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60 horas

Atualização Em Enfermagem –
Terapêutica Medicamentosa
Crisângela Santos de Melo
Com certificado
online
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Terapêutica Medicamentosa" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a
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Crisângela Santos de Melo
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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 5
CONCEITOS ....................................................................................................................... 6
2.1 CONCEITOS GERAIS ............................................................................................... 6
2.2 CONCEITOS SOBRE DOSAGEM ............................................................................ 7
LEGISLAÇÃO DIANTE DA TERAPIA MEDICAMENTOSA .................................... 8
3.1 DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS ...................................................................... 8
3.2 DAS RESPONSABILIDADES ................................................................................... 8
3.3 DOS DEVERES .......................................................................................................... 9
3.4 DAS PROIBIÇÕES ..................................................................................................... 9
FARMACODINÂMICA ................................................................................................... 10
FARMACOCINÉTICA .................................................................................................... 12
5.1 CONCEITO ............................................................................................................... 12
5.2 FASES DA FARMACOCINÉTICA ......................................................................... 12
FORMAS DE APRESENTAÇÃO DOS MEDICAMENTOS ....................................... 14
6.1 SÓLIDO..................................................................................................................... 14
6.2 LIQUÍDO................................................................................................................... 15
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS ............................................... 16
7.1 VIA NASAL .............................................................................................................. 16
7.2 VIA OCULAR ........................................................................................................... 16
7.3 VIA ORAL ................................................................................................................ 17
7.4 VIA RETAL .............................................................................................................. 17
7.5 VIA INTRADÉRMICA ............................................................................................ 18
7.6 VIA INTRAMUSCULAR ......................................................................................... 18
7.7 VIA SUBCUTÂNEA ................................................................................................ 18
7.8 VIA ENDOVENOSA ................................................................................................ 19
GRUPOS FARMACOLÓGICOS .................................................................................... 20
8.1 ANTIBIÓTICOS ....................................................................................................... 20
8.2 ANTIPARASITÁRIOS ............................................................................................. 23
8.3 ANTI-HIPERTENSIVOS ......................................................................................... 23
8.4 ANTIMICÓTICOS .................................................................................................... 25
8.5 ANTIVIRAIS ............................................................................................................ 25
8.6 ANTIPARASITÁRIOS ............................................................................................. 26
8.7 ANTI-HISTAMÍNICOS ............................................................................................ 26
8.8 ANTICOAGULANTES ............................................................................................ 26
8.9 BRONCODILATADORES....................................................................................... 26
8.10 ANALGÉSICOS OPIOIDES E NÃO OPIOIDES .................................................. 26
8.11 ANTICONVULSIVANTES .................................................................................... 27
8.12 ANTIPARKINSONIANO ....................................................................................... 27
8.13 ANTIDEPRESSIVOS ............................................................................................. 27
8.14 ANSIOLÍTICOS ...................................................................................................... 27
8.15 ANTIEMÉTICOS .................................................................................................... 28
8.16 ANTI-INFLAMATÓRIOS NÃO-ESTEROIDAIS ................................................. 28
8.17 HIPOGLICEMIANTES .......................................................................................... 28
8.18 ANTIÁCIDOS ......................................................................................................... 28
8.19 DIURÉTICOS ......................................................................................................... 28
CÁLCULO DE MEDICAÇÃO ........................................................................................ 29
9.1 UNIDADES DE MEDIDA ....................................................................................... 29
9.2 REGRA DE TRÊS..................................................................................................... 30
9.3 REGRA DE TRÊS COMPOSTA .............................................................................. 30
9.4 DILUIÇÃO ................................................................................................................ 31
9.5 REDILUIÇÃO ........................................................................................................... 31
9.6 GOTEJAMENTO ...................................................................................................... 32
9.7 CÁLCULO DE INSULINOTERAPIA ..................................................................... 33
AVALIAÇÃO..................................................................................................................... 34
REFERÊNCIAS................................................................................................................. 38
Unidade 1 – Introdução

01
INTRODUÇÃO

Antigamente vista como algo místico, acreditava-se que as doenças eram causadas por
demônios e maus espíritos. Como ciência nasceu em meados do século XIX. A farmacologia
é a ciência que estuda como as substâncias químicas interagem com os sistemas biológicos.
A palavra farmacologia deriva do grego e, significa: pharmakós (fármaco) e logos (estudo).

Ressalva-se que toda administração de medicamentos possui um efeito, dito eficaz


ou não ao paciente. Portanto, é indispensável que profissionais de saúde possuam habilidades
e conhecimentos quanto toda ação dos fármacos frente ao paciente.

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Atualização em Enfermagem – Terapêutica Medicamentosa

02
CONCEITOS

2.1 CONCEITOS GERAIS


Fármaco (pharmacon = remédio): estrutura química conhecida; propriedade de modificar
uma função fisiológica já existente.

Medicamento (medicamentum = remédio): fármaco com propriedades benéficas,


comprovadas por meio cientifico. Todo medicamento é um fármaco (remédio), mas nem
todo fármaco (remédio) é um medicamento.

Droga (drug = remédio, medicamento, droga): substância que modifica a função


fisiológica com ou sem intenção benéfica.

Remédio (re = novamente; medior = curar): substância animal, vegetal, mineral ou


sintética; procedimento (ginástica, massagem, acupuntura, banhos); fé ou crença; influência:
utilizados em benefício da saúde.

Placebo (placeo = agradar): O que feito com intenção benéfica para aliviar o
sofrimento: fármaco/medicamento/droga/remédio (em concentração pequena ou mesmo na
sua ausência), a figura do médico (feiticeiro).

Efeito Adverso ou Indesejado - Ação diferente do efeito planejado.

Potencialização - Efeito que ocorre quando um fármaco aumenta ou prolonga a ação


de outro fármaco.

Efeito Colateral - Efeito imprevisível que não está relacionado à principal ação do
fármaco.

Fórmula farmacêutica: é o conjunto de substâncias que compõem a forma pela qual


os medicamentos são apresentados e possui os seguintes componentes: princípio ativo
(agente químico), o corretivo (sabor, corantes, açúcares) e o veículo (dá volume, em forma
de talco, pós).

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Unidade 2 – Conceitos

Forma farmacêutica: é a maneira física pela qual o medicamento se apresenta. Ex:


lasix comprimido, Binotal suspensão....

Remédio: Todo meio usado com fim de prevenir ou de curar as doenças.

Prescrição medicamentosa: é o documento ou a principal fonte de informações. Deve


ser autolimitada, nela deve constar o nome do paciente, a data da prescrição, o registro e o
nome do medicamento, a dose, a frequência e horário da administração e a assinatura e
carimbo do profissional. Só poderá ser verbal em situação de emergência.

Princípio Ativo: é a substância isolada do órgão animal ou vegetal, que contém


atividade farmacológica.

2.2 CONCEITOS SOBRE DOSAGEM


Posologia: É o estudo das doses de administração dos medicamentos.

Dose: é uma quantidade de uma droga que quando administrada no organismo produz
um efeito terapêutico. Classificam-se em:

1. Dose mínima: é a menor quantidade de um medicamento capaz de produzir o efeito


terapêutico.

2. Dose máxima: é a maior quantidade de um medicamento capaz de reproduzir o efeito


terapêutico. Se esta dose for ultrapassada ocorrerá efeitos tóxicos ao organismo
doente.

