EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ (A) FEDERAL DA ___ª SEÇÃO
JUDICIÁRIA DA REGIÃO DE JALES, ESTADO DE SÃO PAULO
CONTÉ M PEDIDO DE TUTELA DE URGÊ NCIA NOME COMPLETO, qualificaçã o, dados pessoais, endereço e e-mail, através de seu (sua) advogado (a) e procurador (a) infra-assinada (consoante o instrumento procurató rio em anexo), vem respeitosamente à eminente presença de Vossa Excelência, fundamentada no art. 5º, inciso LXIX, da Constituiçã o Federal, em conformidade com a Lei nº 12.016/2009, impetrar a presente ordem de MANDADO DE SEGURANÇA, com pedido de concessão de ordem LIMINAR, em desfavor de ato emanado do PRESIDENTE DO CONSELHO FEDERAL DA ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL, Sr. BETO SIMONETTI, na qualidade de representante má ximo da entidade (art. 55, § 1º, da Lei nº 8.096/94), representando também o presidente da Coordenaçã o Nacional do Exame de Ordem, endereço declinado abaixo, sem e-mail conhecido, bem como a pessoa jurídica CONSELHO FEDERAL DA ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL, entidade sui generis regulamentada pela lei federal nº 8.096/94/autarquia de regime especial, prestadora de serviço pú blico de natureza indireta, inscrita no CNPJ sob o nú mero 33.XXXXX/0001-14, cujo endereço é o seguinte: SAUS, Quadra 5, Lote 1, Bloco M, Sem nú mero/Ed. Sede do Conselho Federal da OAB - Asa Sul, Brasília - DF, CEP: 70070-939, local para onde poderá ser remetido eventual pedido de informaçõ es, e-mail desconhecido, pelos fatos e fundamentos jurídicos abaixo expostos. I. DA SÍNTESE DOS FATOS A impetrante (inscrita sob o nº XXXXXXXX) foi aprovada na primeira fase da prova objetiva do XXXIV Exame Unificado da Ordem dos Advogados do Brasil, pela Subseçã o de Sã o Paulo, tendo prestado o certame no dia 20/02/2022, na cidade de Sã o José do Rio Preto, Estado de Sã o Paulo. Em segunda fase, ocorrida no dia 24/04/2022, também na cidade de Sã o José do Rio Preto, a á rea jurídica para a peça prá tico-profissional escolhida foi Direito do Trabalho. Na data de 17/05/2022, foi divulgado o resultado parcial da correçã o da peça jurídica constando sua reprovaçã o (nota 5,55). Tendo sido verificado erro crasso na correçã o da Reclamaçã o Trabalhista, uma vez que pelo gabarito parcial divulgado no site da FGV, seus acertos contidos no espelho digitalizado seriam suficientes para a aprovaçã o no certame, a impetrante manejou recurso administrativo à banca no prazo regulamentar, alegando, quanto ao mérito, inconsistência quanto à correçã o dos itens 6, 7, 8, 10 e 11. O argumento para impugnar o referido item 07 foi este, conforme os documentos em anexo: “No item 07 da peça, nas linhas 57 a 65, apresentou o seguinte argumento: “Do dano estético. O acidente fez com que o reclamante precisasse de pontos na cabeça... que resultaram em uma grande cicatriz, que tem despertado a atenção das pessoas. Que reagem negativamente ao vê-lo. Em razão disso, faz jus ao pagamento de indenização por dano estético, na forma do art. 223-C da CLT”. Assim, a resposta encontra-se completa e adequada ao que foi solicitado pela banca, de modo que deve ser atribuída a nota total ao item. Ademais, nota-se que o recorrente apontou corretamente, como fundamento do seu argumento, o Art. 223-C. Logo, faz jus a toda a pontuação da questão”. Com a superveniência do julgamento dos recursos interpostos e da classificaçã o final dos candidatos em 01/06/2022, a banca reconheceu a parcial procedência do inconformismo e tã o somente majorou a nota do item 8 da peça da impetrante, alterando-a para 0,40, o que fez com que sua nota final ficasse em 5,95. Entretanto, quanto aos fundamentos que cingiram o item 7, cuja resposta foi devidamente desenvolvida e lastreada em fundamentos jurídicos pela recorrente na prova, a banca olvidou os termos de seu recurso, não infirmou corretamente os argumentos lançados pela impetrante na seara administrativa e manteve sua nota neste quesito, tudo isso à revelia da compatibilidade da