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Brasília-DF.
Elaboração
Produção
Apresentação.................................................................................................................................. 4
Introdução.................................................................................................................................... 7
Unidade I
Saúde do Recém-Nascido................................................................................................................. 9
Capítulo 1
Recém-Nascido..................................................................................................................... 9
Unidade iI
Assistência ao Nascer..................................................................................................................... 18
Capitulo 1
Cuidados ao Nascimento.................................................................................................. 18
Unidade iII
Alojamento Conjunto.................................................................................................................... 77
Capitulo 1
Maternidade......................................................................................................................... 77
Unidade iV
Aleitamento Materno..................................................................................................................... 105
Capitulo 1
Amamentação................................................................................................................... 105
Unidade V
Situações Especiais......................................................................................................................... 114
Capitulo 1
Orientações Especiais....................................................................................................... 114
Referências................................................................................................................................. 131
Apresentação
Caro aluno
Conselho Editorial
4
Organização do Caderno
de Estudos e Pesquisa
A seguir, apresentamos uma breve descrição dos ícones utilizados na organização dos
Cadernos de Estudos e Pesquisa.
Provocação
Textos que buscam instigar o aluno a refletir sobre determinado assunto antes
mesmo de iniciar sua leitura ou após algum trecho pertinente para o autor
conteudista.
Para refletir
Questões inseridas no decorrer do estudo a fim de que o aluno faça uma pausa e reflita
sobre o conteúdo estudado ou temas que o ajudem em seu raciocínio. É importante
que ele verifique seus conhecimentos, suas experiências e seus sentimentos. As
reflexões são o ponto de partida para a construção de suas conclusões.
Atenção
5
Saiba mais
Sintetizando
6
Introdução
De acordo com o Ministério da Saúde (2011), desde 1990 o Brasil tem desenvolvido
ações voltadas para a redução de mortalidade materna e infantil com o objetivo de
aperfeiçoar e melhorar a qualidade da atenção à saúde prestada durante o pré-natal
(PN), ao recém-nascido (RN), puerpério e durante o crescimento e desenvolvimento
(CD). Em 2004 foi assinado o “Pacto pela Redução da Mortalidade Materna e Neonatal”
com a finalidade de reunir todos os níveis de atenção à saúde com ações regionalizadas.
Afirma o mesmo autor, que a diminuição da mortalidade neonatal tem como objetivo
também de diminuir as desigualdades regionais no país, desde 2009 o Ministério
da Saúde (MS) assumiu as ações e diminuiu primeiramente as taxas de mortalidade
neonatal nas regiões da Amazônia Legal e do Nordeste brasileiro em 5%. Ainda
observa-se que existe falhas na assistência, mas houve redução considerável da
mortalidade infantil mas a desigualdade social ainda continua.
Objetivos
»» Contribuir para o norteamento para aprofundar estudo sobre atuação de
enfermagem em saúde materna e infantil.
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Saúde do Unidade I
Recém-Nascido
Capítulo 1
Recém-Nascido
As informações sobre a natalidade no Brasil são geradas por meio dos censos e dos
registros vitais, abordam todas as informações e as condições em que os nascimentos,
a falta desses dados no registro de nascido acarreta analises e interpretação de forma
errada afetando na formulação de políticas eficazes que atuam na promoção e prevenção
de óbitos neonatais (PAES; SANTOS, 2010).
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UNIDADE I │Saúde do Recém-Nascido
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Saúde do Recém-Nascido │ UNIDADE I
Além dessas ações citadas, o IBGE atribui a diminuição das taxas de mortalidade
infantil ao fato de ter aumentando a escolaridade materna, ao saneamento básico nos
domicílios, água potável, coleta de lixo, aumento do acesso aos serviços de saúde e
melhora no atendimento do PN (BRASIL, 2016).
De acordo com o Ministério da Saúde (2011), outro fator que atribui a diminuição da
mortalidade infantil está relacionado também com a nutrição materna adequada que
diminui o baixo peso ao nascer, à prematuridade e a via de parto considerado outro
fator importante. O parto normal ainda é uma das vias de parto mais segura e com
baixos riscos, com exceção nas gestações de alto risco, mas ainda há um elevado índice
de partos cesarianos sem indicações favorecendo para que os próximos partos sejam
cirúrgicos, aumentando a predisposição há maiores riscos materno e infantil.
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UNIDADE I │Saúde do Recém-Nascido
Mortalidade Infantil
Houve avanço nas tecnologias e assistências, porém o Brasil apresenta queda diminuída
nas taxas de mortalidade, é necessário um esforço de todos os profissionais de saúde
e sociedade para que o Brasil consiga aumentar o índice de redução de óbitos infantis,
atualmente cerca de 60 a 70% dos óbitos acontecem nesse período, exigindo mais
atenção e avanço a saúde do RN (LISBOA et al, 2015).
É relevante destacar que o Brasil desde 1997 apresenta uma redução expressiva, mais
ainda existe uma desigualdade grande entre as regiões e as classes sociais. Para alcançar
a meta da promoção de equidade, as ações precisam ser intensificadas e de fácil acesso a
população mais pobre, com dificuldade de acesso a escolas, mais vulnerável e com mais
necessidade de atenção integral qualificada, resolutiva e continuada de saúde (BRASIL,
2016).
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Saúde do Recém-Nascido │ UNIDADE I
Mortalidade Perinatais
A OMS e a Classificação Internacional de Doenças (CID-10) em 1993 definem
mortalidade perinatal aquela que acontece entre a 22ª semana de gestação ou RN com
peso acima de 500g e os 7 dias de vida. Devido ao avanço das tecnologias na área da
saúde, RN prematuros aumentam a expectativa de vida evoluindo há óbito por causas
perinatais depois de 7 e/ou 28 dias de nascido, por esse motivo os óbitos neonatais
tardias também são incluídas nas taxas de mortalidade perinatal.
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UNIDADE I │Saúde do Recém-Nascido
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Saúde do Recém-Nascido │ UNIDADE I
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UNIDADE I │Saúde do Recém-Nascido
Fonte: <http://mammaoggi.it/travaglio-quello-dovete-realmente-sapere/>
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Saúde do Recém-Nascido │ UNIDADE I
Fonte: <http://www.alagoas24horas.com.br/994118/pais-tem-direito-de-acompanhar-o-parto-de-seus-filhos-orienta-pediatra-
da-sesau/>
Fonte: <http://meteoropole.com.br/2016/05/meu-filho-esta-muito-magrinho-entendendo-as-curvas-de-crescimento-da-
caderneta-de-saude-da-crianca/>
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Assistência ao Unidade iI
Nascer
Capitulo 1
Cuidados ao Nascimento
De acordo com Freitas (2011) durante o PN o médico e/ou enfermeiro devem rastrear
os fatores de risco gestacionais e instituir o tratamento adequado. Espera-se que a
gestante chegue ao trabalho de parto (TP) preparada e com a adequada assistência do
PN.
»» O cartão de PN os antecedentes:
›› clínicos obstétricos;
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Assistência ao Nascer │ UNIDADE II
›› perinatais;
›› controle PN;
»» Anamnese:
»» Identificação:
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UNIDADE II │ Assistência ao Nascer
›› gestação múltipla;
›› hipertensão e pré-eclâmpsia;
›› hemorragias da gravidez;
›› anemia crônica;
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Assistência ao Nascer │ UNIDADE II
De acordo com Coren (2009) e Viana, Ferreira e Mesquita (2014) só se considera o parto
como normal quando todas as fases do TP, parto e pós-parto ocorre sem intercorrências
e complicações garantindo a segurança e saúde materna e do neonato. O Ministério
da Saúde tem preconizado atualmente o parto humanizado que objetiva garantir o
bem-estar, a segurança e os direitos da parturiente e do bebê com uma assistência
prestada de forma holística.
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UNIDADE II │ Assistência ao Nascer
Fonte: <http://www.sofiafeldman.org.br/2012/10/16/profissionais-em-t>.
Fonte: <https://fisioemasso.wordpress.com/author/nandagmel/page/3/>.
Fonte: <http://www.partosemmedo.com.br/obstetra-humanizado-parto-hospitalar>.
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Assistência ao Nascer │ UNIDADE II
Fonte: <https://extra.globo.com/noticias/bizarro/parece-uma-gravida-mas-nao->.
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UNIDADE II │ Assistência ao Nascer
Fonte: <http://www.ebah.com.br/content/ABAAABt2cAE/sistematizacao-assistencia-enfermagem-no-pre-natal?part=7>
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Assistência ao Nascer │ UNIDADE II
Fonte: <http://slideplayer.com.br/slide/296013/>
Fonte: https://www.medicinanet.com.br/m/conteudos/revisoes/5215/pre_natal_de_baixo_risco.htm
Fonte: <https://es.slideshare.net/SaL0CkY/diagnstico-de-embarazo-49194755>
É caracterizada pela posição no qual o feto se encontra durante o TP, é possível sentir
a parte do corpo do feto pelo toque vaginal podendo apresentar na posição cefálica,
pélvica ou de espádua (BRASIL, 2011).
a postura que o feto adota em relação a si mesmo. A apresentação fetal é definida pela
parte do corpo do feto que se encontra mais próximo ao canal do parto e que se palpa
quando se faz o toque vaginal, dependendo da parte que se apresenta pode ser cefálica,
pélvica, ou córmica conforme a figura a seguir.
Fonte: <http://slideplayer.com.br/slide/9880557/>
Fonte: <http://estudodeenfermagem.blogspot.co.uk/2012/09/estatica-fetal.html>
Já a apresentação pélvica onde a parte apresentada pelo feto é a pélvis pode se configurar
em:
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Assistência ao Nascer │ UNIDADE II
Fonte: <http://vivomaissaudavel.com.br/conteudo-guia-de-cuidados/apresentacao-pelvica-serie-100193/>
Fonte: <http://slideplayer.com.br/slide/10861935/>
A mais frequente é a de dorso fletido, a cabeça dobrada para frente, o queixo junto ao
tórax, e pernas e braços fletidos chamada então de posição fetal (BRASIL, 2011).
