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Elenco de regras e princípios que vão regular as relações entre as pessoas dentro da sociedade
Aos que não cumprem os seus deveres a lei revê mecanismos de imposição dos deveres de
atuação, para que as normas tenham mais de um valor meramente simbólico, sejam eficazes,
assim inclui sanções particularmente gravosas, como a retirada de liberdade (prisão) AS
PENAS E AS MS RESTRINGEM DIREITOS FUNDAMENTAIS
Antes do direito penal há uma nancial de outro tipo de sanções, ex: natureza civil
(indeminizações, contraordenações…coimas, ilícitos disciplinares…)
Para que o DP possa intervir, o incumprimento do ver/ Condutas têm de estar previstas na lei
como crime (Sinalega?)
O CP não inclui uma definição de crime, mas pelo artigo 1 percebe-se algo
Princípio da culpa As penas só podem ser aplicadas se o agente agiu com culpa; pode
acontecer apesar de agir sem culpa, mas ser considerado perigoso (podendo ser chamados a
intervir no processo)
A constituição inibe a prisão perpétua mas não impedia que o internamento de inimputáveis
seja renovado várias vezes ( até agosto de 2022) Principio da proporcionalidade
Dignidade penal
Neocriminalizações condutas passadas que não eram punidas agora são crimes previstos no
CP ex: trafico de drogas (e vice-versa homossexualidade)
Sentido:
Amplo- alem do direito penal—direto penal de execução das penas e MS (DP executivo e
penitenciário)
Processo penal- conjunto das normas que vão disciplinar a investigação e o esclarecimento do
crime que vão permitir a aplicação das normas do DP no caso concreto
As pessoas são perseguidas pela culpa, pelo facto que cometeram e não por aquilo que são,
pensamento fundamental acerca do DP substantivo, do PP e do direito penal executivo
(normas que se vão aplicar na condenação do tribunal)
Código Penal como as regras que definem quais comportamentos são considerados crimes e
estabelecem as penas correspondentes a esses crimes. É o conjunto de leis que determina o
que é proibido e as consequências para quem viola essas proibições.
Chat gpt: Por outro lado, o Código de Processo Penal é mais sobre as regras e procedimentos a
serem seguidos quando alguém é acusado de cometer um crime. Ele estabelece as etapas do
processo criminal, desde a investigação até o julgamento, e define os direitos e deveres das
partes envolvidas no sistema judicial durante esse processo. Enquanto o Código Penal trata do
"o quê", o Código de Processo Penal trata do "como" em termos de lidar com a aplicação das
leis penais.
Modelo tripartido( CGDP) que vai incluir como ciências autónomas a dogmática jurídico-
penal ( DP, PP E DP executivo) e a criminologia e política criminal, que pretende com a
conjugação desses 3 ramos haver um maior controlo da criminalidade.
A criminologia é uma ciência que estuda o fenómenos criminal na sua totalidade, o facto
criminosos, as características das varias formas de criminalidade e das suas mutações, as
causas do crime, a personalidade do agente do crime, a vitima e o próprio sistema do controlo
da criminalidade, quer as instancias formais de controlo ex: lei, juiz, MP, … quer as instancias
informais ex: fam, escola,…
Finalidade penas e MS- mecanismos usados pelos serviços públicos para prosseguir a
finalidade do DP
131 e 132 pena visa reforçar a imperatividade da proibição de matar outra pessoa com a
finalidade de proteger c maior eficácia o BJ vida (BJ supremo inviolável- 24 1 C) proteção
subsidiária (o direito penal só intervém se os outros ramos de direito não conseguirem)
Ex: crimes: homicídio- protege a vida; furto- protege o matrimónio; corrupção- protege a
integridade do exercício das funções públicas; o crime de violação protege a liberdade sexual
(Diferentes bens-jurídicos)
Crimes podem ter mais de uma ação (ex: matar várias pessoas- vários bj diferentes)
Podem haver 1/+ normas aplicadas à mesma situação ex: 132- homicídio qualificado porque
envolveu um pai que matou um filho) crime em concurso conduta que envolve mais de 1
bem jurídico
Penas:
Pessoas singulares- multa e prisão; entes coletivos( porque nem todas as pessoas coletivas
têm personalidade jurídica) - dissolução( nunca pode ser substituída)- ou multa(pode ser
substituída- caução devolvida ou vigilância)
De Substituição apenas das penas principais a prisão pode ser substituída por prisão
domiciliária, multa, pena suspensa, comunity service ou interdição de determinadas atividades
(normalmente no âmbito do crime)
