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CURSO PEDAGOGIA
MODALIDADE PRESENCIAL
COORDENADOR MARIA LEMOS DA COSTA
DISCIPLINA
AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM
CARGA HORÁRIA: 75 HORAS
CRÉDITOS: 4.1.0.0
EQUIPE DE ELABORAÇÃO DO
CADERNO DE TEXTOS
Eusilene da Rocha Ferreira
PROFESSOR FORMADOR
Eusilene da Rocha Ferreira
PLANO DE ENSINO - 2023.2
1. IDENTIFICAÇÃO
CURSO: Pedagogia TIPO DE FORMAÇÃO: MUNICÍPIO DE REALIZAÇÃO: Batalha
1ª Licenciatura
DISCIPLINA: Avaliação da Aprendizagem T1 BLOCO: III
CARGA HORÁRIA: CRÉDITOS: 4.1.0.0 MODALIDADE: Presencial PERÍODO LETIVO:
75 h 2023.2
PROFESSOR(A) FORMADOR(A): Eusilene da Rocha Ferreira
2. EMENTA (Apresentar o resumo do conteúdo a ser abordado na disciplina conforme descrito no Projeto
Pedagógico do Curso - PPC)
Concepções de avaliação. Tipos, funções e características da avaliação. Avaliação na legislação
educacional brasileira e documentos oficiais. Critérios e instrumentos de avaliação da aprendizagem.
Subsídios para elaboração e aplicação dos procedimentos de avaliação de forma que subsidiem e
garantam efetivamente os processos progressivos de aprendizagem e de recuperação contínua dos
estudantes. Práticas avaliativas na Educação Básica.
Objetivo Geral:
Compreender a importância do estudo acerca da fundamentação teórico-epistemológica e metodológica
da Avaliação da Aprendizagem e sua relação com a prática docente e seus reflexos no processo ensino e
aprendizagem.
Objetivos Específicos:
Assumir uma concepção de avaliação a partir da análise de diferentes concepções de avaliação;
Refletir sobre a importância da avaliação no processo pedagógico como forma de
acompanhamento do desenvolvimento e da aprendizagem dos alunos, reconhecendo,
diferentes modos de avaliar os atores desse processo;
Refletir sobre princípios, características, funções e critérios da avaliação no processo ensino
aprendizagem;
Identificar os procedimentos e instrumentos de avaliação comumente utilizados na educação
básica;
Analisar instrumentos de avaliação da aprendizagem;
Elaborar instrumentos de avaliação da aprendizagem.
4. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO (Delimitar os conteúdos por unidades didáticas, com a divisão temática de
cada unidade)
1. Avaliação da Aprendizagem, Objetivos, Princípios e características no
Contexto educacional
1.1 Avaliação da aprendizagem no contexto histórico;
UNIDADE I 1.2 Avaliação da Aprendizagem no contexto da legislação educacional
brasileira e documentos oficiais;
1.3 Conceitos básicos em avaliação (teste, medida e avaliação);
1.4 Concepções de Educação, Ensino, Aprendizagem e Avaliação.
2. Objetivos, Princípios e Características da Avaliação
UNIDADE II 2.1 Avaliação e objetivo de ensino e aprendizagem;
2.2 Princípios, características, tipos e funções da avaliação.
RECURSOS: Equipamentos de mídia (notebook, data show, caixa de som, celular e outros); Material
impresso (textos), postites, cartolinas, papel madeira, pincéis anatômicos, fita adesiva, régua e/ou
outros.
6. PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM (indicar os procedimentos e instrumentos
avaliativos para mensurar qualitativa e quantitativamente o aprendizado do cursista, durante todo o
processo, segundo as normas previstas na Resolução CEPEX nº 463/2023 – CEPEX e na Resolução CEPEX
nº 411/2023, no que couber).
Observação: promover, pelo menos, uma avaliação escrita realizada individualmente, em
consonância com o § 2º do Art. 103 do Regulamento Geral da Graduação da UFPI
COMPLEMENTAR
BONAMINO, A.; SOUSA, S. Z. Três gerações de avaliação da educação básica no Brasil: interfaces com
o currículo da/na escola. Educação e Pesquisa. São Paulo, v. 38, n. 2 p. 373-388, abr./jun. 2012.
DEPRESBITERIS, Léa. Instrumentos de avaliação. As questões constantes da prática docente. Estudos
de Avaliação Educacional, São Paulo, Fundação Carlos Chagas, v. 4, jul/dez 1991. p. 119-133.
DUARTE, Carlos. Avaliação da Aprendizagem Escolar: como os professores estão praticando a avaliação
na escola. Revista Holos, ano 31, vol.8,2015.
HAYDT, Regina Celia Cazaux. Principios e Conceitos. In: Avaliação do processo Ensino-
Aprendizagem. 6. ed. São Paulo, Ática, 2008.
HAYDT, Regina Celia Cazaux. Um pouco da História da Avaliação. In: Diversificar é preciso:
Instrumentos e técnicas de avaliação de aprendizagem. São Paulo, Ed. Senac São Paulo, 2009.
HAYDT, Regina Celia Cazaux. Questões Dissertativas. In: A avaliação do processo ensino-
aprendizagem. São Paulo, Ática, 1995. p. 114-122.
HAYDT, Regina Celia Cazaux. Provas objetivas ou testes elaborados pelo professor. In: A avaliação do
processo ensino-aprendizagem. São Paulo, Ática, 1995. p. 95-113.
HOFFMANN, Jussara. Registros em avaliação mediadora. In: Avaliar para promover: as setas do
caminho. Porto Alegre: Mediação, 2001.
HOFFMANN, Jussara. Avaliação como mediação. In: Avaliação - mito e desafio: uma perspectiva
construtivista. 43. ed. Porto Alegre: Mediação, 2013.
HOFFMANN, Jussara. Avaliação na Educação Infantil?. In: Avaliação - mito e desafio: uma perspectiva
construtivista. 43. ed. Porto Alegre: Mediação, 2013.
HOFFMANN, Jussara. Avaliação Mediadora: uma prática em construção da pré-escola a
universidade. 32. ed. Porto Alegre: Mediação, 2012.
KHAN, Aamir. Como estrelas na Terra - toda criança é especial. Direção: Aamir Khan; Roteiro: Amole
Gupte, Estúdio/Distrib: Aamir Khan Productions; Índia, 2007, 140min. Disponível em:
https://youtu.be/SKyNA5M9GdU. Acesso em 25 de dez. 2023.
LEPRE, Rita Melissa; OLIVEIRA, Jamile de. Avaliação na Educação Infantil: por que, o quê e como
avaliar? Bauru, 2021. Disponível em: https://educapes.capes.gov.br/bitstream/capes/601655/2/
Avalia%C3%A7%C3%A3o%20na20Educa %C3%A7%C3%A3o%20Infantil.pdf. Acesso em: 20 de dez.
2023.
LUCKESI, Cipriano Carlos. Instrumentos de coleta de dados para a avaliação da aprendizagem na
escola: um olhar construtivo. In: Avaliação da Aprendizagem componente do ato pedagógico. –1.
Ed. – São Paulo: Cortez, 2011. p.335-376.
MENEGHEL, S. M. KRISCH, C. Concepções de Avaliação e Práticas Avaliativas na Escola: entre
possibilidades e dificuldades. In: IX Congresso Nacional de Educação- EDUCERE de 26 a 29 de outubro
de 2009; III Encontro Sul Brasileiro de Psicopedagogia. PUCPR. Anais.
PALACIOS, Carlos. Guia da ação avaliativa: estratégias de avaliação diagnóstica e formativa para uso
durante as aulas. Juiz de Fora: CAEd, 2021. Disponível em: https://movime ntopelabase.org.br/wp-
content/uploads/2021/02/guia-da-av-interativo.pdf.Acesso em: 20 de dez. 2023.
RODRIGUES, F. das C. A.; MOURA, M. da G. C. Avaliação da Aprendizagem e práticas avaliativas na
Modalidade Educação de Jovens e Adultos (EJA): revendo mitos, ritos, realidades. Rev. Debates em
Educação. Maceió, Vol. 9, nº 17, Jan./Abr. 2017. Disponível em https://www.researchgate.net
/publication/321959873_AVALIACAO_DA_APRENDIZAGEM_E_PRATICAS_AVALIATIVAS_NA_MODALIDA
DE_EDUCACAO_DE_JOVENS_E_ADULTOS_EJA_revendo_mitos_ritos_realidades. Acesso em 25 de dez.
de 2023.
RODRIGUES, Leandro. Avaliação Inclusiva: como avaliar um aluno com deficiência ou dificuldade de
aprendizagem. In: Instituto Itard. 20 de setembro de 2019. Disponível em https://institutoitard.
com.br/avaliacao-inclusiva-como-avaliar-um-aluno-com-deficiencia-ou-dificuldades-de-aprendizagem .
Acesso em: 25 de dez de 2023.
VILLAS BOAS, Benigna M. de F. Relatórios e pareceres: o que registrar? In: Virando a escola do
avesso por meio da avaliação. Campinas, São Paulo: Papirus, 2008. p.103-111.
CRONOGRAMA DE ATIVIDADES DA DISCIPLINA
IDENTIFICAÇÃO
TIPO DE FORMAÇÃO:
CURSO: PEDAGOGIA MUNICÍPIO DE REALIZAÇÃO: Batalha
1ª LICENCIATURA
DISCIPLINA: AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM T1 BLOCO: III
CARGA HORÁRIA: 75 H CRÉDITOS: : 4.1.0.0 MODALIDADE: PRESENCIAL PERÍODO LETIVO: 2023.2
C/H
ATIVIDADES TOT
UNID AL
ADE
CONTEÚDO PERÍOD
COMPLEM
PERÍODO
DIDÁ
ENTAR
O C/
C/H
Metodologia: Luckesi,
1.1 Avaliação da Cipriano Carlos. Luckesi, Cipriano
aprendizagem no Apresentação Avaliação da Metodologia: Carlos. Avaliação
contexto docente/discente Discussão aprendizagem da aprendizagem
histórico; do plano de curso. na escola: um Produção de mapas na escola: um ato
sexta- mentais, apresentação no
1.2 Avaliação da sexta- ato amoroso. In: amoroso. In:
Avaliação diagnóstica sobre feira mural da turma e
Aprendizagem no feira Avaliação da Avaliação da
19/01 4 Tarde 19/01 4
I contexto da a concepção dos cursistas aprendizagem Discussão do texto. aprendizagem 8H
Manhã /2024 H /2024 H
legislação diante da disciplina em escolar: estudo escolar: estudo e
(8 às (14 às Recursos: equipamentos
educacional estudo. (caderno de e proposições. - proposições. -- 1.
12) 18) de mídia, texto base,
brasileira e registros) - 1. ed. -- São ed. -- São Paulo:
mural, fita gomada, folhas
documentos Paulo: Cortez, Cortez, 2013.
Recursos: equipamentos de chamex e outros.
oficiais; 2013.
mídia, texto base, mural,
postite; fita durex e outros.
C/H
ATIVIDADES TOT
UNIDA AL
DE PERÍOD
CONTEÚDO PERÍOD
DIDÁTI O
CA O RECURSOS
DATA C/H REFERÊNCIAS COMPL DATA C/H RECURSOS DIDÁTICOS REFERÊNCIAS
INTENS DIDÁTICOS
EMENT
IVO
AR
Metodologia: Metodologia: Leitura
1.3 Conceitos básicos Leitura silenciosa do texto;
em avaliação (teste, compartilhada Síntese do texto em
medida e avaliação); do texto; grupo usando a
I
1.4 Concepções de Resolução do HAYDT, Regina
criatividade (através de
Educação, Ensino, roteiro de Celia Cazaux. cordel, tirinha, paródia, DUARTE, Carlos.
Aprendizagem e estudo em Um pouco da conto e outros) para Avaliação da
História da Aprendizagem
Avaliação; grupo. definir os conceitos de
Avaliação. In: sábado
Apresentação avaliação e suas Escolar: como os
sábado Diversificar é Tarde
20/01 das soluções preciso: 20/01 funções. Apresentação professores estão
Manhã 4H 4H 8H
/2024 da atividade. Instrumentos e
(14 às /2024 da produção. praticando a
(8 às
técnicas de avaliação na
12) avaliação de 18)
Recursos: aprendizagem.
Recursos: escola. Revista
equipamentos São Paulo, Ed. equipamentos de Holos, ano 31,
de mídia, Senac São Paulo, mídia, texto base, vol.8,2015.
texto base, 2009.
folhas chamex,
folhas chamex cartolinas, pinceis,
e outros. régua e outros.
C/H
UNIDAD ATIVIDADES TOT
E AL
CONTEÚDO
DIDÁTIC PERÍODO PERÍODO
RECURSOS
A INTENSIV DATA C/H REFERÊNCIAS COMPLE DATA C/H RECURSOS DIDÁTICOS REFERÊNCIAS
DIDÁTICOS
O MENTAR
HAYDT, Regina C.
A avaliação do
processo ensino-
aprendizagem.
Metodologia: São Paulo, Ática,
1995.