3. Dose tóxica: é a quantidade de medicamento que ultrapassa a dose máxima, causando


perturbações, intoxicações ao organismo, até a morte.

4. Dose Letal; é a quantidade de um medicamento que causa a MORTE.

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Atualização em Enfermagem – Terapêutica Medicamentosa

03
LEGISLAÇÃO DIANTE DA TERAPIA
MEDICAMENTOSA

3.1 DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS


Artigo 1° A enfermagem é uma profissão comprometida com a saúde do ser humano e da
coletividade. Atua na promoção, proteção; recuperação da saúde das pessoas, respeitando os
preceitos éticos e legais.

Artigo 14° Recusar-se a executar atividades que não sejam de sua competência legal.

3.2 DAS RESPONSABILIDADES


Artigo 16° Assegurar ao cliente uma assistência de enfermagem livre de danos decorrentes
de imperícia, negligência e imprudência.

Artigo 17° Avaliar criteriosamente sua competência técnica e legal e somente aceitar
encargos ou atribuições, quando capaz de desempenho seguro de si e para a clientela.

Artigo 18° Manter-se atualizado, ampliando seus conhecimentos técnicos, científicos


e culturais, em benefício da clientela, coletividade e do desenvolvimento da profissão.

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Unidade 3 – Legislação Diante da Terapia Medicamentosa

3.3 DOS DEVERES


Artigo 24° Prestar à clientela assistência de Enfermagem livre dos riscos recorrentes de
imperícia.

Artigo 26° Prestar adequadas informações ao cliente e família a respeito de


assistência de enfermagem, possíveis benefícios, riscos e consequências possam ocorrer.

Artigo 33° Proteger o cliente contra danos decorrentes de imperícia, negligência ou


imprudência por parte de qualquer membro da equipe da saúde.

3.4 DAS PROIBIÇÕES


Artigo 47° Ministrar medicamentos sem certificar-se da natureza das drogas que compõe e
da existência de risco para o cliente.

Artigo 50° Executar prescrições terapêuticas quando contrárias à segurança do


cliente.

Artigo 71° Cumprir as normas do Conselho Federal e Regional de Enfermagem. Um


profissional da equipe de enfermagem que administra uma medicação deve conhecer bem a
Legislação que regulamenta o exercício de sua profissão e as normas da instituição em que
trabalha o exercício de sua profissão e as normas da instituição em que trabalha, realizando
assim a medicação conforme a prescrição médica. (DOS DEVERES DISCIPLINARES).

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Atualização em Enfermagem – Terapêutica Medicamentosa

04
FARMACODINÂMICA

É o estudo dos mecanismos relacionados às drogas, que produzem alterações bioquímicas


ou fisiológicas no organismo. A interação, a nível celular, entre um medicamento e certos
componentes celulares – proteínas, enzimas ou receptores-alvo, representa a ação do
fármaco. A resposta decorrente dessa ação é o efeito do medicamento.

(FOTO DISPONIVEL EM GOOGLE)

O antagonismo: Conceitua como a Redução do efeito de um fármaco pela ação de


outro. Fármacos Antagonistas – Interage com um receptor, mas não estimula, impede as
ações de um agonista. Podem ser competitivos (compete com o agonista pelos sítios
receptores) ou não competitivos (liga-se aos sítios receptores e bloqueia os efeitos do
agonista).

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Unidade 4 – Farmacodinâmica

➢ Tipos de Antagonismo:

➢ Fisiológico: Dois agentes, mecanismos diferentes, exibem efeitos opostos. Ex.:


Histamina – Noradrenalina

➢ Farmacológico: Concorrentes por receptores ou sobre a mesma estrutura. Ex.:


Atropina – Acetilcolina

➢ Físico: Mecanismo puramente físico Ex.: Carvão Ativado – Metais (Chumbo, Ferro)

➢ Químico: Agentes reagem entre si quimicamente. Ex.: Permanganato de Potássio –


Alcaloides.

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Atualização em Enfermagem – Terapêutica Medicamentosa

05
FARMACOCINÉTICA

5.1 CONCEITO
É o caminho que o [[medicamento]] faz no organismo. Não se trata do estudo do seu
mecanismo de ação mais sim as etapas que a [[droga]] sofre desde a administração até a
excreção, que são: absorção, distribuição, bio-transformação e excreção. Note também que
uma vez as a droga no organismo, essas etapas ocorrem de forma simultânea.

5.2 FASES DA FARMACOCINÉTICA

Droga no local de administração

1. Absorção

Drogas no Plasma

2. Distribuição

Drogas no Tecido
3. Metabolismo
(Biotransformação)
Metabólitos nos Tecidos

4. Eliminação

Drogas e/ou Metabólitos na Urina, Fezes e Bile


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Unidade 5 – Farmacocinética

ABSORÇÃO: processo que acontece com a droga até que ela entre na circulação
sistêmica.

Absorção farmacológica; A absorção é a primeira etapa que começa com a escolha


da via de administração até o momento que a droga entra na corrente sanguínea. Vias de
administração como intravenosa e intra-arterial não passam por essa etapa, entram direto na
circulação sanguínea. Existem fatores interferem nessa etapa, dentre estes temos: o pH do
meio, forma farmacêutica e patologias (úlceras por exemplo), dose da droga a ser
administrada, concentração da droga na circulação sistêmica, concentração da droga no local
de ação, distribuição da droga organicamente, as drogas nos tecidos de distribuição e a
eliminação metabolizada ou excretada. Temos ainda um fator a ser relevado que é a
característica química da droga, pois esta interfere no processo de absorção.

DISTRIBUIÇÃO: dispersão da droga pelo organismo (do espaço intra vascular para
o extra vascular).

Nesta etapa a droga é distribuída no organismo através da circulação. O


processamento da droga no organismo passa em primeiramente nos órgãos de maior
vascularização (como SNC, pulmão, coração) e depois sofre redistribuição aos tecidos de
menos irrigação (tecido adiposo, por exemplo). É nessa etapa em que a droga chega ao ponto
onde vai atuar. Nessa etapa poderá ocorrer: baixa concentração de proteínas plasmáticas
(necessárias para a formação da fração ligada) como desnutrição, hepatite e cirrose, que
destroem hepatócitos, que são células produtoras de proteínas plasmáticas, reduzindo assim
o nível destas no sangue.

BIOTRANSFORMAÇÃO: é a transformação da droga “mãe” em outros


compostos. Droga A Droga B (mais polar)

É observado duas etapas na biotransformação - Fase 1: etapas de oxidação, redução


e hidrólise; Fase 2: conjugação com o ácido glicurônico. A fase 1 não é um processo
obrigatório, variando de droga para droga e diferente da fase 2, obrigatória a todas as drogas.
O fígado é o órgão que prepara a droga para a excreção. Essa é a fase que prepara a droga
para a excreção.

EXCREÇÃO: da droga do organismo

Fármacos hidrossolúveis, carregados ionicamente, são filtrados nos glomérulos ou


secretados nos túbulos renais, não sofrendo reabsorção tubular, pois têm dificuldade em
atravessar membranas. Excretam-se, portanto, na forma ativa do fármaco. Os sítios de
excreção denominam-se emunctórios e, além do rim, incluem: Pulmões; Fezes; Secreção
biliar; Suor; Lágrimas; Saliva; e Leite materno.