Multa nas coletivas se se portar bem durante um determinado período a quantia é devolvida
Acessórias aplicadas quando há penas principais também ex: ficar sem conduzir um
determinado tipo de veículo
Teorias
Nestas teorias preventivas, a pena é de prevenção geral( os demais cidadãos vêm o que
aconteceu àquele agente do crime, para que não cometam os mesmos crimes) ou
especial( dirige-se ao agente do crime, para que não volte a reincidir)
Dupla perspetiva- Meio de intimidação das outras pessoas através do castigo infligido ao
criminoso com a aplicação da execução da pena (Prevenção geral negativa) ou como meio para
reforçar a confiança da comunidade na efetiva vigência das suas normas (Prevenção geral
positiva ou de integração)
A pena visa atuar também psiquicamente no indivíduo, para que não volte a reincidir, a favor
da teoria da retribuição)
Vai ressurgir com a ideia de que se devia corrigir o criminoso que fosse passível de correção e
intimidar o agente que fosse intimidável (ocasionais) e neutralizar o agente que nem fosse
corrigível nem intimidável (irrecuperabilidade ou difícil recuperabilidade) e por isso dizia-se
que o DP devia ser um instrumento flexível
A correção dos agentes é uma utopia por isso a prevenção especial só pode ser por meio de
intimidação
Criar as condições para que no futuro não cometa crimes, por isso têm que por à sua
disposição prevenção especial positiva de socialização
Teorias mistas/unificadoras 40
Sanções penais são penas- culpa como pressuposto e medida da mesma ou MS- perigosidade
do deliquente e do facto ilícito típico/crime
Facto ilícito típico- expressão usada porque o inimputável não comete um crime ( mas é igual)
83 CP Pena relativamente indeterminada- misto de pena e MS
A constituição proíbe as penas absolutamente indeterminadas ex: prisão perpétua, mas não
proíbe as penas relativamente indeterminadas- criminosos imputáveis perigosos, em que o que
se vai fazer é determinar a pena concreta ex: no homicídio é entre 8 e 16- fixa 10 e depois a lei
prevê consoante os casos que a essa pena de prisão vai ser adicionado 2/4/6 anos ( essa é a
medida de segurança- misto)
Parte 2
No estado do direito as M.S têm de ser obrigatoriamente aplicadas pelos tribunais, assim como
as penas (202- CP) e a sua aplicação tem de respeitar o principio da proporcionalidade
(diferentes medidas consoante a gravidade do crime) para proteger interesses comunitários
preponderantes.
As MS tornam-se necessárias para agentes inimputáveis por anomalia psíquica (20 do CP) ou
em razão da idade (19º)- medidas tutelares educativas
Quem comete o facto ilícito típico mas é inimputável, continuando a ser considerada a sua
perigosidade, o estado atua MS , para não por em causa os bens jurídicos, é a única solução
Imputáveis devido á sua perigosidade é necessário complementar a pena com uma MS (40
nr 2 CP) , a pena é baseada na culpa e a MS baseada na perigosidade do agente, as MS
provistas no CP são:
91 nr 2 (O internamento tem uma duração mínima) mas O arguido pode ser libertado mais
cedo se tiver de acordo com a paz social, dando alusão à prevenção geral positiva e de
classificação social ( se o individuo inimputável não tem capacidade para avaliar a ilicitude da
sua conduta, estas MS dão o exemplo à sociedade que podem confiar na vigência das normas
jurídicas)
Princípios fundamentais do direito penal ( misto do direito penal com o constitucional, pois
todos têm uma referência na constituição)
Ninguém pode ser punido por um crime não previsto na lei no momento do mesmo nem com
uma pena do crime previsto na lei ao momento anterior ao facto 165 nr 1 C) C
1.1 Principio da tipicidade- a norma incriminadora tem que determinar com precisão e
clareza as condutas que vai punir ex: 131 , tem de estar previsto na lei
Em termos legais, é uma regra fundamental que estabelece que a interpretação extensiva da
lei penal, por meio da analogia, não é permitida quando se trata de criar ou ampliar crimes ou
penalidades. Isso significa que, em questões criminais, os tribunais não podem estender a
aplicação da lei penal além do que está claramente estipulado na legislação vigente. Em vez
disso, a interpretação da lei deve se ater estritamente ao texto da lei. Ex: aplicar a lei mais
parecida com o facto ilícito
29 1 CPP; 1 nr 3 CP
Interpretação Extensiva:
A interpretação extensiva envolve a aplicação de uma lei existente a casos que não
estão expressamente abrangidos pelo texto da lei, mas que podem ser considerados
dentro do seu espírito ou intenção.
