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De acordo com Daft, a motivação é relativa às forças internas ou externas que fazem
uma pessoa se entusiasmar e persistir na busca de um objetivo! Como a motivação afeta a
produtividade, a organização deve canalizar a motivação para os objetivos organizacionais.
Desta forma, Robbins diz que, no ambiente organizacional, a motivação é a vontade de exercer
altos níveis de esforço para alcançar os objetivos organizacionais.
Entretanto, a dificuldade existe no fato de que as pessoas são muito diferentes umas das
outras. O que pode motivar uma pessoa, pode não motivar outras. Existe uma diversidade de
teorias motivacionais, mas em geral os autores abordam dois tipos de fatores, os extrínsecos
(de fora da pessoa) e os intrínsecos (de dentro da pessoa).
De acordo com Bergamini, “No primeiro caso, pressupõe-se que a força que conduz o
comportamento motivado está fora da pessoa, quer dizer, nasce de fatores extrínsecos que
são, de certa forma, soberanos e alheios à sua vontade. No segundo caso, subjaz a crença
de que as ações humanas são espontâneas e gratuitas, uma vez que têm suas origens nas
impulsões interiores; assim sendo, o próprio ser humano traz em si seu potencial e a fonte de
origem do seu comportamento motivacional.”
Desta forma, existem diversas teorias que se baseiam nos fatores externos e/ou internos do
indivíduo. Quando uma empresa oferece um prêmio para o funcionário que bater uma meta
está se baseando nos fatores externos (você não teria vontade de bater a meta, mas como
existe um estímulo externo –o prêmio – você se esforça para isso).
Já quando você deseja fazer um trabalho bem feito, pois acha seu trabalho interessante e
importante, está se baseando em fatores internos (sua preocupação com os outros ou seu
orgulho de fazer um trabalho bem feito). Abaixo no gráfico podemos ver um resumo dos tipos
de motivação:
Estas necessidades são diversas e ele as classificou em uma hierarquia, desde as mais
básicas, como as fisiológicas e de segurança, como as de nível superior (estima e auto
realização), conforme o gráfico abaixo.
O ponto chave desta teoria é exatamente a hierarquia destas necessidades. A teoria diz que as
necessidades devem ser satisfeitas em uma ordem, ou seja, é necessário suprir as
necessidades fisiológicas (as mais básicas) antes que deva existir um trabalho de atendimento
das necessidades de estima.
Um exemplo seria uma pessoa que está faminta. Esta pessoa buscará a todo custo suprir esta
carência (alimento) antes de se preocupar com a sua realização, status e reconhecimento, não
é mesmo?
Com isso, o gestor que busca implantar um programa de motivação, deve analisar em que
estado se encontra seu funcionário e passar a trabalhar sempre o nível hierárquico de
necessidades atual, ou o primeiro nível de necessidades acima do atual, ou seja, do que se
encontra no momento sendo atendido! Assim que uma necessidade é atendida, ela perde
importância, sendo ativada então a necessidade de nível superior.
Uma dúvida constante dos alunos se concentra na diferença entre as necessidades sociais e
de estima. Bom, vamos imaginar uma situação prática. As necessidades sociais seriam ligadas
ao amor, as amizades, etc.
Uma pessoa pode desejar uma vida simples, sem luxos, sem notoriedade, não é verdade? Mas
acho que quase todos desejam ter amigos, ter uma namorada (o), etc. Assim, uma pessoa que
buscasse ser um pescador em uma pequena vila não busca notoriedade, status, prestígio, não
é mesmo? Mas se ele gosta de ter amigos, de namorar, etc. tem uma necessidade social.
Ou seja, o indivíduo primeiro analisa se a meta que a empresa estipulou é possível de ser
atingida com seus próprios esforços. Se a meta for inalcançável, ou não depender do seu
trabalho, não irá gerar motivação! Após isso, ele analisa se a recompensa é desejável, pois
pode ser que o “prêmio” não seja atrativo para todas as pessoas da mesma forma.