Estudo dirigido do
texto: Avaliação: MENEGHEL, S. M. Metodologia:
conceitos e KRISCH, C.
princípios; Projeção do Filme: Como estrelas na
Concepções de
2. Objetivos, Princípios Como estrelas na Terra - toda criança
Avaliação e
e Características da Explanação oral do Terra. é especial. Direção:
Práticas Segunda
Avaliação. texto: Concepções Aamir Khan;
Segunda Avaliativas na feira
22/01 de Avaliação e 22/01 Reflexão e Discussão Roteiro: Amole
feira 4H Escola: entre Tarde 4H 8H
/2024 Práticas Avaliativas /2024 relacionando o filme Gupte,
2.1 Avaliação e objetivo Manhã (8 possibilidades e
na Escola: entre com os conteúdos em Estúdio/Distrib:
II de ensino e às 12) dificuldades. In: IX (14 às 18)
possibilidades e estudo. Aamir Khan
aprendizagem. Congresso
2.2. Princípios, dificuldades Productions; Índia,
Nacional de Recursos:
características, tipos e 2007, 140min.
Recursos: Educação-
funções da avaliação https://youtu.be/S
EDUCERE de 26 a data show
KyNA5M9GdU
equipamentos de 29 de outubro de caixa de som
mídia, texto base e 2009; III Encontro
outros. Sul Brasileiro de
Psicopedagogia.
PUCPR. Anais.
C/H
UNIDAD ATIVIDADES TOT
E AL
CONTEÚD
DIDÁTIC PERÍODO PERÍODO
O RECURSOS
A INTENSIV DATA C/H REFERÊNCIAS COMPLE DATA C/H RECURSOS REFERÊNCIAS
DIDÁTICOS
O MENTAR DIDÁTICOS
TEXTO 1 - DEPRESBITERIS, Léa.
Metodologia: Instrumentos de avaliação. As TEXTO 6 - HAYDT, Regina Celia
Metodologia: Cazaux. Provas objetivas ou testes
3.Critérios e Organização dos questões constantes da prática
Apresentação elaborados pelo professor. In: A
grupos, estudo dos docente. Estudos de Avaliação
instrumentos de seminários. avaliação do processo ensino-
textos para Educacional, São Paulo,
para avaliar. Roda de aprendizagem. São Paulo, Ática,
apresentação de Fundação Carlos Chagas, v. 4, conversa sobre 1995. p. 95-113.
3.1Critérios seminários.
jul/dez 1991. p. 119-133. as TEXTO 7 - VILLAS BOAS, Benigna M.
para avaliar. TEXTO 2- LUCKESI, Cipriano aprendizagens de F. Relatórios e pareceres: o que
Terça- feira 23/01 Observação: Carlos. Instrumentos de coleta Terça- feira 23/01 relacionadas registrar? In: Virando a
III 3.2 De 11h as 12h de dados para a avaliação da as temáticas. escola do avesso por meio da
Manhã /2024 Manhã /2024
Instrumentos (apresentação de aprendizagem na escola: um avaliação. Campinas, São Paulo:
(8 às 12) olhar construtivo. In: Avaliação
(8 às 12) Papirus, 2008. p.103-111.
para avaliar: dois grupos) Recursos:
Cada grupo tem de
da Aprendizagem componente TEXTO 8 – RODRIGUES, F. das C.
observação, do ato pedagógico. –1. Ed. – São textos base A.; MOURA, M. da G. C. Avaliação
autoavaliação, 20 a 30 minutos Paulo: Cortez, 2011. p.335-376. impresso, da Aprendizagem e práticas
para apresentar o TEXTO 3 - HOFFMANN, Jussara. quadro acrílico, avaliativas na Modalidade
portfólio, 4H 4H 8H
seminário. Avaliação como mediação. In: papel Educação de Jovens e Adultos
relatórios,
Avaliação - mito e desafio: uma madeira/cartoli (EJA): revendo mitos, ritos,
mapas realidades. Rev. Debates em
Recursos: perspectiva construtivista. 43. ed. na, pinceis,
conceituais, Educação. Maceió, Vol. 9, nº 17,
textos base Porto Alegre: Mediação, 2013. data show,
conselho de Jan./Abr. 2017. Disponível em
impresso, quadro TEXTO 4 - HOFFMANN, Jussara. notebook, etc. https://www.researchgate.net/pu
classe, testes
acrílico, papel Avaliação na Educação blication/321959873_AVALIACAO
objetivos madeira/cartolina, _DA_APRENDIZAGEM_E_PRATICA
Infantil?. In: Avaliação -
e pinceis, data show, mito e desafio: uma S_AVALIATIVAS_NA_MODALIDADE
dissertativos. notebook, etc. perspectiva construtivista. _EDUCACAO_DE_JOVENS_E_ADUL
43. ed. Porto Alegre: Mediação, TOS_EJA_revendo_mitos_ritos_re
alidades. Acesso em 25 de dez. de
2013.
2023.
TEXTO 5 - HAYDT, Regina Celia
Cazaux. Questões Dissertativas. TEXTO 9 - RODRIGUES, Leandro.
In: A avaliação do processo Avaliação Inclusiva: como avaliar um
ensino-aprendizagem. São aluno com deficiência ou dificuldade
Paulo, Ática, 1995. p. 114-122. de aprendizagem. In: Instituto Itard.
20 de setembro de 2019. Disponível
em
https://institutoitard.com.br/avaliac
ao-inclusiva-como-avaliar-um-aluno-
com-deficiencia-ou-dificuldades-de-
aprendizagem . Acesso em: 25 de
dez de 2023.
C/H
ATIVIDADES TOTA
UNIDAD L
E PERÍOD
CONTEÚDO
DIDÁTIC PERÍODO O
RECURSOS
A INTENSI DATA C/H REFERÊNCIAS COMPL DATA C/H RECURSOS DIDÁTICOS REFERÊNCIAS
DIDÁTICOS
VO EMENT
AR
BONAMINO, A.;
Metodologia: SOUSA, S. Z. Três PALACIOS,
4. Práticas gerações de
Carlos. Guia da
avaliativas na Exposição avaliação da
Educação Básica. educação básica no ação avaliativa:
dialogada sobre o Quarta
Brasil: interfaces com Metodologia: estratégias de
Quarta - texto Três -feira
4.1 Processos gerações de o currículo da/na avaliação
feira 24/01 Tarde 24/01
avaliativos na 4H escola. Educação e 4H Estudo dirigido do Guia diagnóstica e 8H
/2024 avaliação da /2024
educação básica Manhã Pesquisa. São Paulo, da ação avaliativa: formativa para
educação básica (14 às
(Educação Infantil (8 às 12) v. 38, n. 2 p. 373-388, estratégias de uso durante as
IV no Brasil: abr./jun. 2012. 18)
e Ensino avaliação diagnóstica e aulas. Juiz de
Fundamental); interfaces com o
LEPRE, Rita Melissa; formativa para uso Fora: CAEd,
currículo da/na
OLIVEIRA, Jamile de. durante as aulas. 2021.
4.2 Concepções escola e o texto
de avaliação Avaliação na Disponível em:
Avaliação na Recursos:
vigentes nas Educação Infantil: https://movime
Educação Infantil: por que, o quê e
escolas; ntopelabase.org
por que, o quê e como avaliar? Bauru, Equipamentos de
.br/wp-
como avaliar? 2021. Disponível em: mídia, Texto base,
content/upload
https://educapes.cap folhas chamex.
Recursos: s/2021/02/guia-
es.gov.br/bitstream/
Equipamentos de da-av-
capes/601655/2/Aval
mídia, texto base, interativo.pdf.
entre outros. ia%C3%A7%C3%A3o
Acesso em: 20
%20na%20Educa%C3
de dez. 2023.
%A7%C3%A3o%20Inf
antil.pdf. Acesso em:
20 de dez. 2023.
C/H
ATIVIDADES TOTAL
UNIDADE
DIDÁTICA CONTEÚDO PERÍODO
PERÍODO
DATA C/H RECURSOS REFERÊNCIAS COMPLE DATA C/H RECURSOS REFERÊNCIAS
INTENSIVO DIDÁTICOS
DIDÁTICOS MENTAR
Metodologia: Metodologia:
Relatos de
experiência sábado Avaliação da
sábado a partir da vivência Tarde aprendizagem
4. Práticas 09/03/ Caderno Pedagógico 09/03 Caderno
Manhã 4H in loco acerca dos 4H (estudos de 8H
Pedagógico
avaliativas na Educação (8 às 12) 2024 (14 às 18) /2024
instrumentos de caso)
Básica.
IV avaliação.
Recursos:
Recursos: Equipamentos de
Equipamentos de mídia, textos do
mídia, Texto base,
estudo de caso.
Caderno de registro.
Metodologia: Metodologia:
Apresentação em Apresentação em
I, II, III Sexta
- feira banners e oral das banners e oral Projeto de
e IV 19/ 4H pesquisas Projeto de Pesquisa e Extensão das pesquisas Pesquisa e
SIMPARFOR
04/ Sexta 19/04 4H Extensão 8H
2024 Recursos: - feira /2024 Recursos:
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UNIDADE I
Resumo
O ato amoroso é aquele que acolhe a situação, na sua verdade (como ela
é). Assim, manifesta-se o ato amoroso consigo mesmo e com os outros. O
mandamento “ama o teu próximo como a ti mesmo” implica o ato amoroso
que, em primeiro lugar, inclui a si mesmo e, nessa medida, pode incluir os
outros. O ato amoroso é um ato que acolhe atos, ações, alegrias e dores como
eles são; acolhe para permitir que cada coisa seja o que é, neste momento. Por
acolher a situação como ela é, o ato amoroso tem a característica de não julgar.
Julgamentos aparecerão, mas, evidentemente, para dar curso à vida (à ação) e
não para excluí-la. Na passagem de Maria Madalena, Jesus Cristo incluiu-a
no seio dos seres humanos comuns, enfrentando os fariseus com a frase: “Atire
a primeira pedra, quem não tiver pecado”. Com essa expressão, ele a acolheu;
e, porque acolhida, Madalena foi curada no corpo e na alma. O acolhimento
integra, o julgamento afasta. Todos necessitamos do acolhimento por parte de
nós mesmos e dos outros. Só quando acolhidos, nos curamos. O primeiro
passo para a cura é a admissão da situação como ela é. Quando não nos
acolhemos e/ou não somos acolhidos, gastamos nossa energia nos defendendo
e, ao longo da existência, nos acostumamos às nossas defesas, transformando-
as em nosso modo permanente de viver.5 Em síntese, o ato amoroso é
acolhedor, integrativo, inclusivo.
Defino a avaliação da aprendizagem como um ato amoroso, no sentido de
que a avaliação, por si, é um ato acolhedor, integrativo, inclusivo. Para
compreender isso, importa distinguir avaliação de julgamento. O julgamento
é um ato que distingue o certo do errado, incluindo o primeiro e excluindo o
segundo. A avaliação tem por base acolher uma situação, para, então (e só
então), ajuizar a sua qualidade, tendo em vista dar-lhe suporte de mudança, se
necessário.6 A avaliação, como ato diagnóstico, tem por objetivo a inclusão e
não a exclusão; a inclusão e não a seleção (que obrigatoriamente conduz à
exclusão). O diagnóstico tem por objetivo aquilatar coisas, atos, situações,
pessoas, tendo em vista tomar decisões no sentido de criar condições para a
obtenção de uma maior satisfatoriedade daquilo que se esteja buscando ou
construindo.
Transportando essa compreensão para a aprendizagem, podemos entender
a avaliação da aprendizagem escolar como um ato amoroso, na medida em
que a avaliação tem por objetivo diagnosticar e incluir o educando, pelos mais
variados meios, no curso da aprendizagem satisfatória, que integre todas as
suas experiências de vida.
A prática de provas e exames exclui parte dos alunos, por basear-se no
julgamento, a avaliação pode incluí-los devido ao fato de proceder por
diagnóstico e, por isso, pode oferecer-lhes condições de encontrar o caminho
para obter melhores resultados na aprendizagem.7
Simbolicamente, podemos dizer que a avaliação, por si, é acolhedora e
harmônica, como o círculo é acolhedor e harmônico. Quando chamamos
alguém para dentro do nosso círculo de amigos, estamos acolhendo-o. Avaliar
um aluno com dificuldades é criar a base do modo de como incluí-lo dentro
do círculo da aprendizagem; o diagnóstico permite a decisão de direcionar ou
redirecionar aquilo ou aquele que está precisando de ajuda.
Concluindo
1 INTRODUÇÃO
A avaliação é um instrumento fundamental para fornecer informações sobre como está se
realizando o processo ensino-aprendizagem em seu todo e não deve simplesmente focalizar o
aluno, seu desempenho cognitivo e o acúmulo de conteúdo, para classificá-lo em aprovado ou
reprovado, isto é, a avaliação não deve servir apenas para observar o aluno, mas todos os
envolvidos no processo de ensino-aprendizagem. Contudo, neste caso, enfatizamos a relação
professor-aluno e o percurso de avaliação discente.
A avaliação vista como um diagnóstico contínuo e dinâmico torna-se um instrumento
fundamental para repensar e reformular os métodos, os procedimentos e as estratégias de ensino
para que, de fato, o aluno aprenda. Além disso, ela deve ser essencialmente formativa, na medida
em que cabe à avaliação subsidiar o trabalho pedagógico, redirecionando o processo ensino-
aprendizagem para sanar dificuldades, aperfeiçoando-o constantemente.
Nessa perspectiva, a avaliação precisa deixar de ter o caráter classificatório de
simplesmente aferir acúmulo de conhecimento para promover ou reter o aluno. Ela deve ser
entendida pelo professor como processo de acompanhamento e compreensão dos avanços, dos
limites e das dificuldades dos alunos para atingirem os objetivos da atividade de que participam.
