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Silvia Maria Pereira 56

CAPITULO 5. TREINAMENTO HIPERTROFICO, SARCOPENIA


E CLIMATERIO

Silvia Maria Pereira training, stretching, gym located among others.


Physical evaluation was performed before and after
FMU, SP, Brasil 5 months of training, comprising: girth, body
composition, postural assessment, cardiorespiratory
semiramis_show@hotmail.com
fitness, flexibility, abdominal. We compared the
Estudo de caso results of the physical evaluations before and after
training, from calculations /results provided by the
RESUMO Physical Test program, presented in tables and
graphs
A perda de massa muscular (sarcopenia) associada
ao envelhecimento é um processo progressivo e Keywor ds: Training, sarcopenia, postmenopausal,
causa redução da força muscular. O treinamento woman.
hipertrofico é um importante interventor na
sarcopenia, para um envelhecimento sadio e INTRODUÇÃO
independente (ORSATTI e tal 2006). O objetivo
geral deste estudo de caso foi a diminuição do Toda mulher, independente de
percentual de gordura, ganho de massa muscular e nacionalidade, cultura ou classe sócio
qualidade de vida. Como objetivo específico, ganho econômica em que esteja inserida, passará
de massa muscular na região dos glúteos e MMII pelo período Climatério, fase que envolve
(diminuição no processo de sarcopenia). Para tanto, a parada de função reprodutora da mulher,
foi submetido ao treinamento personalizado, de modo progressivo com a diminuição da
indivíduo do sexo feminino, com idade de 51 anos, fertilidade por meio das perdas na
o treinamento que teve duração de cinco meses, foi produção hormonal, perda de massa
composto por diversas modalidades. Foi realizada muscular (sarcopenia) entre outras. Esse
avaliação física pré e pós­treinamento. Os processo de perda tem inicio por volta de
resultados foram apresentados em forma de tabelas 35 a 45 anos e continua no decorrer da
e gráficos. vida. O período seguinte é conhecido como
Palavr as­chave: Treinamento, sarcopenia, menopausa onde ocorre a cessação da
climatério, mulher. menstruação. Para perda hormonal
algumas recorrem ao tratamento
ABSTRACT medicamentoso TRH, para perda de massa
muscular se faz necessária a pratica de
The loss of muscle mass (sarcopenia) associated atividade física resistida. Segundo MORI e
with aging is a progressive process and causes
COELHO (2004) a menopausa é um
reducing of muscle strength. Thehypertrophic
evento muito marcante na fase da meia
training is an important intervenor in sarcopenia,
idade, e não deve ser visto como doença e
for a healthy aging and and independent (and such
sim como mais uma etapa natural da vida
Orsatti 2006). The aim of this case study was the
das mulheres.
decrease in fat percentage, increase in muscle mass
and quality of life. Specific objectives were to gain Embora a sarcopenia seja multifatorial, a
muscle mass in the region of the buttocks and lower
diminuição da atividade física, o aumento
limbs (decrease in the process of sarcopenia).
nos processos catabolicos e as alterações
Therefore, it was subjected to personal training,
nos hormônios de crescimento e sexuais
individual female, aged 51 years, the training had
tem um importante papel predisponente.
duration five months, consisted of classes in weight

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Existem também os fatores psicossociais crescimento e sexuais tem um importante


