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3° Semana Integradora

Renata Guevara Duarte, RA: 122221753

Caso: Madalena

Hípotese: O hipertiroidismo em mulheres, quando não tratado corretamente


pode causar problemas gestacionais e psicológicos.

Psicologia

1. Relacionar hipertiroidismo com ansiedade.

De acordo com Fráguas Jr. e Figueiró (2000), o sistema endócrino é ligado


ao sistema nervoso intimamente, o que favorece uma série de sintomas ou
condições clínicas envolvendo reações psíquicas em decorrência de doenças
metabólicas. Ballone (2003) diz que as alterações psiquiátricas têm sido
relacionadas com alterações da tireóide. Para o autor, é difícil explicar se elas
ocorrem porque a tireóide interfere no psiquismo ou se o psiquismo interfere na
tireóide. O que é fato é que o tratamento psiquiátrico melhora muito a função da
tireóide alterada e vice-versa. Além disso, segundo o autor, a associação de
antidepressivos é excelente com o hormônio tireoidiano.

Os sintomas de ansiedade também recorrentes no hipertiroidismo são


agitação, cansaço, tremores, exoftalmia, palpitações, perda de peso, quedo de
cabelo, dificuldades para dormir, cefaléia, inquietação e desejo de movimentar-se.

Ainda podem ocorrer alterações de humor, típicas da ansiedade nos


quadros de hipertiroidismo, como perda de libido, irritabilidade, hiperatividade e
impaciência.

BIBLIOGRÁFIA

VAINBOIM, Tatiana Bukstein. Representação da doença e internação e níveis de


ansiedade e depressão em pacientes com hipertireoidismo internados comparados a pacientes
ambulatoriais. Psicol. Hosp. (São Paulo), São Paulo, v. 3, n. 1, p. 103-120, jul. 2005. Disponível
em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1677-74092005000100007>.
Acesso em 08 de maio de 2023.
PPM

2. Citar os achados clínicos do hipertiroidismo descompensado.

Destacam-se a hipersensibilidade ao calor, o aumento da sudorese


corporal e a perda de peso. Quase sempre há um aumento de apetite, mas o
paciente emagrece.

Queixas de nervosismo , irritabilidade, ansiedade, insônia, tremores .

Sistema cardiovascular, podemos notar taquicardia , palpitações, dispneia


de esforço. As ações inotrópicas e cronotrópicas dos hormônios tireoidianos
provocam aumento do volume de ejeção e da frequência cardíaca, assim como
vasodilatação periférica, reproduzindo hiperatividade cardíaca, bulhas
hiperfonéticas, aumento da pressão arterial sistólica e queda da diastólica
(pressão diferencial aumentada), pulso rápido, com frequência entre 100 e 160
bpm. É comum o encontro de ritmo irregular causado por fibrilação atrial e de
sopro sistólico na área pulmonar.

Sistema digestório, há aumento de motilidade intestinal, ocasionando maior


número de desejações diárias ou diarreia franca.

Sistema genital, nas mulheres provaca alterações mentruais, pode haver


oligomenorreia (A oligomenorreia é definida como a ocorrência de menos de 10
menstruações no período de 1 ano ou de um ciclo com duração superior a 35
dias.), abortos repetidos. No homem, perda de libido e importência podem ocorrer.

Sistema locomotor, uma das queixas mais frequentes é a fraqueza


muscular. Acomete principalmente musculatura proximal, cinturas pélvica e
escapular. O paciente refere dificuldade para levantar-se sem o auxílio das mãos
e subir escadas; em graus extremos, até pentear os cabelos torna-se difícil.

Sintomas oculares. O principal sintoma ocular do hipertireoidismo é a


exoftalmia.

Sistema nervoso. O paciente mostra-se irrequieto, hipercinético, fala


rapidamente, demonstra apreensão e costuma segurar firmemente as mãos entre
os joelhos, além de apresentar tremores finos nas mãos.