resposta da candidata com o pró prio gabarito oficial. Assim, para indeferir a revisã o da candidata, a banca alegou no item 7 ser “Inviável a concessão de pontuação quando o candidato limita-se a reproduzir o enunciado da questão e requerer dano estético sem maiores explicações – como foi a hipótese. Há que se apresentar argumentação jurídica, ainda que sucinta, justificando que houve alteração corporal, alteração da aparência ou algo equivalente para que fique caracterizada a lesão e, assim, viabilizar o pedido de dano estético. Nota mantida”. Ora, a banca Nà O APRECIOU OS ARGUMENTOS DECLINADOS NO RECURSO “IN TOTUM”, também nã o apresentou elementos ló gicos ou jurídicos capazes de infirmar as conclusõ es arrazoadas pela recorrente no tó pico concernente ao dano estético de seu recurso (o qual foi devidamente acrescentado pela impetrante em sua peça prática – vide documentos em anexo), e tampouco majorou a sua nota no referido tó pico, causando-lhe o amargo prejuízo da reprovaçã o por ínfimo 0,05 ponto. Por mais basilar que tenha sido sua argumentaçã o, a impetrante inequivocamente escreveu e desenvolveu a tese do dano estético na peça inicial da Reclamaçã o Trabalhista. Ora, nã o podemos dizer que houve tã o somente transcriçã o de texto de lei, logo, segundo o pró prio edital do certame, nã o há argumentos dentro da razoabilidade e da proporcionalidade para nã o pontuar a referida tese acertada. Daí exsurge o controle de legalidade dos Atos Administrativos por parte do Poder Judiciá rio, pois ao olvidar os termos ora assinalados do recurso interposto, as autoridades impetradas incorreram em DECISUM CITRA PETITA, e violaram o direito líquido e certo da impetrante em ter seus argumentos corretamente enfrentados e submetidos ao crivo do contraditó rio e da ampla defesa. Nã o apreciar os fundamentos do recurso administrativo nos termos em que foram trazidos pela candidata no item 7 configura ERROR IN PROCEDENDO e fere o pró prio edital no item 3.5.11, o que busca-se corrigir por esta via eleita. II. DO DIREITO II.1. DA CONCESSÃO DO BENEFÍCIO DA JUSTIÇA GRATUITA A impetrante declara ser pessoa pobre na forma da Lei, nã o podendo pagar custas processuais sem prejuízo de seu pró prio sustento e de sua família. Invoca, assim, o inciso LXXIV do art. 5º da Constituiçã o Federal vigente; o art. 1º da Lei n. 7.115, de 29/08/1983; e o art. 4º da Lei n. 1.060, de 05/02/1950. No mais, a parte colaciona aos autos o comprovante da Receita Federal indicando que nã o declarou Imposto de Renda nos ú ltimos anos, bem como junta também o comprovante da CTPS digital a fim de confirmar que nã o possui vínculo empregatício formal. Dessarte, requer sejam concedidos os benefícios da Justiça Gratuita por ser a demandante pessoa hipossuficiente de recursos na acepçã o jurídica do termo. II.2. DO ATO COATOR CONSISTENTE EM ABUSO DE PODER E VIOLAÇÃO A DIREITO LÍQUIDO E CERTO Com o fito de proteger os cidadã os das arbitrariedades do Estado, a atual Constituiçã o Federal de 1988 trouxe um extenso rol de Direitos e Garantias Fundamentais. A liberdade de expressã o, de imprensa, de manifestaçã o, de emprego ou ofício, bem como a presunçã o de inocência, o direito ao silêncio e outros sã o amparados por clá usulas pétreas. Isso evidencia a relevâ ncia de tais premissas para a pró pria mantença do Estado de Direito. Pela intelecçã o do art. 5º, LXIX, “Conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público”. No mesmo sentido segue o art. 1º da Lei nº 12.016/2009. Desse modo, no mandamus cabe a demonstraçã o de violaçã o a direito líquido e certo que se considere definitivamente incorporado ao patrimô nio jurídico de alguém e sobre o qual nã o paire o mínimo resquício de dú vida ou contestaçã o possível. Para a doutrina, é imprescindível a prova documental pré-constituída carreada à inicial, já que a via eleita é estreita e nã o admite a dilaçã o probató ria, como a realizaçã o de perícia, oitiva de testemunhas ou realizaçã o de outras diligências. Ab