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Atualização em Enfermagem – Terapêutica Medicamentosa

06
FORMAS DE APRESENTAÇÃO DOS
MEDICAMENTOS

6.1 SÓLIDO
Grânulos - São formas farmacêuticas composta de um pó ou uma mistura de pós umedecidos
e submetidos a secagem para produzir grânulos de tamanho desejado.

Cápsulas - São formas farmacêuticas sólidas, as quais uma ou mais substâncias


medicinais e/ou inertes são acondicionadas em um invólucro à base de gelatina. As cápsulas
gelatinosas podem ser duras ou moles. São administradas por via oral e possuem
propriedades de desintegrarem-se e dissolverem-se no tubo digestivo.

Tabletes ou comprimidos - São formas farmacêuticas sólidas de forma variável,


cilíndrica ou discoide, obtidas por compressão de medicamentos mais o excipiente.

Drágeas - São formas farmacêuticas obtidas pelo revestimento de comprimidos. Para


este fim, se utiliza diversas substâncias, como: queratina, ácido esteárico e gelatina
endurecida com formaldeído.

Pastilhas - São formas sólidas destinadas a se dissolverem lentamente na boca,


constituída por grande quantidade de açúcar e mucilagens associadas a princípios
medicamentosos.

Supositórios - São preparações farmacêuticas sólidas, à base de substância fundível


pelo calor natural do corpo, destinado a ser introduzido no reto, gerando amolecimento ou
dissolução do fármaco.

Óvulos - São formas farmacêuticas obtidas por compressão ou moldagem para


aplicação vaginal, onde devem se dissolver para exercerem uma ação local. O excipiente em
geral é a glicerina.

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Unidade 6 – Formas de Apresentação dos Medicamentos

Emplastros - Forma farmacêutica que se dissolve à temperatura do corpo, aderindo-


se à pele. É usado como esparadrapo.

6.2 LIQUÍDO
Soluções - São preparados líquidos obtidos por dissolução de substâncias químicas em água.

Loções - São soluções que impregnam na pele; veículo é aquoso e usado sem fricção.
Sua fluidez permite aplicação rápida e uniforme sobre uma ampla superfície.

Emulsão - É uma forma farmacêutica líquida de aspecto cremoso feito com a mistura
de um líquido em óleo. Como agentes emulsionantes utiliza-se a goma arábica e a gelatina.

Suspensão - São formas farmacêuticas que contêm partículas finas de substâncias


ativa em dispersão relativamente uniforme. Deve ser agitado antes do uso.

Extratos fluidos (Elixir) - São soluções hidroalcóolicas de constituintes solúveis de


drogas vegetais.

Injeções - São preparações estéreis de soluções, emulsões ou suspensões destinadas


à administração parenteral.

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07
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DE
MEDICAMENTOS

7.1 VIA NASAL


CONCEITO - Instilação de medicamentos pelas narinas. Podem ser instilados em forma de
gotas, spray (com a utilização de um atomizador), ou aerossol (com a utilização de um
nebulizador).

OBJETIVOS - Prevenir, proteger, aliviar sintomas e tratar; Facilitar remoção de


secreções e corpo estranho; e/ou Promover anestesia local para exames rinológicos,
laringoscopia, broncoscopia e intubação nasotraqueal.

A instilação de medicamentos por via nasal está contraindicada:

• Clientes com obstruções nasais e traumatismos;

• Epistaxe, rinorragia ou rinorreia;

• Cirurgias de vias respiratórias superiores, no pós-operatório imediato.

7.2 VIA OCULAR


CONCEITO - Consiste na aplicação de colírios e pomadas oftálmicas nos olhos.

OBJETIVOS - Prevenir, proteger, aliviar sintomas e tratar; Anestesiar o olho para


intervenções; Auxiliar na investigação diagnóstica; Lubrificar os olhos; Evitar ulceração da
córnea; Provocar dilatação da pupila (midríase) ou constricção da pupila (miose).

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Unidade 7 – Vias de Administração dos Medicamentos

Deve-se atentar - Não encostar o recipiente da medicação no olho do paciente;


Medicação ocular é exclusiva de cada paciente; O preparo e acondicionamento das
medicações são de responsabilidade da enfermagem, mantendo-a em locais limpos e secos
e sem umidade; No caso do paciente ter que utilizar colírio e pomada no mesmo tratamento,
pingar primeiro o colírio e, após 5 minutos, fazer uso da pomada. Nunca inverter a ordem,
uma vez que a pomada adere à superfície ocular, promovendo uma barreira que impedirá o
contato do colírio com a área tratada; Manter os frascos de colírio sempre bem fechados.

7.3 VIA ORAL


A administração por via oral é o método mais seguro, mas conveniente e mais barato.
Medicamentos para administração oral encontram-se disponíveis em várias apresentações:
comprimidos, comprimidos com revestimento entérico, cápsulas, xarope, elixir, óleo,
suspensão, pó e grânulos.

São indicados nas seguintes situações - Para todos os clientes em que o tratamento
por via oral seja considerado seguro e eficiente e que possam ingerir medicamentos pela
boca, sem nenhum prejuízo para o cliente e nem para o tratamento; Clientes que não possuam
dificuldade para engolir; Clientes orientados e lúcidos; Crianças pequenas.

Ressalva-se - Alguns comprimidos podem ser macerados e misturados a água; Os


comprimidos com revestimentos protetores estomacais devem ser tomados inteiros;

As desvantagens desta via são - Pode acarretar irritação gástrica; Não é possível
controlar totalmente a quantidade de medicamento absorvido pelo organismo; É uma via
lenta, quanto à absorção; Está contraindicada em pacientes comatosos e com dificuldades de
deglutição. Os medicamentos devem ser ingeridos de preferência fora do horário das
refeições, para obter uma absorção mais rápida.

7.4 VIA RETAL


Define como administração de medicamentos na mucosa retal através do orifício anal.

Indicados para - Clientes com restrição por via oral e/ou vomitando; Clientes com
constipação intestinal, febre, dor, prurido anal, retenção de gazes e outros; Clientes com
afecções no cólon distal; Clientes com crise convulsiva; Clientes que se submeterão à
exames radiológicos ou endoscópios de cólon; e Perioperatório.

Essa via de medicação está contraindicada quando cliente estiver: Com diarreia;
Lesões e perfurações no reto; Incapacidade de reter a medicação; Arritmias cardíacas e
infartados (estimulação vagal); caso haja resistência na introdução do supositório, não forçar
a entrada. Interromper o procedimento e comunicar a equipe médica.
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7.5 VIA INTRADÉRMICA


É a introdução de medicação diretamente na derme, por meio de punção. Possui como
objetivos - Implementar a prescrição médica, obtendo uma resposta farmacológica
adequada, através de pequenos volumes nas camadas mais externas da pele; Realização de
teste de sensibilização (respostas para alergias) e/ou tuberculose (PPD) e, ainda como via de
administração de vacinas (alergias e BCG). Essa via é indicada para a administração de
vacinas e como auxiliares em testes diagnósticos e de sensibilidade.