Contudo, na prática escolar, a avaliação recebeu um status muito elevado, como se ela
fosse a finalidade do ensino. Para averiguar essa situação, realizamos esse trabalho com o objetivo
de analisar a atual prática da avaliação por parte dos professores do Ensino Fundamental II no
contexto escolar. Para isso, buscamos verificar qual o conceito de avaliação presente entre os
professores, identificar os critérios utilizados por eles para a elaboração de um instrumento
avaliativo, verificar suas visões acerca da relação entre notas e aprendizagem e analisar a visão dos
docentes sobre a reprovação.
é certo que o atual exercício da avaliação escolar não está sendo efetuado
gratuitamente. Está a serviço de uma pedagogia, que nada mais é que uma
concepção teórica da educação, que, por sua vez, traduz uma concepção teórica
da sociedade.
este é o princípio básico e fundamental para que ela [a avaliação] venha a ser
diagnóstica. Assim como é constitutivo do diagnóstico médico estar preocupado
com a melhoria da saúde do cliente, também é constitutivo da avaliação da
aprendizagem estar atentamente preocupada com o crescimento do educando.
Caso contrário, nunca será diagnóstica.
Essa avaliação analisa de maneira geral o grau em que os resultados mais amplos têm sido
alcançados ao longo e ao final de um curso.
Para Sant’Anna (1995), os objetivos individuais devem servir de base assim como o
rendimento apresentado pelo grupo. Por exemplo, se uma quantidade significativa de alunos não
correspondem aos resultados desejados, esta habilidade, atitude ou informação deve ser
desconsiderada e retomada no novo planejamento, visto que não ocorreu a aprendizagem.
Entendida dessa maneira, a avaliação da aprendizagem escolar é um instrumento
fundamental para o desenvolvimento do processo de ensino-aprendizagem. Assim, faz-se
necessário buscar os instrumentos avaliativos que melhor se adaptem aos objetivos propostos
para uma determinada aprendizagem.
4 ENSINO E APRENDIZAGEM
Ensino e aprendizagem são duas etapas de um mesmo processo. Por isso, Freire (2003,
p.118) defende a ideia de que “ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades
para a sua produção ou a sua construção”. O professor planeja, dirige e controla o processo de
ensino, tendo em vista estimular a atividade própria dos alunos para a aprendizagem. Nesta
perspectiva, Freire (2003, p.118) acrescenta:
4.1 Aprendizagem
Para a condução do processo de ensino, é necessária uma compreensão clara do processo
de aprendizagem. Para tanto, é preciso analisar como as pessoas aprendem e quais os fatores
internos e externos que a influenciam.
Todas as atividades humanas praticadas no ambiente em que vivem podem levar a uma
aprendizagem. Desde que nascemos, em todas as nossas atividades, estamos aprendendo. As
crianças aprendem a distinguir sons, a andar, a manipular objetos e brinquedos, a andar. Mais
tarde, essas crianças aprendem a nadar, a andar de bicicleta, a ler, a contar. Quando jovens e
adultas, elas discutem problemas, aprendem a fazer julgamentos e a tomar decisões, aprendem
uma profissão. Enfim, as pessoas estão sempre aprendendo.
A aprendizagem pode ser classificada em dois tipos dependendo de sua natureza. Ela pode
ser casual ou organizada. A aprendizagem casual é espontânea, surgindo naturalmente da
interação entre as pessoas e com o ambiente em que vivem. Segundo Libâneo (1994, p.82), “pela
convivência social, pela observação de objetos e acontecimentos, pelo contato com os meios de
comunicação, leituras, conversas etc., as pessoas vão acumulando experiências, adquirindo
conhecimentos, formando atitudes e convicções”. A aprendizagem organizada, por sua vez, é
aquela cuja finalidade é aprender determinados conhecimentos e habilidades. Embora este tipo
de aprendizagem possa ocorrer em diversos lugares, é função da escola e do ensino organizar as
condições específicas para a transmissão e assimilação de conhecimentos e habilidades.
Essa assimilação de conhecimentos se dá por um processo que Libâneo (1994) chama de
“assimilação ativa”: processo de percepção, compreensão, reflexão e aplicação que se desenvolve
com os meios intelectuais, motivacionais e atitudinais do próprio aluno, sob a direção e orientação
do professor. O processo de assimilação de conhecimentos resulta da reflexão proporcionada pela
percepção prático-sensorial e pelas ações mentais que caracterizam o pensamento. Assim, a
aprendizagem escolar deve ser uma atividade planejada, intencional e dirigida. Corroborando com
essa ideia, Freire (2003, p.86) diz que a aprendizagem se dá por uma reflexão crítica sobre o objeto
de aprendizagem e acrescenta: “O fundamental é que professor e alunos saibam que a postura
deles, do professor e dos alunos, é dialógica, aberta, curiosa, indagadora, e não apassivada,
enquanto fala ou enquanto ouve. O que importa é que professor e alunos se assumam
epistemologicamente curiosos.”
Neste sentido, a avaliação deve deixar de ser apenas uma atividade formal e burocrática de
fim de unidade didática e passar a ser uma atividade que irá nortear os trabalhos docente e
discente. Daí a importância de um ensino onde predomina a prática reflexiva e crítica.
4.2 Ensino
O ensino é uma combinação entre a condução do processo de ensino pelo professor e a
assimilação ativa como atividade autônoma do aluno. Segundo Libâneo (1994, p.89), “o processo
de ensino é uma atividade de mediação pela qual são providas as condições e os meios para os
alunos se tornarem sujeitos ativos na assimilação de conhecimentos”.
É importante sempre lembrar que não existe ensino sem aprendizagem, por isso Libâneo
(1994, p.91) afirma que “a unidade entre ensino e aprendizagem fica comprometida quando o
professor concentra na sua pessoa a exposição da matéria, quando não suscita o envolvimento
ativo dos alunos”. Neste sentido, Freire (2003, p.86) afirma que “o bom professor é aquele que
consegue, enquanto fala, trazer o aluno até a intimidade do movimento de seu pensamento”.
Portanto, é função do professor propiciar essa mediação entre aluno e objeto de estudo no sentido
de fazer com que aquele se aproprie criticamente dos conteúdos de aprendizagem.
O ensino deve ter, pelo menos, três funções: organizar os conteúdos para a sua
transmissão, de forma que os alunos possam ter uma relação subjetiva com eles; ajudar os alunos
a aprenderem de forma autônoma e independente; dirigir e controlar a atividade docente para os
objetivos de aprendizagem.
Por outro lado, a atividade de ensino está indissociavelmente ligada à vida social mais
ampla, a prática social. Neste sentido, é papel do ensino exercer a mediação entre o indivíduo e a
sociedade. Essa mediação significa a explicitação dos objetivos de formação escolar frente às
exigências do contexto social, político e cultural, bem como o entendimento de que o domínio de
conhecimentos e habilidades é um instrumento coadjuvante para a superação das condições de
origem social dos alunos, tanto pela melhoria das condições de vida, como pela luta conjunta para
a transformação social.
O professor, nessa perspectiva, deixa de ser apenas um repassador de conteúdos e passa a
ser aquele que, através dos conteúdos, irá transformar a aula num momento de reflexão, fazendo
com que o aluno deixe de ser um sujeito meramente passivo no processo de ensino-aprendizagem
e passe a ser um sujeito ativo nesse processo.
Com um ensino pautado na reflexão, o erro passa a ser um degrau para uma nova
aprendizagem em vez de algo a ser punido.
Verifica-se que a prática do castigo está ligada à visão culposa das atitudes humanas, onde
o erro é a origem da condenação e o castigo um jeito de reparar a situação.
A questão do erro, da culpa e do castigo está bastante ligada com a questão da avaliação
da aprendizagem na prática escolar. A avaliação tornou-se um instrumento de ameaça e disciplina
da personalidade do educando, deixando de ser uma fonte de decisão de caminhos do crescimento
e passando a servir de suporte para a imputação da culpa e do castigo.
Dentre os castigos utilizados atualmente pela escola, podemos destacar a reprovação (e a
sua ameaça), como a mais perversa de todas. Por ser entendida de maneira errônea a avaliação
tem servido para verificar os erros dos alunos. Esses erros são punidos com notas baixas que, por
sua vez, implicam na reprovação. A reversão dessa situação exige que o elemento que estrutura a
escola deixe de ser a reprovação para ser o aprendizado. De acordo com Luckesi (2005, p.59),
“insucesso e erro, em si, não são necessários para o crescimento, porém, uma vez que ocorram,
não devemos fazer deles fontes de culpa e de castigo, mas trampolins para o salto em direção a
uma vida consciente, sadia e feliz”.
A avaliação não pode simplesmente definir pela aprovação ou pela reprovação, pois a
avaliação final representa um diagnóstico global do processo vivido.
A decisão da conveniência ou não de manter um aluno mais um ano num determinado ano
de escolaridade deve ser coletiva, da equipe escolar, e não apenas de um professor. Levam-se em
conta, nesse caso, o desempenho global do aluno e a pluralidade de dimensões que estão em jogo,
como os benefícios da manutenção do aluno com seus pares para a socialização e o
desenvolvimento equilibrado de habilidades, vivências e conveniências. A permanência de algum
aluno num determinado ano de escolaridade por mais um ano deve ser considerada uma situação
excepcional e de modo algum uma prática escolar habitual.
A seguir, destacamos como se processa a avaliação da aprendizagem em nossas escolas, o
modo equivocado como vem sendo compreendido esse processo tão importante no
desenvolvimento das atividades educativas, através de uma pesquisa em duas escolas públicas de
Natal, no estado do Rio Grande do Norte.
6 METODOLOGIA DA PESQUISA
Para o presente estudo, tomamos como sujeitos os professores dos anos finais do ensino
fundamental dos colégios Instituto Ary Parreiras e Escola Municipal Terezinha Paulino de Lima. As
escolas, juntas, são compostas por 105 professores nesse nível de ensino, dos quais foram
escolhidos aleatoriamente 30 professores para preencherem a um questionário com seis
perguntas abertas e fechadas. Quatro dos 30 professores não entregaram o questionário. Cada
professor recebeu um questionário com as seguintes perguntas: Na sua concepção, o que é
avaliação e qual a sua função?; Se o resultado da avaliação não foi o esperado, o que o(a) senhor(a)
faz?; Em que o(a) senhor(a) se baseia para elaborar um instrumento avaliativo?; O(A) senhor(a)
acha que essa atribuição de notas reflete a aprendizagem do aluno? Por quê?; Qual a principal
causa da reprovação?.
A seguir, apresentamos o resultado dessa pesquisa, almejando contribuir para a reflexão
sobre a questão que se tornou hoje elemento fundamental na ação educativa.
7 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Analisamos os resultados da pesquisa realizada nas escolas Instituto Ary Parreiras e
Terezinha Paulino de Lima com os professores dos anos finais do ensino fundamental, etapa do
ensino em que o grande problema que se apresenta é a reprovação, devido, sobretudo, ao modo
equivocado de compreender e praticar a avaliação da aprendizagem, conforme podemos observar
nos resultados a seguir:
O que é avaliação?
25
20
Nº professores
15
10
0
Instrumento de verificação Instrumento redefinidor da prática
Grande parte dos respondentes (21 professores) disse que a avaliação era um instrumento
de verificação da aprendizagem de conteúdos ou verificação da capacidade dos alunos e uma outra
parte (5 docentes) disse que a avaliação era um instrumento que vai nortear o trabalho
pedagógico. Essa realidade ficou expressa em falas dos sujeitos como:
“Avaliar é o processo pelo qual o professor analisa o aluno diante dos conteúdos
estudados.”
7.2 Se o resultado da avaliação não foi o esperado, o que o (a) senhor (a) faz?
Quando os professores foram perguntados sobre o que fazem após a realização de uma
atividade avaliativa em que o resultado não foi o esperado, procuramos saber qual a atitude
tomada pelo professor ao ter em mãos uma situação desfavorável ao aprendizado, ou seja,
sabendo-se que não houve aprendizagem, de fato, o que é feito em seguida? E encontramos as
seguintes respostas pelos professores:
• 14 professores disseram que explicam o conteúdo novamente para resolver a situação
da falta de aprendizagem;
• 4 disseram passar um trabalho para ajudar a melhorar a nota baixa conseguida através
da atividade avaliativa;
• 4 docentes apenas atribuem notas às atividades avaliativas e preenchem a caderneta;
Assim, vemos que a maioria dos professores (55%), para resolver o problema da falta de
aprendizagem, recorre a uma segunda explicação do conteúdo; 15% dos docentes dizem passar
um trabalho para melhorar a nota insuficiente; outros 15% nada fazem, apenas registram o
resultado e os 15% restantes disseram que analisavam a situação e replanejavam sua prática
educativa como um todo.
É importante atentarmos para a maneira equivocada dos professores analisarem os
resultados de uma avaliação: 14 professores disseram explicar o conteúdo novamente. Resta
sabermos o que significa explicar o conteúdo novamente, ou seja, se o professor repete o que já
foi feito ou se procura uma maneira de fazer com que os alunos aprendam através de uma proposta
de atividade mais atraente. Além disso, deve-se observar se após essa “nova explicação” existe uma
avaliação ou se ela é apenas uma formalidade sem sentido.
Significativa é a atitude tomada pelos professores que disseram passar um trabalho pra
ajudar a nota dos alunos ou ainda os que disseram nada fazer além de anotar a nota na caderneta.
Essa atitude demonstra claramente a preocupação exclusiva com a nota por parte dos professores.
Não está sendo verificado como os alunos estão aprendendo, mas a nota que eles obtiveram.