initio, é imperioso ressaltar um conteú do emanado do augusto Sodalício do Tribunal Regional da 1ª Regiã o (TRF-1), a qual nos traz “que a jurisprudência desta Corte é firme no sentido de não caber ao Poder Judiciário substituir a banca examinadora de concurso público, a revisão dos critérios de correção de prova ou a análise do conteúdo das questões formuladas, podendo, excepcionalmente, intervir no controle de atos praticados no âmbito do certame público objetivando o restrito exame da legalidade do procedimento” (AI XXXXX AgR, Relator (a): Min. JOAQUIM BARBOSA, Segunda Turma, julgado em 01/03/2011, Dj-e 061, DIVULG 30/03/2011, PUBLIC 31/03/2011, EMENT VOL – 02493-02 PP-00432). Em seu livro Elementos de Direito Constitucional, mais especificamente na pá gina 179, o jurista Michel M. E. Temer Lulia diz o seguinte: “O mandado de segurança é conferido aos indivíduos para que eles se defendam de atos ilegais ou praticados com abuso de poder. Portanto, tanto os atos vinculados quanto os atos discricioná rios sã o atacá veis por mandado de segurança, porque a Constituiçã o Federal e a lei ordiná ria, ao aludirem a ilegalidade, estã o se referindo ao ato vinculado, e ao se referirem a abuso de poder estã o se reportando ao ato discricionário”. Com a devida venia, é defeso consignar que o conteú do vergastado refere-se a ato discricioná rio de autoridade que, a pretexto de cumprir com sua funçã o, sem a detida e necessá ria aná lise acurada dos fundamentos arrazoados em sede de recurso administrativo manejado pela impetrante, agiu com abuso de poder, maculando o princípio da legalidade estrita e os termos do pró prio edital. A peça prá tico-profissional do referido Exame de Ordem cobrou uma Reclamaçã o Trabalhista em forma de petiçã o inicial, dirigida ao juízo de Linhares/ES, uma vez que o enunciado narrou que o trabalhador sofreu dano material, moral e estético em sua demissã o. Dentre as teses assinaladas como corretas no gabarito oficial, o item 7 dispõ e Tà O SOMENTE o que se segue: “Indenização por dano estético pela alteração da aparência /dano físico aparente (0,40). Indicação Art. 223-B ou Art. 223-C, ambos da CLT ou Art. 186 ou Art. 927, ambos do CC (0,10)”. Em virtude da banca nã o ter atribuída nenhuma pontuaçã o no referido item à impetrante, foi interposto recurso administrativo tempestivamente à Fundaçã o Getú lio Vargas (FGV) sob o argumento adiante transcrito: “No item 07 da peça, nas linhas 57 a 65, apresentou o seguinte argumento: “Do dano estético. O acidente fez com que o reclamante precisasse de pontos na cabeça... que resultaram em uma grande cicatriz, que tem despertado a atenção das pessoas. Que reagem negativamente ao vê-lo. Em razão disso, faz jus ao pagamento de indenização por dano estético, na forma do art. 223-C da CLT”. Assim, a resposta encontra-se completa e adequada ao que foi solicitado pela banca, de modo que deve ser atribuída a nota total ao item. Ademais, nota-se que o recorrente apontou corretamente, como fundamento do seu argumento, o Art. 223-C. Logo, faz jus a toda a pontuação da questão”. Com a superveniência do julgamento dos recursos e a divulgaçã o da lista dos aprovados pelo impetrado, a impetrante teve seu recurso atinente ao item 7 indeferido com base em fundamentos CITRA PETITA, uma vez que a FGV nã o infirmou adequadamente os argumentos arrazoados e soerguidos em fase administrativa e tampouco os apreciou IN TOTUM, nos termos em que foram pedidos, ferindo, portanto, o silogismo expresso do fato com as normas alinhavadas na folha de prova. A decisã o da banca ignorou por completo o recurso interposto. Vejamos a resposta: Inviá vel a concessã o de pontuaçã o quando o candidato limita-se a reproduzir o enunciado da questã o e requerer dano estético sem maiores explicaçõ es – como foi a hipó tese. Há que se apresentar argumentaçã o jurídica, ainda que sucinta, justificando que houve alteraçã o corporal, alteraçã o da aparência ou algo equivalente para que fique caracterizada a