Pele e fâneros. A pele do paciente com hipertireoidismo é fina, sedosa,


úmida e quente, devido à vasodilatação (por isso, costuma-se dizer que o médico
começa a reconhecer o hipertireoidiano no aperto de mão). As mãos são quentes
e úmidas, diferentes das mãos úmidas e frias do estado de ansiedade.
As unhas podem apresentar-se descoladas do leito, denotando onicólise
(unhas de Plummer- essa condição ocorre quando as unhas se separam do leito
ungueal, podendo ou não ficarem mais levantadas. Essa elevação pode ocorrer
na ponta da unha ou em toda a sua extensão), os cabelos são finos e lisos.

BIBLIOGRÁFIA

PORTO, Celmo C. Semiologia Médica, 8ª edição . [Digite o Local da Editora]: Grupo GEN,
2019. E-book. ISBN 9788527734998. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527734998/. Acesso em: 08 mai. 2023.

3.Descrever a técnica e objetivos da admnistração da via subcutânea de


insulina e seu armazenamento.

Conceito: É a introdução de uma droga no tecido subcutâneo ou


hipoderme, onde a extensa rede de capilares possibilita a absorção gradativa do
medicamento e garante o perfil farmacocinético.

Objetivos: Aplicar uma terapêutica lenta, contínua e segura pela tela


subcutânea (5 a 30 minutos).

Indicações: Administrar medicamentos anticoagulantes (heparina, clexane),


hipoglicemiantes (insulina), analgésicos, antieméticos, anticonvulsivantes,
brocodilatadores, outros e vacinas (antirrábica e tríplice viral, febre amarela).

Contraindicações: lesões de pele que comprometam a absorção de fluídos


ou medicamentos, anasarca acentuada, caquexia intensa, recusa do paciente.

Complicações: reações locais como lipodistrofia (lipoatrofia ou lopi-


hipertrofia) ocorrem devido o não rodízio das áreas de aplicação e esta situação
que pode levar a hiperglicemia.

O volume de aplicação por essa via em geral é de 1,0 ml a 1,5.

Técnica

1. Determinar o local em que foi administrada a última injeção, para que


haja o rodízio dos locais aplicados.

2.Examinar os locais potenciais da injeção em busca de trauma, edema,


rubor, calor ou sensibilidade.
3.Higienizar as mãos e calçar as luvas de procedimento.

4.Confirmar o nome do paciente com a identificação da medicação.

5.Selecionar o local adequado. Realizar a antissepsia com bola de algodão


embebida em álcool 70%.

6.Deixar a pele secar.

7.Formar uma prega de pele no local.

8.Perfurar a pele a um ângulo de 90º (agulha 13 × 4,5).

9.Liberar o tecido quando a agulha estiver inserida e usar a mão para


apoiar a seringa em seu eixo.

10.Injetar o medicamento empurrando o êmbolo.

11.Retirar a agulha rapidamente enquanto faz pressão no local do


medicamento com bola de algodão seca.

12.Desprezar a agulha e a seringa no recipiente para perfurocortantes, e o


algodão e o invólucro da seringa no saco plástico para lixo.

Observações:

- As regiões recomendadas para a aplicação da insulina são as que ficam


afastadas das articulações

e proeminências ósseas, têm menor vascularização e inervação, e são de


fácil acesso para a

autoaplicação. São elas:

· Braços: face posterior, três a quatro dedos abaixo da axila e acima do


cotovelo.

· Nádegas: quadrante superior externo.

· Coxas: face anterior e lateral externa, quatro dedos abaixo da virilha e


acima do joelho.

· Abdome: regiões laterais direita e esquerda, distante três a quatro dedos


da cicatriz umbilical.

- O local da injeção deve ser inspecionado e palpado antes de cada


aplicação e estar livre

de sinais de inflamação e infecção, edema e lipodistrofia.

