estrutura
básica para a configuração de um crime no ordenamento jurídico brasileiro. Fato
típico: O primeiro elemento da Teoria do Crime é conhecido como Fato Típico, isso
quer dizer que, para que um ato seja considerado um crime, ele precisa se enquadrar
em uma descrição legal na qual define os elementos essenciais que compõem o
crime, como a conduta do agente, o resultado produzido (quando aplicável), o nexo
de causalidade e o dolo ou a culpa, dependendo do tipo do crime. Ilícito: O segundo
elemento trata-se da licitude, referenciando ao caráter contrário à lei do ato praticado
pelo agente. Ou seja, mesmo que uma conduta se enquadre na descrição legal de um
crime (fato típico), ela só será considerada criminosa se for contrária às normas do
ordenamento jurídico. Caso contrário, o ato pode ser lícito, mesmo que seja idêntico
ao descrito na lei penal. Culpável: O terceiro elemento da Teoria do Crime trata-se da
culpabilidade do agente. Esse elemento diz respeito à capacidade do agente de
entender a ilicitude de sua conduta e de agir de acordo com essa compreensão. Em
outras palavras, o agente só pode ser responsabilizado criminalmente se tiver a
capacidade mental de compreender que sua conduta é contrária à lei e tendo ele a
liberdade de escolher entre agir de acordo com a lei ou cometer o ato ilícito. Se o
agente não for capaz é possível a existência de exclusão de sua culpabilidade, a
exemplificar um menor de 18 (dezoito) anos. O tratamento para casos como o de um
menor parte para medidas socioeducativas e o que seria entendido por crime se for
maior de idade, passa a ser tratado como ato infracional análogo ao crime em questão.
Palavras-chave: Teoria do Crime, Ilicitude, Fato Típico, Conduta Atípica,
Ordenamento Jurídico.
INTRODUÇÃO

Sob a égide do ordenamento jurídico brasileiro, a Teoria do Crime é


fundamental para a aplicação da lei penal. A análise cuidadosa de cada um desses
elementos é necessária para determinar se uma conduta é criminosa e,
consequentemente, para estabelecer a responsabilidade do autor do ato. Além disso,
o sistema jurídico brasileiro também prevê diversas causas de exclusão da tipicidade,
da ilicitude e da culpabilidade, bem como a possibilidade de aplicação de penas e
medidas alternativas, visando garantir a justiça e a proporcionalidade na punição dos
infratores. A Teoria do Crime, sob a égide do ordenamento jurídico brasileiro,
representa o cerne da análise e aplicação do Direito Penal. Este sistema estruturado
de conceitos e princípios constitui a base para a determinação da responsabilidade
penal dos indivíduos e, consequentemente, para a preservação da ordem social e
jurídica. Prosseguindo nesta análise, é fundamental compreender que a Teoria do
Crime, além de ser um pilar estrutural do sistema jurídico penal brasileiro,
desempenha um papel crucial na garantia dos direitos individuais e na manutenção
da ordem pública. Através da aplicação criteriosa dos elementos do fato típico, ilícito
e da culpabilidade, o Estado busca assegurar que somente condutas verdadeiramente
censuráveis e moralmente reprováveis sejam sancionadas.

No que concerne ao fato típico, é preciso destacar que sua análise minuciosa
implica em verificar não apenas a adequação formal da conduta à descrição legal,
mas também a presença dos elementos objetivos e subjetivos que caracterizam cada
tipo penal. Isso envolve a avaliação da conduta em si, a identificação do resultado,
quando pertinente, e a averiguação da intenção do agente ou, em alguns casos, a
negligência ou imprudência que podem configurar a culpa. A ilicitude, por sua vez, é
um elemento que se conecta intimamente com os princípios fundamentais do Estado
de Direito. Ela serve como um filtro para garantir que somente condutas moralmente
reprováveis e contrárias ao bem comum sejam criminalizadas. Em um sistema jurídico
democrático, a definição precisa do que é ilícito é crucial para evitar abusos de poder
e assegurar que a punição criminal seja aplicada de maneira justa e equitativa. No
âmbito da culpabilidade, é fundamental reconhecer que a avaliação da capacidade do
agente de compreender a ilicitude de sua conduta e de agir de acordo com essa
compreensão é um elemento essencial para evitar a responsabilização injusta de
indivíduos que não possuem a plena capacidade de discernimento, como crianças,
pessoas com doenças mentais ou aqueles que agem sob coerção. Deste modo, a
Teoria do Crime, com seus elementos constituintes – fato típico, ilícito e culpável -
exerce uma influência profunda na maneira como o sistema jurídico penal brasileiro
aborda as infrações. Ela garante não apenas a proteção dos direitos individuais dos
cidadãos, mas também a preservação da legitimidade e da eficácia do sistema de
justiça criminal. Portanto, uma compreensão aprofundada desses elementos é
fundamental para a correta aplicação da lei penal e para a busca da justiça dentro do
contexto jurídico brasileiro.