7.3 Em que o (a) senhor (a) se baseia para elaborar um instrumento avaliativo?
Essa pergunta foi feita para compreendermos os motivos que influenciam os professores
na escolha e elaboração de um determinado instrumento avaliativo. Analogamente ao
questionamento anterior, os entrevistados poderiam escolher duas alternativas como resposta. A
seguir, apresentamos as respostas apresentadas pelos professores questionados:
• 12 professores elaboram uma atividade avaliativa pela adequação do conteúdo a essa
atividade;
• 12 se baseiam na sua experiência como professor para decidir sobre um ou outro
instrumento avaliativo;
14
12
Nº professores
10
8
6
4
2
0
Adequação ao Experiência Documentos Facilidade da
conteúdo como professor oficiais correção
Critérios
Vemos que 46% dos professores escolhem um instrumento avaliativo pela sua adequação
ao conteúdo estudado; a mesma quantidade de professores acham que sua experiência é um fator
decisivo para escolher um instrumento de avaliação; 38% elaboram seus instrumentos se baseando
em documentos oficiais e apenas 4% dizem escolher um instrumento avaliativo pela sua facilidade
de correção. Assim, a maioria dos professores, para elaborar um instrumento avaliativo, se baseiam
em sua experiência ou na adequação do conteúdo à atividade avaliativa.
Muitos erros, não somente em educação, mas em todas as áreas, acontecem devido à
confiança em seus conhecimentos sem um estudo adequado. Os professores, sobretudo, confiam
muito em sua habilidade e improvisação. Muitos professores utilizam as mesmas avaliações há
anos. As questões são colocadas em provas e testes para pegar os alunos que não estavam
prestando atenção às aulas. Elaborar um instrumento avaliativo através da experiência (o que
significa isso?) é algo, no mínimo, aleatório.
7.4 O (A) senhor (a) acha que essa atribuição de notas reflete a aprendizagem do aluno?
Com esse questionamento, buscamos saber se os professores acham que as atividades
avaliativas estão, de fato, avaliando seus alunos, ou seja, se as notas conseguidas pelos alunos
nessas atividades são, realmente, a expressão do desenvolvimento do aluno. As respostas dadas
pelos professores foram as seguintes:
• 11 professores disseram que as notas refletem, de fato, a aprendizagem dos alunos;
• 15 docentes disseram que as notas conseguidas pelos alunos nas atividades avaliativas
não refletem as suas verdadeiras aprendizagens.
16
14
12
Nº professores 10
8
6
4
2
0
Não Sim
Vemos, portanto, que a maioria dos professores (58%) não vê as notas como um reflexo
das aprendizagens dos alunos, enquanto que a outra parte (42%) acha que as atividades avaliativas
utilizadas pelos professores realmente servem para avaliar a aprendizagem. Assim, a maioria dos
professores disse que nota não avalia a aprendizagem dos alunos.
De fato, como quantificar a aprendizagem de atitudes, por exemplo? E ainda, se
acreditamos que a avaliação deve ser um instrumento de redefinição ou replanejamento não
podemos nos prender às notas, visto que dois alunos com nota 5, por exemplo, podem ter
necessidades totalmente diferentes. Cada caso deve ser analisado de acordo com suas
especificidades e não através de uma nota que nada reflete sobre a verdadeira aprendizagem.
A “avaliação” está servindo para verificar a reprodução do que foi visto em sala de aula. A
nota reflete justamente isso. A avaliação deve diagnosticar, informar e favorecer o
desenvolvimento individual.
No processo de avaliação, devem-se considerar testes organizados pelo professor, coleção
de produtos de trabalho do aluno, registros dos resultados de observação das discussões dos
alunos, comentários, entrevistas com alunos ou grupo, análise da escrita, etc. Notas em testes e
provas servem para provar domínio ou falta de habilidades dos alunos.
Alguns professores aplicam testes e provas surpresas a seus alunos, com a finalidade de
puni-los. Notas não devem ter função punitiva e sim de diagnosticar possíveis interpretações
errôneas dos conteúdos oferecidos, para poder retificá-los. Essa avaliação, completamente
discriminadora, desconsidera o aspecto qualitativo da educação.
18
16
14
Nº professores
12
10
8
6
4
2
0
Aluno Pais Professores Sistema de
Ensino
Vemos, através dos dados da pesquisa, que os professores consideram os alunos como o
principal responsável pelo seu fracasso escolar. Os professores atribuem a culpa da reprovação aos
alunos como se eles fossem o único responsável pela reprovação deles.
A atividade pedagógica que se dá na escola envolve um quase infindável conjunto de
atividades, de recursos, de decisões, de pessoas, de grupos e de instituições, que vão desde as
políticas públicas, passando pelas secretarias de educação, chegando à própria unidade escolar em
que estão envolvidos o diretor, a secretaria, os professores, seu salário, suas condições de trabalho,
o aluno, sua família, os demais funcionários, os coordenadores pedagógicos, o material didático
disponível etc. Mas, no momento de identificar a razão do não aprendizado, apenas um elemento
é destacado: o aluno.
Só o aluno é considerado culpado, porque só ele é diretamente punido com a reprovação.
Como se tudo, absolutamente tudo, dependesse apenas dele, de seu esforço, de sua inteligência,
de sua vontade.
8 CONCLUSÕES
O que se tem visto em nossas escolas é uma valorização exacerbada da avaliação, como se
ela fosse a finalidade do ensino. É como se o ensino servisse para avaliar. Estuda-se não para
aprender, mas para, ao ser avaliado, poder ser classificado (ou não) para a série seguinte.
Assim, a avaliação tem sido vista e utilizada como o fim da educação. Avalia-se para saber
se deve promover ou excluir o aluno. Se o aluno obtiver o resultado esperado pelo professor (ou
seja, notas acima da média), então se promove o aluno; caso contrário, ele será condenado a
repetir a série, pois não obteve o resultado desejado e, por isso, será castigado com uma
reprovação.
Esse tipo de avaliação, ao invés de auxiliar o processo de ensino-aprendizagem, serve
somente para classificar os alunos em aptos e inaptos; reduzindo, assim, a avaliação a uma prova.
É o que Luckesi (2005) chama de “pedagogia do exame”: as atenções de pais, alunos, professores
e sociedade estão voltadas para as provas (e na consequente promoção dos alunos), e não para o
desenvolvimento do educando.
Corroborando com Libâneo (1994), vimos que a avaliação tem sido tomada como o ato de
aplicar provas, atribuir notas e classificar os alunos; sendo, portanto, reduzida à cobrança daquilo
que o aluno memorizou.
A avaliação tem que ser entendida de uma maneira muito mais ampla, pois é a parte mais
importante de todo o processo de ensino-aprendizagem, visto que avaliar é mediar esse processo,
oferecer recuperação imediata, promover cada ser humano, acompanhar cada aluno em seus
progressos.
O grande desafio para construir novos caminhos é uma avaliação com critérios de
entendimento reflexivo, conectado, compartilhado e autonomizador no processo ensino-
aprendizagem. Desta forma, estaremos formando cidadãos conscientes, críticos, criativos,
solidários e autônomos.
Como defende Luckesi (2005), não podemos mais pensar a avaliação como um instrumento
de autoritarismo e classificação, que decide sobre a aprovação ou reprovação do aluno. Nesse
contexto, a nota torna-se um fim em si mesma, ficando distanciada e sem relação com as situações
de aprendizagem.
Mudar a nossa concepção se faz urgente e necessário. Devemos romper com padrões
estabelecidos pela própria história de uma sociedade elitista e desigual. Neste sentido, mudar a
prática avaliativa significa mudar toda nossa prática educativa.
Se as nossas metas são educação e transformação, não nos resta outra alternativa senão
juntos pensar uma nova forma de avaliação, na qual predomina diagnóstico e tomada de decisão
em favor do aprendizado em detrimento de constatação, classificação e estagnação.
9 REFERÊNCIAS
1. FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: Saberes necessários à prática educativa. 28. ed. São
Paulo: Paz e Terra, 2003.
2. LIBÂNEO, José C. Didática. São Paulo: Cortez, 1994.
3. et al. Educação escolar: políticas, estrutura e organização. 3. ed. São Paulo: Cortez,
2006.
4. LUCKESI, Cipriano C. Avaliação da aprendizagem escolar: estudos e proposições. 17. ed. São
Paulo: Cortez, 2005.
5. SANT’ANNA, Ilza M. Por que avaliar? Como avaliar?: Critérios e instrumentos. Petrópolis:
Vozes, 1995.
6. ZABALA, Antoni. A Prática Educativa: Como ensinar. Trad. Ernani F. da F. Rosa. Porto Alegre:
ArtMed, 1998.
Resumo
Relação de textos
1. HAYDT, Regina C. A avaliação do processo ensino-
Texto 1 aprendizagem. São Paulo, Ática, 1995.
2. MENEGHEL, S. M. KRISCH, C. Concepções de Avaliação e
Texto 2 Práticas Avaliativas na Escola: entre possibilidades e
dificuldades. In: IX Congresso Nacional de Educação- EDUCERE de
26 a 29 de outubro de 2009; III Encontro Sul Brasileiro de
Psicopedagogia. PUCPR. Anais.
Como estrelas na Terra - toda criança é especial. Direção: Aamir
Filme Khan; Roteiro: Amole Gupte, Estúdio/Distrib: Aamir Khan
Productions; Índia, 2007, 140min. Disponível em:
https://youtu.be/SKyNA5M9GdU. Acesso em 25 de dez. 2023.
TEXTO 01
TEXTO 02
UNIDADE III
Resumo
Relação de textos
DEPRESBITERIS, Léa. Instrumentos de avaliação. As questões constantes da prática
Texto 1 docente. Estudos de Avaliação Educacional, São Paulo, Fundação Carlos Chagas, v. 4,
jul/dez 1991. p. 119-133.
LUCKESI, Cipriano Carlos. Instrumentos de coleta de dados para a avaliação da
Texto 2 Aprendizagem na escola: um olhar construtivo. In: Avaliação da Aprendizagem
componente do ato pedagógico. –1. Ed. – São Paulo: Cortez, 2011. p.335-376.
HOFFMANN, Jussara. Avaliação como mediação. In: Avaliação - mito e desafio: uma
Texto 3 perspectiva construtivista. 43. ed. Porto Alegre: Mediação, 2013.
HOFFMANN, Jussara. Avaliação na Educação Infantil?. In: Avaliação - mito e desafio: uma
Texto 4 perspectiva construtivista. 43. ed. Porto Alegre: Mediação, 2013.
Texto 5 HAYDT, Regina Celia Cazaux. Questões Dissertativas. In: A avaliação do processo ensino-
aprendizagem. São Paulo, Ática, 1995. p. 114-122.
Texto 6 HAYDT, Regina Celia Cazaux. Provas objetivas ou testes elaborados pelo professor. In: A
avaliação do processo ensino-aprendizagem. São Paulo, Ática, 1995. p. 95-113.
CAPÍTULO – 8
QUESTÕES DISSERTATIVAS
SEMINÁRIO – TEXTO 06
SEMINÁRIO – TEXTO 07
VILLAS BOAS, Benigna M. de F. Relatórios e pareceres: o que registrar? In:
Virando a escola do avesso por meio da avaliação. Campinas, São Paulo:
Papirus, 2008. p.103-111.
SEMINÁRIO – TEXTO 08
RODRIGUES, F. das C. A.; MOURA, M. da G. C. Avaliação da Aprendizagem e práticas avaliativas na
Modalidade Educação de Jovens e Adultos (EJA): revendo mitos, ritos, realidades. Rev. Debates em
Educação. Maceió, Vol. 9, nº 17, Jan./Abr. 2017. Disponível em
https://www.researchgate.net/publication/321959873_AVALIACAO_DA_APRENDIZAGEM_E_PR
ATICAS_AVALIATIVAS_NA_MODALIDADE_EDUCACAO_DE_JOVENS_E_ADULTOS_EJA_rev
endo_mitos_ritos_realidades. Acesso em 25 de dez. de 2023.
30
1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS
avaliador com o processo avaliativo aponta para uma avaliação mais inclusiva,
focada na aprendizagem.
bastante nos últimos anos, por causa do fenômeno que Arroyo (2005) chama de
“adolescenização” da EJA. Em frente a essa nova realidade, o educador precisa
realizar um esforço para compreendê-la, a fim de não incorrer em equívocos,
pois,
o que por vezes, para nós é “a realidade”, para outro não o é. Aquele
que pode ser o nosso mapa pode não o ser para outro. Os dados
“empíricos da realidade” até podem ser os mesmos, mas as leituras
(interpretações) produzidas sobre eles podem ser diferentes, a
depender da abordagem utilizada na investigação, ou seja, da teoria
com a qual o investigador aborda a realidade, assim como dos recursos
técnicos que utiliza para coletar os dados sobre o seu objeto de
estudo (LUCKESI, 2011, p. 157).
nossa prática escolar cotidiana, usualmente esses atos sejam confundidos como
se fossem equivalentes” (LUCKESI, 2011, p. 148).
Assim sendo, somos provocados constantemente, a refletir se a escola
é um espaço de emancipação ou de exclusão, e, se a avaliação da
aprendizagem realmente vem avaliando os conhecimentos “ensinados” aos
alunos. A aprendizagem é avaliada? Os instrumentos e métodos utilizados dão
conta de avaliar a aprendizagem dos alunos?
