Você está na página 1de 2

Boa tarde hoje vou apesentar o poema ela canta pobre ceifeira da autoria de Fernando Pessoa.

Digo poema

Fernando Poema nasceu em 13 de junho de 1888 em Lisboa. O escritor ficou órfão de pai com
5 anos e foi viver com a sua mãe e o seu padrasto para África do Sul. Entre 1901 e 1902
Fernando Pessoa escreveu os seus primeiros versos, em 1905 regressa sozinho para Lisboa
para frequentar o curso superior de letras, que acabou por abandonar. Em 1915 juntamente
com Mário de Sá Carneiro, Almada Negreiros entre outros inaugura o modernismo em
Portugal com a publicação da revista Orfeo. Entre 1913 e 1917 desenvolve uma intensa
atividade poética. Fernando Pessoa morreu em 30 de novembro em 1935 no hospital São Luís
dos Franceses.

A 8 de março de 1914 Fernando Pessoa começou o processo de heteronímia, ou seja o poeta


criou várias figuras irreais, cada uma delas com uma identidade. entre os heterónimos criados
pelo poeta destacam-se Ricardo Reis, Álvaro de Campos e Alberto Caeiro.

. Como já referi anteriormente o poema que eu escolhi foi” Ela canta pobre ceifeira”, que faz
parte dos ortónimos ou seja foi escrito por Fernando Pessoa. Eu escolhi este poema uma vez
que retrata a dor de pensar, um tema que me cativou e que aborda temas muito interessantes
e fascinantes.

O tema deste poema é dor de pensar. O sujeito poético manifesta a vontade de querer sentir
de forma racional.

Ao longo deste poema verifica-se que o objetivo do sujeito poético é alcançar a felicidade da
ceifeira, contudo ele gostava ao contrário dela de ter a consciência de que o é, dado que a
ceifeira é feliz mas não tem consciência da sua felicidade por isso segundo o sujeito poético ela
não é verdadeiramente feliz.

Inicialmente o sujeito poético descreve o cântico da ceifeira destacando a sua suavidade,


carater inconsciente da alegria da voz, a pureza, a harmonia e o contraste entre a dureza da
vida do campo e a leveza do canto.

Posteriormente a partir da 4 quadra o sujeito poético exprime os sentimentos que o canto da


ceifeira despertam nele retomando assim o seu drama interior. O desejo de ser como a
ceifeira, a vontade de ser feliz, mas tendo a consciência disso. Além disto o sujeito poético
considera que a natureza é responsável pela felicidade da ceifeira por isso invoca alguns
elementos da natureza como o céu, o campo e a canção para o ajudarem a a alcançar a
felicidade. O sujeito poético também tem a consciência de que o pensamento é responsável
pela sua infelicidade.

O sujeito poético encontra-se em sofrimento, este sofrimento resulta pelo facto do sujeito
poético estar constantemente a pensar. Devido ao pensamento ele não atinge a felicidade da
ceifeira.

Verificamos que o poeta recorre a vários recursos expressivos entre os quais se destacam a
comparação presente no verso 5 ondula como u m canto de ave, o poeta usou a comparação
para comparar o canto da ceifeira ao canto de uma ave realçando a suavidad4 da voz e a
inconsciência da alegria da sua voz. Verificamos também a presença de várias de metáforas
como a ciência pesa tanto verso 20,21, realçando que o pensamento é a causa do sofrimento.
O poeta recorre a antíteses como podemos verificar no verso 9, ouvi-la alegre, entristece para
exprimir a contradição entre a alegria da ceifeira e o seu trabalho difícil, isto despertava
diferentes sensações no sujeito poético. Outro recurso expressivo usado pelo poeta +e a
personificação presente nos versos 19, 20, e a consciência disso!, o ceu! O campo! O canção!
Ele recorre aos elementos da natureza que acha que são responsáveis pela felicidade da
ceifeira para também lhe trazerem felicidade.

Este poema tem 6 estrofes. As estrofes são quadras, pois têm 4 versos.

Você também pode gostar