- É recomendado evitar o mesmo ponto de aplicação durante 14 dias,


tempo necessário para

cicatrizar e prevenir a lipodistrofias. O rodízio nos pontos de aplicação é


fator decisivo para o

tratamento seguro e eficaz com insulina.

- Não é necessário aspirar antes de injetar o medicamento – não existem


evidências de que a

aspiração com ou sem retorno de sangue elimina a possibilidade de injeção


EV.

- Manter a agulha no subcutâneo por 5 segundos garante que toda a dose


seja injetada e impede a

saída do medicamento.

- A prega subcutânea:

· deve ser mantida durante a injeção de insulina, pois diminui o risco de


injeção IM.

· A prega SC tem por função evidenciar o tecido subcutâneo, evitando que


o medicamento

atinja o músculo. Quando realizada com todos os dedos evidencia o tecido


subcutâneo, mas

também o musculo, aumentando o risco de injeção intramuscular.

BIBLIOGRÁFIA

RODRIGUES, Andréa B.; OLIVEIRA, Patrícia Peres de; AGUIAR, Maria Isis Freire de; e
outros Guia de enfermagem . [Digite o Local da Editora]: Editora Saraiva, 2020. E-book. ISBN
9788536533544. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788536533544/. Acesso em: 09 mai. 2023.

Genética
4. Nomear e explicar a doença de incompatibilidade sanguínea entre mãe e
feto.

Eritroblastose fetal.

Diferentemente do sistema ABO, no qual os anticorpos normalmente são


formados em resposta aos antígenos apresentados por outros organismos, a
produção de anticorpos anti-Rh requer uma estimulação direta pelo próprio
antígeno Rh humano. Uma pessoa Rh-negativa não começa a produzir anticorpos
anti-Rh a menos que seja exposta ao antígeno Rh, geralmente através de uma
transfusão de sangue ou durante a gestação. A incompatibilidade materno-fetal
ocorre quando um homem Rh-positivo e uma mulher Rh-negativa geram filhos.
Caso o genótipo do homem seja DD, toda a sua prole será Rh-positiva e
apresentará antígenos Rh em seus eritrócitos. Caso o homem seja heterozigótico,
com genótipo Dd, em média, metade de seus filhos será Rh-positiva.

Geralmente, não há dificuldades com a primeira criança Rh-incompatível,


porque apenas algumas hemácias do feto cruzam a barreira placentária durante a
gestação. Quando a placenta se descola durante o nascimento, um grande
número de hemácias fetais entra na circulação sanguínea da mãe. Essas células
com seus antígenos Rh estimulam a produção dos anticorpos anti-Rh pela mãe.
Tais anticorpos permanecem na circulação materna por um longo tempo e, caso o
próximo filho também seja Rh-positivo, os anticorpos anti-Rh da mãe entrarão na
circulação sanguínea do feto e destruirão suas hemácias. À medida que essa
destruição progride, o feto torna-se anêmico, passando a liberar muitos
eritroblastos (células vermelhas nucleadas imaturas) na corrente sanguínea. Esse
fenômeno é responsável pelo problema descrito como eritroblastose fetal. A
anemia pode levar a um aborto espontâneo ou a um natimorto. Como os
anticorpos maternos permanecem no sistema circulatório do recém-nascido, a
destruição das hemácias pode continuar após o nascimento. Isto causa um
acúmulo de bilirrubina e surge icterícia logo após o nascimento. Na ausência das
transfusões de substituição, na qual o neonato recebe eritrócitos Rh-negativos, a
bilirrubina deposita-se no cérebro, produzindo dano cerebral e geralmente óbito.
As crianças que conseguem sobreviver podem desenvolver deficiência intelectual,
paralisia cerebral e/ou surdez de alta frequência.