A situação é a relação existente entre o grande eixo do feto, com o grande eixo da mãe.
Ela pode ser longitudinal, transversal e oblíqua. Na situação longitudinal o grande
eixo do feto está paralelo ao grande eixo da mãe. Na situação transversal o grande eixo
do feto está perpendicular ao grande eixo da mãe. Na situação oblíqua os eixos estão
cruzados (BRASIL, 2012).
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UNIDADE II │ Assistência ao Nascer
De acordo com o mesmo autor, cada apresentação tem seu ponto de referência. A
apresentação cefálica fletida tem como ponto de referência o occipício. A apresentação
cefálica pode apresentar-se de forma anômala ou seja defletidas. Na apresentação
defletida de primeiro grau, o ponto de referência é a porção anterior do bregma. Na
apresentação de fronte, ou defletida de segundo grau, o ponto de referência é a raiz
do nariz ou glabela. Na apresentação de face, ou defletida de terceiro grau, o ponto
de referência é o mento fetal. Na situação transversa, o ombro normalmente é a parte
apresentada e o acrômio é o ponto de referência, mas pode ser também o braço, a costa,
o tronco, o abdome ou o flanco.
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Assistência ao Nascer │ UNIDADE II
apagamento cervical, colo dilatado para 3cm ou mais e/ou ruptura das membranas
espontânea.
Primeiro Período
Inclui a interpretação da dilatação cervical é feito mediante o toque vaginal pelo médico
e/ou enfermeiro obstétrico, se dividido em:
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UNIDADE II │ Assistência ao Nascer
Fonte: <https://www.todamateria.com.br/parto-normal-e-parto-cesarea/>.
Fonte: <https://www.tuasaude.com/como-aliviar-a-dor-durante-o-trabalho-de-parto/>.
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Assistência ao Nascer │ UNIDADE II
Fonte: <http://vilamamifera.com/fisioterapiafeminina/posicoes-para-o-alivio-da-dor-no-trabalho-de-parto/>.
Caso a gestante tenha idade gestacional igual ou acima de 28 semanas com sintomas de
perda de sangue ou líquido, é contraindicado o toque vaginal (BRASIL, 2011).
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UNIDADE II │ Assistência ao Nascer
Avaliação de IG e triagem do TP
Seguir protocolo
específico
Cuidados intrapartos: Gestação de baixo risco:
• Suporte contínuo intraparto; • Orientação e
• Liberdade de posição e tranquilização.
deambulação. • Aguardar TP em
• Jejum não recomendado. domicilio.
• Não realizar tricotomia e enema. • Adiar a internação.
• Monitorização da dinâmica uterina.
• Evitar amniotomia precoce.
• Não realizar infusão de rotina de
soro glicosado e ocitocina.
• Preencher o partograma.
• Avaliação cervical de acordo com a
evolução do TP;
• Alívio adequado da dor.
Sim Alerta ou presença de Não
complicações
»» frequência da diurese;
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Assistência ao Nascer │ UNIDADE II
Fonte:< http://www.alanhatanaka.com.br/partograma.php>.
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UNIDADE II │ Assistência ao Nascer
De acordo com o mesmo autor, o partograma deve ser preenchido da seguinte maneira
(figura 21):
»» Dilatação cervical:
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Assistência ao Nascer │ UNIDADE II
Fonte: <http://www.medicina.ufmg.br/imagemdasemana/index.php?caso=106>.
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UNIDADE II │ Assistência ao Nascer
Fonte: <https://unasus2.moodle.ufsc.br/pluginfile.php/11609/mod_resource/content/1/un02/top02p01.html>.
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Assistência ao Nascer │ UNIDADE II
Segundo Período
Essa fase é caracterizada pela dilatação completa do colo e terminando com a expulsão
total do feto (BRASIL, 2011). No TP esse período é definido como:
Fonte: <http://blogpapodagigi.blogspot.co.uk/2016/07/dilatacao-do-colo.html>.
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UNIDADE II │ Assistência ao Nascer
A figura a seguir demonstra algumas das posições de conforto para escolha durante o
TP:
Figura 24: Posições que uma mulher pode adotar durante o parto
Fonte: <http://www.gravidasonline.com/exercicios-para-facilitar-o-parto-normal/>.
De acordo com Marinho (2009), caso a parturiente sinta algias indica-se anestesia
locorregional se não tiver realizado à analgesia peridural:
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Assistência ao Nascer │ UNIDADE II
Afirma o mesmo autor, que a episiotomia mediolateral e indicada nos casos que a
parturiente manifeste riscos de laceração perineal, em casos de distorcia de partes
moles ou para facilitar o parto. Deve ser realizada antes da apresentação fetal distenda
o períneo.
Terceiro Período
Essa fase é caracterizada pela dequitação da placenta que ocorre logo após a expulsão
do feto, terminando somente com a expulsão da placenta. Divide se em 3 etapas:
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UNIDADE II │ Assistência ao Nascer
Fonte: <http://www.misodor.com/MECANISMOTRPARTO.php>.
Fonte: <http://www.misodor.com/MECANISMOTRPARTO.php>.
Depois de ocorrer a dequitação completa da placenta (figura 27), para evitar hemorragias
e retração uterina, o útero fica como uma consistência lenhosa conhecido como globo
de segurança de Pinard (BRASIL, 2011).
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Assistência ao Nascer │ UNIDADE II
Fonte: <https://www.bancodasaude.com/noticias/descolamento-da-placenta-o-que-deve-saber/>.
Fonte: http://revistacrescer.globo.com/Voce-precisa-saber/noticia/2016/12/parto-novas-diretrizes-para-corte-do-cordao-
umbilical.html.
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UNIDADE II │ Assistência ao Nascer
Quarto Período
»» a temperatura, FC e PA;
Ficar atenta aos sinais descritos a seguir como complicações pós-parto, devendo ser
comunicado ao médico ou realizar transferência da paciente para um hospital de
referência:
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Assistência ao Nascer │ UNIDADE II
Reanimação
»» Mesa com acesso por 3 lados.
»» Fonte de calor.
»» Fonte de O2 umidificado e de ar comprimido com os fluxômetros encaixados.
»» Aspirador a vácuo com manômetro.
»» Relógio de parede com ponteiros de segundos.
»» Termômetro digital para verificar a temperatura do ambiente,
Aspiração
»» Sonda traqueal: número 6, 8 e10.
»» SNG: número 6 e 8.
»» Dispositivo para aspiração de mecônio.
»» Seringa de 20ml.
Ventilação
»» Balão auto inflável com 750 ml de volume.
»» Reservatório de O2.
»» Válvula de escap com limite de 30 - 40 cm H2O e/ou manômetro.
»» Ventilador mecânico manual neonatal em T.
»» Máscara redonda com coxim para prematuros tamanho 00, 0 e de termo 1.
»» Blender para misturar O2/ar.
»» Oxímetro de pulso com sensor neonatal e bandagem elástica escura.
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UNIDADE II │ Assistência ao Nascer
Intubação Traqueal
»» Laringoscópio infantil com lâmina reta número 00, 0 e 1.
»» Cânulas traqueais sem balonetes, de diâmentro uniforme 2,5/ 3,0/305e 4,0mm.
»» Material para fixação de canula.
»» Pilhas e lâmpadas sobressalentes.
»» Detector colorimétrico de CO2 expirado.
Medicações
»» Adrenalina diluída em SF 0,9% a 1/10.000 em 1 seringa de 5,0 ml para administração única.
»» Adrenalina diluída em SF 0,9% a 1/10.000 em seringa de 1,0ml para administração endovenosa.
»» Expansor de volume (SF 0,9% ou ringer lactato) e 2 seringas de 20ml.
»» Álcool etílico 70% ou clorexitina álcoolica 0,5%.
»» Nitrato de prata 1%e ampola de água destilada.
»» Vitamina K1.
Cateterismo Umbilical
»» Campo fenestrado esterilizado, cardazo de algodão e gazes.
»» Pinça tipo kelly reta de 14 cm de cabo de bisturi com lâmina número 21.
»» SF 0,9% ou ringer lactato em seringa de 20ml.
»» Álcool etílico 70% ou clorexidina álcoolica 0,5%.
»» Nitrato de prata 1% e ampola de água destilada.;
»» Vitamina K1.
Outros
»» Luvas e óculos de proteção individual.
»» Compressas e gazes esterilizadas.
»» Estetoscópio neonatal.
»» Saco de polietileno de 30x50cm e touca para proteção térmica do RN prematuro.
»» Tesoura de ponta romba e clampeador de cordão umbilical.
»» Seringas de 20ml, 10ml, 5ml e 1ml e agulhas.
»» Balança digital e antropométrica.
Fonte: Sociedade Brasileira de Pediatria (2011).
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Assistência ao Nascer │ UNIDADE II
»» RN quanto ao peso:
›› baixo peso: são considerados os RNs com peso menor que 2.500g,
neste conceito se insere os prematuros e os RNs com crescimento
intrauterino restrito (MARINHO, 2014).
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UNIDADE II │ Assistência ao Nascer
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Assistência ao Nascer │ UNIDADE II
›› FR > 60 ipm;
›› RN com gemidos;
Fonte: <http://www.ebah.com.br/content/ABAAAfUZMAB/projeto-farmacia-hospitalar?part=4>.
Fonte: <http://sesentindomae.blogspot.co.uk/>.
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UNIDADE II │ Assistência ao Nascer
Realização do Apgar
»» FC:
›› ausente: 0;
›› < 100/min: 1;
›› > 100/min: 2.