Continuando a análise, é importante destacar que a Teoria do Crime


desempenha um papel crucial na preservação dos direitos individuais e na
manutenção da ordem pública. Ela faz isso através da aplicação cuidadosa dos
elementos do crime. No que diz respeito ao fato típico, sua análise minuciosa vai além
da simples verificação da adequação formal da conduta à descrição legal, pois envolve
também a avaliação dos elementos objetivos e subjetivos que caracterizam cada tipo
penal. Isso inclui a análise da conduta em si, a identificação do resultado, quando
aplicável, e a investigação da intenção do agente, ou, em alguns casos, a negligência
ou imprudência que podem configurar a culpa. Essa análise criteriosa é fundamental
para garantir que apenas condutas verdadeiramente censuráveis sejam sancionadas.
A ilicitude por sua vez, desempenha um papel importante na conexão com os
princípios fundamentais do Estado de Direito. Ela atua como um filtro para garantir
que somente condutas moralmente reprováveis e prejudiciais ao bem comum sejam
criminalizadas. Em um sistema jurídico democrático, a definição precisa do que é ilícito
é crucial para evitar abusos de poder e assegurar que a punição criminal seja aplicada
de maneira justa e equitativa. No âmbito da culpabilidade, a avaliação da capacidade
do agente compreender a ilicitude de sua conduta de agir de acordo com essa
compreensão é um elemento essencial para evitar a responsabilização injusta de
indivíduos que não possuem a plena capacidade de discernimento. Isso inclui
crianças, pessoas com doenças mentais ou aqueles que agem sob coerção. Portanto,
a Teoria do Crime não apenas identifica condutas puníveis, mas também considera a
capacidade de culpabilidade do agente, garantindo que a punição seja proporcional à
gravidade da conduta e à capacidade de discernimento de cada indivíduo.
METODOLOGIA

O objetivo do presente trabalho é compreender com maior profundidade as


raízes da Teoria do Crime no ordenamento jurídico brasileiro. Com uma abordagem
baseada em uma metodologia quanti-qualitativa, que empregará a análise de fatos
concretos e pesquisa de campo para alcançar uma conclusão embasada em dados
empíricos. Com a coleta de dados por todos os meios possíveis em uma pesquisa de
campo juntamente com uma resposta na prática e na doutrina, será a busca por uma
resposta conclusiva ao final do artigo.

Definição do objetivo da pesquisa:


A propositura da presente metodologia é alcançar maior clareza ao se tratar da
Teoria do Crime no ordenamento jurídico brasileiro, buscando definir novos horizontes
e entender o atual pensamento da corte e a jurisprudência acerca do tema.

Revisão Bibliográfica inicial:


Uma revisão bibliográfica a respeito da Teoria do Crime, obras clássicas,
atualização de doutrinas, artigos acadêmicos e jurisprudência acerca do tema. Com a
presente revisão será fornecida a base teórica solidificada para a presente pesquisa.

Identificação de fatos concretos relevantes:


Na busca por fatos concretos de relevância para o tema, será levantada a questão e
a resposta para o problema apresentado, procurando por decisões judiciais relevantes
quais possam demonstrar a aplicação da Teoria do Crime em sua totalidade e
plenitude.

Elaboração do Instrumento de Pesquisa:


Com a finalidade do desenvolvimento de um instrumento de pesquisa com
perguntas abertas e fechadas buscando abordar interpretação legislativa, casos
práticos, entendimentos divergentes, impacto social, e outros aspectos relevantes, a
fim de coletar dados importantes para a compreensão da legislação, casos práticos,
com a busca pela coleta de dados importantes para a compreensão da Teoria do
Crime em sua plenitude.
Realização de pesquisa de campo:
Será realizada uma pesquisa uma pesquisa de campo junto a profissionais do Direito
Penal, como advogados, juízes, promotores, professores universitários e especialistas na
área.