Salienta-se que deva evitar à aplicação próximos as áreas hiperemiadas, com


cicatrizes, inflamações, herniações, feridas operatórias ou escoriações; usar sempre seringas
e agulhas apropriadas e descartáveis; nunca reencapar agulha; e realizar rodízio de locais;

7.6 VIA INTRAMUSCULAR


É a aplicação de medicamento no tecido muscular, devendo-se levar em conta: massa
muscular suficientemente grande para absorver o medicamento, espessura do tecido adiposo,
idade do paciente, irritabilidade da droga e distância em relação a vasos e nervos importantes,
na escolha do local para a aplicação. Possui como objetivos - Promover a absorção sistêmica
de medicamentos por via parenteral; - Obter uma absorção mais rápida do que pelas vias
enteral e subcutânea; aplicar os medicamentos contraindicados por outra via.

Ponto importante - Realizar rodízios dos locais para evitar lipodistrofias; não
misturar medicamentos distintos na mesma seringa para serem administrados; em crianças,
escolher os locais de aplicação, de acordo com a idade, o peso, o desenvolvimento muscular,
a quantidade do tecido subcutâneo e o tipo do medicamento. Em crianças menores de 2 anos
utilizar o músculo vasto lateral da coxa e nos maiores de 3 anos, que andam no mínimo há
um ano, escolher o dorso glúteo e o ventro glúteo, preferencialmente; utilizar o método em
“Z” em clientes que recebem injeções por período prolongado, idosos com massa muscular
reduzida e para a aplicação de certos agentes, como o ferro.

7.7 VIA SUBCUTÂNEA


Aplicação de medicamento no tecido subcutâneo. Objetivos - Absorção gradual e sistêmica
de medicamentos por via parenteral; obter uma absorção mais rápida do que pela via enteral.
Está indicada para clientes com necessidades de administração de insulina, anticoagulantes,
vacinas ou outros medicamentos indicados por esta via.

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Unidade 7 – Vias de Administração dos Medicamentos

Ressalta seguintes pontos - Evitar aplicação próxima à região inguinal, às


articulações e à cicatriz umbilical, na cintura e na linha mediana do abdome e face anterior
do antebraço; mudar diariamente o local de aplicação; observar estado geral do paciente
antes, durante e após a aplicação; evitar áreas inflamadas, hipotróficas, com nódulos,
paresias e plegias, pois podem dificultar a absorção do medicamento. Não aplicar em
cicatrizes, locais com edema, manchas de nascença, membro superior do lado de cirurgia de
mastectomia radical ou de fístula arteriovenosa, abdome gravídico e doenças vasculares
periféricas oclusivas. Também está contraindicado em casos de situações emergenciais
como: choque hipovolêmico, distúrbios graves de coagulação, grandes queimaduras e
desidratação grave.

7.8 VIA ENDOVENOSA


Consiste na introdução de medicamento e ou soluções diretamente na veia (corrente
sanguínea), através de punção venosa com a finalidade de absorção rápida da substância em
uso, sejam elas: soluções hipertônicas, isotônicas, hipotônicas, sais orgânicos, eletrólitos e
medicamentos que deverão ter solubilidade sanguínea e estar livre de cristais ou qualquer
outra partícula visível em suspensão. Indicativo - Sempre que houver indicação para que o
medicamento ou solução seja absorvido de imediato e por completo, e nos casos de grandes
doses de medicamentos por fluxo contínuo ou intermitente, por período determinado. Em
casos de possíveis reações verificadas logo após o início de terapia endovenosa, devem
cessar logo que interrompida.

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19
Atualização em Enfermagem – Terapêutica Medicamentosa

08
GRUPOS FARMACOLÓGICOS

8.1 ANTIBIÓTICOS
São substâncias produzidas por células vivas que inibem ou matam os microrganismos,
podem ser feitas a partir de: fungos, bactérias, e leveduras e de forma sintética. Os
antibióticos podem ser de amplo espectro ou de espectro (eficaz contra muitos
microrganismos), ou podem ser de espectro limitado (eficaz contra alguns microrganismos).

Podem ser ainda: Bactericidas, provocando a destruição das bactérias

Bacteriostáticos bloqueando sua multiplicação.

ß-Lactâmicos - Possui em comum no seu núcleo estrutural o anel ß-lactâmico, o qual


confere atividade bactericida. Conforme a característica da cadeia lateral definem-se seu
espectro de ação e suas propriedades farmacológicas. Pertencem a este grupo:

• Penicilinas

• Cefalosporinas

• Carbapenens

• Monobactans

O mecanismo de ação dos antimicrobianos ß-lactâmicos resulta em parte da sua


habilidade de interferir com a síntese do peptideoglicano (responsável pela integridade da
parede bacteriana).

Para que isto ocorra:

1. Devem penetrar na bactéria através das porinas presentes na membrana externa da


parede celular bacteriana;

2. Não devem ser destruídos pelas ß-lactamases produzidas pelas bactérias;


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Unidade 8 – Grupos Farmacológicos

3. Devem ligar-se e inibir as proteínas ligadoras de penicilina (PLP) responsáveis pelo


passo final da síntese da parede bacteriana.

Quinolonas - utilizadas no início dos anos 60, com a introdução do ácido nalidíxico
na prática clínica. No início dos anos 80, com o acréscimo de um átomo de flúor na posição
6 do anel quinolônico, surgiram as fluorquinolonas (principal representante: ciprofloxacina),
com aumento do espectro, para os bacilos gram-negativos e boa atividade contra alguns
cocos gram-positivos, porém, pouca ou nenhuma ação sobre Streptococcus spp.,
Enterococus spp. e anaeróbios.

Este foi um dos principais motivos para o desenvolvimento das novas quinolonas:
levofloxacina, gatifloxacina, moxifloxacina e gemifloxacina. Recentemente, foram descritas
alterações nos níveis de glicemia com o uso dessas quinolonas mais associadas com a
gatifloxacina, sobretudo em pacientes idosos e diabéticos, motivo pelo qual essa quinolona
foi retirada de mercado.

Seu mecanismo de ação consiste na inibição da atividade da DNA girase ou


topoisomerase II, enzima essencial à sobrevivência bacteriana. A DNA girase torna a
molécula de DNA compacta e biologicamente ativa. Ao inibir essa enzima, a molécula de
DNA passa a ocupar grande espaço no interior da bactéria e suas extremidades livres
determinam síntese descontrolada de RNA mensageiro e de proteínas, determinando a morte
das bactérias. Também inibem, in vitro, a topoisomerase IV, porém não é conhecido se este
fato contribui para a ação antibacteriana.

Glicopeptídeos - Os principais representantes deste grupo são: vancomicina,


teicoplanina e ramoplanina. Diversos glicopeptídeos estão em fase de pesquisa clínica e não
são disponíveis no mercado nacional.

Vancomicina - Foi introduzida para uso clínico em 1958, mas sua utilização em
maior escala iniciou-se nos anos 80, com o surgimento de infecções por estafilococos
resistentes à oxacilina e redução da toxicidade por purificação das preparações disponíveis.

Teicoplanina - É amplamente utilizada na Europa para o tratamento de infecções por


germes Gram-positivos. Quimicamente similar à vancomicina, mas apresenta maior
lipossolubilidade que resulta em excelente penetração tecidual e meia-vida prolongada,
entretanto, tem pouca penetração na barreira liquórica.

Apresentam um múltiplo mecanismo de ação, inibindo a síntese do peptideoglicano,


além de alterar a permeabilidade da membrana citoplasmática e interferir na síntese de RNA
citoplasmático. Desta forma, inibem a síntese da parede celular bacteriana.

