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Nesta aula, analisaremos os preceitos inicias da teoria do crime e verificaremos as formas de conceituá-lo, em especial
estudaremos o conceito analítico, que também será explorado nas próximas aulas.
Além disso, vamos analisar os sujeitos da infração penal e enfrentar a controvérsia acerca da possibilidade da pessoa
jurídica ser autora de crime. Ao final, ainda verificaremos a classificação que a doutrina faz dos crimes.
OBJETIVOS
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Analisar o exato conceito de infração penal como gênero da qual o crime e a contravenção penal são espécie;
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Fonte da Imagem:
Logo, entender essa metodologia científica é crucial para quem pretende compreender o conceito de infração penal,
que pode ser estudado sobre os aspectos:
material ou substancial;
formal ou legal e;
analítico.
Material ou substancial
A infração penal, neste aspecto, é toda ação ou omissão humana voluntária que lesa ou expõe a perigo de lesão bens
penalmente relevantes.
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Para ler sobre os conceitos de infração penal material ou substancial, clique aqui. (galeria/aula3/docs/a01.pdf)
FORMAL OU LEGAL
Art. 1º Considera-se crime a infração penal que a lei comina pena de reclusão ou de detenção, quer isoladamente, quer
alternativa ou cumulativamente com a pena de multa; contravenção, a infração penal a que a lei comina, isoladamente,
pena de prisão simples ou de multa, ou ambas, alternativa ou cumulativamente. (Lei de Introdução ao Código Penal –
Decreto – Lei nº 3914/41).
Desse comando normativo se extrair a conclusão de que, para ser crime, de acordo com este critério, basta haver a
cominação de pena de reclusão ou detenção, isoladamente, alternativamente ou cumulativamente com pena
pecuniária (multa).
Dessa forma, se o preceito secundário do crime contiver a expressão “reclusão” ou “detenção”, estaremos diante de um
crime. Pouco importa se a norma penal está prevista no código penal ou em legislação especial, se tiver a culminação
dessas duas espécies de pena será classificada como crime.
Preceitos de um crime
,
Prisão simples
O art. 6º da Lei de Contravenções Penais (LCP) define o que vem a ser “prisão simples”.
Em resumo:
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Leitura
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Para ler mais sobre as Diferenças entre os crimes das contravenções penais, clique aqui. (galeria/aula3/docs/a02.pdf)
ANALÍTICO
Neste conceito, o fundamento repousa nos elementos que formam a estrutura do crime. Portanto, precisamos antes
entender um pouco mais sobre esses elementos.
FATO TÍPICO
É a perfeita adequação da conduta humana voluntária à conduta incriminada pela norma penal, ou seja, conduta se enquadra
perfeitamente ao modelo abstrato de lei penal (tipicidade). Nesse elemento se faz a subsunção da conduta à norma penal
incriminadora.
ILÍCITO
É tudo que é contrário à lei, no nosso caso à lei penal. Então, o fato será ilícito quando houver uma norma penal proibindo a prática
daquela conduta.
CULPABILIDADE
A culpabilidade é a reprovabilidade pessoal pela realização de uma ação ou omissão típica e ilícita.
PUNIBILIDADE
O poder/dever que tem o estado de aplicar a pena àquele que tenha praticado uma infração penal é denominado ius puniendi
(direito de punir). A punibilidade, então, é consequência do crime. Diz-se punível a conduta que pode receber pena.
CORRENTES DOUTRINARIAS
Como não se trata de uma ciência exata, o direito compreende várias formas de se analisar e concluir sobre uma
circunstância.
Aqui não poderia ser diferente, pois existem correntes doutrinarias que defendem ser o conceito de infração penal
dividido de várias formas em diversas quantidades de elementos:
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1ª Corrente
2ª Corrente
3ª Corrente
Divide o conceito de crime em dois Conceitua o crime como fato típico, Por derradeiro, existem quem defenda
elementos, sendo crime o fato típico ilícito e culpável, firmando uma divisão quadripartida do conceito
lícito e ilícito, sendo a culpabilidade posicionamento para a punibilidade de crime. Para estes, o crime é
apenas um pressuposto para que é pressuposto de aplicação da composto em 4 elementos: fato típico,
aplicação da pena. pena e não do componente do próprio ilícito, culpável e punível.
conceito de crime.
Essas teorias devem ser estudadas com conjunto com as teorias da ação, em especial as teorias da causalidade e do finalismo.
Entretanto, esse tema será abordado profundamente em outra aula.
São pessoas ou entes que se relacionam com a prática delituosa. Dividem-se em sujeitos ativos e passivos.
Atenção
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Os crimes são classificados pela doutrina de acordo com suas características, recebendo denominações próprias.
Entre a classificação de crimes, temos crime material, formal, de mera conduta, comissivo ou omissivo, entre outros.
Leitura
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Para ler mais sobre esses e outros crimes, clique aqui. (galeria/aula3/docs/a03.pdf)
A) São considerados crimes próprios os delitos que podem ser realizados por qualquer pessoa. Enquanto nos crimes comuns
exige-se sujeito ativo especial ou qualificado.
B) São considerados crimes comuns os delitos que podem ser realizados por qualquer pessoa. Enquanto nos crimes próprios
exige-se sujeito ativo especial ou qualificado.
C) São considerados crimes comuns aqueles que são habitualmente realizados. Enquanto os crimes próprios são os realizados
com menor frequência.
D) São considerados crimes próprios aqueles que são habitualmente realizados. Enquanto os crimes comuns são os realizados
com menor frequência.
Justificativa
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Justificativa
Justificativa
C) Crime de perigo são os que contenham, para a consumação, a mera probabilidade de haver um dano.
D) Crime de perigo são aqueles que definem os crimes contra a vida ou a integridade física.
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Justificativa
Glossário
NA LEI
Art. 109. A prescrição, antes de transitar em julgado a sentença final, salvo o disposto no § 1o do art. 110 deste Código, regula-se
pelo máximo da pena privativa de liberdade cominada ao crime, verificando-se: (Redação dada pela Lei nº 12.234, de 2010).
I - em vinte anos, se o máximo da pena é superior a doze;
II - em dezesseis anos, se o máximo da pena é superior a oito anos e não excede a doze;
III - em doze anos, se o máximo da pena é superior a quatro anos e não excede a oito;
IV - em oito anos, se o máximo da pena é superior a dois anos e não excede a quatro;
V - em quatro anos, se o máximo da pena é igual a um ano ou, sendo superior, não excede a dois;
SUJEITO ATIVO
É aquela pessoa ou ente que pratica a infração penal. É a pessoa que realiza, direta ou indiretamente, a conduta criminosa,
isoladamente ou em concurso com outra ou outras pessoas.
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Os autores e coautores realizam de forma direta a conduta enquanto o partícipe (e o autor indireto ou mediato) realiza de forma
indireta.
Os animais não podem ser sujeitos ativos de crime, nem mesmo quando são utilizados por humanos para as práticas delituosas,
pois, nesse caso, servirão apenas como uma ferramenta para o crime do humano (por exemplo, ao utilizar um cachorro para
lesionar alguém, o dono do cachorro que será responsabilizado pelas lesões causadas pelo animal).
SUJEITO PASSIVO
É o titular do bem jurídico protegido pela norma penal que é atingido pela ação criminosa. Pode ser denominado de vítima ou
ofendido.
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