O processo de exclusão na avaliação ocorre quando a escola, na sua
prática pedagógica, afasta os alunos da cultura e do conhecimento escolar, pela
indução da evasão, abandono escolar por meio da reprovação (FREITAS,
2003). Nesse sentido, torna-se imprescindível a interação do educador e dos
educandos na reelaboração da dimensão avaliativa no contexto da sala de aula.
aprendizagem que seja significativa para a vida desse sujeito adulto e que venha
trazer mais qualidade para o seu dia a dia. Coerente com esta concepção de
aprendizagem, a avaliação vai além da simples verificação da assimilação do
conteúdo ministrado.
A aquisição da aprendizagem está atrelada à ocorrência de uma
mudança: “ É ver se realmente a pessoa mudou...” [...]. Para tanto, é necessário
focar a avaliação como um processo contínuo que vise interpretar os
conhecimentos, habilidades e atitudes dos alunos, buscando mudanças no
comportamento de acordo com os objetivos traçados. A avaliação tem que
ser pensada como um processo orientador e interativo que deve ser a “reflexão
transformada em ação. Ação essa que impulsione a novas reflexões”
(HOFFMANN, 2000. p. 18).
No trecho (2) quando o professor expressa que a avaliação da
aprendizagem deve ser capaz de informar se o estudante foi capaz de fazer uso
social do conhecimento apreendido: “Aplicação da aprendizagem [...] passou a
pensar diferente, a agir diferente” [...] o mesmo demonstra que não se limita
a avaliar somente os conteúdos conceituais e procedimentais: o conhecer e o
saber fazer. Ao demonstrar preocupação com o “pensar diferente, a agir
diferente”, vê-se neste ato um cuidado em avaliar os conteúdos atitudinais: o
saber ser, o saber conviver. Dentre as diferentes tipologias de conteúdos, sabe-
se que o desafio docente consiste em avaliar os conteúdos atitudinais, visto
que “aprendeu-se uma atitude quando a pessoa pensa, sente e atua de uma
forma mais ou menos constante em frente ao objeto concreto a quem dirige
essa atitude” (ZABALA, 1998, p. 46).
Quartzo, trecho (3), demonstra ter conhecimento de que a aprendizagem
ocorre de forma processual, porém, o mesmo, ao se propor avaliar a “formação
cidadã, [...] o potencial de cada um, as habilidades” [...] deixa evidente as
dificuldades enfrentadas para realizar a avaliação desse tipo de aprendizagem.
Ao afirmar que não é fácil medir, mensurar, o professor deixa implícito que
trabalha com aprendizagens significativas, mas enfrenta dificuldades em avaliá-
las. Mais complexo do que avaliar conceitos, a avaliação dos conteúdos
atitudinais implica um esforço redobrado do professor, pois significa que o
mesmo terá que realizar registros, anotações
mas não apenas isso, pois o mesmo admite a necessidade de criar situações
capazes de avaliar os comportamentos dos estudantes, ultrapassando os
conteúdos conceituais e avançando para o campo dos conteúdos atitudinais,
identificados no cumprimento de normas e comportamentos dos alunos.
Essa postura é reforçada novamente em sua fala ao afirmar que: “essa
modificação está no modo de agir dele, no comportamento” [...]. Pode-se inferir
com isso que o aluno incorpora regras e atitudes, apreendidas no ambiente
escolar, e o professor precisa estar ciente dessa realidade, pois “as atitudes, alvo
da atenção educativa, são disposições pessoais que tendem a se expressar por
meio de comportamentos” (BRASIL, 2002, p. 124).
Na concepção de Topázio, trecho (2), apesar de valorizar na sua fala a
avaliação dos conteúdos ministrados, demonstra preocupação em identificar
aspectos qualitativos na aprendizagem dos estudantes. O mesmo não está
preso apenas ao avaliar como medir, mensurar, característico de um período
em que a avaliação se preocupava apenas com os aspectos quantitativos, onde
a “a ênfase da avaliação está quase totalmente nos produtos ou resultados”
(SAUL, 2000, p. 45).
Ao afirmar ainda que se preocupa em avaliar os conteúdos que vão
ser úteis e que avalia pelo caráter da humanização, Topázio assume a tendência
de avaliação dos conteúdos atitudinais. Estes demandam do professor posturas
diferentes e desafiadoras ao avaliar, conduzindo-a mediante “um processo
dialógico, interativo, que visa fazer do indivíduo um ser melhor, mais criativo,
mais autônomo, mais participativo” (ABRAMOWICZ, 2001, p. 43).
Opala e Safira demonstram em suas falas uma postura avaliativa mais
alinhada a uma perspectiva quantitativa e classificatória. Opala, trecho (3),
apesar de fazer referência a uma prática avaliativa que tem como princípio a Lei
9.394/96, que determina que sejam “observados os critérios de avaliação
contínua e cumulativa da atuação do educando, com prioridade dos aspectos
qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os
de eventuais provas finais” (Art. 24.), se contradiz ao afirmar que: “às vezes, os
alunos aparentam estar aprendendo, mas na hora da prova,
não sabem” [...] numa clara alusão à importância que a prova ocupa no contexto
de sua prática avaliativa. Sabe-se que ao considerar somente a prova como
um momento pontual da avaliação da aprendizagem, perde- se a oportunidade
de verificar os desvios de aprendizagens ocorridos no processo de ensino,
tornando a avaliação um instrumento que “[...] discrimina e seleciona antes de
tudo [...]” (HOFFMANN, 2000, p 22), fortalecendo um sistema excludente e
elitista.
A tendência avaliativa citada é também identificada na prática de
Safira, trecho (4): “mensurar as formas de aprendizagem.” [...]. Uma postura, que
à primeira vista, parece positiva, visto que há o entendimento de que a
aprendizagem é avaliada de diferentes formas. Por outro lado, ao acrescentar:
[...] “avaliamos outros aspectos, mas só com um ponto ou dois na prova”, reduz
as formas de avaliação ao aspecto de medida, revelando uma prática avaliativa
ainda muito vinculada à prova.
Percebe-se a dificuldade de transitar das práticas examinativa, ritualística,
com foco nos conhecimentos sistematizados pela escola para uma prática de
avaliação da aprendizagem. Isso se deve ao fato de que: “mudar hábitos é uma
das condutas mais difíceis em nossa vida, uma vez que estão vinculadas a
crenças incrustadas profundamente em nosso inconsciente como resultados de
anos de vida num contexto a elas favorável” (LUCKESI, 2011, p. 220), crenças
internalizadas pelos mitos que permearam a formação dos profissionais da
educação.
REFERÊNCIAS
20SET
20 de setembro de 2019
Leandro Rodrigues
https://institutoitard.com.br/avaliacao-inclusiva-como-avaliar-um-aluno-com-deficiencia-ou-
dificuldades-de-aprendizagem/
UNIDADE IV
Resumo
3. Práticas avaliativas na Educação Básica.
Relação de textos
Texto BONAMINO, A.; SOUSA, S. Z. Três gerações de avaliação da educação
básica no Brasil: interfaces com o currículo da/na escola. Educação e
1
Pesquisa. São Paulo, v. 38, n. 2 p. 373-388, abr./jun. 2012.
Texto LEPRE, Rita Melissa; OLIVEIRA, Jamile de. Avaliação na Educação Infantil: por que, o quê
e como avaliar? Bauru, 2021. Disponível em:
2 https://educapes.capes.gov.br/bitstream/capes/601655/2/Avalia%C3%A7%C3%A3o%20
na%20Educa%C3%A7%C3%A3o%20Infantil.pdf. Acesso em: 20 de dez. 2023.
Resumo
Palavras-chave
Correspondência:
Alicia Bonamino
Pontifícia Universidade Católica
do Rio de Janeiro
Departamento de Educação
Rua Marquês de São Vicente, 225, 1050 L
22451-900 – Rio de Janeiro/RJ
alicia@puc-rio.br
Abstract
Keywords
Contact:
Alicia Bonamino
Pontifícia Universidade Católica
do Rio de Janeiro
Departamento de Educação
Rua Marquês de São Vicente,
225, 1050 L
22451-900 – Rio de Janeiro/RJ
alicia@puc-rio.br
376 Alicia BONAMINO; Sandra Zákia SOUSA. Três gerações de avaliação da educação básica no Brasil: interfaces...
dos alunos independentemente do conjunto es- base amostral, Estados e municípios sentiam a
pecífico de itens respondidos; iii) opção de tra- necessidade de implantar avaliações que atin-
balhar com as séries conclusivas de cada ciclo gissem todas as escolas. Tal necessidade fez com
escolar (4a e 8a série do ensino fundamental e que vários Estados adotassem seus pró- prios
inclusão da 3a série do ensino médio); iv) priori- sistemas de avaliação. O Estado de Minas Gerais,
zação das áreas de conhecimento de língua por- por exemplo, criou, em 1991, o Sistema de
tuguesa (foco em leitura) e matemática (foco em Avaliação da Educação Pública (Simave), e o
resolução de problemas); v) participação das 27 Ceará, o Sistema Permanente de Avaliação da
unidades federais; vi) adoção de questionários Educação Básica (Spaece), em 1992. Várias ou-
para os alunos sobre características sociocultu- tras iniciativas estaduais e municipais vêm sen- do
rais e hábitos de estudo. A partir da introdução conduzidas desde então. No caso das uni- dades
dessas inovações, o Saeb tornou comparáveis federadas, 14 das 27 possuíam, em 2007, sistemas
os desempenhos dos alunos entre anos e séries. próprios de avaliação (LOPES, 2007).
Os testes cognitivos do Saeb são ela- A coexistência do Saeb com avaliações
borados com base em matrizes de referência, estaduais e, anos mais tarde, com a Prova Brasil
desenhadas a partir de uma síntese do que é faz com que a ênfase inicial na finalidade diag-
comum a diferentes propostas curriculares es- nóstica no uso dos resultados da avaliação per-
taduais, municipais e nacionais, além da con- ca força em face da tendência de focalizar esse
sulta a professores e especialistas nas áreas de uso como subsídio a políticas de responsabili-
língua portuguesa e matemática e do exame zação, o que leva ao reconhecimento de duas
dos livros didáticos mais utilizados nas redes e novas gerações de avaliação da educação bási-
séries avaliadas. ca no Brasil. Como será visto nas seções seguin-
Ainda que a elaboração dos testes leve à tes, tais avaliações envolvem a publicidade dos
definição do que deve ser considerado funda- resultados dos testes por redes e/ou escolas e,
mental em termos de aprendizagem escolar e, no caso da terceira geração, também o estabe-
portanto, do que todos os alunos deveriam saber lecimento de prêmios atrelados aos resultados
e ser capazes de fazer ao final de determinados dos alunos.
ciclos de escolarização, por ser de base amostral,
o Saeb apresenta baixo nível de interferência na Avaliação em educação e
vida das escolas e no currículo escolar. responsabilização
Seu desenho mostra-se adequado para
diagnosticar e monitorar a evolução da qua- No campo educacional, as avaliações
lidade da educação básica, mas não permite que subsidiam políticas de responsabilização
medir a evolução do desempenho individual de operam crescentemente dentro de um referen-
alunos ou escolas. Seus resultados são divul- cial que associa gestão democrática da educa-
gados de forma bastante agregada e, portanto, ção, avaliação e responsabilização. A definição
não permitem apoiar a introdução de políticas aí subjacente de democracia apoia-se em dois
de responsabilização de professores, diretores e princípios orientadores. Por um lado, há a par-
gestores por melhorias de qualidade nas unida- ticipação que acontece, em grande medida, mas
des escolares. não exclusivamente, por meio do processo elei-
Paralelamente, enquanto o MEC desen- toral e do sistema partidário. Para tanto, todo
volvia uma avaliação da educação básica de cidadão deve desfrutar de direitos políticos fun-
damentais: direito de expressão, de associação,
distintos níveis de escolaridade: no caso do Brasil, 4ª e 8ª séries do ensino
fundamental e 3ª do ensino médio. Isso permite comparar as médias de votar e de candidatar-se a cargos públicos.
de proficiência em cada disciplina entre os diversos níveis do sistema Por outro lado, há a contestação pública entre
educativo, entre as regiões do país e entre os vários anos, situando todos
os níveis em uma mesma escala.
vários atores políticos, não apenas no sentido
378 Alicia BONAMINO; Sandra Zákia SOUSA. Três gerações de avaliação da educação básica no Brasil: interfaces...
e administrativas, visando à melhoria da qua- Os resultados da Prova Brasil passaram
lidade do ensino. De outra parte, considera-se a ser amplamente divulgados e, atualmente, o
que essa avaliação pode funcionar como um Ideb é o principal indicador adotado pelo
elemento de pressão, para pais e responsáveis, Governo Federal para traçar metas educacio-
por melhoria da qualidade da educação de seus nais a serem alcançadas por escolas e redes es-
filhos, uma vez que, a partir da divulgação dos taduais e municipais. A ideia central do sistema
resultados, eles podem cobrar providências para de metas foi obter um maior comprometimento
que a escola melhore. das redes e escolas com o objetivo de melhorar
A introdução da Prova Brasil em 2005 e os indicadores educacionais. Supõe-se que um
sua repetição, a cada dois anos, permitem a sistema de metas pactuado entre o MEC e as
comparação, ao longo do tempo, entre as esco- secretarias de educação de Estados e municípios
las que oferecem o ensino fundamental. Em sua serviria para aumentar a mobilização da socie-
primeira edição, ela avaliou mais de 3 milhões dade em favor da qualidade da educação. Nessa
de alunos em aproximadamente 45.000 escolas perspectiva, é preciso lembrar que o Brasil pos-
urbanas de 5.398 municípios; foi muito além, sui um sistema educacional descentralizado,
portanto, do Saeb, que avalia, em média, uma com mais de 5.000 redes de ensino com auto-
amostra de 300.000 alunos. nomia para gerir suas escolas (FERNANDES;
A Prova Brasil foi censitária para as es- GREMAUD, 2009).