Portanto, Vroom levou em consideração as diferenças pessoais, pois cada indivíduo tem uma
habilidade específica e desejos e necessidades diferentes.
No gráfico abaixo podemos ver um esquema resumido dos fatores envolvidos. O indivíduo
naturalmente se faz estes questionamentos: trabalhar mais tarde a noite fará a meta ser
batida? Se a meta for alcançada ganharei um prêmio interessante?
A teoria dos dois fatores de Frederick Herzberg é uma das mais importantes no estudo
da Administração e uma das que mais se presta a “pegadinhas” de bancas de concurso. A
teoria basicamente diz que os fatores que levam à satisfação são diferentes dos que levam à
insatisfação, portanto o nome da teoria: dois fatores!
Os fatores motivacionais seriam os relacionados com necessidades do mais alto nível, como
o reconhecimento das pessoas, o conteúdo do trabalho, a possibilidade de crescimento
profissional e de aprendizagem e o exercício da responsabilidade.
Herzberg disse que quando estes fatores motivacionais não existem, as pessoas são neutras
em relação à motivação (não ficam motivadas nem desmotivadas). Mas quando estes fatores
estão presentes geram um alto nível de motivação no profissional.
COMUNICAÇÃO
Conceito de Comunicação
Objetivos da Comunicação
Emissor
O indivíduo, também chamado de fonte ou origem, que pretende transmitir uma mensagem, ou
seja, dar início à comunicação.
Significado
Codificador
Mensagem
Canal
Receptor
Decodificador
O decodificador é o recurso utilizado pelo receptor, para decifrar a mensagem enviada pelo
emissor. No caso, para que haja compreensão, o receptor utiliza o mecanismo auditivo.
Compreensão
Regulamentação
Ruídos na Comunicação
Barreiras à Comunicação
Quando existe alguma falha ou algo de errado ocorre com os elementos que compõem
o processo comunicativo, dizemos que existem barreiras à comunicação. O resultado desse
processo pode ser negativo, ineficaz e, por vezes, prejudicial ao desenvolvimento
organizacional.
Para que a comunicação interna se torne mais eficiente, é necessário elaborar algumas
estratégias de comunicação empresarial que garantam um fluxo comunicativo eficaz. Segundo
Torquato (1986), uma das maneiras de se fazer isso é por meio de:
Tipos de Comunicação
Comunicação Verbal
Composta pela palavra, esse tipo de comunicação é realizado por escrito e deve sempre ser
documentado através do protocolo.
Comunicação Não-Verbal
Ex: Comunicação por mímica (articulação das mãos, corpo, caretas), olhar, postura (posição
dos pés, ou inclinação do corpo ao se sentar – mensagens transmitidas pelo subconsciente) e
gestos (cumprimento, mão rabiscando – podem transmitir tensão ou nervosismo).
Comunicação Informal
Comunicação Formal
Os Canais de Comunicação
Existem alguns modelos de canais de comunicação dentro de uma empresa, sendo necessário
o planejamento de um organograma para que a mensagem seja transmitida da maneira mais
fidedigna possível, sem distorções. Dentre esses modelos, encontramos os:
Canais Verticais
São classificadas como comunicação Descendente (de cima para baixo, ou seja, oriundas de
chefes para subordinados, e que possuem caráter normativo ou informativo) e Ascendente
(fluem em sentido contrário, ou seja, de baixo para cima, e está relacionado à comunicação
entre subordinado e seu supervisor, exemplificada por informações, feedbacks ou respostas de
solicitações normativas ou a respeito do trabalho executado.).
Canais Horizontais
Relativa à comunicação entre dois órgãos de mesmo nível, ou hierarquia. Ocorre entre colegas
ou entre departamentos, compreendendo a solicitação ou fornecimento de informações.