Análise dos dados coletados:


Durante a pesquisa de campo, os dados serão organizados e analisados utilizando
métodos de análise qualitativa e quantitativa, com o objetivo de identificar padrões,
tendências, divergências, e áreas de consenso que emergem dos dados.

Elaboração de relatório final:


Com base na análise dos dados e na comparação com a revisão bibliográfica, será
elaborado um relatório final que apresente os resultados da pesquisa. Esse relatório terá por
finalidade o fornecimento de uma visão abrangente no que tange a Teoria do Crime em seus
aspectos judiciais, contribuindo para o aprofundamento do conhecimento na área.
DESENVOLVIMENTO

Conceituando Crime

A palavra deriva do latim Crimen, do verbo Crimein o qual possui o significado


de dispersar, selecionar, triar, para então distinguir. O Crime é entendido como
sinônimo de delito, recaindo sobre um determinado fato uma avaliação social negativa,
não sendo desse modo desejado que ocorra, assim, após a constatação do
comportamento delituoso, é então estabelecida uma sanção (SOUZA 2021).

Consoante o método analítico, consoante a autoridade doutrinária de Rogério


Greco, a apreensão da definição de crime demanda a análise conjunta dos elementos
constitutivos do delito, de maneira que este se configure como a conjunção de quatro
elementos, a saber: o fato, a ilicitude, a tipicidade e a culpabilidade (GRECO, 2011, p.
142). Mesmo com o seu significado inicialmente derivado do Latim, as sociedades ao
longo dos anos decidiram amplificar o sentido e buscar um termo claro para o nome,
buscando de algum modo conceituar a palavra e definir os atos que podem ser
considerados crime, ou ato infracional ou contravenção penal. O desenvolvimento da
noção de crime ao longo da história é fundamental para o entendimento do sistema
legal contemporâneo. Conforme mencionado, o termo “crime” possui suas raízes no
Latim, essa origem etimológica carrega consigo a ideia de separação e dispersão, no
entanto a definição e interpretação do que constitui um crime não são estáticas, mas
sim dinâmicas, adaptando-se às mudanças na sociedade, na ética e na compreensão
das normas legais. A evolução do conceito de crime reflete a necessidade de equilibrar
a repressão de comportamentos prejudiciais à comunidade com a proteção dos
direitos individuais e o respeito pelos princípios da justiça.

Contravenção Penal

De acordo com o Conselho Nacional do Ministério Público – CNMP a


Contravenção é uma infração penal classificada como “um crime menor”. Por essa
razão, é punido com pena de prisão simples e/ou de multa, tendo como exemplo os
jogos de azar. Ampliando um pouco mais o conceito e definindo uma base mais clara
o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios se ocupou de conceituar e
diferenciar o crime de contravenção, afirmando que o crime ele possui pena de
reclusão e detenção de até 30 (trinta) anos, descrevendo também que a ação penal é
pública e privada e sua tentativa é punível, já a contravenção é descrita que a maior
pena será a prisão simples de até 5 anos, sendo apenas ação penal incondicionada e
não será punível a tentativa.

Sendo a Contravenção considerada uma infração leve, ela não foge do conceito
original de crime, sendo ela fato típico, ilícito e culpável, porém a importância desse
fato para a sociedade não é marcante como a exemplificar um crime de roubo (artigo
157 do Código Penal), no qual a vítima sofre uma ameaça e perde seu pertence, ou o
crime mais simples, que é o caso do furto (artigo 155 do Código Penal), no qual apesar
de não sofrer violência ou grave ameaça, a vítima perde seu pertence. No caso da
Contravenção não há a perda de um bem, ou a violência, é apenas um delito
reprovável pela sociedade, mas que não causa um dano aparente, como é o caso do
porte de drogas para uso pessoal e os jogos de azar, que são condutas reprováveis
pela sociedade, porém o impacto negativo social é menor que um crime de fato
descrito no Código Penal.

