Você está na página 1de 2

O presente plano de aula da disciplina de História, realizado na série do primeiro ano do

ensino médio no Colégio Estadual Conjunto João de Barro, vai ter como tema os reinos do
continente africano antes da colonização, apresentado no documentário “O Reino de
Zimbábue”, e os argumentos utilizados pelos europeus sobre a origem do grande recinto,
denominado o Grande Zimbábue. Esses dois temas vão se interligar ao longo da aula, haja
vista, que os reinos inseridos serão os que vieram antes do Zimbábue, o Mapungubwe e K2,
e, no qual, vai se direcionar a mostrar que existiu um reino ou um povoado naqueles lugares
antes da chegada dos europeus. Dessa forma, os argumentos racistas e etnocêntricos serão
avaliados em aula e comentado. Para isso, será utilizado o artigo do José Henrique Rollo,
“Quem construiu o Grande Zimbábue? Em torno do mito da incapacidade civilizadora dos
povos africanos”.

CONTEÚDO: será introduzido brevemente os reinos do Mapungubwe e K2, ao qual se


desenvolveram antes do Zimbábue. Esses reinos serão importantes para mostrar que existirão
esses e diversos outros ali na África, no qual tiveram relações comercias e trocas de
conhecimentos com outros povos e que alguém ali, ao contrário do que será apresentado mais
na frente pelos europeus, construíram as edificações. Ademais, ao mencionar o reino do
Zimbábue e posteriormente as suas edificações de pedra, denominada zimbábue, na qual, em
língua xona significa casa de pedra, é interessante ressaltar o espalhamento dessas edificações
pelos países em volta do Zimbábue, tal como o atual Moçambique, Botswana e África do Sul.
Nessa questão, será utilizado como apoio o mapa do livro didático de História, que se
encontra nas últimas páginas.

Com o aprofundamento desses edifícios de pedra, será apresentado o principal deles, o


Grande Zimbábue, ao qual, é dividido em três grupos de extensão: a colina, denominada de
acrópole pelos europeus, o grande recinto ou edifício elíptico e as ruinas do vale. Para uma
melhor compreensão dos alunos, serão apresentadas como apoio do material didático imagens
desses edifícios para melhor compreensão e diferenciação de cada um.

Para introduzir o conceito de racismo e etnocentrismo, será destacado o seu significado e,


após, empregado os argumentos apresentados no artigo do Rollo, ao qual argumenta sobre a
origem do complexo arquitetônico em torno dos argumentos perceptíveis racistas e
etnocêntricos, tal como João de Barros, Cronista-mor do reinado de João III, que achava
impossível os africanos terem feito tal edifício, considerando-os, assim, sem capacidade
intelectual de tal obra, assim, também, como a observação de um viajante britânico em 1898.
Essas visões se espalharam após a ocupação dos ingleses por busca de ouro. Ademais, será
exposto mais argumentos, sobre a origem dos seres humanos formada por correntes
intelectuais “monogenitas” e “poligenista, a ideia de que não foram os africanos que fizeram
o Grande Zimbábue, e sim outros povos, como os fenícios, persas, egípcios e asiáticos que
levaram técnicas mais avançadas. O tema será trabalhado em torno do que se entendiam
sobre suas origens e a forma racista empregada, na qual, vai gerar ideologias supremacistas
de brancos africanos. A ideia de que esses povos africanos seriam incapazes de construir tal
edifício e que não teriam capacidades de terem tamanho progresso técnico, nos mostra a
insuficiência de racionalidade dos europeus em não quererem admitir a inferioridade de sua
cor, em comparação com os outros, haja vista que suas opiniões se combatiam com esse
argumento.

Logo, o principal objetivo desta parte, é mostrar aos alunos o quão grande e vasto de riquezas
é o continente africano, haja vista, que são muitas vezes esquecidos pela rápida generalização
do livro didático.

No término da aula, será entregue uma atividade de reflexão e escrita para ser entregue na
próxima semana, no qual vai ter como tema reflexivo, os argumentos europeus envolvidos na
origem do Grande Zimbábue e, a partir disso, desenvolver uma reflexão sobre o que vem a
ser o termo racista empregado em tais argumentos e como ele se desenvolveu. Ou seja,
escrever, a partir do tema da aula, o conceito entendido como racismo e, apoiado nisso, como
os europeus desenvolveram-no através dos seus argumentos. Será uma atividade simples, o
aluno deverá responder com suas próprias palavras, dado que será entregue um material de
apoio, no caso o artigo trabalhado em sala, mas, como é extenso e não cabe a uma turma de
primeiro ano do ensino médio, será apontado apenas os argumentos dos europeus. O caráter
desta aula é para fazer um aluno pensante nos termos a sua volta.

Você também pode gostar