lesã o e, assim, viabilizar o pedido de dano estético. Nota mantida. Como se isso nã o bastasse, a impetrante cumpriu com os requisitos insertos ao longo do edital de abertura do XXXIV EOU durante a feitura de sua prova, mormente porque sua resposta não é desprovida de raciocínio jurídico. Cito os permissivos legais: 3.5.9. Na elaboraçã o dos textos da peça profissional e das respostas à s questõ es discursivas, o examinando deverá incluir todos os dados que se façam necessá rios, sem, contudo, produzir qualquer identificaçã o ou informaçõ es além daquelas fornecidas e permitidas nos enunciados contidos no caderno de prova. Assim, o examinando deverá escrever o nome do dado seguido de reticências ou de “XXX” (exemplo: “Município...”, “Data...”, “Advogado...”, “OAB...”, “Município XXX”, “Data XXX”, “Advogado XXX”, “OAB XXX”, etc.). A omissã o de dados que forem legalmente exigidos ou necessá rios para a correta soluçã o do problema proposto acarretará em descontos na pontuaçã o atribuída ao examinando nesta fase. 3.5.10. Para realizaçã o da prova prá tico-profissional o examinando deverá ter conhecimento das regras processuais inerentes ao fazimento da mesma. 3.5.11. O texto da peça profissional e as respostas às questões discursivas serão avaliados quanto à adequação ao problema apresentado, ao domínio do raciocínio jurídico, à fundamentação e sua consistência, à capacidade de interpretação e exposição e à técnica profissional demonstrada, sendo que a mera transcrição de dispositivos legais, desprovida do raciocínio jurídico, não ensejará pontuação. Outrossim, a Constituiçã o Federal de 1988 traz ao longo do caput do art. 37 os princípios que devem nortear a Administraçã o Pú blica e seus gestores, quais sejam: legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. A legalidade, de especial maneira, prescreve que os atos devem seguir estritamente o que a lei determina, a fim de garantir os Direitos e Garantias Individuais e Coletivos e salvaguardar a segurança jurídica do pró prio Estado. A Carta Magna também consagra em seu artigo 5º, incisos LIV e LV, o princípio do devido processo legal, do contraditó rio e ampla defesa supracitados. Tratam-se, indubitavelmente, de garantias contra eventuais abusos e arbitrariedades por parte da má quina estatal, em favor de todo e qualquer cidadã o. Por outra senda, é de bom alvitre notar que tamanha é a relevâ ncia do devido processo legal (due process of law) que nosso ordenamento o elegeu com “PRINCÍPIO DO DEVIDO PROCESSO LEGAL”, o que denota toda sua carga axioló gica, pois se tem, atualmente, o entendimento uníssono de que princípio constitucional possui normatividade e efetividade “supra legal”. No mais, a Lei nº 9.784, de 29 de janeiro de 1999, a qual regula o Processo Administrativo no  mbito da Administraçã o Pú blica Federal, também é aplicá vel ao Exame Unificado de Ordem por analogia. Especificamente no art. 50, é trazido que os atos administrativos deverã o ser motivados, contendo, em mandamental providência, a indicaçã o dos fatos e dos fundamentos jurídicos, quando decidirem processos administrativos de concurso ou seleçã o pú blica, o que é exatamente a questã o ora vergastada. Art. 50. Os atos administrativos deverã o ser motivados, com indicação dos fatos e dos fundamentos jurídicos, quando: I - neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses; II - imponham ou agravem deveres, encargos ou sançõ es; III - decidam processos administrativos de concurso ou seleção pública; IV - dispensem ou declarem a inexigibilidade de processo licitató rio; V - decidam recursos administrativos; VI - decorram de reexame de ofício; VII - deixem de aplicar jurisprudência firmada sobre a questã o ou discrepem de pareceres, laudos, propostas e relató rios oficiais; VIII - importem anulaçã o, revogaçã o, suspensã o ou convalidaçã o de ato administrativo. Impende dizer que a banca não asseverou nenhum fundamento jurídico e nenhuma letra de lei quando julgou o recurso atinente ao item 