LIDERANÇA
Desta forma, um dos aspectos mais importantes para um gestor é a capacidade de liderar seus
colaboradores. A liderança envolve a habilidade de influenciar pessoas para que sejam
alcançados objetivos.
Liderar é, basicamente, mostrar o caminho a ser seguido. É incentivar a equipe em direção das
metas que devem ser atingidas.
Uma empresa necessita tanto de gerentes como de líderes. De acordo com Daft4, os gerentes
cuidam do “lugar que você está hoje”, enquanto os líderes te “levam” a um novo lugar. Neste
prisma, um gerente tem uma visão de curto prazo e uma preocupação com a eficiência (fazer
as coisas bem feitas, do modo correto).
Já um líder tem uma visão de longo prazo e uma preocupação em fazer a coisa certa. O líder
seria então importante para que a organização continue evoluindo e consiga atingir o sucesso
no futuro. Uma pessoa pode ter um perfil mais ligado aos gerentes ou aos líderes, mas
idealmente deve ter qualidades balanceadas.
Para Zaleznik5, os líderes, como os artistas, toleram o caos e a falta de estrutura. Os gerentes
buscam a ordem, o controle e a rápida resolução dos problemas. Para o autor, as principais
diferenças entre os líderes e os gerentes são:
Abordagens de Liderança
Por fim, as teorias situacionais levam em conta diversos fatores ambientais para determinar
qual seria o melhor estilo de liderança em cada situação.
Portanto, é uma evolução em relação às teorias baseadas somente nos estilos de liderança.
Teoria dos Traços de Liderança
O problema é que estas características são de difícil medição. Imagine-se tendo que avaliar
que pessoa de sua convivência é mais flexível. Não seria muito fácil, não é mesmo? Além
disso, esta teoria não levava em consideração o contexto em que cada líder tinha se
sobressaído. Ou seja, não analisava o fato de que características diferentes seriam importantes
em cada situação.
Assim sendo, cada situação “pediria” um líder diferente. Um líder mais enérgico poderia ser
muito bom em uma situação de crise, mas péssimo em uma situação de bonança, por
exemplo.
Estilos de Liderança
No estilo autocrático, o líder centraliza todas as decisões, sem pedir a participação dos seus
subordinados. Este líder determina como o trabalho será feito, quem o fará, quando o fará, etc.
A participação dos funcionários no processo de tomada de decisão é limitada!
O estilo democrático caracteriza-se pela delegação de autoridade aos subordinados, que são
incluídos no processo de tomada de decisão pelo líder. A decisão então é tomada em conjunto
pelo líder e seus liderados.
Este estilo pode ser classificado como consultivo, no qual o líder pede a opinião dos
subordinados antes de tomar a decisão, ou participativo, em que os funcionários participam
não só com a opinião, mas decidem conjuntamente com o líder.
Liberal ou “laissez-faire” é o estilo em que o líder dá total liberdade aos subordinados para
decidirem como acharem melhor! O líder tem somente a função de responder as perguntas ou
dúvidas dos funcionários e fornecer os recursos necessários para o trabalho.
O objetivo de Lewin era determinar qual dos estilos seria o mais eficaz. A primeira constatação
foi que o estilo liberal era o menos eficaz, ou seja, não gerava desempenho maior, satisfação
nos subordinados e maior qualidade do trabalho!
Entretanto, Lewin não conseguiu definir se o estilo democrático era superior ao autocrático.
Aparentemente, o estilo democrático indicava ser superior em relação à satisfação no trabalho
e à maior qualidade, mas era similar na quantidade de trabalho.
Para que os gestores pudessem escolher qual estilo seguir, eles recomendaram analisar
fatores como o nível de conforto do líder com o estilo de liderança (muitos chefes não tem o
perfil para atuar no estilo democrático!), características dos liderados (são pessoas que estão
acostumadas a assumir responsabilidade? Estão acostumadas a decidir?) e a pressão do
tempo (quantos tempos têm para tomar uma decisão?).