Entre os norte-americanos de descendência europeia, aproximadamente


13% de todos os casamentos são Rh-incompatíveis. Felizmente, hoje existe uma
terapia simples para evitar a sensibilização da mãe. Durante e após a gestação,
uma mãe Rh-negativa recebe injeções de imunoglobulina Rh, que consiste em
anticorpos anti-Rh. Esses anticorpos destroem os eritrócitos fetais na circulação
sanguínea materna antes que estes estimulem a produção de anticorpos anti-Rh
maternos. Em virtude de os anticorpos injetados não permanecerem por muito
tempo na circulação da mãe, eles não afetam a prole subsequente. A fim de evitar
a sensibilização, as injeções devem ser administradas a cada gestação. A mãe
Rh-negativa também deve ter cuidado especial para não receber uma transfusão
contendo sangue Rh-positivo, porque isso também estimularia a produção de
anticorpos anti-Rh.

Uma forma mais rara de incompatibilidade materno-fetal pode ocorrer


quando uma mãe com sangue tipo O estiver gerando um feto com o sangue tipo A
ou B. A doença hemolítica produzida por essa combinação geralmente é tão
branda que não requer tratamento. Mas curiosamente, se a mãe também for Rh-
negativa e a criança for Rh-positiva, a incompatibilidade ABO protege contra a
incompatibilidade Rh mais grave. Isto acontece porque quaisquer células
vermelhas do sangue fetal que entram no sistema circulatório materno são
rapidamente destruídas pelos seus anticorpos anti-A ou anti-B antes que se
possam formar anticorpos anti-Rh.

BIBLIOGRÁFIA

JORDE, Lynn B. Genética Médica . [Digite o Local da Editora]: Grupo GEN, 2017. E-book.
ISBN 9788595151659. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595151659/. Acesso em: 09 mai. 2023.

5. Descrever a genética da tipagem sanguínea ABO e Rh (bases


moleculares).

O Grupo Sanguíneo ABO

O sistema ABO, que é codificado por um único gene no cromossomo 9,


consiste em três alelos primários, denominados IA, IB e IO. As pessoas com o
alelo IA possuem o antígeno A nas suas superfícies eritrocitárias (tipo sanguíneo
A), e aquelas com IB apresentam o antígeno B nas suas superfícies celulares (tipo
sanguíneo B). Aquelas com ambos os alelos expressam os dois antígenos (tipo
sanguíneo AB) e aquelas com duas cópias do alelo IO não possuem nenhum dos
antígenos (tipo sanguíneo O). Uma vez que o alelo IO não produz antígenos, as
pessoas que são heterozigotas IA IO ou IB IO apresentam os tipos sanguíneos A
e B, respectivamente.

O Sistema Rh

Assim como o sistema ABO, o sistema Rh é definido com base nos


antígenos que estão presentes nas superfícies eritrocitárias. Esse sistema
recebeu o seu nome devido ao macaco Rhesus, o animal experimental no qual ele
foi primeiramente isolado por Landsteiner no final da década de 1930. Ele é tipado
no laboratório por meio de um procedimento semelhante ao descrito para o
sistema ABO. Os alelos Rh variam consideravelmente entre os indivíduos e
populações; tendo se constituído, portanto, em outra ferramenta muito útil para
avaliação da variação genética. As bases moleculares para a variação dos
sistemas ABO e Rh já estão elucidadas, e cada vez é mais comum tipar esses
sistemas pelo exame direto da sequência de DNA de um indivíduo, em vez de
analisar uma reação anticorpo-antígeno.

BIBLIOGRÁFIA

JORDE, Lynn B. Genética Médica . [Digite o Local da Editora]: Grupo GEN, 2017. E-book.
ISBN 9788595151659. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595151659/. Acesso em: 09 mai. 2023.