»» FR:
›› respiração ou ausente: 0.
›› fraca/irregular: 1;
›› forte/choro: 2.
»» Irritabilidade reflexa:
›› ausente: 0;
›› algum movimento: 1;
›› espirros/choro: 2.
»» Tônus muscular:
›› flácido: 0.
»» Cor:
›› cianótico/pálido: 0;
›› cianose de extremidades: 1;
›› rosado: 2.
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Assistência ao Nascer │ UNIDADE II
Exame Físico
Cabeça
Região Observar
Couro cabeludo Observar higiene, crostas e lesões.
Acúmulo de líquido e sangue no couro cabeludo, sem limites
específicos, pode aparecer petéquias no local, decorrentes da pressão
Bossa Serossanguínolenta
da cabeça sobre o canal de parto, desaparecendo entre os primeiros
dias de vida (24 a 48 horas).
É o acúmulo de sanguínea região subperióstea e aparece por volta
de 24 horas após o nascimento, causado pelo rompimento de vasos,
Céfalo-hematoma
devido à fricção da cabeça sobre o canal do parto. Possui contornos
nítidos e regressões lentas, desaparecendo entre o 1o e 2o mês de vida.
É normal apresentarem-se planas em relação ao couro cabeludo.
»» Bregmática: encontra-se na região anterior, fechando-se por volta
dos 18 meses de vida; se houver o fechamento antes do sexto mês,
Fontanelas
agendar consulta médica.
»» Lambdoide (posterior): encontra-se na região occipital, fechando-se
entre o 2o e 3o mês de vida (figura 31).
Fonte: <http://medtododia.blogspot.com.br/2010_06_01_archive.html>.
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UNIDADE II │ Assistência ao Nascer
Sentidos e Pele
Região Observar
Observar estrabismo (lembrar que pode ser normal até o 3o mês),
Olhos devido à incoordenação do globo ocular; presença de secreção e
lacrimejamento constante, encaminhar para consulta médica (figura 32).
»» Mancha ectásica: mais comum nas pálpebras, decorrente de dilatação
capilar superficial e desaparecem com o crescimento (figura 33).
Fonte: Marcondes et al (2003); Reis, Santana, Araújo (2014 pp. 147-151) e Silva, Nascimento (2000).
50
Assistência ao Nascer │ UNIDADE II
Fonte: <http://www.sabercom.furg.br/bitstream/1/1209/1/Exame_Fisico_do_RN_revisado.pdf>.
Fonte: <https://br.guiainfantil.com/materias/saude/peleangiomas-na-pele-do-bebe/>.
Fonte: <http://www.formaes.com.br/vida-de-mae-2/hemangioma-o-que-e-e-como-tratar/>.
51
UNIDADE II │ Assistência ao Nascer
Fonte: <https://www.shutterstock.com/image-photo/new-born-baby-girl-clamped-umbilical-96539575l>.
Fonte: <http://www.blogdababydreams.com.br/os-primeiros-dias-com-o-bebe-parte-2/>.
Fonte: <http://www.formaes.com.br/vida-de-mae-2/hemangioma-o-que-e-e-como-tratar/>.
52
Assistência ao Nascer │ UNIDADE II
Fonte: <http://www.mayoclinic.org/diseases-conditions/milia/multimedia/milia/img-20005930>.
Fonte: <http://www.conteudodeenfermagem.com/2013/06/alteracoes-fisiologicas-no-recem-nascido.html>.
Fonte: <http://medifoco.com.br/alteracoes-na-pele-do-recem-nascido/eritema-toxico/>.
53
UNIDADE II │ Assistência ao Nascer
Fonte: <http://www.clariceabreu.com.br/atuacao/cirurgia-craniomaxilofacial/cirurgia-craniofacial-pediatrica/fissura-de-labio-e-
palato-labio-leporino-e-fenda-palatina/>.
Fonte: <http://www.crechesegura.com.br/como-prevenir-e-tratar-o-sapinho/>.
54
Assistência ao Nascer │ UNIDADE II
Pescoço
O pescoço do RN costuma ser curto deve ser avaliado: desvio e posição da traqueia,
sustentação da cabeça, movimentação do pescoço e sinais de dor a movimentação
(REIS; SANTANA; ARAÚJO, 2014, p. 151).
Sistema Respiratório
Sistema cardiovascular
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UNIDADE II │ Assistência ao Nascer
Região do tórax
Região Observar
É considerada normal a presença de secreção e tumefação nas
Glândulas mamárias primeiras semanas de vida (devido à ação hormonal materna).
Não deve ser feita a expressão do mamilo.
São pequenas bolinhas avermelhadas causadas pelo excesso de
calor que aparecem com maior frequência no pescoço e tórax,
às vezes, há prurido.
Conduta:
Fonte: Marcondes et al. (2003) e Reis, Santana; Araújo (2014, pp. 151-152).
56
Assistência ao Nascer │ UNIDADE II
Região do Abdômen
Região Observar
Abdômen É normal apresentar-se de forma cilíndrica.
Sua queda pode ocorrer do 4o ao 15o dia após o nascimento.
Observar presença de secreção, odor e hiperemia.
O curativo do coto deve ser feito diariamente. Após a sua limpeza com água e sabonete
durante o banho, secar bem e passar álcool 70% com gaze ou cotonete na sua base,
Coto umbilical removendo a secreção (sem odor) que normalmente sai durante o processo de queda, evitar
aplicar o álcool na pele do abdômen, pois pode irritar e ficar hiperemiado e mascarar uma
possível infecção (onfalite).
Atenção: odor fétido da secreção, hiperemia periumbilical e calor local podem ser sinais de
onfalite (figura 44).
Após queda do coto umbilical pode ocorrer uma área não cicatrizada úmida de coloração
amarelada. Neste caso, está indicada a cauterização.
Conduta para a Cauterização:
»» limpar com soro fisiológico, usando técnica de curativo;
Granuloma umbilical
»» passar vaselina ao redor da cicatriz umbilical;
»» usar bastão de nitrato de prata 2% na lesão por 1 minuto contínuo, 1 vez ao dia, durante 3
dias. Se no final do 3o dia não houver cicatrização, solicitar avaliação médica.
Obs.: nunca fornecer o bastão de Nitrato de Prata para a mãe fazer em casa (figura 45).
Frequente em crianças pré-termos, sendo que na maioria dos casos regride espontaneamente.
Caso persista até 2 anos de idade, encaminhar para avaliação médica. Orientar não colocar
Hérnia umbilical
faixas, nem moedas, pois o fechamento do músculo abdominal acontece gradativamente após
o nascimento (figura 46).
Hérnia inguinal Deve ser encaminhada para avaliação médica.
Fonte: <http://megagestante.com.br/como-higienizar-o-umbigo-do-bebe/>
Fonte: <http://www.lookbebe.com.br/o-recem-nascido-e-os-cuidados-com-o-coto-umbilical/>.
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UNIDADE II │ Assistência ao Nascer
Fonte: <http://pediatravirtual.net/tratamento-granuloma-umbilical/>.
Fonte: <http://beberocha.blogspot.com.br/2015/06/o-que-e-hernia-hernia-umbilical-e.html>.
Região do Perinea
Região Observar
Os grandes lábios recobrem os pequenos lábios, aonde se encontram os meatos uretral e vaginal, que
devem ser pérvios (perfurados). Pode ocorrer:
»» corrimento vaginal: de coloração clara, às vezes com estrias de sangue, que é devido ao excesso
Genital feminino hormonal da mãe. Considera-se normal até o 1o mês de vida.
»» sinequia de pequenos lábios: os pequenos lábios encontram-se aderidos. Neste caso, encaminhar para
consulta médica.
»» Imperfuração anal: deverá ser encaminhado para avaliação médica com urgência.
O prepúcio recobre a glande do pênis, apresentando o meato centralizado na extremidade. Normalmente,
os testículos estão na bolsa escrotal.
Pode ocorrer:
»» criptorquidia: é a ausência de testículos na bolsa escrotal. Deverá ser encaminhado para avaliação
médica.
Genital Masculino
»» hipospadia e epispadia: localização incorreta do meato uretral, deslocado para baixo (hipospadia), ou
para cima (epispádia). Se presente, deverá ser encaminhado para avaliação médica.
»» prepúcio irretrátil: frequente até os 18 meses.
»» Fimose: persistência do prepúcio irretrátil após os 18 meses. Deverá ser agendado consulta médica
para avaliação.
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Assistência ao Nascer │ UNIDADE II
Região Observar
Manchas hiperemiadas na região das fraldas, causadas por diarreia, uso de produtos químicos (amaciante,
sabão, sabonete, água sanitária e talcos), troca infrequente das fraldas e má higiene.
Conduta:
»» retirar o excesso de sabão, água sanitária e amaciantes.
»» orientar lavar as fraldas preferencialmente com sabão neutro e enxaguar com água e vinagre.
Dermatite de Fraldas
Sempre que a criança urinar ou evacuar, procurar lavar bem com água morna, evitando uso de sabonete.
»» expor área afetada ao sol em horário apropriado (até as 9:00 horas da manhã e após 16:00 horas),
pois facilita a cicatrização. Observar horários de verão;
»» em uso de fraldas descartáveis limpar bem antes da troca da fralda;
»» encaminhar para consulta médica, se persistir o problema.
Esse tipo de dermatite é caracterizado por pele bem hiperemiada, às vezes com pontinhos vermelhos nas
Monilíase Perineal (Cândida) bordas (o que diferencia da dermatite de fraldas) e pode estar associada com a monilíase oral. Encaminhar
para consulta médica.
Podem ocorrer:
»» má-formação congênita;
»» pilificação em excesso;
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UNIDADE II │ Assistência ao Nascer
O RN tem o mecanismo de regulação imaturo, podendo ocorrer flutuações, sendo necessário manter um
ambiente térmico apropriado e aquecer o corpo do RN.