que atingem boa parcela das mulheres, papel predisponente. O treinamento
principalmente nessa fase da vida. É como hipertrófico é um importante interventor na
se o fato de envelhecer não fizesse mais sarcopenia, melhorando a habilidade física
parte da vida, está fora de moda. Por outro pelo aumento gradativo da massa
lado, há uma enorme oferta para resolução muscular, que contribui para o
imediata do problema de perda de massa desenvolvimento de força muscular,
muscular e flacidez, gorduras localizadas importante para um envelhecimento sadio
como: implantes de silicone no glúteo, e independente. Mostra­se como uma
panturrilhas, nos braços na região triceps e intervenção efetiva, segura e benéfica à
bíceps, lipoaspiração, entre outras. O fato é saúde da mulher na pós­menopausa
que muitas mulheres saudáveis, que (ORSATTI Et al. 2006).
poderiam estar praticando atividade física,
estão recorrendo a procedimentos
cirúrgicos.
O Principal objetivo de TREVISAN (2006)
Estudos como de CALLE Et al. (2003) foi avaliar o efeito do treinamento com
realizado com indivíduos do sexo peso sobre indicadores da composição
feminino, no período pós menopausa, corporal, bioquímica, plasmática e gasto
demonstrou que por meio do treinamento energético de repouso de mulheres na pós­
com peso, teve como resultado um ganho menopausa. Para tanto foram estudadas 30
médio de 1kg de massa muscular e perda mulheres na pós­menopausa (FSH maior
média de 1,200kg de massa gorda. Além que 40mil/ml) com idade entre 45 e 70
disso, a atividade física contribui de anos. Foram separadas em dois grupos GT:
diferentes formas para a melhora da treinamento e GC: controle, cada grupo
condição clínica geral e mental da mulher com 15 indivíduos, avaliou­se IMC e por
nessa fase. meio de impedância bioéletrica (percentual
de gordura corporal) e massa muscular. As
REFERENCIAL TEÓRICO mulheres do GT foram submetidas a um
programa supervisionado de treinamento
SARCOPENIA, CLIMATÉRIO E com pesos durante 16 semanas, 3x/semana.
EXERCÍCIOS RESISTIDOS O grupo treinado apresentou aumento da
massa corporal de 1,8Kg, massa muscular
A perda de massa muscular (sarcopenia)
2,0Kg e massa livre de gordura 1,4Kg, sem
associada ao envelhecimento é um
alteração da bioquímica plasmática. Na
processo progressivo e causa redução na
comparação entre os grupos houve
força muscular, contribuindo para
diferença significante na variação de GER
diminuição funcional e inabilidade física,
(aumento de 8,4%) e de massa muscular
particularmente em mulheres. Estima­se
(aumento de 10,6%) em relação ao GC. O
uma redução de 6% na massa muscular por
treinamento com peso foi efetivo no
década de vida a partir dos 50 anos e de
aumento do tecido magro e do gasto
15% na força muscular entre a sexta e
energético de repouso, independentemente
sétima décadas. Ao limitar a capacidade
de mudanças bioquímicas laboratoriais.
física, a sarcopenia predispõe a riscos de
queda, fratura e dependência física, com Estudos como de CALLE Et al. (2003)
repercussão na qualidade de vida para realizado com 18 indivíduos do sexo
mulher. Embora a sarcopenia seja feminino, no período pós menopausa, após
multifatorial, a diminuição na atividade realizarem exames médicos gerais, dobras,
física, o aumento nos processos catabolicos perimetria e espirometria, foram liberadas
e as alterações nos hormônios de para atividade física resistida. Ao final do

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treinamento com peso, que teve a duração vida saudável. A Atividade física contribui
de 4 meses/3 vezes por semana, teve como de diferentes formas para a melhora da
resultado um ganho médio de 1kg de condição clínica geral e mental do idoso
massa muscular e perda média de 1,200kg deprimido, com redução dos níveis de
de massa gorda. Além disso, a atividade hipertensão arterial, melhora da capacidade
física contribui de diferentes formas para a pulmonar, ganho de força muscular,
melhora da condição clínica geral e mental melhora o desempenho das articulações,
da mulher nessa fase. elevação da autoestima com redução dos
níveis de depressão, das relações
O “Menopausa em Forma” é um programa psicossociais e estimula às funções
de promoção do exercício e da saúde de cognitivas, a atividade física regular deve
mulheres pós­menopáusicas, promovido ser considerada como uma alternativa não
pela Universidade de Trás­dos­Montes e farmacológica do tratamento do transtorno
Alto Douro (vila Real – Portugal) e que depressivo. Este estudo teve duração de
pretende demonstrar a eficácia de um seis meses e foi realizado com três grupos
programa de exercícios na melhoria da de estudos, um primeiro grupo fez uso de
saúde cardiovascular, na aptidão física e medicamento (GM), o segundo apenas
funcional, no risco de queda e na exercício físico (GE) e o terceiro
sintomatologia do Climatério. Trata­se de combinado exercício físico e medicamento
um estudo randomizado, envolvendo 300 (GC), os três grupos apresentaram
mulheres com amenorreia permanente e resultados semelhantes, com redução dos
incluindo um número vasto de avaliações. níveis de depressão, os (GM) mostrou uma
O programa de exercícios físicos envolve 3 resposta inicial mais rápida, após seis
componentes, Step, musculação e meses seguintes a pesquisa os sujeitos do
flexibilidade/controle postural, sendo (GE) apresentam menor taxa de recaída
apresentadas as linhas orientadoras do que os sujeitos do (GM) o que conclui o
mesmo, em função dos objetivos definidos efeito real da atividade física.
para a investigação, (MOREIRA 2008).
NUNOMURA ET al. (2004) teve como
O estudo de STELLA Et al. (1998) conclui objetivo analisar o nível de estresse após
que cerca de 8,6% da população total doze meses de prática regular de atividade
Brasileira, é constituída de indivíduos com física, pois na atualidade o estresse é
mais de 60 anos, o aumento desta considerado uma patologia que atinge uma
população está associado á prevalência grande população, o estresse tem sido
elevada de doenças crônico­degenerativas, enfatizado por ser considerada a “doença
entre elas as que comprometem o sistema do século” como consequência da
nervoso central, particularmente a somatória de fatores intrínsecos e
depressão. Neste estudo foi relacionada à extrínsecos ao indivíduo.
contribuição da atividade física para idosos
com depressão, esta condição de Para tanto o estudo comparou o nível de
enfermidade mental coloca o indivíduo em estresse de dezesseis indivíduos após a
risco de vida e nem sempre é prática regular de atividade física no
diagnosticada. período de doze meses, o nível de estresse
foi avaliado utilizando­se questionário: (a)
O envelhecimento normal pode apresentar ficha de dados pessoais, (b) inventário de
lentificação nos processos mentais, mas qualidade de vida, (c) inventário dos
isto não representa perda de funções sintomas de estresse, (d) inventário de
cognitivas, envelhecer não deve ser autoprodução de estresse/modo de pensar,
sinônimo de adoecer, especialmente (e) inventário de autoprodução de
quando as pessoas desenvolvem hábitos de estresse/modo de agir, e (f) questionário de