colas urbanas em 2005 e 2007. Em 2007, al- A divulgação dos resultados da primei-
terou-se o número mínimo de alunos na série ra edição da Prova Brasil ocorreu em julho de
avaliada, que passou de trinta para vinte. Essa 2006 por intermédio dos principais meios de
alteração foi realizada para possibilitar que comunicação e de um boletim disponibilizado
aproximadamente quatrocentos municípios que na Internet e enviado a cada uma das escolas
não participaram da primeira edição pudessem participantes. Esse boletim apresentava, entre
ser incluídos na avaliação. Já na terceira edi- outras informações, os resultados das escolas
ção, em 2009, houve a ampliação do universo em uma escala de desempenho e as médias al-
avaliado, de modo a incluir também todas as cançadas pelas escolas das redes municipal, es-
escolas rurais que tivessem, no mínimo, vinte tadual e federal.
alunos nas séries avaliadas. Enquanto a mídia divulgava rankings de
Os resultados da Prova Brasil de 2007 pas- escolas, com destaque para os melhores e piores
saram a integrar o Indicador de Desenvolvimento resultados, nos sites do Inep e do MEC,
da Educação Básica (Ideb5), referência para a enfatizava-se, como novidade da Prova Brasil,
definição de metas a serem alcançadas, gradual- a devolução dos resultados para as escolas a fim
mente, pelas redes públicas de ensino até 2021. O de colaborar com o planejamento das ações
princípio básico de tal indicador é o de que a pedagógicas (OLIVEIRA, 2011).
qualidade da educação envolve que o aluno Em 2009, meses antes de acontecer a ter-
aprenda e passe de ano. Com o Ideb, o desempe- ceira edição da Prova Brasil, o Inep e o MEC dis-
nho passa a ser medido por meio da Prova Brasil tribuíram duas publicações em todas as escolas
e a aprovação, por meio do Censo Escolar. Os públicas: a Matriz de Referência da Prova Brasil
índices de aprovação permitem levar em conta o e do Saeb – Ensino Fundamental e a Matriz de
número de anos que, em média, os alunos levam Referência do Saeb – Ensino Médio e de Ensino
para completar uma série. Fundamental, ambas com exemplos de itens de
edições anteriores comentados. No caso da Prova
Brasil, no entanto, por razões adminis- trativas, os
5 - O Ideb foi criado pelo Instituto Nacional de Estudos e de Pesquisas resultados não foram divulgados às escolas,
Educacionais Anísio Teixeira (Inep), órgão vinculado ao MEC. Para informações
mais detalhadas, consultar <http://www.inep.gov.br> e FERNANDES 2007.
podendo ser encontrados apenas nas
380 Alicia BONAMINO; Sandra Zákia SOUSA. Três gerações de avaliação da educação básica no Brasil: interfaces...
A noção de responsabilização, direcio- • Divulgação dos resultados do SARESP
nada aos professores e demais profissionais da 2007 para todas as escolas, professores, pais
educação, concretizou-se no ano de 2000, com e alunos em março de 2008.
a instituição do Bônus Mérito, cuja distribuição
levou em conta os resultados da avaliação em Meta 9 - Gestão de Resultados e Política
larga escala7. de Incentivos:
Em 2007, quando a então Secretária de
Educação Maria Helena Guimarães Castro e o • Implantação de incentivos à boa gestão
Governador José Serra anunciaram o Plano de escolar valorizando as equipes.
Metas, evidenciou-se a importância que a ava- • O SARESP 2005 e as taxas de aprovação
liação em larga escala assumiria para essa ges- em 2006 serão a base das metas estabele-
tão. A 5a meta estabelecida no Plano previa um cidas por escola.
aumento de 10% nos índices de desempenho • Também serão considerados indicadores
dos ensinos fundamental e médio nas avalia- como a assiduidade dos professores e a es-
ções nacionais e estaduais. Ao estabelecer essa tabilidade das equipes nas escolas.
meta, a Secretária indica a continuidade do • Cada escola terá metas definidas a partir
SARESP, e, dentre as 10 Metas para uma Escola da sua realidade, e terá que melhorar em
Melhor, duas enfatizavam o papel da avaliação relação a ela mesma.
em larga escala no desenvolvimento da política • As escolas com desempenho insuficiente
educacional paulista. As metas foram divulga- terão apoio pedagógico intensivo e recebe-
das com a seguinte redação: rão incentivos especiais para melhorarem
seu resultado.
Meta 8 - Sistemas de Avaliação: • As equipes escolares que cumprirem as
metas ganharão incentivos na remunera-
• A avaliação externa das escolas esta- ção dos profissionais. 8
duais (obrigatória) e municipais (por ade-
são) permitirá a comparação dos resultados Essas metas ilustram a importância atri-
do SARESP com as avaliações nacionais buída aos resultados das avaliações em larga
(SAEB e a Prova Brasil), e servirá como escala nas gestões da Secretária Maria Helena
critério de acompanhamento das metas a Guimarães Castro (2007 a 2009) do Secretário
serem atingidas pelas escolas. Paulo Renato de Souza (abril de 2009 a 2010). As
• Participação de toda a rede na Prova metas 8 e 9 permitem concluir que os objetivos
Brasil (novembro de 2007).
indicados para o SARESP em 1996 permanecem
• Capacitação dos professores para o uso
até os dias atuais, evidenciando que a avaliação
dos resultados do SARESP no planejamento
deve servir tanto para uso dos gestores dos sis-
pedagógico das escolas em fevereiro de 2008.
temas, quanto na orientação do planejamento e
do trabalho pedagógico nas escolas.
A política iniciada na gestão da
7 - O Bônus Mérito foi instituído no Governo de Mario Covas (1999-
2001), pela Lei Complementar no 891/00, e mantido durante as gestões Secretária Maria Helena e que vem tendo
de Geraldo Alckmin (2001-2002 e 2003-2006). Atualmente, na gestão continuidade revela preocupação com a apro-
de José Serra, a Secretaria de Estado da Educação instituiu novo Bônus
Mérito, cujo cálculo baseia-se no Índice de Desenvolvimento da Educação
priação dos resultados pelos órgãos gestores do
do Estado de São Paulo (IDESP), o qual tem como um de seus critérios o sistema e pelas escolas. Dentre as medidas
desempenho dos alunos nas provas de língua portuguesa e matemática do tomadas em tal gestão, está a implantação de
SARESP. Essa vinculação fortalece a relação entre o pagamento do bônus
e a avaliação em larga escala. Para saber mais sobre a bonificação por um currículo unificado que se apresenta como
resultados, ver Lei Complementar no 1.078/08 e Resoluções SEE nº 21/09;
22/09; 23/09 e 26/09. Para informações sobre o IDESP, consultar <http://
8 - Disponível em: <www.educacao.sp.gov.br>. Acesso em: 15 jan. 2010.
idesp.edunet.sp.gov.br>.
382 Alicia BONAMINO; Sandra Zákia SOUSA. Três gerações de avaliação da educação básica no Brasil: interfaces...
e a média dos resultados efetivamente alcança- sores que atuam em modalidades de ensino não
dos demonstra o percentual obtido pela escola testadas, como educação de jovens e adultos e
em relação às suas metas. educação infantil, têm acesso ao bônus caso a
As metas de 2008 foram definidas de escola possua alguma série testada. Para as es-
forma que as escolas alcançassem o ponto mé- colas que não alcançarem as metas, a legislação
dio entre o Idepe inicial, em 2005, e a meta de prevê reforço técnico, pedagógico e estrutural,
2009. Essas metas variaram entre os grupos de com o objetivo de elas reenquadrarem-se nos
baixo desempenho, desempenho intermediário e critérios do BDE no ano letivo seguinte.
alto desempenho. No entanto, a partir de 2009, Além do resultado das escolas, o site
as metas são únicas para todas as escolas den- da avaliação apresenta as matrizes utilizadas na
tro de um mesmo grupo. elaboração dos itens dos testes, com expli-
O Saepe constitui uma avaliação de ter- cações detalhadas sobre os descritores, os co-
ceira geração em apoio a mecanismos de res- nhecimentos e as competências esperadas para
ponsabilização forte cuja expressão mais con- cada série dos ensinos fundamental e médio,
sistente é o referido BDE. A bonificação varia além de boletins de resultados contendo a aná-
de 50% a 100%: as escolas estaduais que ob- lise contextual com informações nacionais e por
tiverem um índice global abaixo de 50% não município e Estado.
recebem o bônus; a escola que alcançar 50% da O Saepe constitui-se, assim, como uma
meta estipulada recebe a metade do bônus; a avaliação capaz de pautar o currículo e o que os
partir daí, o valor é proporcional ao percentual alunos devem aprender em cada fase do ci- clo
da meta atingido. escolar.
A Secretaria de Educação também in-
centiva o reconhecimento dos professores que Avaliação em larga escala e
permanecem numa mesma escola. Para tanto, o currículo escolar: o que dizem as
cálculo do bônus considera a proporcionalidade pesquisas?
no cumprimento da meta a partir de 50% e a
lotação do professor na escola por, no mínimo, Avaliações de segunda e terceira gera-
seis meses do ano letivo de referência para a ção, associadas à introdução de políticas de
concessão da remuneração. O BDE é coletivo, responsabilização baseadas em consequências
uma vez que todos os funcionários lotados e em simbólicas e materiais, têm o propósito de criar
exercício na escola têm direito ao bônus. Ele é incentivos para que o professor se esforce no
também proporcional ao salário e ao percentual aprendizado dos alunos. No entanto, evidên-
de cumprimento da meta. cias nacionais e internacionais mostram que
Em Pernambuco, o valor máximo a ser principalmente o uso de resultados das avalia-
recebido por cada servidor não está definido a ções de terceira geração para informar inicia-
priori. Enquanto em São Paulo esse valor che- tivas de responsabilização forte pode envolver
ga, no máximo, a 2,4 salários, em Pernambuco, riscos para o currículo escolar. Um deles é a
apenas o valor total alocado pelo governo situação conhecida como ensinar para o teste,
para pagamento do bônus é fixo. Além dis- que ocorre quando os professores concentram
so, a condição para que os servidores de uma seus esforços preferencialmente nos tópicos que
escola tenham acesso ao bônus é a existência de são avaliados e desconsideram aspectos
uma das séries testadas pelo Saepe (4a e 8a série importantes do currículo, inclusive de caráter
do ensino fundamental e 3º ano do ensino não cognitivo.
médio). Desse modo, uma escola que atenda ex- É difícil discordar da alegação de que as
clusivamente a modalidades de ensino não tes- avaliações em larga escala lidam com uma visão
tadas não tem acesso ao bônus. Porém, profes- estreita de currículo escolar diante do que as es-
384 Alicia BONAMINO; Sandra Zákia SOUSA. Três gerações de avaliação da educação básica no Brasil: interfaces...
Pesquisas que analisaram a implementa- obterem melhores resultados, como ensinar a pre-
ção da avaliação no Estado de São Paulo desta- encher gabaritos e aplicar provas com questões
cam elementos que ilustram as transformações semelhantes às provas do Sistema.
que vêm ocorrendo no currículo 9. Os estudos Uma pesquisa realizada por Paulo
feitos há mais tempo tendem a indicar poucos Henrique Arcas (2009) focalizou eventuais re-
efeitos do SARESP no cotidiano escolar, embora percussões do SARESP na avaliação escolar,
destaquem reações de desconfiança e de resis- procurando apreender características e tendên-
tência ao Sistema por parte dos profissionais da cias da avaliação após sua implantação. Para
educação (OLIVEIRA, 1998; ESTEVES, 1998; tanto, realizou-se um estudo em uma diretoria
FELIPE, 1999; KAWAUCHI, 2001). Esses estu- regional de ensino na região metropolitana de
dos, que tiveram como foco eventuais reflexos São Paulo, buscando-se a opinião de professo-
do SARESP na escola, considerando, em espe- res-coordenadores. Por meio de questionário e
cial, opiniões e reações de professores, tendem entrevista, o objetivo foi analisar como viam o
a não identificar influências de seus resultados SARESP e como foram construindo suas opini-
no currículo escolar. ões acerca dele no período de sua vigência – no
É a partir dos estudos realizados na se- caso da referida pesquisa, até 2007. Essas opini-
gunda metade da década de 2000 que são iden- ões possibilitaram identificar como a avaliação
tificadas evidências de efeitos do SARESP no em larga escala vem incidindo na avaliação e no
contexto escolar. Lilian Rose Freire (2008) re- currículo escolar.
alça, nas conclusões de sua pesquisa, realizada em Ficou evidente, na fala dos professores-
uma escola da rede estadual, alguns usos dos -coordenadores entrevistados, que há uma
resultados do SARESP, tais como: i) utilização na tendência de aceitação do SARESP, embora,
composição das notas bimestrais dos alunos; inicialmente, o Sistema tenha sido visto por eles
ii) reprodução de questões na prova unificada com desconfiança. Há evidências de que os
criada pela escola, com a intenção de treinar os dados obtidos na avaliação são analisados e
alunos para a avaliação; iii) utilização, pe- los discutidos no planejamento escolar, no início do
professores de português, das orientações do ano, e também no replanejamento, no início do
SARESP relativas à correção de redações, para segundo semestre letivo. Os resultados da
orientar os alunos nas redações escolares, o que escola e das turmas são analisados e orientam o
pode representar aprimoramento de práticas vi- trabalho escolar, definindo habilidades, compe-
gentes; iv) incentivo à participação dos alunos tências e conteúdos a serem ensinados.
