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DIREITO CONSTITUCIONAL

Teoria Geral dos Direitos Fundamentais II


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TEORIA GERAL DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS II

DUALISMO MODERADO

O direito interno e o direito internacional são fontes distintas, mas também se admite que
normas de um ordenamento sejam internalizadas pelo outro.

§ 3º Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados,


em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos
membros, serão equivalentes às emendas constitucionais.

(Incluído pela Emenda Constitucional n. 45, de 2004)

• Um tratado internacional, para valer no Brasil, tem que ser submetido a um procedi-
mento chamado de internalização.

Fases de um tratado internacional:


1. Negociação.
2. Assinatura.
3. Aprovação – interna prevista no artigo 49, inciso I.
4. Ratificação – é internacional, externa.
O artigo 49 é o que traz as competências exclusivas do congresso nacional que, no inciso
primeiro, diz que é resolver definitivamente tratados, acordos e atos internacionais que acar-
retem cargos ou compromissos gravosos ao patrimônio nacional. O congresso tem a função
de aprovar.
5m

• Depois que o tratado for aprovado, ele fará parte do ordenamento jurídico, resta saber
apenas em que patamar. Se for aprovado com rigor e versar sobre direitos humanos,
ele será equivalente a uma emenda. Se não versar sobre direitos humanos, ele será
aprovado com tramite de uma lei ordinária e será equivalente a uma lei ordinária. Se
ele versa sobre direitos humanos, mas não foi aprovado, ele será equivalente a uma
norma supralegal.
• Todo tratado se torna um decreto legislativo.
• As normas supralegais são exatamente os demais tratados sobre direitos humanos,
que não foram aprovados com esse rigor.
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• Os tratados podem se tornar equivalentes a uma emenda, a uma norma supralegal,


mas em regra, ele se torna equivalente a leis ordinárias.
• O requisito para versar sobre direitos humanos é requisito material.
• O requisito formal é o quórum de emenda, o que traduz a rigidez constitucional.
• Tudo que envolve a constituição, com todos os tratados de direitos humanos, chama-
-se de bloco de constitucionalidade.
• A constituição fica no topo da pirâmide pois ela mercê ser protegido e em torno dela,
se exercem os mecanismos de controle de constitucionalidade. Porém, se o parâmetro
envolver os tratados sobre direitos humanos, não se fala em controle de constituciona-
lidade, mas sim de convencionalidade.
• Se o parâmetro de controle estiver nos tratados que versam sobre direitos humanos,
usa-se a expressão “controle de convencionalidade”.

Bloco de Contitucionalidade

CF 88 + T.D.HUM/5 : § 3º
Requisito Material

D. Humanos Normas Supralegais


Demais T.D.Hum
st.

Tratados
con
ra
Inf

LEIS
as
rm
No

10m
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Atos decorrentes do Artigo 5º. § 3º

• Isso compõe o chamado bloco de constitucionalidade.

§ 4º O Brasil se submete à jurisdição de Tribunal Penal Internacional a cuja criação tenha manifes-
tado adesão. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 45, de 2004)

• TPI – tribunal penal internacional. Não confunda com a corte internacional de justiça; o
TPI foi criado para julgar pessoas, a corte internacional de justiça foi criada para julgar
Estados soberanos, embora os dois se situem em HAIA.
15m

TPI – HAIA – CIJ

TPI: Julga pessoas que cometeram crimes contra a humanidade. As pessoas se apre-
sentam como sujeitos de direito internacional. Isso ocorre da responsabilização, ou seja, a
possibilidade de responsabilizá-los.
CIJ: Julga Estados soberanos.
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Haia
TPI Cij

iza ção
ns abil Julga
Julga po
Res Estados
Pessoas →
Soberanos
Sujeitos de Direito
internacional

• O TPI não pertence à ONU e julga pessoas. O que pertence à ONU é a corte interna-
cional de justiça, que julga Estados.

• Não confunda o instituo da entrega com o instituto da extradição. O estado pode entre-
gar uma pessoa ao TPI, inclusive um brasileiro nato, para cumprir pena em HAIA, na
Holanda, no tribunal penal internacional.
• De um lado, há o Estado soberano, do outro, há o TPI, esse mecanismo chama-se
mecanismo de entrega. O brasil, assim, não pode extraditar um brasileiro nato, mas
pode entregá-lo.

Entrega
Estado Soberano TPI
Brasileiro Nato
DECRETO N. 4.388, DE 25 DE SETEMBRO DE 2002.

Art. 1º O Estatuto de Roma do Tribunal Penal Internacional, apenso por cópia ao presente Decreto,
será executado e cumprido tão inteiramente como nele se contém.
Art. 2º São sujeitos à aprovação do Congresso Nacional quaisquer atos que possam resultar em
revisão do referido Acordo, assim como quaisquer ajustes complementares que, nos termos do
art. 49, inciso I, da Constituição, acarretem encargos ou compromissos gravosos ao patrimô-
nio nacional.
Art. 3º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.
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ESTATUTO DE ROMA DO TRIBUNAL PENAL INTERNACIONAL

Artigo 1º
O Tribunal
É criado, pelo presente instrumento, um Tribunal Penal Internacional (“o Tribunal”). O Tri-
bunal será uma instituição permanente, com jurisdição sobre as pessoas responsáveis pelos
crimes de maior gravidade com alcance internacional, de acordo com o presente Estatuto,
e será complementar às jurisdições penais nacionais. A competência e o funcionamento do
Tribunal reger-se-ão pelo presente Estatuto.

Historicidade: os direitos fundamentais não nasceram de uma única vez, sendo fruto de
uma evolução e desenvolvimento histórico e cultural.
2. Relatividade: afirma-se que nenhum direito fundamental poderá ser considerado
absoluto, sendo que tais direitos deverão ser interpretados e aplicados levando-se em con-
sideração os limites fáticos e jurídicos existentes, sendo que referidos limites são impostos
pelos outros direitos fundamentais.
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• Nem o direito a vida é absoluto, pois se admite pena de morte em caso de guerra
declarada.

Art. 5º. XLVII - não haverá penas:


a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX;
b) de caráter perpétuo;
c) de trabalhos forçados;
d) de banimento;
e) cruéis
25m

DIRETO DO CONCURSO
1. (2020/CEBRASPE/MPE-CE/Analista Ministerial) Os direitos fundamentais são prerro-
gativas próprias dos cidadãos em função de sua especial condição de pessoa humana,
e as garantias fundamentais são os instrumentos e mecanismos necessários para a
proteção, a salvaguarda ou o exercício desses direitos. Com relação a esse assunto,
julgue o item que se segue.
Os direitos fundamentais não podem ser considerados absolutos, posto que todos os
direitos são passíveis de relativização e podem entrar em conflito entre si.

GABARITO
1. C

�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
preparada e ministrada pelo professor Gustavo Brígido Bezerra Cardoso.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conte-
údo ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura
exclusiva deste material.
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