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Todavia, apó s a reavaliaçã o na esfera administrativa, foi cessado o benefício até entã o
percebido, sob a alegaçã o de inexistência da incapacidade ao trabalho. Por tal motivo, se ajuíza a
presente demanda.
Dados sobre o processo administrativo:
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Referências: http://www.mtecbo.gov.br/ e http://www.ocupacoes.com.br/cbo-mte/7824-motoristas-de-onibus-
urbanos-metropolitanos-e-rodoviarios
cidades, provoca desconforto. As atividades sã o desenvolvidas em
conformidade com leis e regulamentos de trâ nsito e de direçã o de
veículos de transporte coletivo.
Além das patologias incapacitantes, o ambiente de trabalho e seu respectivo modus operandi
corroboram para o agravamento do estado de saú de da Parte Autora. Nesse sentido, tem-se uma
dupla faceta nesta relaçã o patologia-trabalho: de um lado a doença possui o condã o de
impossibilitar o exercício da atividade laborativa, e de outro, a pró pria ocupaçã o além de agravar o
estado incapacitante é o pró prio parâ metro para estabelecer a incapacidade. Ou seja, a soma das
funçõ es exercidas no desempenho do labor com a patologia é o que permite chegar ao parecer
positivo ou negativo quanto à incapacidade.
Assim, diante das graves patologias que acometem a Parte Autora e das á rduas e cansativas
funçõ es exercidas pela sua profissã o, deduz-se que a mesma se encontra incapacitada para o
trabalho.
Caso venha a ser apontada sua total e permanente incapacidade, postula a concessã o da
aposentadoria por invalidez, a partir da data de sua efetiva constataçã o. Nessa circunstâ ncia,
importante se faz a aná lise das situaçõ es referentes à majoraçã o de 25% sobre o valor do benefício,
independentemente de seu enquadramento no anexo I do Regulamento da Previdência Social
(decreto nº 3.048/99), conforme art. 45 da lei 8.213/91.
Ainda, na hipó tese de restar provado nos autos processuais que as patologias referidas tã o
somente geraram limitação profissional à parte Requerente, ou seja, que as sequelas implicam em
reduçã o da capacidade laboral e nã o propriamente a incapacidade sustentada, postula a concessã o
de auxílio-acidente, com base no art. 86 da Lei 8.213/91.
Por outro lado, cumpre salientar que o Autor preenche todos os demais requisitos
necessá rios para o restabelecimento do benefício. Isto, pois tendo realizado mais de doze
contribuiçõ es em contratos de trabalho pretéritos (como, por exemplo, entre xx/xxxx e xx/xxxx - vide
extrato do CNIS), adquiriu a carência necessá ria aos benefícios previdenciá rios por incapacidade,
com fulcro no art. 25, I da lei 8.213/91.
Quanto ao prazo de manutençã o da qualidade de segurado, uma vez que o Autor passou a
auferir o auxílio-doença objeto da presente lide, entre xx/xx/xxxx e xx/xx/xxxx, encontra-se no
período de graça previsto no artigo 13, II, do Decreto 3.048/99, estando inegavelmente segurado ao
RGPS até pelo menos xx/xx/xxxx.
Logo, além da incapacidade laboral (do que se postula a realizaçã o de perícia judicial para fins
de comprovaçã o), o Autor satisfaz os critérios legais exigidos para a concessã o do benefício.
A pretensã o exordial vem amparada nos artigos 42, 59 e 86 da Lei 8.213/91 e a data de início
do benefício deverá ser fixada nos termos dos artigos 43 e 60 do mesmo diploma legal.
TUTELA DE URGÊNCIA
O novo Có digo de Processo Civil estabeleceu em seu art. 300 que “A tutela de urgência será
concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou
o risco ao resultado útil do processo”. Nesse sentido, o novo diploma legal exige para a concessã o da
tutela de urgência dois elementos, quais sejam o fumus bonis iuris e o periculum in mora.
Ora, excelência, a parte Autora necessita da concessã o do benefício em tela para custear a sua
vida, tendo em vista que nã o reú ne condiçõ es de executar atividades laborativas e,
consequentemente, nã o pode patrocinar a pró pria subsistência.
Portanto, apó s a realizaçã o da perícia pertinente ao caso, ficará claro que a parte Autora
preenche todos os requisitos necessá rios para o deferimento da Antecipaçã o de Tutela, tendo em
vista que o laudo médico fará prova inequívoca quanto à incapacidade laborativa, comprovando
assim o fumus bonis iuris. O periculum in mora se configura pelo fato de que se continuar privada do
recebimento do benefício, o Demandante terá seu sustento prejudicado.