Materialidade delitiva

Com o objetivo de justificar perante a sociedade a medida do conteúdo material


do tipo incriminador a doutrina vem traçando conceitos que buscam materializar o que
se entende por crime, no que diz respeito especialmente à identificação do bem
jurídico de natureza penal tutelado pelo tipo incriminador, sendo esse um dos
principais critérios de legitimação de uma infração penal (SOUZA 2021). Desse modo
o crime é materialmente compreendido como toda lesão ou ameaça de lesão a um
bem jurídico tipificado no Código Penal ou demais legislações que apresentam a
tipicidade a culpabilidade e a ilicitude de uma determinada conduta (LISZT 2003,
p.139). Em julgado, a Turma Recursal do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP)
aduziu-se do seguinte modo a respeito da tipicidade, ilicitude e culpabilidade:
APELAÇÃO CRIMINAL DEFENSIVA – INGRESSO
DE APARELHO CELULAR EM ESTABELECIMENTO
PRISIONAL – ARTIGO 349-A – FATO TÍPICO,
ILÍCITO E CULPÁVEL – DOLO EVIDENCIADO –
CRIME IMPOSSÍVEL – NÃO CONFIGURAÇÃO –
PENA BEM DOSADA, EM SEU MÍNIMO LEGAL –
APELO NÃO PROVIDO.
(TJ-SP - APR: 00031453620168260024 SP 0003145-
36.2016.8.26.0024, Relator: Luciano Correa Ortega,
Data de Julgamento: 15/12/2020, Turma Recursal
Cível, Criminal e Fazenda Pública, Data de
Publicação: 15/12/2020).

Entendendo haver materialidade delitiva em apelação movida pela autora,


negou provimento ao constatar a inexistência de crime impossível em razão do dolo
evidenciado, demonstrando desse modo que a jurisprudência dos tribunais vem
seguindo a Teoria do Crime na prática para a tomada de suas decisões, estando então
não somente no aspecto doutrinário, como também na prática profissional do operador
do direito.

Com o propósito de tutelar o bem jurídico a conceituação de crime busca por


meio de respostas coerentes e éticas limitar o poder de punir ou não punir do Estado
(ZAFFARONI 2008, p.80). A doutrina busca definir um padrão a ser seguido pelos
juristas, para que o Estado somente possa com uma determinada sanção penal punir
aquele que infringe as regras sociais determinadas no código, não sendo possível no
caso em questão que a tutela seja por um meio menos gravoso (HASSEMER 2007,
p. 95), para que desse modo o Estado seja limitado, evitando decisões incoerentes
com os fatos, elevando deste modo a segurança jurídica e assim a justiça passa a ser
respeitada pela sociedade e desse modo, mantendo a harmonia e confiança (CUNHA
1995). TAVARES (2022) em Teoria do Injusto Penal, descreve que o cerne do sistema
valorativo é a pessoa humana, se referindo a uma afirmação que possui implicações
significativas no contexto do direito penal, principalmente quando analisada à luz dos
princípios do Código Penal e da Teoria do Crime, como é o caso do Princípio da
Legalidade que foi positivado no artigo 1º do Código Penal brasileiro descrevendo
que “Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia
cominação legal”. Implicando assim que ninguém poderá ser penalizado a
menos que tenha cometido uma infração previamente definida em lei. Isso
ressalta a importância de proteger os direitos da pessoa humana, garantindo
que o Estado não possa punir arbitrariamente sem ao menos esse delito estar
tipificado no código. O princípio da intervenção mínima, também denominado
Princípio da Necessidade, é aquele que, originário da Declaração dos Direitos
do Homem e do Cidadão de 1789, especificamente em seu artigo 8°, estipula
que a legislação deve prever apenas sanções estrita e evidentemente
necessárias. Isso ocorre porque o Direito Penal deve reprimir condutas que
atentem contra bens jurídicos não protegidos por outros ramos do Direito
(MASSON, 2014, p. 491). Outro princípio importante destacar é o Princípio da
Humanidade das penas, o qual proíbe a imposição de penas cruéis,
degradantes ou desumanas, reforçando a ideia de que a pessoa humana deve
ser tratada com dignidade, mesmo após ser condenada por um crime bárbaro.
O Princípio da Culpabilidade pode-se dizer que é um dos elementos-chave da Teoria
do Crime, indicando que a pena deve ser aplicada apenas a quem efetivamente
cometeu o delito, protegendo a pessoa humana contra acusações injustas ou
punições desproporcionais.