Macrolídeos - São um grupo de antimicrobianos quimicamente constituídos por um


anel macrocíclico de lactona, ao qual ligam-se um ou mais açúcares. Pertencem a este grupo
azitromicina, claritromicina, eritromicina, espiramicina, miocamicina, roxitromicina, etc. O
espectro de ação é semelhante, diferindo apenas na potência contra alguns microrganismos.

Sua ação ocorre através da inibição da síntese protéica dependente de RNA, através
da ligação em receptores localizados na porção 50S do ribossoma, particularmente na
molécula 23S do RNA, impedindo as reações de transpeptidação e translocação.

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Atualização em Enfermagem – Terapêutica Medicamentosa

Nitroimidazólicos - O principal representante deste grupo de drogas é o


metronidazol, que foi introduzido em 1959 para o tratamento da tricomoníase vaginal. O
metronidazol é um bactericida potente, com excelente atividade contra bactérias anaeróbicas
estritas (cocos gram-positivos, bacilos gram-negativos, bacilos gram-positivos) e certos
protozoários como amebíase, tricomoníase e giardíase.

O mecanismo de ação consiste - Após a entrada na célula, por difusão passiva, o


antimicrobiano é ativado por um processo de redução. O grupo nitro da droga atua como
receptor de elétrons, levando à liberação de compostos tóxicos e radicais livres que atuam
no DNA, inativando-o e impedindo a síntese enzimática das bactérias.

As bactérias aeróbicas não possuem enzimas que reduzam a droga, e não formam,
portanto, os compostos tóxicos intermediários com atividade antibacteriana.

Estreptograminas - São macromoléculas da mesma família dos macrolídeos e


lincosaminas que embora não possuam relação química, apresentam algumas propriedades
semelhantes, como mecanismo de ação, espectro antimicrobiano, características
farmacocinéticas e farmacodinâmicas e indicações clínicas.

A quinopristina e dalfonopristina são derivados da pristinamicina IA e IIB,


respectivamente. Cada derivado tem atividade antibacteriana limitada, mas em conjunto
apresentam um marcado aumento desta atividade, sendo, portanto, sinérgicos, sobretudo na
razão de 30/70 (quinopristina e dalfonopristina) respectivamente.

Sulfonamidas - A sulfacrisoidina foi o primeiro agente antimicrobiano utilizado


clinicamente, em 1935, marcando o início da moderna era da quimioterapia antimicrobiana.
São bacteriostáticos derivados da sulfanilamida, que têm estrutura similar à do ácido para-
aminobenzóico. O grupo das sulfonamidas compreende seis drogas principais:
sulfanilamida, sulfisoxazol, sulfacetamida, ácido para-aminobenzóico, sulfadiazina e
sulfametoxazol, sendo as duas últimas de maior importância clínica.

As sulfonamidas têm efeito bacteriostático e inibem o metabolismo do ácido fólico,


por mecanismo competitivo. As células humanas conseguem aproveitar o folato exógeno
para o metabolismo, enquanto as bactérias dependem da produção endógena.

O sulfametoxazol é comumente empregado em associação com o trimetoprim, uma


diamino-pirimidina, associação mais conhecida como cotrimoxazol. O efeito das duas
drogas é sinérgico, pois atuam em passos diferentes da síntese do ácido tetra-hidrofólico
(folínico), necessária para a síntese dos ácidos nucléicos. O sulfametoxazol inibe um passo
intermediário da reação e o trimetoprim a formação do metabólito ativo do ácido tetra-
hidrofólico no final do processo.

Tetraciclinas - Antimicrobianos primariamente bacteriostáticos, quando em


concentrações terapêuticas. Apresentam amplo espectro de ação, incluindo bactérias gram-
positivas, gram-negativas aeróbias e anaeróbias, espiroquetas, riquétsias, micoplasma,
clamídias e alguns protozoários.

As tetraciclinas entram na célula por difusão, em um processo dependente de gasto


de energia. Ligam-se, de maneira reversível, à porção 30S do ribossoma, bloqueando a
ligação do RNA transportador, impedindo a síntese protéica.

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Unidade 8 – Grupos Farmacológicos

8.2 ANTIPARASITÁRIOS
São drogas que atuam sobre as parasitoses, provocando sua expulsão ou morte sem lesar de
forma grave o hospedeiro.

1. Antiprotozoários

• Coroquina (Cloroquina) - plasmodium = malária

• Metronídazol (Flagyl) - giárdia tricomonas

• Tinidazol (Pletil) - giárdia e tricomonas

2. Anti-helmínticos

• Piperazina (Xarope de piperazina) - áscaris e oxiúros

• levamisol (Ascaridil) - ascaris

• mebendazol (Pantelmin) - ascaris. Oxiuros. Ancilotomideos, trjcocefalos. Teníase

• Tiabendazol (Helmiben) - estrongil6ides. Oxiuros. Ascaris e ancilostomideos

• praziquantel (Cisticid) - teníase e neurocisticercose

• niclosamida (Atenase) - teníase

• Albendazol (Zolben) - idem mebendazol

8.3 ANTI-HIPERTENSIVOS
Substâncias capazes de diminuir a pressão sanguínea, por mecanismos diferentes.

Classe - Diuréticos

Mecanismo de ação - Efeito diurético e natriurético. Os diuréticos de alça são


reservados para hipertensão associada a insuficiência renal com clearance de creatinina
abaixo de 30ML/min e na insuficiência cardíaca com retenção de volume.

Reações adversa - Hipopotassemia, hipomagnesemia, arritmias ventriculares,


hiperuricemia, intolerância à glicose, aumento de triglicerídeos (evento transitório e de
significância clínica não comprovada).

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Atualização em Enfermagem – Terapêutica Medicamentosa

Exemplos – Tiazídicos; Clortalidona; Hidroclorotiazida; Diuréticos de alça


Furosemida; Poupadores de potássio Espironolactona.

Classe - Inibidores adrenérgicos

Mecanismo de ação - Bloqueiam os receptores alfa-adrenérgicos. Efeito discreto


como monoterapia. Induzem tolerância. Melhora discreta no metabolismo lipídico e dos
pacientes com hipertrofia prostática benigna.

Reações adversa - Hipotensão postural no início do tratamento, palpitações, astenia

Exemplos – Alfametildopa; Clonidina.

Classe - Betabloqueadores

Mecanismo de ação - Bloqueiam os receptores beta-adrenérgicos, causando


diminuição inicial do débito cardíaco, redução da secreção da renina, readaptação dos
barorreceptores e diminuição das catecolaminas nas sinapses nervosas.

Reações adversa - Broncoespasmo, bradicardia, distúrbios da condução


atrioventricular, vasoconstricção periférica, insônia, pesadelos, depressão psíquica, astenia
e disfunção sexual, intolerância à glicose, hipertrigliceridemia, elevação do LDL e redução
do HDL.

Exemplos –Propranolol; Atenolol

Classe - Alfa e betabloqueadores

Mecanismo de ação - Bloqueiam os receptores alfa e beta- adrenérgicos, causando


diminuição inicial do débito cardíaco, redução da secreção da renina, readaptação dos
barorreceptores e diminuição das catecolaminas nas sinapses nervosas, melhora discreta do
perfil lipídico e dos sintomas dos pacientes com hipertrofia prostática benigna

Reações adversa - Broncoespasmo, bradicardia, distúrbios da condução


atrioventricular, vasoconstricção periférica, insônia, pesadelos, depressão psíquica, astenia
e disfunção sexual, intolerância à glicose, hipertrigliceridemia, elevação do LDL e redução
do HDL, astenia, hipotensão postural, mais evidente na primeira dose

Exemplos - Carvedilol

Classe - Bloqueadores dos canais de Cálcio

Mecanismo de ação - Redução da resistência vascular periférica por diminuição da


concentração de cálcio nas células musculares lisas

Reações adversa - Cefaleia, tontura, rubor facial e edema de extremidades, hipertrofia


gengival, obstipação intestinal. Verapamil e diltiazem podem provocar depressão
miocárdica e bloqueio atrioventricular.