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atitudes. Na análise estatística foi utilizado eficiente estímulo para o aumento da


o teste “t” de Student. Estudos indicam que massa óssea, influenciando fatores de risco
a participação dos fatores psicológicos é relacionados com osteoporose. Com o
fundamental para o desenvolvimento da objetivo de investigar o efeito do TR na
atividade física, existe uma relação muito prevenção dos fatores de risco para
estreita entre atividade física, saúde e osteoporose primária do tipo I,
qualidade de vida. O Conteúdo do relacionados a quedas (força muscular)
programa de estudo inclui atividade como DMO nos sítios de maior ocorrência de
caminhada, atividades rítmicas, jogos, fraturas. Foi realizado um estudo de
capoeira, atividades aquáticas, revisão dos trabalhos mais recentes,
alongamento, atividades sociais como melhor elaborados, com controle mais
passeios, musculação entre outros. Os rígido da metodologia a partir da consulta
resultados revelaram que não houve em bases de dados que apresentavam alta
diferença significativa na qualidade de vida probabilidade de reunir os trabalhos de
em relação ao profissional/ aposentadoria, nosso interesse Foram encontrados vinte e
houve uma diferença numérica superior seis estudos que atenderam os critérios de
nas esferas social, afetiva e da saúde após inclusão, realizados nos países Alemanha,
doze meses de prática, em relação ao nível Austrália, Áustria, Canadá, China, Estados
dos sintomas de estresse, houve melhoria Unidos, França, e Japão, com um total de
se comparado à primeira avaliação. 2.300 mulheres com idades entre 40 e 92
anos. Intervenções com treinamento
Dentre os declínios funcionais do processo resistido apresentaram resultados
de envelhecimento, a redução de densidade estatisticamente significantes sobre a força
mineral óssea (DMO) assume particular muscular e a densidade mineral óssea nas
importância pelo potencial vértebras lombares, fêmur e em toda região
desenvolvimento da osteoporose e por do quadril. O treinamento resistido
elevar o risco de fraturas em ambos. A mostrou ser capaz de prover estímulo para
queda na produção dos estrogênios, aumentar a força muscular e a formação
característica do estágio de vida após a óssea, influenciando os fatores de risco
menopausa, é um fator que acelera a relacionados com osteoporose e quedas
redução de DMO. Isso faz das mulheres seguidas de fratura em mulheres no estágio
uma população especialmente suscetível, e de vida após a menopausa (JOVINE 2006).
da osteoporose primária do tipo I ­ ou após
a menopausa, um grande interesse para a Simão Et. al. (2008) cita que os exercícios
saúde pública. No Brasil, 10% da resistidos são eficientes para aumentar a
população feminina vivem um terço ou força, hipertrofia, potência e resistência
mais do total de anos de vida após a muscular, mas dependendo dos objetivos e
menopausa e a meta de assistência a essa das diferenças individuais, os padrões de
parcela inclui medidas com enfoque na prescrição podem variar bastante. Uma
mudança comportamental e investimento série de variáveis pode ser controlada na
de longo prazo na saúde. Uma das medidas prescrição dos exercícios resistidos, dentre
preventivas que destacamos é a atividade os quais podemos destacar a ordem dos
física, especialmente os exercícios que exercícios, o intervalo entre as séries e
desencadeiam contrações musculares sessões, a frequência semanal, o número de
contra alguma forma de resistência repetições e séries, e a intensidade das
externa, geralmente pesos. O treinamento cargas trabalhadas.
resistido (TR) quando praticado com
regularidade, pode aumentar a força CLIMATÉRIO, MENOPAUSA E
muscular com positivas repercussões na ASPECTOS ASSOCIADOS
proteção contra as quedas, além do
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A menopausa corresponde à cessação anos. Costuma­se esperar por um ano sem