A Teoria do Crime é um campo fundamental do direito penal que analisa os


elementos essenciais que constituem um crime. Entre esses elementos estão a
tipicidade, ilicitude e culpabilidade. A conduta refere-se à ação ou omissão realizada
pelo agente, ressalta que o sistema valorativo, ao lidar com a conduta criminosa, deve
levar em consideração a pessoa humana como agente e não apenas ato em si. Isso
implica que as circunstâncias pessoais do agente podem influenciar a avaliação de
determinada conduta. Embora anteriormente tenha sido abordada como uma causa
excludente de tipicidade, a insignificância merece uma consideração mais
aprofundada devido ao seu status como princípio no âmbito do Direito Penal. Esse
princípio tem sua origem na concepção moderna, quando Claus Roxin buscou
aprimorar a tese de Hans Welzel, o qual preconizava a ideia de que lesões
insignificantes deveriam ser excluídas do escopo do Direito Penal (ESTEFAM;
GONÇALVES, 2012). Ao tratar da tipicidade os atos só podem ser considerados
criminosos se estiverem previstos na lei. Isso está em consonância com o Princípio
da Legalidade e, por extensão, a ideia de proteção da pessoa humana, garantindo
que ela não seja punida por ações não previamente definidas como delitos. A ilicitude
é uma conduta contrária ao Direito, ou seja, pautada no Código Penal como conduta
reprovada socialmente e ao agir em conformidade com o fato típico descrito no código
gera um tipo de punição, podemos exemplificar o crime de estelionato, descrito no
artigo 171 do Código Penal o qual descreve: “Obter para si ou para outrem, vantagem
ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício,
ardil, ou qualquer outro meio fraudulento: Pena – reclusão, de 1 (um) a 5 (cinco) anos,
e multa. Uma observação pertinente em relação ao fato típico foi destacada pelo
professor Damásio Evangelista de Jesus, que conceitua o fato típico como "o
comportamento humano (positivo ou negativo) que provoca um resultado (geralmente)
e está previsto na legislação penal como infração" (JESUS, 2011, p. 196). Nesse
sentido, o fato típico é dividido em quatro elementos, a saber: conduta, resultado, nexo
causal e tipicidade.

Em resumo, a importância da proteção da dignidade e dos princípios do Código


Penal e a Teoria do Crime são instrumentos legais e conceituais que refletem esse
foco na pessoa humana, assegurando que o sistema de justiça penal funcione de
maneira justa, proporcional e respeitosa aos direitos individuais. Essa abordagem
centrada na proteção da dignidade e na aplicação dos princípios do Código Penal e
da Teoria do Crime não só reforça a confiança da população no sistema de justiça,
mas também serve como um farol para guiar o desenvolvimento de leis e políticas
justas e humanas. Ela desencoraja práticas abusivas, torturas e tratamentos
desumanos no tratamento de suspeitos e condenados promovendo uma abordagem
mais ética e respeitosa na condução de investigações, julgamentos e execução de
penas. A proteção da dignidade humana e o respeito pelos princípios do Código Penal
e da Teoria do Crime também têm implicações no processo de reforma do sistema de
justiça criminal. Isso pode incluir iniciativas para reduzir a superlotação carcerária,
promover alternativas à prisão, e investir em programas de reabilitação e reintegração
social. Em vez de focar apenas na punição, o sistema de justiça se volta para a
prevenção do crime e a reinserção dos infratores na sociedade, buscando abordagens
mais eficazes para lidar com as causas subjacentes do comportamento criminoso.

Fato Típico

O Fato Típico se refere a um evento ou ação que se encaixa nos elementos


descritos em um determinado artigo do Código Penal como crime. Em outras palavras,
um fato típico é uma conduta que se enquadra nos parâmetros legais estabelecidos
para a definição de um crime específico. A conduta, ou seja, ação ou omissão
realizada pelo autor fato, sendo tal conduta voluntária e consciente, agindo de forma
deliberada é um dos elementos essenciais para definir como fato típico. Alguns crimes
exigem a ocorrência de um resultado específico, como ferimento ou morte de alguém,
enquanto outros crimes podem ser cometidos sem a necessidade de um resultado
concreto. Além de existir uma relação de causa e efeito entre a conduta do autor e o
resultado, sendo essa conduta a causa direta ou contribuir de forma substancial para
a ocorrência do resultado, entende-se por nexo causal essa relação de causa e efeito.