Exemplos - Fenilalquilaminas Verapamil; Benzatiazepinas Diltiazem;


Diidropiridinas Anlodipina.

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Unidade 8 – Grupos Farmacológicos

Classe - Inibidores da ECA

Mecanismo de ação - Bloqueio da transformação da AT1 em 2 no sangue e nos


tecidos. A longo prazo retardam o declínio da função renal em pacientes nefropatas

Reações adversa - Tosse seca, alteração do paladar, erupção cutânea e edema


angioneurótico, hiperpotassemia e aumento da uréia e creatinina na insuficiência renal (a
longo prazo prepondera o efeito nefroprotetor). Não usar na gravidez e usar com cautela na
adolescência e em mulheres em idade fértil

Exemplos - Captopril Enalapril

Classe - Bloqueadores dos receptores da AT1

Mecanismo de ação - Antagonizam a ação da AT1 por meio do bloqueio específico


de seus receptores AT1. Tem efeito benéfico na ICC e nefroprotetor no paciente diabético.

Reações adversa - Tontura, reação de hipersensibilidade cutânea. As precauções de


uso são semelhantes aos dos inibidores da ECA

Exemplos - Losartana Candesartan

Classe - Vasodilatadores diretos

Mecanismo de ação - Atuam sobre a musculatura da parede vascular, promovendo


relaxamento muscular com consequente vasodilatação e redução da resistência vascular.

Exemplo – Hidralazina

8.4 ANTIMICÓTICOS
Também conhecido como antifúngicos, são utilizados no tratamento de infecções por
fungos. Os mesmos são divididos em classes farmacêuticas (Morfolinas, Polienicos,
Azolicos, Benzilaminas, Etanolaminas, Oxaspiros, Equinocandinas, Alilaminas).

8.5 ANTIVIRAIS
São drogas úteis na profilaxia de vírus, utilizados nas infecções virais (herpes, meningites)
e no controle do vírus da AIDS. Os antivirais são classificados de acordo com sua forma de
ação (Inibidores nucleosídicos da transcriptase reversa; inibidores não nucleosídicos;
Inibidores de protease; Inibidores da DNA-polimerase; Inibidores da fusão do HIV;
Imunomoduladores; Inibidores da liberação e desmontagem viral).

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Atualização em Enfermagem – Terapêutica Medicamentosa

8.6 ANTIPARASITÁRIOS
São drogas atuantes em parasitoses, sem prejuízo para o hospedeiro. As classes disponíveis
são, protozoonoses, metazoários (helmintos), cestódeos (platelmintos), trematódeos
(fascíolas).

8.7 ANTI-HISTAMÍNICOS
Utilizados na terapia de processos alérgicos associados ao trato respiratório (rinite,
resfriado), na cinetose e vertigem e nas alergias de pele (urticária, dermatite de contato e
atópica).

8.8 ANTICOAGULANTES
Drogas utilizadas no tratamento de disfunções da homeostasia. Atua na prevenção de
acontecimentos tromboembólicos relacionados a condições clínicas como a fibrilação atrial,
tromboembolismo venoso e pulmonar, próteses valvares, associadas a cardiopatias
estruturais ou secundárias a complicações de um infarto, entre outras circunstâncias clínicas.

8.9 BRONCODILATADORES
Promovem a dilatação brônquica, promovendo melhor oxigenação. Os medicamentos
broncodilatadores pertencem a três grupos principais: agonistas beta-2 (ação curta e longa),
as xantinas e os antagonistas dos receptores muscarínicos.

8.10 ANALGÉSICOS OPIOIDES E NÃO OPIOIDES


Analgésicos opioides - Atuam no controle da dor. Utilizados nas dores severas.
Analgésicos não opioides - controlam a dor leve a moderada.

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Unidade 8 – Grupos Farmacológicos

8.11 ANTICONVULSIVANTES
Drogas utilizadas para a prevenção e tratamento das crises convulsivas e epiléticas,
neuralgias e também no tratamento de transtornos de humor, como transtorno bipolar e
ciclotimia. Os mesmos funcionam como um supressor rápido do excesso de sinapses,
resfriando o corpo nas crises.

8.12 ANTIPARKINSONIANO
Possuem o objetivo de reverter o tremor, a rigidez e a bradicinesia. (Usado para o controle
da doença de Parkinson).

8.13 ANTIDEPRESSIVOS
Com atuação em transtornos do estado do ânimo e do humor. A classe engloba não somente
sintomas depressivos, mais, transtorno bipolar, transtornos de ansiedade, transtorno
obsessivo-compulsivo, estresse pós-traumático, e até em doenças orgânicas, como a
fibromialgia e tensão pré-menstrual. Existem 6 classes de antidepressivos - Inibidores
seletivos da recaptação de serotonina (ISRS); Inibidores seletivos da recaptação da
serotonina e da noradrenalina (ISRSN ou SNRI); Antidepressivos tricíclicos;
Antidepressivos tetracíclicos; Inibidores da MAO; e Antidepressivos atípicos.

8.14 ANSIOLÍTICOS
Utilizados para problemas que vão desde problemas do sono até crises convulsivas. Possuem
efeito sedativo (reduzindo a atividade, causando sonolência e induzindo à calma) ou
hipnótico (induzindo ao sono).

A maioria dos ansiolíticos atuam em um neurotransmissor denominado GABA,


atuando sob seus receptores e melhorando sua afinidade. Os ansiolíticos se dividem entre
benzodiazepínicos e barbitúricos.

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27
Atualização em Enfermagem – Terapêutica Medicamentosa

8.15 ANTIEMÉTICOS
Drogas destinada a promover o alívio dos sintomas relacionados às náuseas (enjoos) e êmese
(vômito).

8.16 ANTI-INFLAMATÓRIOS NÃO-ESTEROIDAIS


Usadas no tratamento das dores de leve a moderada intensidade e nas inflamações,
principalmente a nível osteoarticular. Todos os anti-inflamatórios apresentam três efeitos
básicos: Antipirético (abaixa a febre); Analgésico (combate a dor); e Anti-inflamatório
(reduz a inflamação).

8.17 HIPOGLICEMIANTES
Com finalidade de regulação e controle da glicemia. Possui mecanismos de ação diferentes
conforme classe divididas – Sulfoniluréias (umento do suprimento insulínico, os chamados
secretagogos de insulina); Biguanidas e Tiazolidinadionas (Aumento da ação insulínica,
também conhecidos como sensibilizadores da insulina); Inibidores da alfa-glicosidase
(Inibidores da absorção rápida de carboidratos, pois atuam retardando a sua absorção).

8.18 ANTIÁCIDOS
Utilizados para diminuir a acidez aumentando o pH do estômago. Agem interagindo com o
ácido estomacal elevando o pH de (em média) 2,0 para valores entre 3,5 e 5,0. A ação é
praticamente instantânea podendo chegar até um minuto, e dependendo do nível de acidez e
a patologia apresentada seus efeitos podem chegar a durar até 1 hora.