permanente da menstruação, consequente à menstruação para considerar a fase pós­
perda da função folicular ovariana ou à menopausa. No passado a menopausa não
remoção cirúrgica dos ovários. A idade era motivo de especial preocupação, dada a
média para ocorrência da menopausa pequena proporção de mulheres que a
natural gira em torno de 50 anos. A atingiam. No sec.XVII, apenas 28% das
deficiência estrogênica decorrente da mulheres vivia o suficiente para alcança­la,
menopausa está associada com sintomas somente 5% ultrapassando os 75 anos.
vasomotores, atrofia urogenital, declínio Atualmente nos países mais desenvolvidos,
cognitivo, assim como a um aumento no 95% das mulheres chegam a menopausa e
risco de doenças crônico­degenerativas, 50% vivem além dos 75 anos (LOPES
aterosclerose e doença cardiovascular, 2008).
osteoporose e doença de Alzheimer.
Segundo VIEIRA (2005) cada época, do
A estrogenioterapia permanece sendo o seu jeito, influenciou a forma de agir e de
tratamento mais efetivo para o manejo dos pensar da mulher, o sujeito pós­moderno,
sintomas vasomotores e atrofia urogenital. aumenta sua interação com a máquina,
Em mulheres com útero presente, a enquanto a diminui com o gênero humano,
progesterona natural ou os progestogenios no Ciberespaço nasce um indivíduo sem
devem ser associados ao tratamento com corpo nem espírito, cada usuário define a
estradiol para antagonizar os efeitos sua identidade, o gênero, a personalidade,
proliferativos deste hormônio sobre o que podem corresponder ou não com a
endométrio e anular o risco de realidade, o que configura uma existência
hiperplasia/carcinoma endometrial. Por não corpórea, mas real, um sujeito virtual,
outro lado, em determinadas condições com esse anonimato a uma “liberdade”
clínicas, a terapia hormonal não é para a mulher moderna liberar suas
recomendada ou é mesmo contraindicada. fantasias sexuais, sentindo­se fortalecida
Neste caso uma das indicações seria em sua identidade feminina, nos bate­
atividade física resistida, (SPRITZER, papos virtuais não existe a repressão ou
2007). qualquer limite social, assim suas
identidades femininas são liberadas, seus
Esse estudo destaca a necessidade de comportamentos são livres das convenções
abranger o estilo de vida, valorizando sociais, por suas identidades serem falsas a
dieta, exercícios físicos, higiene mental e ausência de regras, aumenta a intimidade
também o tratamento com medicamentos, da mesma forma que o descompromisso.
quer hormonal, quer sem hormônios, Os nomes virtuais dominam a identidade
ressaltando a necessidade de da mulher, desse modo, os espaços
individualização das mulheres na fase que internautas cooperam para a fragmentação
chamamos de Climatério, fase que envolve e a negação da verdadeira identidade da
a parada de função reprodutora na mulher. mulher pós­moderna. No presente há uma
Inicia­se de modo progressivo com a supervalorização do corpo feminino, sendo
diminuição da fertilidade, por volta de 35 a tal, visto como sua identidade, para muitas
40 anos, dura até um ano após a cessação mulheres seu corpo é um privilégio, para
das menstruações (menopausa). Quando outras habitá­lo é uma “pena imposta” a
sintomático, abrange irregularidade aparência e a postura do corpo não são
menstrual, mudanças de textura de pele e adquiridas, mas construídas pela mulher,
da mucosa vaginal, aparecimento de ondas dependem do meio cultural a que estão
de calor, geralmente acompanhadas de agregadas, hoje para manter o corpo
sudorese. Considera­se normal a solicitado pela sociedade é comum
ocorrência da menopausa dos 40 aos 55 mulheres desenvolverem doenças, como a
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anorexia nervosa ou bulimia. A mulher da temperatura corporal, dependendo pode


contemporânea impõe­se na sociedade em estimular a liberação maior ou menor do
diferentes áreas, inclusive na sexual, mas hormônio melatonina.
ainda é muito comum ver nas famílias, que
as meninas devem ser reservadas, e os O exercício físico noturno, por exemplo,
meninos estimulados ao sexo, a saírem pode atrasar a liberação de TSH e
para festas ainda no inicio da adolescência, melatonina. A prática de exercício físico
desta maneira a sociedade constrói também tem uma eficácia muito importante sobre o
uma identidade sexual e não só social. No sono, é aceita como uma intervenção não
mercado de trabalho, por exemplo, existem farmacológica para melhoria do sono, e
profissões onde são mais aceitas pessoas mesmo assim poucos profissionais da área
do sexo masculino do que feminino e vice­ de saúde têm recomendado e prescrito o
versa, ainda hoje, mulher e homem exercício físico com este intuito. Deve­se
executando a mesma tarefa não recebem levar em conta a intensidade, duração,
salários iguais, sendo o do homem maior e indivíduo sedentário ou ativo e horário da
muitas vezes a mulher executa outra prática.
jornada ao chegar a sua casa.
Atualmente a osteoporose é a doença mais
A divisão do trabalho em todas as frequente do metabolismo ósseo. Diversos
sociedades humanas depende mais das nutrientes estão relacionados com a massa
condições culturais e menos das condições óssea, com destaque para o cálcio e a
sexuais, assim, a identidade feminina na vitamina D. Apesar de 80 a 90% dos
pós­modernidade assume postura estoques de vitamina D ser provenientes da
tipicamente capitalista, que consome e dita síntese cutânea, estudos mostram que
às leis do mercado, mas ainda é certo que a mesmo em países ensolarados a deficiência
influência do discurso masculino na de vitamina D é muito comum.
construção da identidade da mulher da pós­ Considerando que a dieta da população
modernidade é ainda extremamente forte, brasileira tem se mostrado muitas vezes
pois o poder representado por este gênero é inadequada com relação ao consumo do
concreto e estabilizado ao longo do tempo cálcio e vitamina D, a suplementação
e de difícil desconstrução e mudanças desses componentes pode ser necessária
(VIEIRA 2005). em indivíduos que apresentam deficiência
no metabolismo do cálcio e osso. O
O estudo de MELLO ET al. (2005) objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito
relacionou o exercício físico e os aspectos da suplementação de cálcio e vitamina D
psicológicos. Os primeiros estudos a em marcadores bioquímicos do
respeito surgiram na década de 70, tendo metabolismo ósseo de mulheres na pós­
como modelo exercício aeróbio e suas menopausa com osteoporose. Foram
repercussões sobre o humor e a ansiedade, avaliadas 64 mulheres com osteoporose na
esses estudos demonstraram vários pós­menopausa randomizadas em dois
benefícios que a prática de exercícios grupos: Grupo 1 Suplementação de cálcio
físicos trás, contudo foram realizados com (1200mg/dia) e vitamina D3 (400UI ou
recursos e equipamentos escassos. O ser 10µg/dia); Grupo 2 Controle. No início do
humano tem um ritmo biológico diário que estudo foi realizada a densitometria óssea
controla muitas funções fisiológicas, este (DXA) para diagnóstico da osteoporose e
ritmo influenciado pelo exercício físico, avaliação da composição corporal
pode ser alterado, como por exemplo, as (PEREIRE 2008).
alterações hormonais e o ciclo sono­vigília,
dependendo do horário que o exercício é O estudo de LORENZI Et al. (2006) foi
realizado, podem influenciar no aumento avaliar a qualidade de vida de mulheres na