A Teoria Finalista é adotada no ordenamento jurídico brasileiro, essa


abordagem finalista da ação tem impacto significativo na forma como crimes são
interpretados e julgados em diversos sistemas legais, especialmente naqueles
influenciados pelo sistema jurídico alemão, sendo uma concepção importante no
campo do Direito Penal, especialmente no sistema jurídico alemão, e tem influenciado
o entendimento da conduta criminosa em outros sistemas jurídicos ao redor do mundo.
Ela foi desenvolvida principalmente por Hans Welzel, um jurista alemão, e é uma das
teorias mais significativas na interpretação de ação no Direito Penal. A teoria enfatiza
a importância da vontade na determinação da ação criminosa. De acordo com o
finalismo, a ação criminosa não se limita à conduta física, mas envolve a vontade
consciente do agente. Isso significa que não basta apenas olhar para o que o agente
fez, mas também é essencial entender o propósito ou a finalidade da ação. O finalismo
distingue claramente entre o dolo (intenção) e a culpa (negligência) como elementos
necessários para a configuração de um crime. O dolo envolve a vontade consciente
de cometer uma ação criminosa, enquanto a culpa refere-se à negligência ou
imprudência do agente, ela ainda considera que a ação criminosa é dirigida a um
propósito final, ou seja, a uma finalidade. Portanto, a finalidade (ou finalidade de agir)
desempenha um papel importante na avaliação da conduta criminosa. Além da
relação de causalidade, é preciso também analisar a finalidade da ação, sendo
rejeitada a ideia de que um resultado naturalístico, como a ocorrência de danos, seja
suficiente para determinar a existência de um crime, ao contrário, a avaliação é
baseada na vontade do agente e na finalidade da ação.

Ilicitude do fato

No ordenamento jurídico penal brasileiro, a ilicitude do fato se refere a uma das


duas principais características necessárias para que um comportamento seja
considerado crime, sendo a outra a tipicidade. A ilicitude diz respeito à contrariedade
do ato praticado com as normas legais vigentes, ou seja, o ato é considerado ilícito
quando vai contra o que a lei estabelece como conduta proibida. Quando uma ação é
expressamente proibida por uma norma legal. Por exemplo, matar alguém sem
justificativa legal constitui uma ação proibida pela lei, tornando-a ilícita.

É importante ressaltar que mesmo uma conduta seja tipificada como crime,
pode haver situações em que essa conduta seja considerada lícita devido a uma
justificativa legal, tomamos como exemplo o caso da legítima defesa, sendo ela uma
causa de excludente de ilicitude, encontrada no artigo 25 do Código Penal Brasileiro,
e busca proteger o bem maior que é a vida, quando o ator da ação usa
moderadamente os meios necessários para repelir injusta agressão, o conceito
descrito é relativo ao utilizar os termos “usando moderadamente dos meios
necessários” e “injusta agressão”, pois há momentos em que a única defesa viável é
romper com o bem maior de um terceiro, já que há uma iminente ameaça ao seu,
buscando encontrar equidade entre o “justo e o injusto” instituiu-se a excludente de
ilicitude entendida por legítima defesa. Com efeito, conforme apresentado por
Bitencourt, o conceito de legítima defesa é descrito como "aquela necessária para
repelir uma agressão atual e ilegítima contra si mesmo ou outrem. Seu pensamento
fundamental reside no fato de que o Direito não tem razão para ceder diante do injusto"
(BITENCOURT, WELZEL, 1970 apud BITENCOURT, 2011, p. 374). Uma vez que não
constituem o cerne do presente trabalho, as duas primeiras causas de exclusão de
ilicitude foram superadas, sendo necessário enfatizar e detalhar as duas causas
subsequentes, uma vez que apresentam certas peculiaridades em relação ao tema
abordado.

Portanto, para que um ato seja considerado crime no ordenamento jurídico


penal brasileiro, ele deve ser tipificado em lei como conduta proibida, respeitando
dessa maneira o Princípio da Legalidade, descrito no artigo 1º do Código Penal
Brasileiro. Ademais, a ilicitude de provas obtidas pode anular totalmente uma
sentença, bem como as decorrentes desta, como entende o Superior Tribunal de
Justiça, vejamos:

RECURSO ESPECIAL. PROCESSUAL PENAL.