Considerando que a prova pericial é fundamental para o deslinde das questõ es ligadas aos
benefícios por incapacidade e para uma adequada aná lise do nexo de causalidade e da consequente
incapacidade, faz-se mister que o Médico Perito observe o Có digo de É tica da categoria e
especialmente em relaçã o ao tema, a Resoluçã o 1.488/98 do CFM, que dispõ e sobre as normas
específicas de atendimento a trabalhadores. Portanto, requer a Parte Autora que quando da
realizaçã o da prova pericial sejam observadas as referidas disposiçõ es legais, uma vez que se trata
de norma cogente e – portanto – vincula a atividade do médico, sob pena de nulidade do laudo
pericial.
PEDIDOS
6.3) Em caso de recurso, ao pagamento de custas e honorá rios advocatícios, eis que cabíveis em
segundo grau de jurisdiçã o, com fulcro no art. 55 da lei 9.099/95 c/c art. 1º da Lei 10.259/01.
Termos em que,
Pede Deferimento.
Local, data.
Nome do advogado
OAB/UF XX.XXX
ROL DE QUESITOS:
Para além do exposto, a parte Autora, com fulcro no artigo 465, § 1º, III, do novo CPC, bem
como artigo 12, § 2º, da Lei 10.259/01, apresenta quesitos pró prios, a serem respondidos pelo
Perito designado na presente açã o.
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Valor da causa = 12 parcelas vincendas (R$ xx.xxx,xx) + parcelas vencidas (R$ xx.xxx,xx) = R$ xx.xxx,xx.
Neste sentido, cabe destacar que o Perito Judicial, ao elaborar o parecer técnico competente,
deverá observar os ditames do Có digo de É tica da categoria, e especialmente em relaçã o ao tema, a
Resolução nº 1.488/98 do Conselho Federal de Medicina, norma cogente que vincula a
atividade do profissional. Além disto, ao responder aos quesitos o Perito deve fundamentar
todas as suas respostas, nos termos do art. 473 do CPC/2015, não podendo enfrentar os
quesitos apenas com respostas do tipo “sim ou não”.
2) Na hipó tese de entender que “nã o” ao quesito anterior, de qual campo de atuaçã o médica seria
indicada a realizaçã o de perícia, em relaçã o à s patologias nã o avaliadas por este Perito?
3) A partir do exame clínico e dados fornecidos ao Perito, quais as doenças que acometem a Parte
Autora? Se possível, indique o Có digo Internacional da Doença (CID).
6) Na hipó tese de ter ocorrido acidente de qualquer natureza (mesmo que fora do ambiente de
trabalho), diga o Dr. Perito se as sequelas do mesmo geraram algum tipo de limitaçã o para as
atividades laborativas habituais, ainda que se trate de limitaçã o em grau mínimo?
7) Em aná lise do atestado da Dra. xxxxxxxx no sentido de que o Periciando nã o consegue ficar em
local fechado, e com frequência sente-se desorientado (mesmo nos locais que costuma
frequentar), é prová vel que o Demandante esteja incapaz para conduzir ô nibus de transporte
coletivo?
8) Apreciando o atestado e exames em anexo emitido pelos médicos que acompanham o estado de
saú de do Autor, observa-se que TODOS os pareceres apontam a existência de incapacidade
para o trabalho. Sendo assim, à luz da Resolução nº 1.488/98 do CFM, diga o Dr. Perito se é
possível acolher o diagnó stico de incapacidade laboral apontado por seus colegas?
9) Na hipó tese de entender que “nã o” ao quesito anterior, este Perito desabona totalmente os
referidos laudos? Se possível, explique fundamentadamente seu parecer.
10) Caso o mesmo esteja incapaz, a patologia possui perspectiva de melhora? Se sim, qual o
tratamento possível de perfectibilizar a melhora?
11) Havendo incapacidade laborativa, esta possui natureza temporá ria ou permanente?
12) Diga o Perito se alguma das doenças constatadas pode agravar as demais enfermidades? De
qual forma? Quais as consequências?
13) Os remédios e tratamentos que o Autor está /esteve submetido podem causar algum prejuízo?
Se “sim”, que tipos de problemas (físicos, químicos, bioló gicos) podem ser causados por estes
fá rmacos/tratamentos?
14) Diante das doenças diagnosticadas, quais os prejuízos que o Demandante sofreu/sofre em
decorrência do acometimento de tais patologias em seu dia a dia, de ordem social, moral,
pessoal e trabalhista?
15) É possível que o Periciando se encontrasse incapaz para o trabalho, quando da cessaçã o do
benefício, em xx/xx/xxxx?
17) Havendo incapacidade, é possível dizer que ela se restringe à atividade habitualmente
desempenhada (uniprofissional), se estende à s atividades relacionadas (multiprofissional), ou a
toda e qualquer atividade (omniprofissional)?