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pós­menopausa. Estudo transversal de 323 informativo relacionado com sigo mesmo e


mulheres pós­menopáusicas com idade exerce uma função de auto regulação.
entre 45 e 60 anos atendidas em um NIEDENTHAL e BIKE (1997) citada por
serviço universitário de atenção ao TAMAYO (1993) descrevem o
climatério entre Junho e Outubro de 2002. autoconceito como as representações
A qualidade de vida foi avaliada através do mentais das características pessoais
Women's Health Questionnaire. Na análise utilizadas pelo indivíduo para a definição
estatística, utilizou­se o teste t de Student e de si mesmo e regulação do seu
a análise de variância, seguidos de comportamento. São considerados três
regressão linear múltipla. A qualidade de componentes no autoconceito: primeiro o
vida se mostrou comprometida entre a avaliativo, que é denominado autoestima e
população estudada, em especial nos consiste na avaliação global que o
domínios relacionados a sintomas indivíduo faz do seu próprio valor, a
somáticos, humor deprimido e ansiedade. autoestima manifesta­se pela aceitação de
Por meio de análise multivariada, si mesmo como pessoa e por sentimentos
constatou­se que quanto menor a de valor pessoal e de autoconfiança,
escolaridade e a frequência da atividade constitui um dos determinantes mais
sexual, assim como a confirmação de importantes do bem estar psicológico e do
comorbidades clínicas prévias, piorem os funcionamento social.
índices de qualidade de vida. Em
contrapartida, atividade física regular se Segundo SALMIVALLI ET al. (1999,
associou a melhor qualidade vida. A apud TAMAYO, 2001, p. 158) o auto
terapia hormonal, em particular, não se conceito é influenciado por muitas
associou à qualidade de vida. A qualidade variáveis de natureza diversa,
de vida mostrou­se comprometida neste predominando aquelas com base relacional
estudo, sendo influenciada tanto por e social. Para o adulto a atividade física
fatores biológicos, quanto por fatores pode ser procurada e/ou desejada pelo
culturais e psicossociais. Possivelmente, as sujeito, mas é frequentemente imposto,
mulheres atribuem à menopausa eventuais com horário fixo, infraestrutura adequada e
sintomas decorrentes de comorbidades professor ou instrutor designado, tem que
clínicas ou dificuldades emocionais abrir espaço em sua agenda. A amostra
prévias, distorcendo a sua percepção desta pesquisa foi composta por 200
acerca desta etapa de suas vidas. Neste pessoas com idade acima de 40 anos, em
sentido, a escolaridade contribuiu para uma média 46,12 anos, de ambos os sexos,
maior compreensão das mudanças sendo que metade praticava regularmente
corporais dessa fase, reduzindo os níveis algum tipo de atividade física e a outra
de ansiedade e estimulando o auto cuidado. não. Foram avaliados seis fatores: atitude
A sexualidade mostrou­se igualmente um social, autoconfiança, autocontrole, self
aspecto importante da qualidade de vida no ético­moral, self somático e receptividade
climatério. social. A autoconfiança é uma exigência
básica para o exercício da atividade física
A pesquisa de TAMAYO Et al. (2001) profissional, para o sucesso para construir
teve como objetivo estudar a influência da uma ponte entre família e a sociedade, no
atividade física regular de homens e contexto cultural estas eram funções mais
mulheres de mais de 40 anos sobre o seu características do homem. Por outro lado
autoconceito, segundo a autora o as mulheres participantes foram
autoconceito pode ser definido como uma possivelmente, socializadas com foco para
estrutura cognitiva que organiza as sustentar a unidade e a harmonia da família
experiências passadas do indivíduo, reais através da consistência moral e ética.
ou imaginárias, controla o processo Como resultado a atividade física teve
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efeito principal sobre os fatores em um inquérito, realizado em uma