7 da prova subjetiva da candidata. O julgador da FGV tampouco fez referências a qualquer artigo do edital para indeferi-lo. Assim, uma vez que houve violaçã o à legalidade do procedimento administrativo (due process of law), especialmente porque a resposta ao recurso interposto pela impetrante nã o veio lastreado em fundamentos jurídicos e nã o enfrentou adequadamente as razõ es por ela delineadas, a concessã o da ordem é medida de Justiça. III. DA CONCESSÃO DA ORDEM LIMINAR PARA CESSAR O ATO COATOR Da aná lise preliminar do mandamus, tem-se a presença dos requisitos exigidos pelo artigo 300 do CPC, que autoriza a antecipaçã o da tutela e a imediata concessã o da ordem, quais sejam: verossimilhança da alegaçã o e fundado receio de dano irrepará vel ou de difícil reparaçã o. O periculum in mora é evidente, pois sem a revisã o da prova da candidata a ser determinado por este DD. Juízo no prazo preclusivo de 120 dias, seu direito será esvaziado, causando a reprovaçã o definitiva na segunda fase do XXXV Exame Unificado da Ordem por mero 0,05 ponto. Os argumentos da impetrante não foram devida e satisfatoriamente refutados in totum pela banca em sede de recurso administrativo, causando, portanto, a coaçã o ilegal que se pretende sanar por este remédio constitucional. De outra banda, com a devida venia também está presente o fumus boni iuris na medida em que o ato atacado descumpre termo mandamental do pró prio edital, já que a banca lançou mã o de FUNDAMENTOS CITRA PETITA, deixando de enfrentar os termos bem delineados pela impetrante em sede pré-processual. Com efeito, uma vez que nã o foi trazido à tona e rebatido o conteú do à quele tempo arrazoado pela impetrante, não houve a correta contraprestação administrativa, o que também impede o Ato Administrativo de alcançar sua pró pria finalidade. Ante os motivos ora descritos, com o propó sito de salvaguardar a impetrante de futuro perecimento de seu direito, requer seja concedida a medida liminar, para que os impetrados procedam a uma nova correçã o da prova da impetrante no item 7, apreciando in totum e pormenorizadamente os termos do recurso administrativo interposto em tempo. IV. DOS PEDIDOS Diante do exposto, requer-se deste augusto Pretó rio: i) o recebimento, a autuaçã o e o processamento desta açã o, com a prioridade que o rito do mandamus exige, porque ela foi proposta dentro do prazo de 120 dias da ciência do ato ora impugnado, o qual foi datado de 01/06/2022; ii) a concessã o dos benefícios da Justiça Gratuita, por ser a impetrante pessoa pobre na acepçã o jurídica do termo, nã o tendo condiçõ es de arcar com as taxas e custas judiciais sem o prejuízo do sustento de si ou de sua família; iii) concessão da ordem liminar inaudita altera pars, diante da presença da probabilidade do direito e do perigo na demora, para o fim de determinar aos impetrados que procedam a uma nova correçã o da prova da impetrante no tó pico 7 alhures asseverado, apreciando in totum os termos do recurso administrativo interposto tempestivamente, até o julgamento do mérito do presente remédio constitucional; iv) a remessa dos autos ao DD. representante do Ministério Pú blico Federal para parecer; v) notificaçã o dos impetrados no endereço declinado, para que prestem informaçõ es no prazo legal; vi) a procedência da ação com a concessão da segurança ao término do julgamento, confirmando-se a tutela de urgência pleiteada, com o fito de determinar ao impetrado que proceda a uma nova correçã o da prova da impetrante no tó pico 7. Requer-se provar o alegado por todas as provas que se fizerem necessá rias. Para tanto, a impetrante pugna, desde já , pela juntada dos documentos que instruem esta exordial. V. DO VALOR DA CAUSA Dou à causa o valor de R$ 500,00 (quinhentos reais), para efeitos de alçada. Termos em que pede e espera o deferimento. Município/Estado, data da assinatura digital. (assinatura eletrônica) NOME COMPLETO Advogado (a) – OAB/SP nº XXXX Assessor jurídico CHRYSTIAN HESPANHOLI CEREZINI