8.19 DIURÉTICOS
Qualquer substancia que promova a diurese. Possui mecanismos diferentes dentre as classes
existentes (diuréticos de alça, diuréticos tiazídicos, poupadores de potássio), porém se tem
como finalidade aumento da excreção de água pelos rins.
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Unidade 9 – Cálculo de Medicação

09
CÁLCULO DE MEDICAÇÃO

9.1 UNIDADES DE MEDIDA


1 mililitro = 20 gotas
20 gotas = 60 microgotas
1 gota = 3 microgotas
1 grama = 1.000 miligramas (mg)
1 litro = 1.000 mililitros (ml)
1 colher de sopa = 15 mililitros (ml)
1 colher de sobremesa = 10 mililitros (ml)
1 colher de chá = 5 mililitros (ml)
1 colher de café = 3 mililitros (ml)

Líquidos
De Para O que fazer?
Microgotas Gotas Dividir por 3
Gotas Microgotas Multiplicar por 3
Microgotas Mililitros Dividir por 60
Mililitros Microgotas Multiplicar por 60
Gotas Mililitros Dividir por 20
Mililitros Gotas Multiplicar por 20

Tempo e Peso

De Para O que fazer?

Minutos Horas Dividir por 60

Horas Minutos Multiplicar por 60

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Atualização em Enfermagem – Terapêutica Medicamentosa

Gramas Miligramas Multiplicar por 1.000

Miligramas Gramas Dividir por 1.000

9.2 REGRA DE TRÊS


Uma das formas mais utilizadas em prática, principalmente na obtenção de resultados entre
grandezas proporcionais. A Regra de três direta ao aumentar um fator, aumenta-se também
o outro, diferentemente da regra de três inversa que ocorre uma situação diferente.

Exemplo - Tenho ampolas de (subs. X) com 2 ml de solução. Quantos ml existem


em três ampolas?

Forma direta: 2 ml x 3 ampolas = 6 ml nas três ampolas

2 ml -------- 1 ampola

X ml ------- 3 ampolas

1x = 2x3 =

X = 6 ml

Como estruturar uma regra de três:

1º) Verificar se a regra é direta ou inversa: Neste caso é uma regra de três direta, pois
ao aumentar a quantidade de ampolas a quantidade relativa ao volume também aumentará.

2º) Deve-se colocar na mesma fila as grandezas iguais, no caso abaixo, optou-se por
escrever na mesma coluna as grandezas iguais.

3°) Na primeira linha coloca-se o que se sabe. Na segunda linha coloca-se o que se
precisa descobrir, substituindo o valor que falta e o que se procura por x (conhecido como
Incógnita).

9.3 REGRA DE TRÊS COMPOSTA


Caracteriza onde se tem mais de duas variáveis. Exemplo: Quatro maquinas produzem 800
caps em 10hs. Quantas caps serão produzidas por 2 maquinas em 5 horas?
Qtdade manipuladores Qtdade caps Horas de produção

4 --------- 800 ------------ 10

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30
Unidade 9 – Cálculo de Medicação

2 --------- X ------------- 5

Resolução da equação:

800 = 10.4

X = 5. 2 X = 8000. 5. 2/ 10.4 X = 8000/40 X = 200 CPS.

9.4 DILUIÇÃO
Temos um soluto (pó/cristal) e deve-se dissolver com um solvente (água destilada/água
bidestilada/ água de injeção/ soros).

1º Exemplo: Prescrição Médica – 120 mg de Aminofilina

Disponível: ampola de Aminofilina. 10 ml c/ 240 mg (240mg/10ml)

240mg – 10ml

120mg – x

240x = 1200mg/ml

X = 5 ml

R. Deve-se aspirar 5 ml desta ampola que corresponderá a 120 mg de Aminofilina.

9.5 REDILUIÇÃO
É diluir mais ainda o medicamento, aumentando o volume do solvente (Água Destilada, SF,
SG ou diluente para injeção), com o objetivo de obter dosagens pequenas, ou seja,
concentrações menores de soluto, porém com um volume que possa ser trabalhado (aspirado)
com segurança. Utiliza-se a rediluição quando se necessita de doses bem pequenas, como as
utilizadas em: neonatologia, pediatria e algumas clínicas especializadas.

Exemplo - Prescrito Aminofilina 15mg IV, tem-se na unidade, ampolas de 240mg/10


ml.

240mg – 10ml 240x= 30

3mg – X X = 0,125ml

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31
Atualização em Enfermagem – Terapêutica Medicamentosa

9.6 GOTEJAMENTO
Vol = Volume

t = Tempo

min = Minutos

gts = gotas

mgts = microgotas

Volume a ser infundido em ml (V)

Tempo podendo ser em horas e minutos (T)

Gotas (gts)

Microgotas (mgts)

Então vamos demonstrá-las

V = volume a ser infundido gts/min= V/Tx3

T = tempo estipulado para a infusão em horas

3 = constante

V = Volume a ser infundido mgts/min= V/T

T = tempo estipulado para a infusão em horas

Estas fórmulas só poderão ser utilizadas para t (tempo) em “hora inteira”, isto é, 1h,
2h, 3h, 10h, etc...

V = Volume a ser infundido gts/min= V.20/T

20 = Constante

T = tempo estipulado para a infusão em minutos

V = Volume a ser infundido mgts/min= V.60/T

60 = Constante

T = tempo estipulado para a infusão em minutos

Estas fórmulas só poderão ser utilizadas quando t (tempo) for em minutos, ou seja,
90 min., 30 min., 180 min, etc.

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Unidade 9 – Cálculo de Medicação

9.7 CÁLCULO DE INSULINOTERAPIA

• P: quantidade prescrita pelo médico

• S: graduação da seringa

• F: concentração do frasco

Exemplo - Em uma unidade de saúde, foi prescrito a administração de 10 UI de


insulina regular. No entanto, há apenas frascos de 40 UI e seringas de 80 UI. Portanto, quanto
de insulina deverá ser aspirada do frasco?

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1. Durante seu turno de trabalho às 15 horas, o médico suspende a infusão de soroterapia


do paciente. No rótulo informava o início da infusão às 9 horas com gotejamento a 40
gotas por minuto. Qual é o volume que foi infundido no paciente?

a. 240 ml

b. 840 ml

c. 720 ml

d. 600 ml

2. Foi prescrito 250mL de soro glicofisiológico para serem infundidos em 3 horas. Em


microgotas, o gotejamento será de, aproximadamente:

a. 27 – 28 microgotas/minuto.

b. 31 – 32 microgotas/minuto.

c. 71 – 72 microgotas/minuto.

d. 83 – 84 microgotas/minuto.

3. Assinale a alternativa que indica quantos gramas de glicose há em uma ampola de 20 ml


de glicose a 50%.

a. 5 gramas.

b. 10 gramas.

c. 20 gramas.
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Avaliação

d. 50 gramas.

4. Foi prescrito 10 ui de insulina regular. Porém, há na unidade apenas frascos de insulina


regular de 40 UI e seringa de insulina de 80 UI. Quanto de insulina deve aspirado para
ser atendida a administração prescrita?

a. 10 UI.

b. 2,5 UI

c. 15 UI

d. 20 UI.