PAPP e Saúde Coletiva

6. Conceituar e explicar o Ecomapa.

O ecomapa, tal como o genograma, faz parte do conjunto de instrumentos


de avaliação familiar, e os dois podem aparecer de forma complementar dentro de
um prontuário familiar. Enquanto o genograma identifica as relações e ligações
dentro do sistema multigeracional da família, o ecomapa identifica as relações e
ligações da família e de seus membros com o meio e a comunidade onde
habitam. O ecomapa fornece uma visão ampliada da família, desenhando a
estrutura de sustentação e retratando a ligação entre a família e o mundo. Esse
instrumento conecta as circunstâncias ao meio ambiente e mostra o vínculo entre
os membros da família e os recursos comunitários. É um diagrama das relações
entre a família e a comunidade e ajuda a avaliar os apoios e suportes disponíveis
e sua utilização pela família. É considerado uma representação das relações com
o supra-sistema, ou seja, com outras pessoas e com instituições do contexto da
família, permitindo uma “fotografia” das principais relações que a família tem com
o ambiente.

O ecomapa não é mais do que uma representação gráfica das ligações de


uma família às pessoas e estruturas sociais do meio onde habita ou convive
(ambiente de trabalho, por exemplo), desenhando o seu “sistema ecológico”.
Identifica os padrões organizacionais da família e a natureza das suas relações
com o meio, mostrando-nos o equilíbrio entre as necessidades e os recursos da
família (sua rede de apoio social, por exemplo).

Quem deve fazer o Ecomapa? Qualquer técnico de equipe pode elaborar


com a família(assistente social, enfermeiro, médico). É um instrumento de
trabalho em equipe, não de uma categoria profissional específica.

7. Construir o Ecomapa de Madalena.

Fisiologia

8. Citar a função dos Hormônios da tireóide e descrever seu mecanismo de


ação na célula alvo.
Função dos hormônios

Os hormônios tireoidianos aumentam a atividade metabólica de quase


todos os tecidos do corpo;

Os hormônios da tireoide aumentam o número e a atividade das


mitocôndrias;

Os hormônios da tireoide aumentam o transporte ativo de íons através das


membranas celulares;

Efeito do hormônio tireoidiano no crescimento;

Metabolismo de carboidratos, lípidios;

Efeito nas gorduras plasmáticas e hepáticas ;

Maior necessidade de vitaminas;

Aumento da taxa metabólica basal.;

Redução do peso corporal;

Aumento do fluxo sanguíneo e débito cardíaco;

Aumento da frequência cardíaca;

Aumento da força de contração cardíaca;

Aumento da motilidade gastrointestinal;

Efeitos excitatórios no sistema nervoso central;

Efeito na função dos músculos. Um ligeiro aumento no hormônio tireoidiano


geralmente faz com que os músculos reajam com vigor, mas, com quantidade
excessiva de hormônio tireoidiano, os músculos ficam enfraquecidos, devido ao
excesso de catabolismo proteico. Por outro lado, a falta de hormônio da tireoide
faz com que os músculos se tornem lentos e relaxem lentamente após uma
contração;

Tremor muscular;

Efeito em outras glândulas endócrinas. A elevação do hormônio tireoidiano


aumenta as taxas de secreção de várias outras glândulas endócrinas, mas
também aumenta a necessidade tecidual de hormônios. Por exemplo, o aumento
da secreção de tiroxina eleva o metabolismo da glicose em quase todo o
organismo e, portanto, provoca uma necessidade correspondente de aumento da
secreção de insulina pelo pâncreas. Além disso, o hormônio tireoidiano aumenta
muitas atividades relacionadas à formação óssea e, como consequência, aumenta
a necessidade de paratormônio. O hormônio tireoidiano também aumenta a
inativação de glicocorticoides adrenais pelo fígado. Esse aumento da velocidade
de inativação leva a um aumento, por feedback, da produção de hormônio
adrenocorticotrófico (ACTH) pela adeno-hipófise e, portanto, a um aumento da
secreção de glicocorticoide pelas glândulas adrenais;

Efeito do hormônio tireoidiano na função sexual.

Mecanismo de Ação na célula alvo.