A temperatura pode ser verificada por:
Temperatura corporal »» via retal: apenas em caso especiais, por impossibilidade de verificação axilar;
»» via axilar: pelo meato acústico externo ou pela pele;
»» via oral.
A temperatura fica entre 36,5º e 37º C, podendo aumentar com o choro.
O RN apresenta frequência respiratória aumentada devido a sua taxa metabólica acelerada. Deve ser
observada a partir da movimentação do abdome. O enfermeiro deve posicionar os dedos ou mãos
Frequência respiratória ligeiramente abaixo do apêndice xifoide para perceber a elevação durante a inspiração.
Deve se observar a profundidade e o ritmo da respiração, a frequência respiratória do RN fica ente 30 e 60
respirações por minuto (rpm) podendo aumentar durante o choro e diminuir durante o sono.
A pressão arterial sistólica é baixa no RN, devido a capacidade diminuída do ventrículo esquerdo.
Pressão arterial
Normalmente, o valor é de 65/41mmHg no braço.
No RN é em média de 50cm, podendo variar de 45 a 55cm.
Comprimento O comprimento deve ser verificado com o RN totalmente despido, deitado em decúbito dorsal, com os
joelhos presos para que eles não flexionem. Pode-se utilizar uma fita métrica ou régua antropométrica
(figura 47).
No RN é em média de 33 a 35cm.
Circunferência da cabeça Deve ser medida utilizando uma fita métrica por trás da orelha, pegando toda a circuferência entre a região
frontal e occipital (figura 48). Em crianças a termo, o PC de nascimento é em torno de 34 a 35 cm. Em
crianças pré-termo, o PC de nascimento é em torno de 33 cm.
O tórax do RN é menor que a cabeça cerca de 1 a 2cm em média. Deve ser medida utilizando uma fita
Circunferência do tórax métrica passando ao redor do tórax, na linha dos mamilos, frouxamente (figura 49).
A circunferência média do tórax do RN é de 30 a 33cm.
O RN pesa em média 3.400g, tendo variação de 2.700 a 4.000g. Após o nascimento, é normal a perca
de 10% desse valor nos primeiros dias de vida.
A medição do peso deve ser realizada desde o nascimento até sua alta e nas consultas de pericultura. O
Peso prato da balança deve se recoberto com um papel toalha ou campo aquecido, para evitar o contato do RN
e evitar a perda de calor. Antes de colocar o RN na balança, deve ter a tara aferida a fim de eliminar erros
de pesagem. O RN deve ser colocado completamente despido e deitado no centro da balança (figura 50).
Ficar atento para evitar quedas e acidentes.
Fonte: Marcondes et al. (2003) e Reis; Santana; Araújo (2014, pp. 153-155).
Quadro 12: Variação de pressão arterial do RN até 12h de vida há 28 dias de nascido.
60
Assistência ao Nascer │ UNIDADE II
Fonte: <https://www.youtube.com/watch?v=z-qX-dLXi0Q>.
Fonte: <https://brasil.babycenter.com/a25015205/microcefalia>.
Fonte: <http://www.scielo.org.mx/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1665-11462005000300009>.
61
UNIDADE II │ Assistência ao Nascer
Fonte: <http://www.ebah.com.br/content/ABAAAe7NgAG/apostila-enfermagem-tratado?part=5>.
Avaliação Neurológica
Reflexos Avaliação
O RN deve piscar ao aparecimento súbito de uma luz ou de um objeto em direção a sua córnea. Esse
Corneano
reflexo é presente por toda vida.
Pupilar Se contrai em resposta a uma luz intensa ou brilhante. Esse reflexo é presente por toda a vida.
Quando a cabeça do RN é movimentada para direita ou para esquerda, os olhos se inclinam para trás e
Olho de boneca
não se ajustem imediatamente. Esse reflexo some a medida que o RN se desenvolve.
Espirro É uma reação das narinas à obstrução ou irritação. Esse reflexo persiste por toda a vida.
Indica movimento de sucção em resposta ao toque de seus lábios ou a oferta dos seios maternos. Esse
Sucção
reflexo é presente por toda a vida.
Vômitos Ao estímulo da faringe posterior, a criança parece engasgar. Esse reflexo persiste por toda a vida.
Ao se tocar a bochecha do RN, ao lado da boca, ele vira a cabeça para esse lado à procura de algo para
Busca
sugar. Esse reflexo desaparece entre o 4o e o 6o mês, mas pode persistir até 1 ano de idade.
Resposta espontânea à diminuição de 2 pelo aumento do volume de ar inspirado. Esse reflexo persiste por
Bocejo
toda a vida.
Geralmente só está presente a partir do 1o dia de vida e acontece em resposta à irritação da mucosa
Tosse
laríngea ou da árvore traqueobrônquica. Esse reflexo está presente por toda a vida.
Ao tocar as regiões plantares ou palmares das mãos ou dos pés próximo à base dos dedos, ocorre a
Preensão flexão desses membros. O reflexo palmar desaparece no 3o mês e o reflexo plantar no 8o mês (figura 51
e 52).
É provocado ao se tocar o exterior da região plantar, no sentido superior, a partir do calcanhar e cruzando
Babinski em direção ao arco do pé. Em resposta a esse estímulo, os dedos apresentam hiperextensão e o polegar
dorsiflexão. Desaparece em torno dos 12 meses (figura 53).
Ocorre quando o RN, ao se assustar, abre os braços, os joelhos, flexiona os joelhos e abre os dedos das
Moro mãos em formato de leque, com o polegar e o indicador em forma de C. Também é chamado de “reflexo
do abraço”. Este reflexo desaparece entre o 3o e o 6o mês de vida (figura 54).
Acontece quando um ruído súbito e alto provoca abdução dos braços, flexão dos cotovelos e as mãos
Estremecimento
permanecem fechadas. Esse reflexo desaparece em torno do 4o mês de vida.
Ao girar a cabeça do RN para um lado, o braço e a perna daquele lado se estendem e o braço e a perna
Tonicidade do Pescoço
opostos se flexionam. Esse reflexo desaparece entre o 3o e o 4o mês de vida.
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Assistência ao Nascer │ UNIDADE II
Reflexos Avaliação
Com o RN deitado em decúbito ventral, aplica-se pressão firme deslizando o dedo ao longo da coluna
Curvatura de tronco (reflexo de
lateralmente dos 2 lados. Este estímulo fará a pelve do RN se flexionar na direção do lado estimulado,
Galant)
indicando inervação de T2 – S1. Esse reflexo desaparece em torno do 4o mês de vida.
Ao estimular a pele perianal próximo ao ânus, o esfíncter externo contrai-se imediatamente, indicando
Anocutâneo
inervação de S4 e S5.
Quando a criança é segurada com a sola dos pés tocando uma superfície rígida, Ocorre flexão e extensão
Marcha
das pernas, simulando a deambulação. Esse reflexo desaparece da 3o a 4o semana de nascido.
Colocando o RN em decúbito ventral, ele faz movimentos com as pernas e com os braços para se arrastar
Engatinhar
como se fosse gatinhar. Esse reflexo desaparece em torno de 6 semanas de nascido.
Fonte: Reis; Santana; Araújo (2014 pp. 155-156).
Fonte: <http://medifoco.com.br/reflexos-arcaicos-do-recem-nascido/>.
Fonte: <http://maenareal.com.br/2013/08/os-reflexos-do-bebe/>.
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UNIDADE II │ Assistência ao Nascer
Fonte: <http://zh.clicrbs.com.br/rs/noticia/2009/08/atencao-aos-reflexos-dos-recem-nascidos-2620766.html>.
Fonte: <http://brasil.babycenter.com/thread/2087563/ninho-algu%C3%A9m-tem>.
Etiologia
De acordo com Marinho (2013) e Brasil (2011), dentre as causas do sofrimento fetal e
possível destacar:
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Assistência ao Nascer │ UNIDADE II
›› hemorragias;
›› oligodramnia.
Prevenção
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UNIDADE II │ Assistência ao Nascer
Diagnóstico
›› Taquicardia:
›› Bradicardia:
·· BCF: inferior a 110 bpm, por mais de 10 minutos; o feto pode evoluir
há óbito por bradicardia severa;
›› Desacelerações variáveis:
›› Mecônio:
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Assistência ao Nascer │ UNIDADE II
Tratamento
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UNIDADE II │ Assistência ao Nascer
PRESENÇA DE MECÔNIO
Movimentos respiratórios
RN com FC < 100 bpm, respiração
regulares, tônus muscular
irregular ou apneia.
adequado e FC >100 bpm.
Reanimação do RN.
De acordo como Ministério da Saúde (2011), as crianças nascem com boa vitalidade,
mas podem evoluir para complicações necessitando de manobras de ressuscitação
cardiopulmonar. Algumas infecções durante a gestação, descobertas durante a
anamnese, estão relacionadas com maiores possibilidades de reanimação neonatal,
conforme o quadro 13 (REIS, 2014, p. 197).
Quadro 13. Fatores que interferem com as condições de nascimento do RN e podem determinar necessidade
de reanimação.
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Assistência ao Nascer │ UNIDADE II
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UNIDADE II │ Assistência ao Nascer
»» O RN é de termo?
Quando o RN evolui com o quadro de hipotônico, não esteja respirando, não esteja
rosado ou seja prematuro (RNPT), devem ser instituídas, em no máximo 30 segundos,
as seguintes medidas:
Manobra 0 a 1 MÊS
Inclinação da cabeça – elevação do queixo (no traumatismo elevar a
Vias aéreas.
mandíbula) e aspiração
Ventilação: Inicial 2-5 ventilações com duração de 1s por ventilação;
Subsequente. 30 – 60 ventilações/min.