5. Foi prescrito 20 UI de insulina NPH para uma paciente que se encontra na enfermaria.
Na unidade, há disponível frasco de insulina NPH de 100 UI/ml e seringas de 3 ml. Qual
o volume de insulina que deverá ser aspirado?

a. 0,1 mL.

b. 0,2 mL.

c. 0,3 mL.

d. 0,4 mL.

6. A unidade de saúde dispõe de frascos de Penicilina Cristalina de 5.000.000 UI e ampolas


de diluentes de 8 mL. Após injetar 8 mL de diluente no frasco, para conseguir 4.800.000
UI de Penicilina, o técnico de enfermagem devem aspirar, da solução diluída,

a. 9,6 mL.

b. 9,8 mL.

c. 8,8 mL.

d. 9,0 mL.

7. Foi prescrito 500 ml de soro glicosado a 10%. No entanto no hospital há apensas soro
glicosado a 5% 500 ml e ampolas de glicose a 50% 20 ml. Quantas ampolas de glicose
serão necessárias adicionar no soro de 5% para transformá-lo em 10%, conforme a
solicitação da prescrição?

a. 4,5 ampolas
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b. 1,5 ampolas

c. 3,5 ampolas

d. 2,5 ampolas

8. Um paciente de 56Kg, foi prescrito heparina SC de 12 em 12horas, durante 7 dias, na


dose de 5.000UI, ou seja, uma ampola de 0,25ml a cada injeção. De quantas UI de
heparina o paciente vai precisar para completar o tratamento? Qual o volume em ml que
o paciente receberá considerando o tratamento completo? Quantas ampolas o paciente
precisará para poder completar o tratamento?

a. 1,25 ml / 5.000ui / 7 ampolas.

b. 2,5 ml / 10.000ui / 14 ampolas.

c. 3,5 ml / 70.000ui/ 14 ampolas.

d. 5 ml / 100.000ui / 20 ampolas.

9. A prescrição médica é

SF 7,5% 100 mL → Correr em 30 minutos

O técnico de enfermagem constatou que na unidade estavam disponíveis frascos com


100 mL de soro fisiológico 0,9%, ampolas com 10 mL de NaCl a 20% e equipo de micro-
gotas. Assim sendo, considerando--se a prescrição médica, para o preparo e administração
da solução, o volume total (V) de NaCl a 20% a ser acrescentado ao frasco e a velocidade
de gotejamento do soro (G) deverão ser, respectivamente, de:

a. V = 3,3 mL; G = 200 microgotas por minuto

b. V = 3,45 mL; G = 33 microgotas por minuto.

c. V = 30,3 mL; G = 33 microgotas por minuto.

d. V = 34,5 mL; G = 200 microgotas por minuto.

10. O auxiliar de enfermagem realiza a administração de medicamentos simples por via


parenteral. Para tanto é imprescindível realizar cálculos matemáticos, pois nem sempre
a dose prescrita é a que está disponível na Unidade. Considere o seguinte caso:
30/05/2013, 07 h, sr. A.B.C, 72 anos, internado na Clínica Médica Masculina. Apresenta-
se consciente, lúcido e orientado. Relata dor contínua em região lombar. Prescrição: 125
mg de dipirona EV se necessário. A ampola contém 1 mL a 50% (500 mg/mL).

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Avaliação

Para ministrar a dose correta, o auxiliar de enfermagem deve proceder da seguinte


forma:

a. Diluir a ampola inteira em 20 mL de SF0 9% e aplicar somente 2,5 mL da solução.

b. Diluir a ampola inteira em 10 mL de SF0 9% e aplicar somente 2,5 mL da solução.

c. Diluir a ampola inteira em 10 mL de SF0 9% e aplicar somente 2,75 mL da solução.

d. Diluir a ampola inteira em 20 mL de SF0 9% e aplicar somente 2,75 mL da solução.

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REFERÊNCIAS

Aproveite para estudar também as referências bibliográficas e ampliar ainda


mais o seu conhecimento.

ARAÚJO, M.J.B.de. Técnicas fundamentais de enfermagem. 9 Ed. Rio de Janeiro: MJB de


Araújo, 1996.

BOYER, MJ. Calculo de dosagem e preparação de medicamentos (trad. Carlos Henrique


Cosendey e Alexandre Cabral de Lacerda). Rio de janeiro: Guanaba Koogan, 2010.

BRASIL, Lei Nº 9.787, De 10 De Fevereiro De 1999. Brasília - DF

Carvalho VT. Erros na administração de medicamentos: análise de relatos dos profissionais


de enfermagem. [Dissertação] Ribeirão Preto (SP): Escola de Enfermagem de Ribeirão
Preto/USP; 2000.

Fakih FT, Freitas GF, Secoli SR. Medicação: aspectos ético-legais no âmbito da
enfermagem. Rev Bras Enferm 2009; 62(1): 132-5.

FIGUEIREDO, N.M.A.; VIANA, D.L; MACHADO,W.C.A.Tratado prático de


enfermagem. 2 Ed. v.2. São Caetano do Sul: Yedis Editora, 2008.

KATSUNG, B.G; Farmacologia Básica e Clínica. 8ª ed. São Paulo: Editora Guanabara S.A,
2003.

MAYER, Bárbara. Noções de farmacologia – Curitiba: Editora do Livro. Técnico, 2010.

Miasso AI, Silva AEBC, Cassiani SHB, Grou CR, Oliveira RC, Fakih FT. O processo de
preparo e administração de medicamentos: identificação de problemas para propor melhorias
e prevenir erros de medicação. Rev Latino-am Enfermagem 2006; 14(3): 354-63.

MOTTA, Ana Letícia Carnevalli; SANTOS, Nívea Cristina Moreira. Manuseio e


Administração de Medicamentos - Técnicas e Cálculos. Editora: Iátria, 3ª Edição, 2009.

MOZACHI, NELSON. O Hospital: manual do ambiente hospitalar. Ed.10. Curitiba: Os


Autores, 2005.

PAGE, C; CURTIS, M; SURTER, M; WALKER, M; HOFFMAN, B. Farmacologia


Integrada. São Paulo: Manole, 1999.

RANG, H.P et al., Farmacologia. 5° ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004.

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Referências

SILVA, Marcelo Tardelli Da; SILVA, Sandra Regina L. P. Tardelli Da. Cálculo e
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SMELTZER, S.C. Tratado de enfermagem médico cirúrgica. 10 Ed. Rio de Janeiro:


Guanabara Koogan, 2006.

STACCIARINI, T.S.G.; CUNHA.M.H.R. Procedimentos Operacionais Padrão em


Enfermagem. São Paulo: Atheneu, 2014.

Telles Filho PCP, Cassiani SHB. Administração de medicamentos: aquisição de


conhecimentos e habilidades requeridas por um grupo de enfermeiros. Rev Latino-am
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UTYAMA, IKA et all. Matemática aplicada a enfermagem: cálculo de dosagens. Sao Paulo:
Editora Atheneu,2006.

VIANA, D.L. et al. Manual de Procedimentos em pediatria. São Caetano do Sul: Yendis,
2006.

Vilela RPB, Jericó MC. Erros de medicação: gestão do indicador para uma prática mais
segura. Rev Enferm UFPE online [Internet]. 2016

WANNMACHER, Lenita; FERREIRA, Maria Beatriz Cardoso. Farmacologia clínica para


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