autoconfiança, self ético­moral, self amostra probabilística das mulheres do Rio
somático demonstraram efeitos positivos de Janeiro, que aferiu de peso e altura nos
de caráter psicológico e social através de domicílios e avaliou a atividade física,
modificações, reais ou imaginárias na ética através de entrevista. A população
do corpo. O simples fato de praticar estudada consistiu de 1.506 mulheres que
atividade física com regularidade pode foram pesadas e medidas no domicílio. O
promover na pessoa o sentimento ou a risco de sobrepeso (IMC >25kg/m2)
impressão de que seus objetivos tenham associado à menopausa, em modelo de
sido ou estão sendo atingidos. Assim a regressão logística ajustado para idade,
atividade física além dos benefícios atividade física e tabagismo foi de 1,66
corporais provocaria uma percepção mais com intervalo de confiança de 95% de
positiva do próprio corpo. Quando 1,14­2,41. Os resultados mostraram, ainda,
comparados os dois grupos, praticantes e que a escolaridade e a renda associaram­se
controle percebeu­se que o grupo ao sobrepeso somente entre mulheres sem
praticante possui mais autoconfiança, menopausa, e que o efeito do tabagismo foi
autocontrole e estão mais adaptados a maior entre mulheres na menopausa.
normas éticas e morais da sociedade. Concluiu­se que a associação entre
menopausa e sobrepeso não é explicada
O aumento da prevalência de sobrepeso e pela idade ou inatividade física, e que
obesidade tem se mostrado crescente, parece haver um efeito teto para as
particularmente no sexo feminino, em mulheres já obesas antes da menopausa.
vários países, inclusive no Brasil (1­3). Somente estudos longitudinais permitirão
Diversos fatores estariam envolvidos nesta esclarecer esta hipótese. A atividade física
chamada epidemia desde uma possível regular contribuiu para a preservação da
predisposição genética, cujo mecanismo é massa muscular e da flexibilidade articular,
pouco claro, quanto a outros reduzindo a intensidade dos sintomas
determinantes, como: idade e sexo, número somáticos e levando a uma sensação de
e intervalo entre as gestações; maior bem­estar no climatério. O exercício
determinantes socioculturais, como: renda físico não somente aumenta a secreção de
e escolaridade, e comportamentais, b­endorfina hipotalâmica, aliviando as
incluindo fumo e atividade física. A ondas de calor e melhorando o humor,
obesidade na Peri menopausa atinge, como aumenta a densidade mineral óssea,
aproximadamente, 60% das mulheres. diminui a frequência cardíaca de repouso,
Contudo, associar esta obesidade à melhora o perfil lipídico e normaliza a
menopausa é difícil, pois vários são os pressão arterial. Por fim, a atividade física
fatores que acompanham a menopausa, melhora a imagem corporal, aumentando a
sendo um dos mais importantes à redução autoestima feminina (SICHIERI 2001).
da atividade física. Há uma relação inversa
entre índice de massa corporal e atividade OBJ ETIVOS
física. Os resultados de trabalhos que
estudaram a menopausa como fator de O objetivo geral deste estudo de caso foi à
risco para o sobrepeso é contraditórios e diminuição do percentual de gordura,
nenhum deles controlou o efeito da ganho de massa muscular e qualidade de
atividade física. Entre as mulheres vida. Como objetivo especifico, ganho de
brasileiras não foi encontrado nenhum massa muscular na região dos glúteos e
estudo que discutisse o efeito da MMII (diminuição no processo de
menopausa como fator associado ao sarcopenia).
sobrepeso. Neste estudo, explorou­se a
associação entre menopausa e sobrepeso
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O estudo justifica­se pela necessidade de repetições 30” de pausa, três vezes na


estar divulgando a importância do semana, abdominal 3 x 10 com frequência
treinamento físico personalizado nos de duas vezes na semana e 20min
aspectos físicos e terapêuticos, já que foi caminhada(esteira) antecedendo a
possível notar uma melhora de humor. musculação.