Ativação de células-alvo por hormônios tireoidianos. A tiroxina (T4) e a tri-


iodotironina (T3) entram na membrana celular por meio de um processo de
transporte mediado por carregador dependente de trifosfato de adenosina. Uma
grande parte da T4 é deiodada para formar T3, que interage com o
receptor(que fica na cariotéca) de hormônio tireoidiano, ligado como um
heterodímero ao receptor retinoide X, do elemento genético de resposta do
hormônio tireoidiano. Essa ação aumenta ou diminui a tradução e transcrição de
genes que levam à formação de proteínas, produzindo, assim, a resposta
celular ao hormônio tireoidiano. As ações dos hormônios tireoidianos nas
células de diferentes sistemas são mostradas. TMB, taxa metabólica basal;
SNC, sistema nervoso central; RNAm, ácido ribonucleico mensageiro;
Na+/K+ ATPase, bomba de sódio-potássio trifosfatase de adenosina.

BIBLIOGRÁFIA

HALL, John E.; HALL, Michael E. Guyton & Hall - Tratado de Fisiologia Médica . [Digite o
Local da Editora]: Grupo GEN, 2021. E-book. ISBN 9788595158696. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595158696/. Acesso em: 10 mai. 2023.

9. Explicar a biosintese dos hormônios da tireóide e a regulação da


secreção.

Os iodetos ingeridos por via oral são absorvidos pelo trato gastrointestinal
para o sangue praticamente da mesma forma que os cloretos. Normalmente, a
maior parte dos iodetos é rapidamente excretada pelos rins, mas cerca de um
quinto é seletivamente removido da circulação sanguínea pelas células da
glândula tireoide, e usado para a síntese dos hormônios tireoidianos.

1. Captação ativa do iodeto


O iodeto sai do capilar e entra na célula folicular.

2. Oxidação do iodeto

Na oxidação o iodeto fica sem carga e penetra no colóide

3. Iodação

No colóide = na iodação o iodo se une a tireoglobulina

4. Acoplamento

Duas moléculas de tireoglobulina iodada se unem formando o T3 e T4.

5. Proteólise da tireoglobulina (célula folicular)

A enzimas lissosomais clivam o t4 e t3 do colóide de tireoglobulina e os


hormonios se difundem na célula folicular para a corrente sanguínea.

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•Captação do iodeto: o TSH vai estimular uma bomba que está localizada
na membrana basolateral da célula folicular que capta o iodeto da corrente
sanguínea para dentro da célula folicular;

•Oxidação do iodeto: o TSH vai ativar uma enzima chamada peroxidasde


para que ocorra a oxidação do iodeto para iodo. O iodo então vai da célula
folicular para o coloide. Simultaneamente, dentro da célula folicular, o reticulo
endoplasmático está produzindo a tiroglobulina, e essa também vai para o coloide;

•Iodação: o TSH vai estimular uma enzima chamada iodinase no coloide,


ativando a ligação do iodo com a tireoglobulina. Quando uma molécula de iodo se
liga a uma tireoglobulina, gera uma monoiodotirosina (MIT), e quando suas
moléculas de iodo se ligam a tireoglobulina, gera uma di-iodotirosina (DIT)

•Acoplamento: Ocorre a junção de duas moléculas DIT para formar a T4, o


principal produto da reação de acoplamento, ou uma molécula de DIT se liga a
uma molécula de MIT para formar a T3;

•Proteólise da tireoglobulina: o TSH estimula a membrana apical e ocorre o


recolhimento de uma quantidade de coloide para dentro da célula, atraindo
lisossomos que vão romper a membrana da vesícula de coloide liberando o T3 e
T4 no citosol, que vai então ser liberado na corrente sanguínea.