no dia da aplicação das provas do SARESP, por Assim, pode-se afirmar que o SARESP
meio de atribuição de nota a ser considerada na vem-se fazendo presente gradualmente, in-
média bimestral. fluenciado práticas, definindo metas, estabele-
As informações apresentadas por essa pes- cendo rumos, orientando o trabalho pedagógico.
quisa indicam que o significado assumido pelo Outra revelação importante sobre as implica-
SARESP e por seus resultados no contexto da ções de tal avaliação no contexto escolar é que
escola pesquisada não se associa à ideia de uma ela tem incidido sobre as práticas avaliativas
avaliação que traga subsídios para a orientação e desenvolvidas na escola. As evidências da refe-
o replanejamento do trabalho escolar. Com exce- rida pesquisa demonstraram que a avaliação da
ção da iniciativa no uso de critérios para correção aprendizagem realizada na escola toma a ava-
de redações, a interação com o SARESP, ao que liação em larga escala como referência.
parece, é mais instrumental, no sentido de im-
plantar iniciativas que possam ajudar os alunos a Entretanto, o que pôde ser constatado é que
o SARESP, ao servir como referência para
9 - As considerações relativas ao SARESP foram extraídas de SOUSA;
ARCAS, 2010.
as práticas avaliativas empreendidas
386 Alicia BONAMINO; Sandra Zákia SOUSA. Três gerações de avaliação da educação básica no Brasil: interfaces...
garantidas a todos os alunos de ensino fun- cisariam ser aprendidos por todos os alunos,
damental e médio. bem como uma definição mais clara do que es-
Diante disso, o desafio parece ser a com- ses alunos deveriam ter aprendido ao final de
patibilização dos objetivos, desenhos e usos dos cada ciclo nessas duas áreas do saber escolar. É
resultados das três gerações de avaliação em aí que se insere a necessidade de aumentar o
larga escala a fim de propiciar uma dis- cussão acervo de pesquisas que contribuam para a
informada sobre os aspectos específicos de compreensão dos impactos das novas gerações
língua portuguesa e matemática que pre- da avaliação educacional no currículo escolar.
Referências
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Disponível em: <www.abave.org.br>.
Alicia Bonamino é professora associada da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro e coordenadora do Laboratório
de Avaliação em Educação (LAEd).
Sandra Zákia Sousa é doutora em Educação, professora da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo, atuando na
pós-graduação em Estado, Sociedade e Educação, e do mestrado em Educação da Universidade Cidade de São Paulo. Possui
publicações predominantemente no campo da avaliação educacional. Email: sanzakia@usp.br
388 Alicia BONAMINO; Sandra Zákia SOUSA. Três gerações de avaliação da educação básica no Brasil: interfaces...
TEXTO 2
MATERIAL DIDÁTICO
FORMAÇÃO DE PROFESSORES
Avaliação na
Educação
Infantil: por
que, o quê e
como avaliar?
Bauru 1
2021
APRESENTAÇÃO
Contato: melissa.lepre@unesp.br
jamile.oliveira@unesp.br
2
ANTES DE AVALIAR A CRIANÇA, É
IMPRESCINDÍVEL AVALIAR A PRÁTICA!
5
O QUE DIZ A LEGISLAÇÃO?
6
BRASIL. Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Educação é a Base.
Brasília, MEC/CONSED/UNDIME, 2017.
CAMPOS DE EXPERIÊNCIA:
ANTES
DURANTE
DEPOIS
Sociedade
Crianęa
Família
Escola
Comunidade
Cultura
Desenvolvimento Físico-Motor:
O crescimento do corpo e do cérebro, as
capacidades sensoriais e perceptivas, as habilidades
motoras (sustentar a cabeça, sentar, andar, correr,
saltar) e o desenvolvimento neurológico.
Desenvolvimento Cognitivo:
Desenvolvimento das capacidades mentais
superiores como atenção, memória, concentração,
pensamento, linguagem, criatividade, flexibilidade
cognitiva e outras.
Desenvolvimento Afetivo:
Desenvolvimento das emoções e sentimentos.
Construção da personalidade. Autoimagem e
autoestima. Relações intra e interpessoais.
Desenvolvimento Sociomoral:
Construção da autonomia moral a partir das
interações sociais. Entendimento e internalização das
regras de convivência. Princípios morais. Virtudes.
10
TEORIAS QUE ABORDAM O DESENVOLVIMENTO
INFANTIL E SUAS RELAÇÕES COM A
APRENDIZAGEM
A Psicogenética de Wallon
(desenvolvimento da pessoa completa -
campos funcionais: movimento, afetividade, inteligência,
pessoa)
“Consideramos que esses autores, junto com Piaget, devem ser lidos e
estudados, não apenas em funęão da riqueza de suas contri uięões teóricas,
que podem ser colocadas a servięo dos professores, orientando seu
entendimento de homem, mundo, sociedade e, so retudo, de escola, de crianęa
e de aluno, mas tam ém porque suas diferentes a ordagens podem dialogar,
uma vez que partem de uma ase epistemológica comum, que denominamos,
para fins didáticos, de Interacionismo. Entende-se, assim, que Piaget,
Vygotski e Wallon partilham a ideia de que o sujeito, para conhecer, construir
cultura e se constituir em uma pessoa, precisa interagir com o o jeto e, nessa
interaęão, am os sujeito e o jeto aca am por se constituir mutuamente.”
(DAVIS; ALMEIDA; RIBEIRO;RACHMAN, 2012, p.64, grifo nosso)
11
SUGESTÕES DE INSTRUMENTOS PARA
AVALIAÇÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Relatórios de o servaęão
Os relatórios de observação, como o próprio nome diz, se referem
aos registros escritos durante e depois da realização das atividades
planejadas na rotina da Educação Infantil. Para favorecer a construção
desse documento é recomendado que o educador disponha de um
caderno ou bloco de anotações que esteja ao seu alcance todo tempo
em que estiver com as crianças. Portanto, que seja fácil de portar em
diferentes ambientes e possua um apoio, tipo prancheta ou capa dura,
caso o professor não tenha uma mesa disponível.
Nesses registros é importante constar a data da observação e o
nome da criança que está sendo observada. Fazem parte do conteúdo
das observações, as interações, falas, interesses, dificuldades e
progressos das crianças. É interessante que o professor organize uma
escala de observação, assim garantirá que todos os estudantes sejam
inclusos nas observações.
PAUTA DE OBSERVAÇÃO
Nome da criança: Data: / /
Como se expressa por meio de linguagem verbal?
( ) balbucia ( ) palavras ( ) frases ( ) mantém diálogo
Responde comandos simples?
( ) Sim ( ) Não
Quanto ao nome:
( ) Conhece ( ) Identifica ( ) Reconhece
12
É imprescindível lembrar que os relatórios de observação podem
ser compostos de fotografias e gravações que, de tempo em tempo,
serão analisados junto às anotações a fim de averiguar o
desenvolvimento das crianças e permitir a organização pedagógica do
professor.
Relatórios de acompanhamento
Quando acontece o processo de retomada dos registros de
observação com o intuito de aperfeiçoar a prática e identificar o
desenvolvimento das crianças, estamos nos referindo ao relatório de
acompanhamento. Esse documento é fundamental e faz parte das
documentações necessárias à Educação Infantil, pois são evidências do
trabalho pedagógico e instrumentos de devolutiva à família e equipe
gestora.
Além da análise escrita do educador, é possível apresentar fichas
de avaliação que permitam a rápida visualização das habilidades e
competências já adquiridas pela criança.
FICHA DE AVALIAÇÃO
Estudante:
Professor:
ASPECTO AVALIADO AVALIAÇÃO
14
“Avaliar é importante para que o educador tenha uma visão
glo al da crianęa, considerando suas potencialidades e não o
que a crianęa não sa e fazer. A avaliaęão deve uscar verificar
se os resultados foram alcanęados, se houve progressos no
aprendizado, quais os pontos positivos ou negativos que o
educador deve investigar, de forma que isto contri ua tam ém
para a melhoria de um (re)planejamento reflexivo da aęão
educativa” (SILVA, 2012, p. 4-5).
15
Referências Bibliográficas
BASSEDAS, E. HUGUET, T.; SOLÉ, I. Aprender e ensinar na educação infantil. Porto
alegre: Artes Medicas Sul, 1999.
FREIRE, P. A importância do ato de ler em três artigos que se completam. São Paulo:
Cortez, 1984.
HOFFMANN, J. M. L. Avaliação mito e desafio: uma perspectiva construtivista. 43. ed. Porto
Alegre: Mediação, 2013.
SHORES, E.; GRACE, C. Manual de portfólio: um guia passo a passo para o professor.
Artmed: Porto alegre, 2001.
16
TEXTO 3
Guia
da ação
avaliativa
Estratégias de avaliação diagnóstica
e formativa para uso durante as aulas
Expediente
REALIZAÇÃO AUTORES
Centro de Políticas Públicas e Avaliação Avaliação Formativa e a Base
da Educação da UFJF (CAEd/UFJF) Nacional Comum Curricular
Frente CONSED/UNDIME de Avaliação José Francisco Soares
Fundação Lemann
Atividades de múltipla escolha
Carlos Palacios
COORDENAÇÃO
Fundação CAEd/UFJF
Carlos Palacios
Leonardo Lapa Pereira Questões de resposta construída
Lina Kátia Mesquita de Oliveira Josiane Toledo
Renata Ferraz Fundação CAEd/UFJF
4 7 15 31 47 59 71
AVALIAÇÃO AVALIAÇÃO ATIVIDADES DE ATIVIDADES RUBRICAS OBSERVAÇÃO PORTFÓLIO
DIAGNÓSTICA FORMATIVA MÚLTIPLA ESCOLHA DE RESPOSTA COM FOCO NO E REGISTRO EM
E FORMATIVA E A BASE CONSTRUÍDA SOCIOEMOCIONAL SALA DE AULA
NO RETORNO NACIONAL
16 Situações de uso 33 Situações de uso 49 Situações de uso 60 Situações de uso
ÀS AULAS COMUM 73 situações de uso
PRESENCIAIS CURRICULAR 17 Características 34 Características 52 A importância 61 Observações 74 O que contém
principais e partes principais e da devolutiva
que compõem 62 Registros 76 Como elaborar
formatos pedagógica 63 Investigação
19 Habilidades 79 Exemplos e
39 Roteiro básico 54 Como utilizar 63 Síntese
instrumentos
e níveis de para elaboração rubricas com foco 63 Balanço de
dificuldade dos instrumentos no socioemocional aprendizagem 80 Sugestões
20 Etapas e critérios 64 Avaliação de aula de leitura e
40 Considerações 57 Exemplos e
referências
21 Outros formatos práticas para a instrumentos 65 Exemplos e
correção das instrumentos
23 Exemplos e 58 Sugestões
respostas
instrumentos de leitura e 70 Sugestões
41 Exemplos e referências de leitura e
30 Sugestões
instrumentos referências
de leitura e
referências 46 Sugestões
de leitura e
referências_4
Guia
AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA E FORMATIVA AVALIAÇÃO FORMATIVA E A BASE ATIVIDADES DE ATIVIDADES DE RUBRICAS COM FOCO OBSERVAÇÃO E REGISTRO PORTFÓLIO
da ação NO RETORNO ÀS AULAS PRESENCIAIS NACIONAL COMUM CURRICULAR MÚLTIPLA ESCOLHA RESPOSTA CONSTRUÍDA NO SOCIOEMOCIONAL EM SALA DE AULA
avaliativa
INTRODUÇÃO AO TEMA
Avaliação diagnóstica
e formativa no retorno
às aulas presenciais
Guia
AVALIAÇÃO FORMATIVA E A BASE ATIVIDADES DE ATIVIDADES DE RUBRICAS COM FOCO OBSERVAÇÃO E REGISTRO PORTFÓLIO
da ação AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA E FORMATIVA
NO RETORNO ÀS AULAS PRESENCIAIS NACIONAL COMUM CURRICULAR MÚLTIPLA ESCOLHA RESPOSTA CONSTRUÍDA NO SOCIOEMOCIONAL EM SALA DE AULA
avaliativa
Diante disso, uma pergunta se faz fundamental: De modo a prestar apoio nesse processo, foi Também faz parte do percurso este Guia da ação
como verificar o impacto desse período de iso- desenvolvida a Plataforma de apoio à aprendi- avaliativa, que busca orientar os professo- res de
lamento social no desenvolvimento de habilida- zagem, com materiais de acolhimento e combate todas as áreas do conhecimento para a
des e competências nos diferentes componen- à Covid-19, priorização curricular alinhada a Base elaboração e aplicação de instrumentos avaliati-
tes curriculares? Nacional Comum Curricular (BNCC) e atividades de vos. Trata-se de um material a ser utilizado tanto
verificação da aprendizagem e orientações pe- em conjunto com as atividades disponibilizadas na
Lembremos o que diz o Parecer 11/2020 do CNE: dagógicas em Língua Portuguesa e Matemática, Plataforma, quanto em outras avaliações desenvol-
aberta a todas as redes públicas de ensino do país. vidas pela rede e pela própria escola.