TRÁFICO ILÍCITO DE DROGAS. BUSCA PESSOAL.
REQUISITOS DO ART. 244 DO CÓDIGO DE
PROCESSO PENAL. AUSÊNCIA DE FUNDADA
SUSPEITA. ABORDAGEM EM VIA PÚBLICA
MOTIVADA APENAS POR IMPRESSÃO DE
NERVOSISMO. ILICITUDE DAS PROVAS OBTIDAS.
ABSOLVIÇÃO. RECURSO ESPECIAL PROVIDO. 1. A
percepção de nervosismo do averiguado por parte de
agentes públicos é dotada de excesso de subjetivismo
e, por isso, não é suficiente para caracterizar a fundada
suspeita para fins de busca pessoal, medida invasiva
que exige mais do que mera desconfiança fundada em
elementos intuitivos. 2. À falta de dados concretos
indicativos de fundada suspeita, deve ser considerada
nula a busca pessoal amparada na impressão de
nervosismo do Acusado por parte dos agentes
públicos. 3. Recurso especial provido, a fim de anular
as provas obtidas ilicitamente, bem como as provas
delas decorrentes e, em consequência, absolver o
Recorrente, nos termos do art. 386, inciso II, do Código
de Processo Penal.

(STJ - REsp: 1961459 SP 2021/0044017-0, Relator:


Ministra LAURITA VAZ, Data de Julgamento:
05/04/2022, T6 - SEXTA TURMA, Data de Publicação:
DJe 08/04/2022).

Desse modo, mesmo o agente, agindo ilicitamente, estando inclusive sua conduta
pautada e tipificada no Código Penal, caso a autoridade policial agir ilicitamente para
produzir provas contra este que comete o ato tipificado no Código Penal, torna-se nula
a sentença.

Culpabilidade do Agente

No Direito Penal Brasileiro a culpabilidade é um dos princípios fundamentais


norteadores da responsabilidade penal do agente, ela se refere à capacidade do
indivíduo entender a ilicitude e de seus atos e de se autodeterminar de acordo com
essa compreensão, assim sendo, de agir de forma contrária à norma jurídica de forma
livre e consciente. Desempenhando um papel crucial na determinação da pena e da
responsabilidade criminal, sendo inclusive considerada um dos elementos do conceito
trinário do crime, que inclui a tipicidade e antijuridicidade. Com essa reconfiguração,
o tipo, antes exclusivamente descritivo de um processo exterior, transformou-se em
um instituto pleno de significado, configurando-se como um tipo de injusto. Esse tipo
muitas vezes inclui elementos normativos e, em outras ocasiões, elementos subjetivos
(TOLEDO, 2001, p. 54). Dessa forma, o conceito de tipicidade emerge como uma
construção conceitual que se estabelece somente após o sistema dogmático ter
desenvolvido todos os demais elementos do crime. Diante desse cenário, a tipicidade
penal ocupa posição nos dois métodos do direito penal, constituindo o conceito
fundamental do direito penal. Simultaneamente, a tipicidade desempenha o papel de
elemento que confere relevância conceitual ao comportamento no âmbito penal, no
que se refere ao primeiro dos métodos, a teoria do crime. Além disso, a tipicidade
funciona como limite, tanto negativo quanto positivo, do rigor teórico, que se
manifestará como a forma de apresentação no segundo método, utilizado para a
aplicação concreta do tipo penal – ou para sua exclusão – em uma sentença (CAPEZ,
2011).