AMOSTRA Quarta e quinta semana de treinamento:


Nesta amostra foi treinado indivíduo do Segunda feira: 5min Caminhada 5km/hr e
sexo feminino, ensino superior completo, 5min trote 6,3km/hr (esteira); 40min
não fumante, utilizando medicamento para musculação alternado por segmento e
controle de PA, com 51 anos de idade, 30min de Alongamento.
aposentada (bancária), passou por três
gestações, sendo aos 27, 29 e 33 anos Terça feira: 40min Caminhada 5km/hr
aumentando o peso em 9 kg em média por (esteira).
gestação, estando agora no período
Quarta feira: 30min Musculação
Climatério. Praticante de ginástica
(glúteo/perna) flexão de braços /30min de
localizada coletiva a 1 ano e 4 meses (sem
Alongamento geral.
alterar V. ou I. dos exercícios) com
frequência média de 2 a 3 vezes/semana. Quinta feira: 40min Caminhada 5km/hr
Peso no inicio do treinamento de 52,50Kg (esteira).
e 146,00cm de estatura.
Sexta feira: 40min Musculação alternada
TÉCNICA DE COLETA DE DADOS por segmento e 30min de Alongamento.
Foi realizada avaliação física pré­ Período de férias de 20 de Dezembro a 04
treinamento em 18/11/2008 e pós­ de Janeiro 2009.
treinamento em 02/04/2009 – avaliação
postural, composição corporal, perimetria As duas primeiras semanas de Janeiro (de
Protocolo de Pollock 7 dobras, capacidade 05 a 17/01) repetição do treinamento
cardiorrespiratória Protocolo máximo de inicial aumentando o volume na
Balke, testes de flexibilidade, força musculação.
abdominal e flexão de braços (Physical
Test). O treinamento consistiu em: As duas semanas seguintes (19 a 31/01)
musculação, alongamento, ginástica repetição do treinamento da quarta e quinta
localizada, caminhada e corrida na esteira. semana.

ANÁLISE DE DADOS Esporadicamente ocorreram corridas e


caminhadas aos Sábados no Parque do
Foram comparados os resultados das Ibirapuera, o que proporcionou
avaliações físicas de pré e pós­treinamento, aproximação entre treinador e aluna.
a partir de cálculos/resultados fornecidos
pelo programa Physical Test. Resultados Fevereiro e Março 3 vezes/semana
apresentados em forma de gráficos e musculação: treinamento hipertrófico com
tabelas. cargas de choque e recuperativas,
dividindo os treinos por grupamento
TREINAMENTO muscular e 2 vezes/semana aeróbico 30min
caminhada a 5km/hr (esteira). Foi
As três semanas iniciais foram de solicitado ao indivíduo controle alimentar
adaptação a musculação, método continuo durante o treinamento, evitando a ingestão
constante, alternado por segmento 2 x 12 de doces (chocolates), frituras, produtos

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industrializados e maior ingestão de frutas, Abdominal 25 23 ­2


verduras, legumes e sucos naturais. Coxa 20 17 ­3
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Tabela 1­ Per ímetr os (em centímetros) Pr otocolo de Pollock
(7dobras)
INDICADO RES PR É D E PÓS D E ≠ D E

Tór ax 94cm 96cm


2cm
+
É possivel perceber maior perda de
Cint ura 80cm 77cm
3cm
­
gordura, nas dobras das regiões axilar­
Abdome 89cm 87cm
2cm
­
média e pernas, e menor na região
Q ua dril 92cm 94cm
2cm
+
abdominal que inclui supra­ilíaca. Quando
Antebraços 23,5cm 23cm 23,5cm 23,5cm 0,5cm+
comparamos a pesquisa com estudos de
Br aços 27cm 26cm 26,5cm 27cm 0,5cm­ 1cm +
SCHIERI (2001) onde o autor relata o
Coxas 52cm 52cm 54cm 54cm 2cm + 2cm +
aumento do peso no período de
Pa nturr ilha s 31cm 31cm 31,5cm 31,5cm 0,5cm+ 0,5cm+
perimenopausa e a dificuldade de perda de
D= membro d ir eito E= membro esquerdo pr é= pr é t este pós= pós teste
gordura na região abdominal, confirmamos
esta dificuldade.

Pr otocolo de Pollock Tabela 3 – Capacidades Condicionais


Como resultado na diminuição do Pré­ Pós­
percentual de gordura, podemos notar na Capacidades teste teste Diferença
tabela 1 diminuição nas medidas de
cintura (­3 cm) e abdómen (­2 cm); na 45
região toraxica um aumento de 2 cm sendo Flexibilidade 43 cm cm 2 cm+
uma das regiões de maior diminuição no
percentual de gordura, como podemos Abdominais 19 26 7+
observar na tabela 2 (­5mm) isso se deve
ao ganho de massa muscular; na região dos Flexão de
braços e antebraços há melhora nas br aços 27 34 7+
diferenças em cm. Nos MMII (membros
inferiores) e Glúteo que foram objetivos
específicos do trabalho, podemos observar Podemos observar na tabela 3, ganho na
aumento na região do quadriceps de +2 cm força e resistencia muscular, quando
e Glúteo +2 cm, o treinamento comparamos o número máximo de
caracterizou­se por treinamento de choque repetições realizadas em um minuto
(observando as respostas de percepção de (Pollock, Wilmore e Fox, 1994), tanto para
força e dor muscular do individuo) a repetições abdominais quanto para flexão
estética será possível observar em anexo. de braços, percebemos no pós teste um
aumento de 7 repetições na realização de
Tabela 2 – Dobras Cutaneas % de abdominais e 7 na flexão de braços. Na
gordura capacidade flexibilidade (teste sentar e
alcançar, fonte: Heyward, 1998) a diferença
DOBRAS PRÉ PÓS DIFERENÇA não foi relevante. Ao termino do pós­teste
Sub­ foi possível notar um estado menos
escapulas 20 18 ­2 ofegante que ao final do pré­teste,
Tricipital 16 14 ­2 confirmando melhora na capacidade
Peitoral 10 10 cardiorrespiratória.
Axilar­média 25 20 ­5 A capacidade cardiorrespiratoria é a
Supra­iliaca 23 21 ­2 quantidade de oxigénio que um individuo