Sucção (não realizar compressão abdominal ou impulsões no dorso)
Obstrução das vias por corpo estranho.
com aspiração da boca e nariz.
Circulação. Verificar pulso. Umbilical.
Pontos de referência para compressão. Um dedo abaixo da linha intermamilar.
Método de compressão. Dois dedos ou com os polegares (mãos envolvendo o tórax).
Profundidade da compressão. Aproximadamente 1/3 do diâmetro anteroposterior do tórax.
Frequência das compressões. 120/min.
Relação ventilação/compressão. 3:1 com 90 compressões e 30 respirações por minuto.
A ventilação com balão autoinflável (ambu) e máscara facial (ventilação com pressão
positiva), após a realização dos passos iniciais, está indicada nos casos de:
»» apneia;
70
Assistência ao Nascer │ UNIDADE II
De acordo com o mesmo autor e Guidelines (2015), em caso de RNs com 34 semanas
ou mais de idade gestacional apresentar apneia, respiração irregular ou FC < 100bpm,
a ventilação com ar ambiente deve ser iniciada observando a insuflação pulmonar e
normalização da FC. Em casos de RN prematuro, o suporte ventilatório deve ser
administrado com concentração de oxigênio de 21 a 31%, podendo ser aumentada ou
reduzida com uso de blender (misturador de gases), de modo a manter a saturação
de oxigênio (SatO2) devendo monitorizar continuamente para acompanhamento de
acordo com os minutos de vida:
»» de 5 a 10min: 80 a 90%;
São considerados defeitos morfológicos que pode ocorre por erros na formação da
morfogênese, desencadeando malformações, rupturas, deformações, sequência e
síndrome (MELO; PACHECO, 2013). Está inserido as anomalias funcional ou estrutural
na formação do feto podendo estar presente antes do nascimento, pode ser genético,
ambiental ou desconhecido, o RN pode nascer com a anomalia ou apresentar com o
desenvolvimento (CARVALHO et al, 2006). Atualmente ocupa o 2º lugar das causas de
mortalidade infantil e o 3º de mortalidade em crianças com idade inferior a 5 anos no
Brasil (MELO; PACHECO, 2013).
71
UNIDADE II │ Assistência ao Nascer
72
Assistência ao Nascer │ UNIDADE II
Dentre os cuidados que se deve prestar aos RNs com anomalia congênita, Carvalho et al
(2006) e o Ministério da Saúde (2012), estabelecem como prioridade:
73
UNIDADE II │ Assistência ao Nascer
Fonte: http://www.fcm.unicamp.br/drpixel/pt-br/discussao-de-casos/estenose-duodenal-em-rec%C3%A9m-nascido-aspectos-
radiol%C3%B3gicos
74
Assistência ao Nascer │ UNIDADE II
›› inspecionar abdômen;
75
UNIDADE II │ Assistência ao Nascer
›› retirar a fralda e realizar limpeza com algodão úmido com água morna;
›› começar o banho pelo rosto, sem sabão: realizar higiene dos olhos
com bola de algodão para cada olho, limpar narinas e orelhas, quando
necessário, com fusos de algodão;
Fonte: http://g1.globo.com/to/tocantins/noticia/2014/02/bebes-tomam-banho-em-ofuro-para-reproduzir-sensacoes-do-utero.html
76
Alojamento Unidade iII
Conjunto
Capitulo 1
Maternidade
Sob influência dos resultados obtidos pelas enfermarias de Pierre Budin para crianças
prematuras e o sucesso alcançado por Martin Cooney após a Exposição de Berlim de
1896, que percorreu o mundo mostrando a sobrevida de RN pequenos tratados dentro
de incubadoras, ficaram assim instituídos os berçários, enfermarias com grande número
de RN, manuseados exclusivamente por pessoal hospitalar, submetidos a rotinas
rígidas, não recebendo visitas, levados até a mãe em horários rígidos pré-estabelecidos
(CORRADINI, 1994).
77
UNIDADE III │ Alojamento Conjunto
No início dos anos 1990, com o objetivo de conhecer a situação dos alojamentos
conjuntos no Brasil, o Instituto Nacional de Alimentação e Nutrição (INAN), com apoio
do UNICEF, realizou pesquisa cujo resultados apontaram que 47% das 667 unidades
pesquisadas desconhecia a Resolução INAMPS nº 18/1983.
Idealmente, mãe e bebê devem permanecer juntos após o parto. Sempre que as
condições da mãe e do RN permitirem, o primeiro contato pele a pele deve ser feito
imediatamente após o parto. Na primeira hora após o parto, o estado de consciência da
mãe e do bebê favorece a interação entre eles. Nesse período, portanto, o profissional
de saúde deve favorecer ao máximo o contato íntimo, pele a pele, entre mãe e bebê,
evitando procedimentos desnecessários ou que possam ser realizados mais tarde. A
separação da mãe e do bebê e a sedação da mãe privam o binômio desse momento tão
especial. Após a finalização dos procedimentos de sala de parto, a mãe, com o RN, deve
ir para um local dentro da maternidade que permita a eles ficarem juntos 24 horas por
78
Alojamento Conjunto │ UNIDADE III
dia até a alta hospitalar. Para isso, foi implantado o sistema de alojamento conjunto nas
maternidades (CORRADINI, 1994).
Vantagens
Protocolos
Em geral, esses RNs têm mais de 2.000g, mais de 35 semanas de gestação e índice de
Apgar maior que seis no quinto minuto.
80
Alojamento Conjunto │ UNIDADE III
»» Orientar as mães para que não amamentem outros RNs que não os seus
(amamentação cruzada) e não permitam que outras mães amamentem
seu filho. Essa medida visa a prevenir a contaminação de crianças com
possíveis patógenos que podem ser encontrados no leite materno,
incluindo o HIV (BRASIL, 2006).
Boas Práticas
Além dos cuidados médicos abordados em outros capítulos desta obra, algumas práticas
devem fazer parte do cotidiano do profissional de saúde que atua em alojamento conjunto.
Essas práticas são fundamentais para uma atenção qualificada e humanizada da
dupla mãe-bebê e sua família.
81
UNIDADE III │ Alojamento Conjunto
Acolhimento
Comunicação
82
Alojamento Conjunto │ UNIDADE III
»» oferecer ajuda prática como, por exemplo, ajudar a mãe a encontrar uma
posição confortável para amamentar;
Orientações
83
UNIDADE III │ Alojamento Conjunto
Amamentação
»» ordenha do leite. Toda mãe que amamenta deve receber alta do alojamento
conjunto sabendo ordenhar o seu leite, pois há muitas situações nas quais
a ordenha é útil.
Sabe-se que uma boa técnica de amamentação é importante para o seu sucesso, uma
vez que previne trauma nos mamilos e favorece a retirada efetiva do leite pela criança.
Por isso é fundamental que os profissionais de saúde observem as mamadas e auxiliem
as mães e os bebês a praticarem a amamentação com técnica adequada.
Uso de mamadeira
Água, chás e principalmente outros leites devem ser evitados, pois há evidências de
que seu uso está associado com desmame precoce e aumento da morbimortalidade
infantil. A mamadeira, além de ser uma importante fonte de contaminação, pode
influenciar negativamente a amamentação. Observa-se que algumas crianças, depois
de experimentarem a mamadeira, passam a apresentar dificuldade quando vão mamar
84
Alojamento Conjunto │ UNIDADE III
Não restam mais dúvidas de que a suplementação do leite materno com água ou chás nos
primeiros 6 meses é desnecessária, mesmo em locais secos e quentes (ASHRAF, 2003).
Na grande maioria das vezes, nos primeiros 2 ou 3 dias de vida, mesmo ingerindo pouco
colostro, os RNs normais não necessitam de líquidos adicionais além do leite materno,
pois nascem com níveis de hidratação teciduais relativamente altos. O acompanhamento
diário do peso, até a alta, pode ser um método eficiente para o acompanhamento da
hidratação do RN. Perdas maiores que 7% a 10% do peso de nascimento são sinais
indicativos de que a criança pode não estar recebendo volume hídrico adequado. Essa
condição requer atenção diferenciada, devendo a alta da criança ser adiada até que haja
segurança quanto a sua saúde.
Uso de chupeta
Comportamento normal do RN
85
UNIDADE III │ Alojamento Conjunto
O comportamento dos RNs é muito variável e depende de vários fatores, como idade
gestacional, personalidade e sensibilidade do bebê, experiências intrauterinas e do
parto, além de diversos fatores ambientais, incluindo o estado emocional das pessoas
que cuidam do bebê. É importante enfatizar para a mãe que cada bebê é único,
respondendo de maneiras diferentes às diversas experiências. Comparações com filhos
anteriores ou com outras crianças devem ser evitadas, podendo inclusive interferir na
interação entre a mãe e o bebê. O nível de demanda dos RNs é muito variável e pode
estar relacionado com o grau de dificuldade na passagem da vida intrauterina para a
extrauterina.
Faz parte do comportamento normal dos RNs mamar com frequência, sem horários
preestabelecidos. Muitas mães, em especial as primíparas, costumam interpretar esse
comportamento como sinal de fome do bebê, leite fraco ou insuficiente, culminando,
muitas vezes, com o desmame.
As mães com frequência atribuem o choro do bebê à fome ou às cólicas. Elas devem ser
esclarecidas de que existem muitas razões para o choro do bebê, incluindo adaptação
à vida extrauterina e tensão no ambiente. Na maioria das vezes os bebês acalmam-se
quando são aconchegados ou colocados no peito, o que reforça sua necessidade de se
sentirem seguros e protegidos. As mães que ficam tensas, frustradas e ansiosas com o
choro dos bebês tendem a transmitir esses sentimentos a eles, causando mais choro,
podendo instalar-se um ciclo vicioso.
