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Direito Constitucional:
Trata-se de recurso em face da questão 14 – Tipo Verde, da primeira fase do XXX
Exame Unificado da Ordem dos Advogados do Brasil, aplicada no dia 20 de outubro de
2019. Tal questão versa a matéria de constitucional.
C) Fernando, uma vez esgotadas as instâncias da justiça desportiva (que terá o prazo
máximo de 60 dias, contados da instauração do processo, para proferir decisão final),
poderá impugnar o teor da decisão perante o Poder Judiciário. (Gabarito preliminar)
O gabarito da banca apontou a alternativa “C” como correta. Com a devida vênia, a
questão merece ser anulada, pois o conteúdo da resposta correta diz respeito a Direito
Desportivo, o qual ainda não consta do conteúdo do edital. Portanto, não poderia ser
tema da prova em questão.
De fato a alternativa está correta e prevista no Art. 217 da Constituição Federal. O vicio
da questão se encontra no fato de que a banca não trouxe tal tema em seu edital.
Visando trazer fundamentos em tal recurso, pode-se observar que o Judiciário já
anulou questão de candidato que alegou exatamente este problema em uma prova do
XIV Exame de Ordem. Não se pode cobrar em questões conteúdos que não estão
previstos no edital, tal como Direito Desportivo, Caracteriza abuso e um absurdo a
banca explorar questões que estão EXPLICITAMENTE fora dos Provimentos (144/11 e
156/13).
Direito Constitucional:
Trata-se de recurso em face da questão 16 – Tipo Verde, da primeira fase do XXX
Exame Unificado da Ordem dos Advogados do Brasil, aplicada no dia 20 de outubro de
2019. Tal questão versa a matéria de constitucional.
O gabarito apontou a alternativa “B” como correta. Com a devida vênia, a questão
merece ser anulada, pois a letra “C” também pode ser considerada correta. Portanto, a
questão acaba tendo duas respostas corretas, o que gera razão para anulação.
B) O ITCD deverá ser recolhido ao Estado Y, uma vez que o bem a ser doado consiste
em participação acionária relativa à sociedade ali estabelecida, e o imposto compete
ao Estado da situação do bem.
C) O ITCD deverá ser recolhido ao Estado Z, uma vez que o contribuinte do imposto é o
donatário.
O gabarito da banca apontou a alternativa “A” como correta. Com a devida vênia, a
questão merece ser anulada, tendo como fundamentação a súmula nº 435 do STF, que
tem como redação o texto “O imposto de transmissão “causa mortis” pela
transferência de ações é devido ao estado em que tem sede a companhia”. Diante o
exposto, a alternativa correta deveria ser a letra “B”.
Direito Ambiental
A) Zoneamento Ambiental.
O gabarito da banca apontou a alternativa “B” como correta. Contudo, com base no
art. 9ºA, do Código Florestal, o qual trata da possibilidade de o proprietário ou
possuidor de imóvel, limitar o uso total de sua propriedade ou somente de forma
parcial. Todavia, data vênia, a presente questão possui outro gabarito possível, qual
seja a assertiva que trata da “Área Ambiental Restrita” (LETRA C).
9.986/00, em sua redação original, estabelecia que “o ex-dirigente fica impedido para
o exercício de atividades ou de prestar qualquer serviço no setor regulado pela
respectiva agência, por um período de quatro meses, contados da exoneração ou do
término do seu mandato.”, o que tornaria a alternativa correta.
Contudo, a redação de tal artigo foi alterada por força da LEI Nº 13.848, de 25 de junho
de 2019. Assim, não há que se falar em prazo de quatro meses, mas sim 6 (seis) meses,
contados da exoneração ou do término de seu mandato, assegurada a remuneração
compensatória. Além disso, a lei fala em proibição de exercer serviço, e não em aceitar
a proposta, desde que o início das atividades respeite a quarentena.
Pois bem, dispõe o item 3.6.14.4 do edital do exame que: “Legislação com entrada em
vigor após a data de publicação deste edital, bem como alterações em dispositivos
legais e normativos a ele posteriores não serão objeto de avaliação nas provas, assim
como não serão consideradas para fins de correção das mesmas. Em virtude disso,
somente será permitida a consulta a publicações produzidas pelas editoras, sendo
vedada a atualização de legislação pelos examinandos”.
Não podemos esquecer que a banca está vinculada ao edital que publica. Sendo
assim, basta verificar que no item 6.3 do conteúdo programático de Direito
Administrativo há, expressamente, a cobrança das alterações introduzidas pela Lei
13.848. Do exposto, requer-se a anulação da questão, atribuindo-se a respectiva
pontuação em caráter geral.
Direito Empresarial
Trata-se de recurso em face da questão 49 – Tipo Verde, da primeira fase do XXX
Exame Unificado da Ordem dos Advogados do Brasil, aplicada no dia 20 de outubro de
2019. Tal questão versa a matéria de Direito Empresarial.
O gabarito apontou a alternativa “D” como correta. Com a devida vênia, a questão
merece ser anulada, pois a questão não possui resposta correta.
A alternativa “B” está incorreta, pois muito embora discuta o tema dos atos de
falência, o artigo 94, III, alínea “C” entende que o trespasse irregular traz ato de
falência, mas desde que não seja parte do plano de recuperação. A assertiva indica que
faz parte do plano, e, portanto, a hipótese também está eliminada. A alternativa “C”
está incorreta, já que versa sobre a execução frustrada com base no art. 94, II, Lei
11.101/05.
A alternativa “D” está incorreta. A assertiva indica que deixar de cumprir, no prazo
estabelecido, obrigação assumida no plano de recuperação judicial, eventualmente,
seria ato de falência. Vale ressaltar, que, o ato de falência se dá pela ausência de
cumprimento de obrigações assumidas nos primeiros 2 (dois) anos após a concessão
da recuperação judicial. ERRO NA REDAÇÃO: …após o “CUMPRIMENTO DE TODAS AS
OBRIGAÇÕES” previstas no plano que vencerem até dois anos depois da concessão da
recuperação judicial. “Se o texto indica que as obrigações foram CUMPRIDAS, não há o
que se falar em ato de falência.”
C) A alienação realizada por Ana e Guilherme não configura fraude à execução, pois
realizada antes da citação dos sócios.
D) A alienação realizada por Ana e Guilherme não configura fraude à execução, uma
vez que a insolvência atingiria apenas a devedora original, e não os sócios.
O gabarito apontou a alternativa “B” como correta. Com a devida vênia, a questão
merece ser anulada, pois a alternativa “D” seria a resposta correta, de acordo com
entendimento jurisprudencial acerca do tema, que entende que não há fraude à
execução caso a alienação do bem seja realizada ANTES da citação dos sócios.
O STJ firmou entendimento no sentido de que a situação narrada não configura fraude
à execução, já que a alienação foi realizada antes da citação dos sócios.