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ª Carolina Salazar
CONCEITO DE CRIME
Ciências penais (criminais): conjunto de disciplinas que estudam o complexo fenômeno criminal.
Apesar de ser, o injusto penal (crime), uma construção normativa jurídico-penal, ele está ligado
necessariamente a um dado ontológico fundamental, que é a conduta humana (finalisticamente
dirigida).
Conceitos:
Crime é o que a lei penal vigente incrimina, fixando o seu campo de abrangência (função de
garantia).
Consiste na relação de contrariedade entre o fato humano e o que está descrito na lei penal.
Obs: critério legal de definição do que é crime (ou não) é fornecido pelo legislador.
• Crime = delito → preceito secundário com ppl de reclusão ou detenção (isolada, alternativa
ou cumulativamente com multa).
Obs: art. 28 da lei de drogas (penas: advertência, prestação de serviços e medida educativa de
comparecimento a curso ou programa educativo), crime?
• Contravenção Penal → preceito secundário com prisão simples ou multa // prisão simples
alternativa ou cumulativamente com multa.
2) MATERIAL ou SUBSTANCIAL
Diz respeito ao conteúdo do ilícito penal e, consequentemente, ao seu caráter danoso e ao seu
desvalor social.
Crime é entendido como uma conduta que afeta em caráter intolerável a estabilidade e o
desenvolvimento da vida em comunidade.
Apenas é admissível o emprego da lei penal quando houver necessidade última de proteção da
coletividade e de bens essenciais ao indivíduo.
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Este Plano de Aula não pretende abranger todo o assunto tratado em sala de aula; presta-se, tão somente, como
roteiro de aula e de estudo.
Plano de Aula – Prof.ª Carolina Salazar
Serve, portanto, como orientação político-criminal para o legislador (sobre o que deve ser punido e o
que deve deixar impune).
Crime é, pois, um atentado ao um bem jurídico estabelecido como fundamental para a perenidade
humana e grupo onde o conflito surgiu.
Obs: os conceitos FORMAL e MATERIAL nem sempre são coincidentes. Tanto pode um fato ser
socialmente danoso (substância) não ser crime (tipo legal formal), como pode um tipo legal
(nominal) não representar uma conduta socialmente danosa: problema. Independentemente, não se
pode ignorar a certeza e segurança jurídica.
3) ANALÍTICO ou DOGMÁTICO
Decomposição do delito em suas partes constitutivas, estruturadas em uma relação lógica, de modo
que ao elemento subsequente é essencial a presença do elemento antecedente (interligação lógica).
Crime não deixa de ser um todo unitário, mas torna a subsunção (do fato à norma) mais racional e 2
segura.
Questão de ordem metodológica (método analítico): decomposição sucessiva do todo em suas partes.
Não é produto de elaboração legislativa, embora seja possível encontrar elementos do delito na
construção das normas penais.
*** Teoria tripartida (ou concepção) do delito: conduta (ação ou omissão) típica, antijurídica (ou
ilícita) e culpável.
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Este Plano de Aula não pretende abranger todo o assunto tratado em sala de aula; presta-se, tão somente, como
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