Muitas mães se queixam de que seus bebês “trocam o dia pela noite”. As crianças, quando
nascem, costumam manter nos primeiros dias o ritmo ao qual estavam acostumadas
dentro do útero. Assim, as crianças que no útero costumavam ser mais ativas à noite vão
necessitar de alguns dias para se adaptarem ao ciclo dia/noite fora do útero. Portanto,
as mães devem ser tranquilizadas quanto a este eventual comportamento do bebê.
A interação entre a mãe e seu bebê nos primeiros dias é muito importante para uma
futura relação sadia. A mãe e os futuros cuidadores da criança devem ser orientados
a responder prontamente às necessidades do bebê, não temendo que isso vá deixá-lo
“manhoso” ou necessidades do bebê só tendem a aumentar sua confiança, favorecendo
sua independência em tempo apropriado. O melhor momento para interagir com o bebê é
quando ele se encontra no estado quieto-alerta. Nesse estado, o bebê encontra-se quieto,
86
Alojamento Conjunto │ UNIDADE III
com os olhos bem abertos, atento. Ao longo do dia e da noite a criança apresenta-se nessa
situação várias vezes, por períodos curtos. Durante e após intensa interação, os bebês
necessitam de períodos de repouso (KLAUS, M. H.; KLAUS, 1998).
Para uma melhor e mais gratificante interação entre os bebês e suas mães, pais e
cuidadores, é importante que eles tenham conhecimento das competências dos bebês,
que até pouco tempo eram ignoradas. Alguns RNs a termo, em situações especiais
(principalmente no estado quieto-alerta), são capazes de:
»» alcançar objetos.
87
UNIDADE III │ Alojamento Conjunto
Acompanhamento da criança
88
Alojamento Conjunto │ UNIDADE III
que atendeu o RN e explicado o conteúdo aos pais. No alojamento conjunto, os pais devem
ser estimulados a lerem as informações contidas na primeira parte da caderneta (seção
destinada aos cuidadores) e a solicitarem aos profissionais que farão o atendimento de
puericultura, que registrem as informações ao longo do acompanhamento da criança
(BRASIL, 2012).
»» Mãe adolescente.
89
UNIDADE III │ Alojamento Conjunto
Mecanismos de contaminação do RN
Para melhor prevenir as IHs, é importante conhecer como elas ocorrem nas unidades
neonatais. As principais formas de contaminação ou infecção do RN são:
»» com a mãe;
»» com os familiares;
»» termômetros;
»» estetoscópios;
»» transdutores;
»» ventilação mecânica;
90
Alojamento Conjunto │ UNIDADE III
»» fluidos contaminados;
»» hemoderivados;
»» medicações;
»» nutrição parenteral;,
»» Peso ao nascer – quanto menor for o peso, maior é o risco de IH. Estima-se
que a cada 100g a menos de peso de nascimento, o risco de IH aumenta 9%.
91
UNIDADE III │ Alojamento Conjunto
Alguns consideram infecção precoce aquela cujas manifestações clínicas ocorrem até
48 horas, e outros até 72 horas.
92
Alojamento Conjunto │ UNIDADE III
Quadro 17: Principais agentes infecciosos de acordo com o início das manifestações clínicas
Streptococcus agalactiae
Bactérias do canal de parto
Infecções precoces (≤48h) Listeria monocitogenes
Bacteremias maternas
Escherichia coli
Bactérias Gram-negativas
Infecções tardias (>48h) Micro-organismos hospitalares Staphylococcus aureus
Estafilococo coagulase-negativa
Fungos
Fonte: MS/SAS.
Diagnóstico
As IHs em RN são mais comuns nas UTIs, podendo ocorrer também em unidades de
cuidados intermediários e em alojamento conjunto. Podem acontecer em qualquer
topografia. A sepse tardia é a infecção mais comum e problemática nos RNs de alto
risco. Tem como principal agente etiológico o estafilococo coagulase-negativa e está
intimamente associada ao uso de dispositivo vascular central.
O diagnóstico das infecções no RN muitas vezes é difícil, uma vez que as manifestações
clínicas são inespecíficas e podem ser confundidas com outras doenças próprias dessa
93
UNIDADE III │ Alojamento Conjunto
faixa etária. As infecções podem manifestar-se por um ou mais dos seguintes sinais:
deterioração do estado geral, hipotermia ou hipertermia, hiperglicemia, apneia, resíduo
alimentar, insuficiência respiratória, choque e sangramento.
Prevenção
Assim, pessoas com infecções respiratórias, cutâneas ou diarreia não devem ter contato
direto com o RN e, preferencialmente, não devem entrar nas unidades neonatais na
fase aguda da doença.
A lavagem das mãos visa à remoção da flora transitória, das células descamativas, do
suor, da oleosidade da pele e, ainda, quando associada ao uso de antisséptico, promove
a diminuição da flora bacteriana residente.
94
Alojamento Conjunto │ UNIDADE III
›› No preparo de medicações.
A higienização das mãos com solução de álcool com glicerina a 2% ou álcool gel pode
substituir a lavagem das mãos com água e sabão nos procedimentos quando não
houver sujidade aparente. Constitui estratégia importante no controle de IH por ser um
procedimento simples e que diminui o risco de danos nas mãos do profissional da saúde
por lavagem repetida com água e sabão. Deve-se friccionar a solução pelas diferentes
faces das mãos, espaços interdigitais e dedos, deixando secar espontaneamente
(CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION, 2002).
95
UNIDADE III │ Alojamento Conjunto
Atenção: uso de luvas não substitui a lavagem das mãos, que deve ser realizada antes da
colocação e após a retirada das luvas.
Para higienização das mãos, o álcool é utilizado em solução com emoliente, para evitar
o ressecamento excessivo da pele.
96
Alojamento Conjunto │ UNIDADE III
»» Pode ser uma opção na antissepsia da pele para punção venosa e para
coleta de sangue arterial ou venoso.
»» Coleta de exames
97
UNIDADE III │ Alojamento Conjunto
Quadro 18: Padronização de soluções antissépticas e sequência de aplicação (primeiro 1, depois 2, seguido de
Clorexidina
Procedimentos Soro Fisiologico Alcool 70%
Degermante Aquosa Alcoólica
Venopunção 1º Ou 1o
Antissepsia pré-operatória 2o 1o 3o
Sondagem Vesical 2o 1o 3o
»» Procedimentos cirúrgicos
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Alojamento Conjunto │ UNIDADE III
Os seguintes cuidados com cateter central e veia periférica devem ser tomados:
99
UNIDADE III │ Alojamento Conjunto
»» Atenção
A troca dos reservatórios do umidificador deve ser feita no momento da troca dos
circuitos do respirador ou mais vezes, seguindo a orientação do fabricante.
A troca dos circuitos do ventilador não deve ser realizada com intervalo inferior
a 48 horas, uma vez que essa prática não tem impacto na redução das pneumonias
hospitalares. Não existe recomendação de tempo máximo para a troca. Em adultos,
a troca com intervalos de até sete dias não demonstrou aumento da incidência de
pneumonias hospitalares. No entanto, para o período neonatal, essa prática não está
bem estabelecida, devendo ser melhor avaliada. Alguns serviços de Neonatologia
vêm aumentando progressivamente o intervalo de troca entre cinco e sete dias, sem
observar aumento da incidência de pneumonias associadas à ventilação mecânica
(RICHTMANN, 2005).
A aspiração do tubo traqueal deve ser realizada somente quando necessária, com
técnica asséptica, de preferência com a participação de dois profissionais, utilizando
luvas e cateter de aspiração estéreis e descartando-os após o uso. Deve-se proteger os
olhos do RN durante esse procedimento, evitando assim a contaminação por secreção
pulmonar, que pode levar à ocorrência de conjuntivite.
100
Alojamento Conjunto │ UNIDADE III
O conteúdo dos frascos do aspirador deve ser desprezado no expurgo, sempre que
possível, de acordo com a quantidade de secreção depositada.
O frasco de aspiração deve ser trocado, assim como a extensão de látex, a cada 24 horas,
ou menos, se necessário (BRASIL, 2002).
A sonda gástrica deve ser trocada a cada 48 a 72 horas, segundo rotina do serviço,
introduzida da maneira menos traumática possível e fixada adequadamente.
Manter os RNs alimentados por sonda gástrica em decúbito elevado a 30º, evitando
aspiração de conteúdo gástrico para os brônquios (BRASIL, 2002).
Qualquer que seja o produto escolhido, este deve ser armazenado em frasco de uso
individual (BRASIL, 2002).
101
UNIDADE III │ Alojamento Conjunto
O uso empírico de cefalosporinas de terceira e quarta gerações deve ser evitado, sendo
recomendadas no tratamento de meningite, infecções em RN com insuficiência renal e
infecções por bactérias resistentes aos aminoglicosídeos.
Outros esquemas de tratamento empírico para infecções precoces e tardias podem ser
definidos de acordo com a orientação CCIH de cada hospital.
102
Alojamento Conjunto │ UNIDADE III
de suspender a droga antes do tempo previsto. Essa medida irá prevenir novas
complicações infecciosas (BRASIL, 2002).
Surto (ou epidemia) é definido como o aumento do número de casos de uma doença, ou
síndrome clínica, em uma mesma população específica e em um determinado período
de tempo (CALIL, 2001).
No caso das IHs, quando o número de casos excede o esperado na curva endêmica, ou
quando ocorrem casos de infecção por um novo agente infeccioso, pode-se estar diante
de um surto hospitalar.
Vale a pena ressaltar que infecções provocadas por novos agentes para a unidade podem
ser consideradas um surto, mesmo que sejam apenas dois casos.
103
UNIDADE III │ Alojamento Conjunto
e suas variações são esperadas. Para inferir que se está diante de um surto é necessário
conhecer as taxas históricas. Pseudossurtos correspondem ao aumento do número de
casos de infecção devido à melhora na notificação, contaminação no laboratório e entre
outros.
