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De acordo com a Câmara dos Deputados, a lei define assédio moral como “conduta
praticada no exercício profissional por meio da repartição de gestos, palavras faladas ou
escritas ou comportamentos que exponham o estagiário, advogado ou qualquer outro
profissional a situações humilhantes e constrangedoras, capazes de lhes causar ofensa à
personalidade, à dignidade e à integridade psíquica ou física, visando excluí-los de suas
funções ou desestabilizá-los emocionalmente, deteriorando o ambiente profissional”.
A lei, possui sua origem no projeto de lei 1852/23, da deputada Laura Carneiro (PSD-RJ),
sendo aprovada pela Câmara dos Deputados e Senado Federal. Segundo a deputada, o texto
foi uma sugestão do Conselho Federal da OAB. A intenção é permitir, segundo o site da
Câmara dos Deputados, que os conselhos seccionais da OAB, apliquem sanções disciplinares
de suspensão quando comprovada a prática de tais infrações pelos advogados.
Vale ressaltar que, a sanção dada pelo presidente Luis Inácio Lula da Silva, faz parte de um
pacote que também inclui a sanção da lei que garante igualdade salarial entre homens e
mulheres e uma mudança no bolsa atleta, que permite mulheres grávidas e em fase de
amamentação sigam recebendo o benefício. E segundo o apontamento do site do planalto, a
lei sobre o assédio moral e assédio sexual, tem como principal objetivo prevenir e punir tais
tipos de práticas. De acordo com a mesma fonte, o texto da lei prevê o implemento da pena
de suspensão do exercício profissional pelo prazo de um mês a um ano ao infrator
condenado.
Sendo assim, a lei, impede que tais atitudes, essas que colaboram para a formação de um
ambiente profissional pouco eficaz e prejudicial ao trabalhador, partam do responsáveis
justamente por impedir a sua ocorrência.
Neste contexto, a lei proporciona o caminho para a formação não só de profissionais mais
atentos à situação, mas também, colaborará para com a implementação de condutadas que
tem em muito a agregar com formação de cidadão de bem.
Nesse contexto, de acordo com a fala da conselheira federal Arlete Mesquita: “Trata-se
de uma vitória para a cidadania. Ao normatizar que o assédio e a discriminação são
infrações éticas, exigirá de nós, advogados e advogadas, um cuidado ainda maior
com os temas. Assim estamos dando um exemplo fervoroso de que somos todos
iguais, e nesta condição de seres humanos, o respeito às diferenças seja qual for o
ambiente deve prevalecer sempre”.
Nesse sentido, tendo em vista que a sanção da lei, conforme fora observado pela
presidente da CNMA, trata-se de um ganho também na justiça reprodutiva, sendo
que, segundo uma passagem da obra de Elza Berquó, em sua obra Panorama da
saúde reprodutiva no Brasil, quanto a justiça reprodutiva: “É preciso reconhecer,
contudo, que o uso e o entendimento do conceito de direitos reprodutivos ainda não
é universal entre as mulheres […], como aliás ocorre com outras prerrogativas mais
sedimentares no imaginário e nas normas legais”.
BIBLIOGRAFIA:
https://www.oabgo.org.br/oab/noticias/conquista/oab-go-celebra-aprovacao-de-lei-
que-torna-o-assedio-e-a-discriminacao-infracoes-ao-estatuto-da-oab/
https://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2023/05/31/senado-aprova-incluir-
assedio-entre-infracoes-do-estatuto-da-oab
https://www.camara.leg.br/noticias/977220-lei-insere-punicao-para-casos-de-
assedio-e-discriminacao-no-estatuto-da-oab/#:~:text=Lei%20insere%20puni
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%20a%20norma&text=Foi%20sancionada%20pelo%20presidente%20Luiz,
%C3%A2mbito%20do%20Estatuto%20da%20Advocacia.