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Aline Alves 2020.

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TÉCNICA DE PREPARO E RESTAURAÇÃO DE 
Inserção do material na cavidade: porta
CLASSE I EM AMÁLGAMA amálgama e pote dappen;
 Condensação (compressão) do amálgama: uso
O amálgama é um dos materiais
de condensadores. Ligeiro excesso.
restauradores mais indicados para dentes
o A primeira porção do amálgama deve ser
posteriores, apesar da falta de estética e grande
condensado em direção à parede pulpar;
controvérsia que envolve o mercúrio.
o Sob pressão de condensação vigorosa, o
Seu grande sucesso clínico pode ser
excesso de mercúrio aflora à superfície da
atribuído, principalmente, a diminuição da
massa de amálgama, e deve ser removido com
infiltração marginal na interface dente-restauração,
o auxílio do próprio condensador;
que ocorre com o passar do tempo. Facilmente colocado
na cavidade, com o A segunda condensação em diante deve ser
capacidades mecâ-
 Tipos de Classe I: nicas de resistir às
realizada em direção às paredes circundantes,
 Simples: envolve apenas face oclusal; forças da mastigação. realizando uma pré-escultura.
 Composta: face oclusal e lingual ou vestibular.  Escultura: tomando por base as vertentes de
 Etapas: cúspides e as cristas marginais.
 Preparo e Restauração. o Instrumentais:
 Técnicas de preparo (Classe I Simples):  Esculpidor Hollemback n° 3s;
 Forma de contorno: envolve as áreas  Cleóide e Discóide (caiu em desuso);
susceptíveis a carie, preservando as estruturas  Instrumentos de Frahn.
de reforço do dente. É necessária tomar todas as precauções para evitar descobri as
margens cavitárias, gerando uma nova cárie.
o Com a broca n° 245 colocada na fossa central, Sulcos muito profundos podem enfraquecer a restauração.
inicia-se o preparo com uma pequena
inclinação para a distal; o Brunidura:
o Com a broca paralela ao longo eixo do dente,  Iniciada depois da cristalização;
movimenta-se de mesial para distal, ao longo  Utiliza-se o condensador de Hollemback ou
do sulco central; Quanto mais convergente para a oclusal, melhor. brunidor com ligeira pressão, no sentido do
o Profundidade: metade da ponta ativa da broca; centro da restauração para as margens.
o Largura igual que o diâmetro da broca – ¼ da  Acabamento e polimento: após 48h do término
distância entre os vértices das cúspides; da escultura.
o Paredes vestibular e lingual: broca deve  Técnicas de preparo (Classe I composta):
permanecer paralela ao longo eixo do dente,  Forma de contorno:
preservando as cristas; Sulco em formato de cruz. o Envolve-se a extensão total do sulco lingual,
o Parede mesial e distal: inclinação da broca na sem invadir a ponte de esmalte da face oclusal
altura das paredes mesial e distal. que une as cúspides mesiolingual e
 Forma de resistência e retenção: distovestibular;
o A parede pulpar: plana e perpendicular ao o Penetra-se com a broca na fossa central,
longo eixo do dente; ligeiramente inclinada para a lingual;
o Cavidades: paredes vestibular e lingual o Profundidade: aproximadamente metade da
convergentes para a oclusal, ou paralelas e ponta ativa da broca;
ângulos diedros arredondados. Evitar fraturas. o Movimenta-se a broca para lingual,
o Não há necessidade de retenções adicionais. acompanhando o sulco distolingual da face
 Profundidade > abertura vestibulolingual ou oclusal.
vestibulopalatina.  Forma de resistência e retenção:
o Manutenção da cúspide distolingual íntegra
Regra geral: se a profundidade for maior que a abertura
(sem invadir as vertentes);
vestíbulo-lingual, ela por si só será retentiva.
o Preservação da ponte de esmalte;
o Acabamento da cavidade: utilizando a broca o Arredondamento do ângulo áxio-pulpar;
o Profundidade da caixa oclusal maior que a
245, não há necessidade de acabamento. Não
largura;
se deve realizar bisel no ângulo cavo-
o Retenções adicionais na caixa lingual  broca
superficial. Apenas restaurações estéticas anteriores.
n° 699 ou esférica ¼.
 Técnica de restauração:  Acabamento da cavidade:
o Acabamento das paredes circundantes (caixa
 Isolamento absoluto: elemento à distal até
canino oposto; língua)  recortador de margem gengival.
 Trituração do amálgama: homogeneizar;
Matriz de Barton:
o Tira de matriz recortada de forma trapezoidal e
colocada entre o dente e a matriz já posicionada;
o Estabilizada por uma cunha de madeira e godiva
de baixa fusão.

 Técnica de restauração: Mesma usada para a


de Classe I simples. Mas, no lugar de começar
pela face oclusal, vai restaurar pela face
proximal, tornando Classe I simples e assim,
seguindo os passos dela.
 Condensação: iniciada pela caixa lingual, com
auxilio de condensador de Ward;
o Após o preenchimento da caixa lingual,
condensa-se o amálgama na caixa oclusal,
com ligeiro excesso;
 Escultura: na região oclusal é realizada com a
matriz ainda em posição, usando os mesmos
instrumentais da Classe I simples.
o Brunidura: após a escultura  brunidor oval
 Acabamento e polimento: após 48h do
término da escultura.
 Características da cavidade quando usa broca
245:
 Parede pulpar sempre plana, acompanhando
sempre a inclinação da ponte de esmalte;
 Paredes circundantes sempre convergentes pata
a oclusal;
 Angulos diedros: 2° GP  arredondados;
 Parede axial: plana mesiodistalmente,
acompanhando a inclinação da face lingual;
 Parede gengival: inclinada para a apical;
 Ângulo axio-pulpar arredondado;
 Ângulo cavo-superficil: nítido e sem bisel;
 Retenções adicionais em forma de sulco ou
canaleta na caixa língua;
 Cauda de andorinha na caixa oclusal, de modo
a envolver os sulcos secundários dessa fosseta
distal;
 Quando usar broca 556: todas as anteriores
devem ser levadas em consideração, porém:
 Paredes circundantes paralelas entre si;
 ângulos diedros do 2° GP deverão ser definidos.

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