Investigação de surtos
104
Aleitamento Unidade iV
Materno
Capitulo 1
Amamentação
O aleitamento materno (AM) pode ser definido de outras maneiras, como por exemplo,
AM exclusivo, AM predominante, AM complementado e AM misto ou parcial. Sendo
que o AM é definido como a fase em que a criança recebe leite materno direto da mama
ou ordenhado. O AM exclusivo é quando a criança recebe somente leite materno, sem
alimentação liquida ou solida como complementação alimentar. O AM predominante
é quando além do leite materno a criança também recebe bebidas à base de água ou
apenas água. O AM complementado é quando a criança recebe além do leite materno
outros alimentos. E o AM misto ou parcial é quando a criança recebe outros tipos de
leite, além do materno (BRASIL, 2009).
De acordo com Maia (2011), apesar da amamentação ser um ato natural, na maioria
das vezes as mães necessitam de apoio e educação sobre as boas práticas para uma
amamentação eficaz para garantir a nutrição e qualidade de vida da criança. Pois,
em alguns casos existem dificuldades para posicionamento adequado e prevenção de
complicações. Sendo assim os profissionais da saúde tem um papel indispensável na
promoção, proteção e apoio do aleitamento materno. Exercendo o papel de educação,
105
UNIDADE IV │ Aleitamento Materno
Para boas práticas de amamentação é fundamental que seja oferecida para as crianças
uma amamentação precoce, exclusiva, boa ligação e posicionamento e amamentações
de livre demanda. Pois, a amamentação precoce deve iniciar ainda na primeira hora
após o parto, sendo fundamental que a criança mame o colostro e que haja o primeiro
contato pele-a-pele entre a mãe e a criança. A amamentação exclusiva deve ser mantida
no mínimo por seis meses. A boa ligação e posicionamento adequado são fundamentais
para prevenir problemas como ingurgitamento mamário, fendas mamilares, mastite
e abcessos. A amamentação frequente de livre demanda garante boa alimentação e
nutrição a criança (VITÓRIA; BARROS; FRANÇA, 2016).
Além de orientar sobre estas medidas os profissionais de saúde devem ainda educar
sobre a desvantagem da não exclusividade do aleitamento nos seis primeiros meses
de vida. Orientar que a amamentação deve durar até os dois anos de idade, sendo que
após os seis meses pode haver alimentação complementar. Orientar que a permanência
da criança em cada mama deve ser até que a mesma se esvazie por completo, para
somente então ser oferecida a outra mama. Manutenção de hábitos saudáveis para a
mãe, como alimentação saldável, ingestão liquida adequada, restrição de álcool, tabaco
e outras drogas, inclusive medicamento não prescritos. E por fim a ordenha do leite,
para garantir que nas situações em que seja impossível a amamentação através da
mama, o leite materno seja garantido à criança (SOUZA et al., 2009).
De acordo com Fernandes e Narchi (2013) as mamas são formadas basicamente por
tecidos glandular epitelial, tecido celuloadiposo e tecido fibroso. O tecido glandular
é um dos principais responsáveis pela amamentação. Pois, estes se apresentam com
estruturas tubulares, constituídos por cerca de 20 lobos, que formam respectivamente
os lóbulos e os acinos. Cada lobo é drenado por um duto lactífero que se ramificam nas
bases das papilas.
106
Aleitamento Materno│ UNIDADE IV
O tecido fibroso conjuntivo é responsável pela ligação da bolsa cerosa com a derme,
com os lobos e os canais lactíferos. O mesmo também é responsável pela sustentação
da mama através do ligamento suspensor da mama localizado na parte superior
(FERNANDE; NARCHI, 2013).
A mesma se inicia com a produção do leite que ocorre nos alvéolos das mamas e percorre
até o mamilo através dos ductos mamários. Durante a gravidez há uma proliferação dos
alvéolos e dos dutos devido a ação da progesterona e estrogênio (ARAÚJO et al., 2007).
107
UNIDADE IV │ Aleitamento Materno
É importante ressaltar que o leite materno ainda é composto por diversos fatores
imunológicos que irá garantir e aperfeiçoar a imunidade da criança. Dentre estes existem
anticorpos IgA que atuam contra micro-organismos encontrados nas superfícies das
mucosas. Além de outros como IgM, IgG, macrófagos, neutrófilos, linfócitos B e T,
lactoferrina, lizosima e fator bífido (BRASIL, 2009).
O leite pode variar de cor ao longo da mamada, sendo que inicialmente ele tem
aspecto semelhante ao de água de coco, posteriormente terá uma coloração opaca que
é desencadeada pela caseína e no fim terá uma coloração mais amarela em virtude
da maior concentração de gorduras e lipídios. Porém, a coloração final do leite pode
apresentar outros aspectos de acordo com a alimentação mãe, sendo que a coloração de
alguns vegetais verdes pode deixar o leite com aspecto esverdeado.
Observação da mamada
108
Aleitamento Materno│ UNIDADE IV
a pega do máximo possível de aréola, boca bem aberta, lábio inferior virado para fora e
queixo tocando a mama, conforme a figura a seguir (SILVA, 2013).
Entretanto, outros fatores são bastante relevantes para o conforto da mãe. Como a
vestimenta deve ser adequada e garantir livre movimentação tanto da mãe quanto da
criança e deixando ainda as mamas completamente expostas sempre que possível. O
bom posicionamento e relaxamento da mãe também devem ser garantidos, para que
não fique curvada para trás ou para frente. Além de estar com os pés bem apoiados ao
chão.
Para o bebê é fundamental avaliar os seguintes critérios, o corpo do bebê deve estar
próximo ao da mãe garantindo o contato barriga com barriga. Posicionamento
adequado do pescoço garantindo total alinhamento e evitando torções. O braço inferior
do lactente deve estar posicionado de maneira adequada entre o corpo do bebê e o da
mãe (BRASIL, 2012).
Ordenha
De acordo com o Ministério da Saúde (2009), a ordenha é considerada como uma
prática que deve ser ensinada a todas as lactantes. Pode ser útil para aliviar possíveis
desconfortos desencadeados por enchimento excessivo da mama e para manter o
estimulo de produção de leite mesmo quando o bebê não tem uma sucção adequada.
109
UNIDADE IV │ Aleitamento Materno
Além, de garantir também que a criança tenha a oferta de leite materno mesmo que a
mãe não o possa oferecer diretamente da mama.
Para que seja realizada uma boa ordenha manual é fundamental que a lactante esteja em
uma posição confortável e relaxante, desde que o tórax esteja curvado para frente sobre
o abdome, facilitando assim o fluxo do leite. Se pode ainda massagear delicadamente a
mama com movimentos circulares da inserção da mama até a aréola. A pega da mama
deve ser com a mão em forma de C e o polegar acima do mamilo e o indicador abaixo.
110
Vantagens do aleitamento
É comprovado que o AM garante diversas vantagens para a criança e para a mãe. Portanto,
é fundamental que a mãe seja orientada sobre a real importância do aleitamento.
O leite materno é vivo, natural e completo, salvo algumas exceções é adequado a quase
todos os recém-nascidos. As suas vantagens são bem conhecidas e explicadas, sejam
elas a curto prazo ou a longo tempo o consenso mundial é que a melhor maneira da sua
prática seja exclusiva.
O leite materno em um curto prazo traz vantagens tanto para o bebê quanto para a
mãe. Este por si só é vantajoso, pois, além de prevenir a mortalidade infantil, previne as
infecções do trato gastrintestinal, respiratórias e urinárias; exerce efeito protetor sobre
as alergias, sobre tudo para a proteína do leite da vaca; o leite materno faz com que os
bebês se adaptem melhor a outros alimentos. Ao longo prazo é referido na importância
a prevenção da diabetes e de linfomas (ALMEIDA et al., 2004).
Para as mães o aleitamento facilita uma involução uterina mais precoce e está
diretamente ligado a menor probabilidade de se adquirir cancro das mamas e outras
infecções. Entretanto, permite as mães sentir o prazer imensurável de amamentar.
A amamentação materna exclusiva com leite materno ainda constitui o método mais
barato e seguro de alimentar os recém-nascidos. E na grande maioria dos casos, pode
prevenir uma nova gravidez.
Para tanto faz-se necessário que as seguintes condições sejam cumpridas: o aleitamento
deve sem praticado em regime livre, sem que haja intervalos quaisquer que sejam, sem
suplementação de outro leite ou qualquer alimento até os seis meses de idades (LEVY
et al., 2008).
Dificuldades na amamentação
Apesar dos avanços do aleitamento materno existente nas últimas décadas, o Brasil
ainda se encontra longe do que se preconiza a Organização Mundial de Saúde (OMS).
Segundo este órgão a amamentação deve ser exclusiva até o sexto mês e a partir deste
deve ser complementado até os dois anos de idade (FALEIROS et al., 2006).
111
UNIDADE IV │ Aleitamento Materno
Outro fato importante que pode ser citado é a idade materna cada vez mais jovem,
que está diretamente relacionada com a menor duração com o aleitamento, não se
sabe ao certo porem talvez esteja ligada a um nível educacional mais baixo, poder
socioeconômico menor, e por muitas vezes o fato de serem solteiras e inexperientes.
O que pode ser fator de associação entre insegurança e falta de confiança em si mesma
para prover alimento suficiente ao seu bebê (FROTA et al., 2009).
112
Aleitamento Materno│ UNIDADE IV
Para tanto o desmame é definido como a introdução de quaisquer outros tipos de alimentos
na dieta de uma criança no período de amamentação exclusiva. E denomina-se período de
desmame a fase em que se introduz este novo alimento até a retirada por completo leite
materno (FALEIROS et al., 2006).