A Culpabilidade no Direito Penal principalmente no que se refere ao Direito


Brasileiro é tratada no Código Penal, que estabelece critérios e limites para sua
avaliação, quais podemos citar a Imputabilidade que diz respeito à capacidade do
agente entender o caráter ilícito de seus atos e de determinar-se de acordo com esse
entendimento. Em outras palavras, é a capacidade de discernir entre o que é
moralmente correto e o que é proibido pela Lei, sendo considerados inimputáveis os
menores de 18 anos, os doentes mentais e aqueles que, por razão alheia a sua
vontade, não conseguem compreender a ilicitude de suas ações. Sendo elemento
crucial, pois define se o agente é ou não responsável por suas ações do ponto de vista
penal. Isso não significa que não haverá nenhuma consequência para os atos
praticados por um agente inimputável, apenas que o tratamento será no sentido de
impedir com que o ato volte a ser praticado por um infrator, sendo que o agente
inimputável com problemas de saúde mental será posto em tratamento em um
Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico (HCTP), e o menor infrator o crime
será entendido como Ato Infracional Análogo ao crime cometido pelo mesmo, será
este menor apreendido por força de ordem judicial e ao depender do ato, poderá ser
liberado quando um dos responsáveis comparecer ao local em que o menor se
encontrar, ou quando seu ato for mais gravoso o menor irá permanecer sob internação
para garantia de sua segurança pessoal ou manutenção de ordem pública (TEIXEIRA
2021).

Além da imputabilidade, a culpabilidade considera inclusive se o agente era


capaz de compreender que sua conduta era contrária ao ordenamento jurídico, nesse
sentido, a potencial consciência da ilicitude avalia se o agente tinha a possibilidade de
conhecer a ilicitude do ato que praticou, se devido a um erro de proibição invencível
não era possível compreender a ilicitude de seu ato, a culpabilidade pode ser reduzida
ou excluída. Existe ainda a possibilidade de uma exigibilidade de conduta diversa que
se refere à capacidade do agente agir de maneira diversa, ou seja, de escolher
alternativas éticas à ação criminosa. É importante considerar as circunstâncias em
que o ator da ação se encontrava no momento do crime. Se o agente agiu sob coação
moral irresistível, por exemplo, em que a ameaça de um mal maior o forçou a cometer
o delito.

Desse modo a culpabilidade desempenha um papel central na determinação


da pena no sistema penal brasileiro. Quanto maior a culpa do agente, maior a pena,
sendo um dos pilares da responsabilidade criminal, garantindo que a punição seja
justa, proporcional e adequada às circunstâncias individuais de cada caso.

CONCLUSÃO

Sendo a Teoria do Crime um conceito essencial no Sistema Jurídico Brasileiro


e em muitos outros sistemas legais em todo o mundo, fornecendo a estrutura
fundamental para a definição e compreensão de crimes, o presente artigo buscou
desenhar uma estrutura compreensível e importante para o atual cenário jurídico,
trazendo os três elementos, a saber, o fato típico, ilícito e o culpável, no qual o fato
típico estabelece a base, definindo características essenciais que compõem um crime,
como a conduta do agente, o resultado produzido, o nexo de causalidade e a presença
de dolo o culpa, dependendo do tipo de crime. A segunda dimensão, o ilícito, ressalta
que a mera adequação de uma ação à descrição legal de um crime não torna
automaticamente criminosa; devendo, além disso, ser contrária as normas do
ordenamento jurídico. Portanto, a ilicitude é um requisito importante para determinar
se uma conduta é ou não criminosa. Por fim, a culpabilidade se concentra na
capacidade do agente de compreender a ilicitude de suas ações e escolher agir de
acordo com a lei. Isso implica uma avaliação da capacidade mental do indivíduo e de
sua liberdade de escolha.

Em conclusão, o artigo abordou diversos aspectos essenciais relacionados ao


conceito de crime no contexto do Direito Penal desde sua origem etimológica até a
evolução ao longo da história, ficou claro que o conceito de crime não é estático, mas
sim dinâmico, adaptando-se às mudanças na sociedade, na ética e na compreensão
das normas legais. Além disso, a discussão sobre a contravenção penal, materialidade
delitiva, fato típico, ilicitude do fato e culpabilidade do agente destacou a importância
de proteger a dignidade humana e respeitar os princípios do Código Penal e da Teoria
do Crime. Essa abordagem não apenas fortalece a confiança da sociedade no sistema
de justiça, mas também orienta o desenvolvimento de leis e políticas mais justas e
humanas. A noção de culpabilidade desempenha um papel fundamental na
determinação da pena, garantindo que a punição seja proporcional e justa, levando
em considerações individuais de cada caso. Em última análise enfatizou-se a
importância de equilibrar a repressão e comportamentos prejudiciais à comunidade
com a proteção dos direitos individuais, mantendo assim a harmonia e confiança no
sistema de justiça.
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