Isso significa que, ao usar a interpretação extensiva, os tribunais consideram que a lei
atual se aplica a situações que, embora não estejam explicitamente mencionadas,
estão relacionadas ao seu propósito geral.
A interpretação extensiva permite que a lei existente seja ampliada para abranger
situações semelhantes àquelas já previstas na lei. Ex: a caneta também é uma arma
quando usada como tal…
Nenhum crime é cometido exatamente como está na lei (juízo analógico) por isso IE é aceitável
Analogia:
A analogia envolve a aplicação de uma lei existente a casos que não estão
contemplados no texto da lei e que não podem ser considerados dentro do seu espírito
ou intenção.
No uso da analogia, os tribunais procuram uma lei existente que seja semelhante em
relação à situação não prevista e a aplicam por analogia, mesmo que a nova situação
não esteja diretamente relacionada à intenção original da lei.
A analogia é frequentemente usada quando não existe uma lei específica que cubra a
situação em questão, mas existe uma lei semelhante que pode ser aplicada por
comparação.
Exemplos:
Os tribunais aplicam a lei conforme escrita, sem expandir ou restringir seu alcance, desde que
seu significado seja inequívoco.
Exemplo: Uma lei federal estabelece que a idade mínima para votar nas eleições
nacionais é 18 anos. O texto da lei é claro e não requer interpretação extensiva ou
restritiva. Portanto, os tribunais aplicam a lei conforme escrita, e a idade mínima para
votar é universalmente reconhecida como 18 anos.
Interpretação Restritiva:
Exemplo: Uma lei estadual proíbe "veículos de grande porte" de circular em certas
áreas urbanas. O texto da lei não fornece uma definição clara de "veículos de grande
porte". No entanto, os tribunais decidem que a lei deve ser interpretada de forma
restritiva e aplicada apenas a caminhões e ônibus, excluindo vans e veículos
recreativos, que poderiam ser considerados "grandes" em tamanho, mas não são o
alvo da legislação.
3. Principio da culpa
Não pode ser aplicada uma pena a quem atua sem culpa- responsabilidade penal
objetiva O agente tem de agir PELO menos com negligência 131 CP 13CP, se a lei o
permitir, às vezes só permite com dolo,
Exclusão da culpa legítima defesa, aplicar a pena a quem seja inimputável,
comparticipação criminosa- mais do que uma pessoa praticou o crime, instigador vs
negligente? A culpa de cada um dos participantes tem de ser analisada
separadamente, por imposição do principio da culpa
4. Principio da Proporcionalidade
Princípio que exige que as sanções penais sejam proporcionais à gravidade do crime e ao grau
de culpa do autor. As MS são restrições dos direitos fundamentais, por isso o arguido não pode
ser prejudicado excessivamente pelo facto ilícito, não podendo haver meios menos gravosos
para punir
5. Principio da subsidiariedade
Princípio que estabelece que o direito penal deve ser aplicado apenas quando outras
medidas menos invasivas (como medidas administrativas ou cíveis ex: multa) não são
suficientes para proteger os interesses jurídicos em questão.
6. Principio da fragmentariedade
Princípio que limita o alcance do direito penal, restringindo sua aplicação a condutas
que atentam gravemente contra bens jurídicos fundamentais, deixando outras áreas de
regulação para outros ramos do direito.
Nem todos os ataques aos bens jurídicos do direito penal justificam a intervenção do
mesmo casos em q a gravidade do crime/lesão dos BJ não pode ser tratada por
outros meios, só quando cometido com dolo ex: conduzir c álcool a partir 1.2%
Princípio que enfatiza que o direito penal deve ser usado com moderação e somente quando
estritamente necessário para proteger bens jurídicos essenciais, evitando a criminalização
excessiva e o uso indevido do direito penal
Podemos recorrer ao direito penal se os bens jurídicos protegidos pela dignidade penal se não
poderem ser levados por outros ramos do direito
Ninguém pode ser julgado mais de uma vez pelo mesmo ato, mas pode ser julgado a vários
titulos; mas pode ser por exemplo condenado por homicídio e pode ter de indemnizar alguém;
tbm n impede…. 2 entidades diferentes
“herdeiros”
Chat gpt: significa que a responsabilidade penal ou criminal é pessoal e não pode ser
transferida para outras pessoas. Em outras palavras, uma pessoa não pode ser responsabilizada
penalmente pelos atos criminosos de outra pessoa, a menos que ela própria tenha participado
ou contribuído de alguma forma para a prática do crime.
Ponderação, fundamentação das penas por parte dos juiz à luz das circunstâncias do caso
concreto