Sendo assim são vários os fatores que influenciam no desmame precoce ou a extensão da
amamentação, estas por sua vez podem ser divididas em cinco categorias de variáveis,
que são:
Diante disto, fica evidente que os profissionais de saúde devem rever o seu posicionamento
diante da mulher que deseja amamentar. Os profissionais da saúde podem mudar esta
realidade diante das suas atitudes ou ações. Em especial os enfermeiros e obstetras ainda
no pré-natal, ou os pediatras e as equipes de enfermagem neonatal no pós-parto. Estes
podem incentivar a amamentação, realizar educação em saúde e dar suporte psicológico
para que estas mães adquiram autoconfiança na amamentação (CARVALHÃES et al.,
2003).
113
Situações Unidade V
Especiais
Capitulo 1
Orientações Especiais
114
Situações Especiais│ UNIDADE IV
115
UNIDADE IV │Situações Especiais
Ações:
Ações:
116
Situações Especiais│ UNIDADE IV
Peso de Nascimento
Antibiótico < 1200g 1200g – 2000g >2000g
0 a 4 semanas 0 a 7 dias >7 dias 0 a 7 dias >7 dias
Ampicilina-meningite (mg/Kg) 50 mg/12h 50 mg/12h 50 mg/8h 50 mg/8h 50 mg/6h
Ampicilina-outros (mg/Kg) 25 mg/12h 25 mg/12h 25 mg/8h 25 mg/8h 25mg/6h
Cefalotina (mg/Kg) 20mg/12h 20mg/12h 20mg/8h 20mg/8h 20mg/6h
Cefazolina (mg/Kg) 20mg/12h 20mg/12h 20mg/8h 20mg/8h 20mg/8h
Cefotaxima (mg/Kg) 50mg/12h 50mg/12h 50mg/8h 50mg/12h 50mg/8h
Ceftazidima (mg/Kg) 50mg/12h 50mg/12h 50mg/8h 50mg/8h 50mg/8h
Ceftriaxone (mg/Kg) 50mg/24h 50mg/24h 50mg/12h 50mg/24h 50mg/12h
Clindamicina (mg/Kg) 5mg/12h 5mg/12h 5mg/8h 5mg/8h 5mg/6h
Eritromicina (mg/Kg) 10mg/12h 10mg/12h 10mg/8h 10mg/12h 10mg/6h
Imipenen (mg/Kg) 20mg/12h 20mg/12h 20mg/12h 20mg/12h 20mg/12h
Meropenen (mg/Kg) Sepse 20mg/12h 20mg/12h 20mg/12h 20mg/12h 20mg/12h
Meropenen (mg/Kg)
40mg/8h 40mg/8h 40mg/8h 40mg/8h 40mg/8h
Meningite
Metronidazol (mg/Kg) 7,5mg/48h 7,5mg/24h 7,5mg/12h 7,5mg/12h 7,5mg/12h
Oxacilina (mg/Kg) Meningite 50mg/12h 50mg/12h 50mg/8h 50mg/8h 50mg/6h
Oxacilina (mg/Kg) outros 25mg/12h 25mg/12h 25mg/8h 25mg/8h 25mg/6h
Penicilina G (Ul/Kg) Meningite 50.000/12h 50.000/12h 50.000/12h 50.000/8h 50.000/6h
Penicilina G (Ul/Kg) Outros 25.000/12h 25.000/12h 25.000/12h 25.000/8h 25.000/6h
Penicilina Benzatina (Ul/Kg) 50.000/24h 50.000/24h 50.000/24h 50.000/24h
117
UNIDADE IV │Situações Especiais
Distúrbios Respiratórios
Asfixia Perinatal
Durante o trabalho de parto, na maioria das vezes, ocorre algum grau de asfixia,
evidenciada pela redução da perfusão sanguínea placentária a cada contração, com
consequente queda das trocas gasosas. Devido a queda no suprimento de oxigênio,
mesmo que passageira ou leve, apresenta resposta imediata e fisiológica para evitar o
dano permanente.
1. Hipoxemia inicial.
118
Situações Especiais│ UNIDADE IV
O autor ainda descreve que na avaliação clínica é importante ter em conta a idade
gestacional. O RN prematuro é alvo também de asfixia, embora o seu quadro clínico
seja diferente do RN termo ou pós-termo, devido à imaturidade do SNC e problemas
específicos que podem mascarar e agravar os sintomas, conforme quadro a seguir:
119
UNIDADE IV │Situações Especiais
O autor ainda descreve que o diagnóstico precoce da DMH é descrita sendo realizada
ainda na vida intrauterina, por meio de testes bioquímicos realizados pelo líquido
amniótico. O teste mais utilizado é o teste da relação lecitina/esfingomielina superior
a 2, que corresponde a situações de maior maturidade pulmonar. Após o nascimento o
diagnóstico da doença é feito basicamente pelas manifestações clínicas de insuficiência
respiratória.
120
Situações Especiais│ UNIDADE IV
grave e a taxa de mortalidade pode alcançar 60% dos recém-nascidos acometidos pela
doença (RICCI, 2015).
Na observação da espessura do mecônio, quanto mais espesso ele é, mais grave o grau
de obstrução e maior o calibre das vias aéreas obstruídas e, portanto, maior o grau de
hipóxia a que o RN fica submetido. A obstrução mecânica nas vias aéreas aprisiona o ar
nos alvéolos, podendo evoluir para pneumotórax e pneumomediastino. Já o mecônio
fluido, composto de partículas finas, embora cause obstrução apenas de pequenos
bronquíolos, pode produzir o mesmo mecanismo valvular de obstrução, além de poder
levar a uma pneumonite química com infecção bacteriana secundária (MARCONDES
et al, 2003).
121
UNIDADE IV │Situações Especiais
As manifestações clínicas apresentadas são variáveis, podendo estar presentes logo após
o nascimento nos casos de pneumonias intrauterina ou congênita, podendo inclusive
a criança ser natimorta ou muito grave, vindo a falecer nas primeiras 24 horas ou 48
horas de vida. Os RN que adquirem pneumonia durante ou após o nascimento podem
apresentar, concomitantemente, sinais de infecção sistêmica, como gemência, letargia,
anorexia e febre. Sinais de insuficiência respiratória como taquipneia, dispneia, gemido,
tosse seca, batimentos de asas de nariz, respirações irregulares, cianose e retração costal
e esternal.
Icterícia do Recém-Nascido
122
Situações Especiais│ UNIDADE IV
Segundo Moreira, Lopes e Carvalho (2004) diversos fatores devem ser considerados
antes que a terapêutica seja instituída em RNs ictéricos:
›› grupo sanguíneo;
›› fator Rh;
›› Coombs materno.
123
UNIDADE IV │Situações Especiais
VI. O sangue do RN deve ser colhido para análises somente após o estudo
da história - materna, do RN e da amamentação - e do exame físico.
Basicamente, os exames laboratoriais solicitados são:
›› hematócrito ou hemoglobina.
124
Situações Especiais│ UNIDADE IV
A sepse em neonatologia é classificada de duas formas: sepse precoce, aquela que ocorre
nas primeiras 48 a 72 horas de vida e sepse tardia, que ocorre após as primeiras 48 a
72 horas de vida.
125
UNIDADE IV │Situações Especiais
graves e até irreversíveis, na maioria das crianças que contraem a doença, prejudicando
seu desenvolvimento neuropsicomotor (FEFERBAUM, 1993).
As primeiras fezes, conhecidas como mecônio, começam a ser eliminadas pelo bebê logo
após o nascimento. É uma substância espessa, de coloração variando de verde escura
a preta, que está no intestino do bebê antes do nascimento. Após a total eliminação do
mecônio, as fezes passam a ter um aspecto amarelo esverdeado. Com a amamentação
no seio materno, as fezes passam por uma fase de transição. Sua coloração se modifica
até atingir a cor amarelo mostarda ou castanho esverdeada, o que ocorre por volta do
quarto ou quinto dia, podendo conter pequenos coágulos de leite. A frequência das
evacuações também varia muito podendo ocorrer entre oito a dez eliminações diárias
ou apenas uma a cada cinco a sete dias. Como o leite materno é muito absorvido, deixa
poucos resíduos sólidos. Sendo assim, a criança pode fazer grandes intervalos entre as
evacuações. Desde que as fezes sejam amolecidas e a criança não se sinta incomodada
ou com dor, não há nenhum problema nessa situação (MARCONDES et al, 2003).
A diarreia é uma doença que se caracteriza pelo aumento do número de vezes que uma
criança evacua. Às vezes podem ser leves, líquida ou semilíquida. Pode ser que o RN
126
Situações Especiais│ UNIDADE IV
127
UNIDADE IV │Situações Especiais
Lembrar que o medicamento após ser absorvido pela mucosa gastrointestinal, passa
pelo fígado por meio da veia porta onde será metabolizado pelas enzimas hepáticas,
ocorrendo perda parcial da droga e através da secreção biliar é excretada pelo intestino,
sendo reabsorvidas ou excretadas pelas fezes, acarretando em menor biodisponibilidade
do medicamento. Cerca de 75% de um fármaco administrado por via oral é absorvido de
1-3 horas (MOREIRA; LOPES; CARVALHO, 2004).
Imunização
Hepatite B
128
Situações Especiais│ UNIDADE IV
Os intervalos das doses desta vacina devem ser de no mínimo 30 dias, porém o tempo
ideal de intervalo é de 60 dias. A quantidade da dose administrada aos RN é de 0,5 ml,
sendo infundidas por via intramuscular, preconizada no local de aplicação do vasto
lateral da coxa do RN.
BCG
129
Para (não) Finalizar
Para que ocorra a redução da mortalidade infantil de forma eficaz no Brasil, os estados
precisam desenvolver políticas sociais que causam mudanças estruturais no estilo de
vida da população, diminuindo a desigualdade social e melhorando adesão da população
aos cuidados implementados.
130
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