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O aumento do hormônio tireoidiano nos líquidos corporais reduz a


secreção de TSH pela adeno-hipófise. Quando a secreção do hormônio
tireoidiano aumenta para cerca de 1,75 vez em relação ao normal, a secreção
de TSH cai praticamente para zero. Quase todo esse efeito depressor por
feedback ocorre até mesmo quando a adeno-hipófise é separada do hipotálamo.
Portanto, é provável que o aumento do hormônio tireoidiano(T3 e T4) iniba a
secreção de TSH, principalmente por um efeito direto na adeno-hipófise. No
entanto, há também evidências de efeitos de feedback negativo do hormônio
tireoidiano para inibir o hormônio liberador de tireotrofina(TSH) pelo hipotálamo.
Independentemente do mecanismo, esse feedback mantém uma concentração
quase constante de hormônios tireoidianos livres nos líquidos corporais
circulantes.

BIBLIOGRÁFIA

MOLINA, Patricia E. Fisiologia endócrina . [Digite o Local da Editora]: Grupo A, 2021. E-


book. ISBN 9786558040071. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786558040071/. Acesso em: 11 mai. 2023.

HALL, John E.; HALL, Michael E. Guyton & Hall - Tratado de Fisiologia Médica. [Digite o
Local da Editora]: Grupo GEN, 2021. E-book. ISBN 9788595158696. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595158696/. Acesso em: 11 mai. 2023.

Anatomia

10. Localizar a glândula tireóide e citar sua sintopia. Descrever sua


vascularização.

A glândula tireoide é uma glândula endócrina localizada na região do


pescoço. Para facilitar a localização dessa é glândula é importante observar que a
região do pescoço é delimitada anteriormente pela margem inferior da mandíbula
até a superfície superior do manúbrio do osso esterno, e posteriormente pela linha
nucal superior (osso occipital) até a altura das vértebras C VII – T I. Outra
demarcação anatômica do pescoço que ajuda na localização de estruturas são os
trígonos anterior e posterior. O trígono anterior é delimitado superiormente pela
margem inferior do osso mandíbula, e lateralmente pela margem anterior do
músculo esternocleidomastóideo e pela linha mediana do pescoço. O trígono
posterior é delimitado pela margem anterior do músculo trapézio, pela margem
posterior do músculo esternocleidomastóideo e pelo terço médio da clavícula.
A glândula tireoide fica posicionada anteriormente aos anéis traqueais e
posteriormente aos músculos esternocleidomastóideo e esterno-hioideo na parte
anterior do pescoço ao nível das vértebras C V e T I, se assemelha a letra H em
formato, seu istmo se posiciona na altura do 2º ao 4º anel traqueal, imediatamente
inferior a cartilagem cricóidea e se estende cerca de 1,25 cm de cada lado da
linha mediana. O istmo conecta os lobos esquerdo e direito que se estendem
superiormente para o meio da lâmina da cartilagem tireóidea. É bem
vascularizada e a irrigação é feita através das artérias tireóideas superior e
inferior. A artéria carótida externa emite seu primeiro ramo, a artéria tireóidea
superior que é responsável por irrigar os polos superiores da glândula. A artéria
subclávia emite um ramo, o tronco tireocervical que vai originar a artéria tireóidea
inferior, responsável por irrigar os polos inferiores da glândula. A drenagem da
glândula é feita a partir de três veias principais, veia tireóidea superior, veia
tireóidea inferior e veia tireóidea média. As veias tireóideas superiores drenam a
porção superior dos lobos e acompanham as artérias tireóideas superiores e
drenam para a veia jugular interna. As veias tireóideas inferiores drenam os polos
inferiores da glândula e acompanham as artérias tireóideas inferiores, elas
drenam o sangue diretamente para as veias braquiocefálicas. As veias tireóideas
médias são geralmente independentes e drenam a região intermédia dos lobos
para a veia jugular interna.

BIBLIOGRÁFIA

MOORE, Keith L.; DALLEY, Arthur F.; AGUR, Anne M R. Anatomia Orientada para Clínica.
[Digite o Local da Editora]: Grupo GEN, 2022. E-book. ISBN 9788527734608. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527734608/. Acesso em: 11 mai. 2023.
Histologia

11. Classificar a glândula tireóide e descrever suas características


histólogicas.