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consegue captar e metabolizar durante a em 1 kg, aumentou em 1,740Kg em massa


atividade física, como podemos observar muscular e diminuiu seu percentual de
essa capacidade foi melhorada de 27,20 gordura de 27,95 para 26,04 (pós). Hoje o
ml/kg/min no pré teste para peso atual do indivíduo é de 53,500Kg e a
31,18ml/kg/min no pós teste, a frequencia indicação do programa é para 51,390Kg.
cardiaca de repouso que era de 80bpm Lembramos que os testes realizados são
(batimentos cardíacos por minuto) caiu de forma indireta, assim sendo para uma
para 60bpm, quanto menor a frequencia melhor precisão se faz necessário de
cardiaca de repouso mais treinado está o forma direta.
individuo. A carga máxima passou de
94watts para 114watts e o tempo de 7
min. Para 8min. e 10 seg.

Pós­teste (avaliação fisica)

Prés­teste avaliação fisica CONCLUSÃO


composição corporal Há uma crescente preocupação com a
52,50 =peso atual; qualidade de vida associada ao bem estar
23,00=percentual de gordura físico e mental. Quando pensamos que a
ideal; estimativa de vida da maioria das pessoas,
e principalmente das mulheres chegará por
27,95=percentual de gordura volta dos 80 anos, essa preocupação
atual; aumenta. Os avanços ocorridos,
14,67=peso gordo Kg; principalmente na área de ciências
37,83=peso magro Kg; humanas, trouxeram aos profissionais de
saúde não somente a necessidade de um
49,13=peso ideal Kg. maior conhecimento acerca dos
sentimentos e percepções corporais dos
Assim como no estudo de CALLE ET al. indivíduos, sobre as suas condições de
(2003) ao final do treinamento com peso, saúde, como de mensurar o impacto de
que teve a duração de 4 meses/3 vezes por eventuais intervenções na sua vida.
semana, teve como resultado um ganho Através do treinamento personalizado,
médio de 1kg de massa muscular e perda aeróbico e hipertrofico realizado com o
média de 1,200kg de massa gorda. Ou indivíduo foi possível alcançar os
seja, o indivíduo estava com percentual de objetivos gerais e específicos.
gordura 4,95 acima do indicado como Principalmente na região dos glúteos que
ideal, o peso 3,630Kg acima do ideal. tinham uma aparência que incomodava o
Quando comparamos com o pós­ individuo em suas relações sociais e
resultado, percebemos que o individuo afetivas (ficar de biquíni na presença de
mesmo tendo aumentado seu peso total amigos, ficar exposta ao parceiro). Essa

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região ficou com aparencia rejuvenescida MELLO MT, BOSCOLO RA, ESTEVES
e principalmente proporcionou ao AM e TUFIK S. O Exercício Físico e os
indivíduo, melhora no humor e melhor aspectos psicológicos. Revista Brasileira
relacionamento socioafetivo. de Medicina do Esporte. V.11, n.3, p.1­
“Estima­se que 50% a 70% das mulheres 14, 2005.
climatéricas manifestem sintomas MOREIRA MHR. Menopausa em forma:
somáticos e dificuldades emocionais. As Programa de Promoção do Exercício e da
reações emocionais no climatério parecem saúde em Mulheres Pós­menopáusicas.
ser particularmente influenciadas pelas Centro de Referencia de Documentação
atitudes em relação à menopausa, sendo sobre o Envelhecimento SHAPE. p.181­
menos intensas entre as mulheres que 201, 2008. Disponível em: <
associam a menopausa à maior http://bases.bireme.br> acesso em 15 jan.
maturidade e autoconfiança. Todavia, para 2009.
as mulheres que conseguem MORI ME e COELHO VLD. Mulheres
redimensionar novas perspectivas de corpo e alma: aspectos biopsicossociais
existenciais, o climatério é acompanhado da meia­idade feminina. Revista
de sintomas mais intensos, maior psicológica: Reflexão e Crítica . V.17, n.2,
irritabilidade, ansiedade, depressão e até p.1­18, 2004. Disponível em: <
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ANEXOS
Pr é ­ Teinamento Pós­treinamento

Pr é ­ Teinamento Pós­tr einamento

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