A glândula tireoide é uma glândula endócrina folicular responsável pela


síntese dos hormônios tireoidianos T3 e T4 que regulam o metabolismo do corpo.
É constituída por dois lóbulos ligados por um istmo e é revestida por uma cápsula
de tecido conjuntivo frouxo. É composta por milhares de estruturas esféricas
formada por uma camada de epitélio simples cúbico chamado de células
foliculares com coloide em seu interior. O coloide é uma substância proteica
gelatinosa composta pela proteína tireoglobulina. Na parte externa do folicular
também são encontradas células parafoliculares, ou células C, responsáveis por
inibir a rebsorção de tecido ósseo e, em consequência, diminuir o nível de cálcio
no plasma.

BIBLIOGRÁFIA
JUNQUEIRA, Luiz Carlos U.; CARNEIRO, Jose. Histologia Básica - Texto e Atlas . [Digite
o Local da Editora]: Grupo GEN, 2017. E-book. ISBN 9788527732178. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527732178/. Acesso em: 11 mai. 2023.

12. Classificar a glândula hipófise e descrever suas caracteristicas


histológicas.

A hipófise é um órgão pequeno localizado na cavidade do osso esfenoide,


a sella turcica. Está ligada ao hipotálamo que fica situado na base do cérebro por
um pedículo que faz a conexão da hipófise ao SNC. É dividida em três porções,
neuro hipófise, parte intermediária da adeno hipófise e parte distal da adeno
hipófise, e é revestida por uma cápsula de tecido conjuntivo denso.
A neuro hipófise é formada por axônios dos corpos celulares que estão no
hipotálamo e lança seus axônios na neuro hipófise e por pituícitos, que é um tipo
específico de célula glial. Os corpos celulares produzem os hormônios ocitocina e
ADH (hormônio antidiurético) no hipotálamo que são liberados através dos
axônios na neuro hipófise.
A parte intermediária da adeno hipófise é constituída por células epiteliais
glandulares e é classificada como glândula endócrina cordonal, pois suas células
se apresentam em forma de cordões, e entre os cordões estão capilares
contínuos. É composto por células cromófilas basófilas melanotróficas que
produzem o hormônio MSH hormônio estimulador de malanócito, que ainda não
tem uma função identificada.
A parte distal da adeno hipófise é formada por epitélio glandular e é
classificada como glândula endócrina cordonal onde encontramos três tipos de
células, célula cromófica basófila (apresenta núcleo e citoplasma corados em
roxo), célula cromófica acidófila (apresenta núcleo corado em roxo e citoplasma
corado em rosa) e célula cromófoba (citoplasma não cora e núcleo cora em roxo).
A célula cromófica basófila se subdivide em outros três tipos de células:
Célula cromófila basófila tireotrófica: produz TSH que estimula a produção
de T3 e T4 pela tireoide;
Célula cromófila basófila corticotrófica: produz ACTH que estimula a zona
fasciculada da adrenal a produzir cortisol e corticosterona;
Célula cromófila basófila ganadotrófica: produz LH e FSH, que vão
estimular a produção dos hormônios sexuais testosterona no homem e estrogênio
na mulher.
A célula cromófica acidófila se subdivide em outros dois tipos de células:
Célula cromófica acidófila mamotrófica: produz a prolactina;
Célula cromófica acidófila somatotrófica: produz o hormônio do crescimento
GH.
A célula cromófoba tem a função de se diferenciar em célula cromófila
acidófila e basófila.

BIBLIOGRÁFIA

JUNQUEIRA, Luiz Carlos U.; CARNEIRO, Jose. Histologia Básica - Texto e Atlas . [Digite
o Local da Editora]: Grupo GEN, 2017. E-book. ISBN 9788527732178. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527732178/. Acesso em: 11 mai. 2023.

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