“O planejamento da volta às aulas ocorre
em três frentes principais: acolhimento;
1. Parecer CNE 11/2020. Disponível em: https://www.cnm.org.br/cms/images/stories/Links/09072020_Parecer_CNE_CP11_2020.pdf
avaliações diagnósticas para identificar os
níveis de aprendizagem dos estudantes e, a
partir disso, estabelecer intervenções; a
reorganização do espaço Físico e a adoção
das medidas de higiene necessárias para
evitar a contaminação da COVID-19.”
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Guia
AVALIAÇÃO FORMATIVA E A BASE ATIVIDADES DE ATIVIDADES DE RUBRICAS COM FOCO OBSERVAÇÃO E REGISTRO PORTFÓLIO
da ação AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA E FORMATIVA
NO RETORNO ÀS AULAS PRESENCIAIS NACIONAL COMUM CURRICULAR MÚLTIPLA ESCOLHA RESPOSTA CONSTRUÍDA NO SOCIOEMOCIONAL EM SALA DE AULA
avaliativa
O presente Guia busca, portanto, orientar professo- Esta é uma ferramenta integrada à Plataforma de Sendo assim, o objetivo do Guia é apoiar a rea-
res especificamente para a realização de avaliações apoio à aprendizagem, mas que também pode ser lização das avaliações diagnósticas de retorno e
diagnósticas e formativas, conforme destacamos a acessada de forma independente, em PDF, como servir ao acompanhamento do percurso formati-
seguir, do item 7.3 do referido Parecer do CNE: um material de apoio da rotina do profissional que vo dos estudantes na volta às aulas presenciais.
deseja apropriar-se de diferentes instrumentos de Espera-se, com isso, que o processo avaliativo seja
avaliação e utilizá-los em sua prática pedagógica. cada vez mais incorporado ao ensino e à apren-
“Avaliação diagnóstica e formativa dos Seja para elaborar suas próprias atividades, seja dizagem, de modo que o seu foco seja sempre o
alunos no retorno às aulas presenciais busca para inteirar-se das etapas do processo avaliativo. desenvolvimento integral do estudante. ■
avaliar o que o aluno aprendeu e quais as O Guia da ação avaliativa traz orientações sobre
lacunas de aprendizagem. Recomenda-se diferentes modelos de avaliação que podem ser Boa leitura!
que as avaliações sejam realizadas pelas utilizados em sala de aula, sendo eles:
escolas e utilizem questões abertas, além
dos testes de múltipla escolha, podendo ⊲ Atividades de múltipla escolha,
ocorrer de vários modos: ⊲ Atividades de resposta construída,
[...] Utilização de portfólio, onde registram-se as ⊲ Rubricas com foco no socioemocional,
evidências de aprendizagem que poderão ⊲ Observação e registro em sala de aula e
subsidiar a avaliação formativa ⊲ Portfólio.
[...] Avaliação formativa para identificar Essas metodologias são complementares e podem
quais competências e habilidades foram ser mobilizadas para avaliar todos os componen- tes
desenvolvidas pelos alunos durante o curriculares e as dez competências gerais da BNCC,
período de isolamento, como os alunos incluindo elementos socioemocionais.
lidaram com as atividades não presenciais,
quais as dificuldades encontradas;”
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avaliativa
INTRODUÇÃO AO TEMA
Avaliação formativa
e a Base Nacional
Comum Curricular
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avaliativa
APRENDIZAGEM
E A BNCC
A BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR são sintetizados na BNCC por meio de dez com-
(BNCC) é composta por textos conceituais, seguidos petências gerais.
de um conjunto de objetivos de aprendizagem que O primeiro domínio contempla conhecimentos
definem aquilo que é essencial que todos os estu- fundamentais das diferentes áreas, entre os quais
dantes aprendam ao fim do seu percurso escolar. está, por exemplo, a Leitura. Além desses, há tam-
Para definir as aprendizagens essenciais, a BNCC bém os conhecimentos interdisciplinares, cada dia
considerou as necessidades dos estudan- tes mais necessários, e os processuais, conhecimen- tos
brasileiros para acessar uma vida plena no sé- culo sobre algo que é feito e como é feito.
XXI, um período marcado por volatilidade, in- O segundo grupo de aprendizados é o das ha-
certeza, complexidade e ambiguidade. As lições de bilidades, ou seja, aprendizados que podem ser
mudanças curriculares realizadas por diversos países usados em quaisquer situações. Os estudantes
e as discussões no âmbito do projeto Edu- precisarão, em suas vidas, resolver problemas em
cação2030 das Nações Unidas foram também diversos contextos e, para isso, precisarão de ha-
consideradas. bilidades cognitivas e metacognitivas, que englo-
As aprendizagens essenciais partem do prin- bam pensamento crítico, criatividade e a capacida-
cípio de que, para atender às demandas comple- de de aprender; habilidades sociais e emocionais,
xas da vida cotidiana, do exercício da cidadania e como empatia, autoeficácia e colaboração; além de
do mundo do trabalho, os estudantes devem habilidades práticas e físicas.
mobilizar aprendizados em três grandes domí- Por sua vez, o uso de conhecimentos e ha-
nios: conhecimentos, habilidades e atitudes, que bilidades é mediado por um terceiro grupo de
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AVALIAÇÃO FORMATIVA:
OBJETIVOS, FINALIDADES
E CARACTERÍSTICAS
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Preparar Fornecer
discussões, devolutivas
tarefas e que ajudem
atividades que os estudantes
evidenciam o
PROFESSOR aprendizado
OU
Compreender
Cada estudante deve ser fonte
e introjetar os
de aprendizado para seus colegas
objetivos de
aprendizagem
TURMA
ESTUDANTE
Fonte: Adaptado de Wiliam, Dylan. Embedded formative assessment. Solution Tree Press, 2011.
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ONDE O ESTUDANTE
DEVE CHEGAR?
COM FREQUÊNCIA, os documentos curricula- O verbo da frase que expressa cada objetivo de
res de sistemas de ensino e escolas consistem em aprendizagem indica a ação que deve ser realizada
meras listagens, o que não permite a construção de com conhecimentos, habilidades e atitudes, para a
uma compreensão da equipe escolar sobre o solução de um dado problema. A reflexão sobre o
sentido pedagógico de cada objetivo. Por isso, é verbo de cada objetivo é particularmente importan-
necessário construir uma descrição do significado te, pois o processo cognitivo, que o verbo encap-
de cada um, preferencialmente por meio de uma sula, define a forma de organização das atividades
atividade coletiva com toda a equipe. didáticas e das avaliações. No exemplo acima, uma
Um exemplo ajuda na compreensão. Nos currícu- aula centrada em capacitar os estudantes a “distin-
los de Língua Portuguesa, é comum encontrar um ob- guir” é diferente de uma aula para “caracterizar”.
jetivo similar a “Distinguir fato de opinião”, essencial Como o objetivo de aprendizagem consiste em
para a leitura crítica de textos nas mídias sociais. Esse uma afirmativa sobre o aprendizado, sua compre-
objetivo assume que os estudantes já sabem caracte- ensão só é completa depois que forem estabele-
rizar conceitualmente o que é um fato, isto é, algo que cidos critérios para verificar se o estudante atin- giu
pode ser provado como falso ou verdadeiro; ou uma o objetivo esperado. Portanto, nesse exemplo, a
opinião, que é expressada a partir de sentimentos e evidência consiste em produzir a comprovação
não pode ser classificada como falsa, nem como ver- empírica que caracteriza o fato, o que assume uma
dadeira. Além disso, antes de saber distinguir, os es- forma específica em cada situação.
tudantes devem ser capazes de identificar as marcas
linguísticas usadas para expressar os conceitos.
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ONDE O ESTUDANTE
ESTÁ?
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COMO OS PROFESSORES, usando o conhecimento tanto, esta etapa nada mais é do que uma orien-
dos objetivos de aprendizagem, dos critérios de tação para o estudante, sobre como preencher as
PROGREDIR? verificação, das tarefas propostas e das respostas lacunas encontradas.
dos estudantes, devem definir quais conhecimen- Finalmente, o professor ou a professora deve usar
tos ou habilidades precisam ser reforçados e quais todas as informações coletadas para reorien- tar e
estudantes ainda necessitam desenvolvê-los. Por- adequar o seu trabalho pedagógico.
CONCLUSÃO A AVALIAÇÃO FORMATIVA é um processo rer na prática da sala de aula. Deve-se ressaltar
contínuo que ocorre junto ao trabalho de ensino e que nem todas as etapas descritas anteriormente
consiste na coleta e na interpretação de evidências estarão presentes em todas as suas manifesta- ções.
sobre a conquista de objetivos de aprendizagem. Ela O núcleo do conceito é verificar o apren- dizado e,
coloca os estudantes no centro do processo, pois o imediatamente, usar o conhecimento adquirido
foco é a evolução do seu aprendizado; além disso, a com a verificação para ajudar o estu- dante na
avaliação formativa exige também a parti- cipação melhoria de seu aprendizado. Ao acom- panhar a
do aluno, seja na compreensão dos crité- rios aprendizagem daquilo que deve ser en- sinado, a
utilizados e no desempenho alcançado, seja no avaliação formativa também fortalece a
processo de autoavaliação. implementação do currículo. E, a partir das evi-
As próximas seções do Guia mostram como as dências obtidas, dá suporte ao trabalho de pro-
etapas de uma avaliação formativa podem ocor- fessores e gestores. ■
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INSTRUMENTOS AVALIATIVOS
Atividades de
múltipla escolha
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SITUAÇÕES
DE USO
ATIVIDADES DE MÚLTIPLA ESCOLHA são o mitem que o profissional elabore, aplique e corrija,
tipo de instrumento mais utilizado para compor ava- em um curto espaço de tempo, testes que verifi-
liações e testes em larga escala. A razão se deve a quem o desenvolvimento de habilidades previstas no
algo bastante simples, que é a facilidade com que os currículo de um determinado ano escolar e área do
resultados podem ser gerados e processados, dado conhecimento.
que a sua correção é absolutamente objeti- va: basta Por outro lado, essa praticidade só conduzirá a
verificar se o estudante marcou a alterna- tiva uma melhora do aprendizado se os testes forem
correspondente ao gabarito. elaborados de acordo com critérios de qualida-
Essa mesma praticidade também vale para o de bem estabelecidos. Sendo assim, abordaremos
trabalho do professor ou da professora em sala de aqui os principais métodos para a construção de
aula. Embora seja indispensável o uso de outros atividades de múltipla escolha para fins de avalia-
formatos de avaliação, como aqueles abordados ção com foco no desenvolvimento do estudante.
neste Guia, as atividades de múltipla escolha per-
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Vamos falar primeiro da estrutura dessa ativi- nal, dentre diversos outros – os quais devem ter os O quarto e o quinto elementos são os distratores
dade. O elemento com o qual temos um contato direitos autorais respeitados e referenciados. e o gabarito. Os distratores são as alternativas in-
inicial é o enunciado. Ele é a primeira instrução O terceiro elemento é o comando, que é o estí- corretas, de modo que qualquer alternativa que não
do problema a ser resolvido e é utilizado quando há mulo que direcionará o estudante à sua resposta. Ele seja um gabarito é um distrator. O distrator é uma das
necessidade de direcionar o estudante para a leitura pode ser elaborado em formato de pergunta ou, partes mais importantes na hora da elaboração da
de um texto, como neste caso, ou realizar uma breve como no nosso exemplo, de sentença a ser atividade, pois deve ser plausível, de tal maneira que
contextualização a respeito das per- guntas que completada. o estudante não o descarte por conta de algum con-
serão feitas. teúdo absurdo, ao mesmo tempo em que seu conte-
O segundo elemento é o suporte, que nesse údo precisa, sem sombra de dúvida, estar incorreto.
exemplo é o poema “Canção do Exílio”. Assim como ATENÇÃO! Por último, o gabarito é a alternativa correta da
o enunciado, o suporte também não é uma parte obri- É importante evitar comandos muito longos e atividade. Tal qual os distratores, um gabarito não
pouco claros, ou que apresentem termos na
gatória da atividade, de forma que se faz necessário pode dar margem para que a sua correção seja
negativa, para que o aluno não se
apenas quando a atividade exige interpretação de confunda; ou que peçam para que seja questionada. Além disso, nem o gabarito e nem o
algum texto ou uma contextualização maior para que identificava a alternativa incorreta em distrator devem se destacar em relação às demais
o problema seja resolvido. Ele pode ser criado pelo vez da correta – afinal, queremos avaliar alternativas, para que não atraiam excessivamen-
professor ou pela professora – no caso de gráficos e a capacidade do estudante de indicar o te a atenção do aluno. Sendo assim, na hora de
tabelas – e retirado de livros, periódicos e meios percurso certo, não o errado. redigir as alternativas, procure seguir uma mesma
digitais – no caso de contos, poemas, fragmentos de estrutura, com sintaxe e tamanhos semelhantes,
romance, artigos, notícias, verbetes, tirinhas de jor- como no exemplo de atividade apresentada.
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HABILIDADES E NÍVEIS
DE DIFICULDADE
AGORA, VAMOS FALAR mais especificamente se, no exemplo apresentado, o suporte fosse um ples e familiar; o mesmo vale para um suporte de
do conteúdo de uma atividade de múltipla escolha. poema pouco familiar, de linguagem mais rebus- Ciências da Natureza que consista na imagem de
No exemplo, é avaliada a habilidade de Língua Por- cada, a atividade provavelmente se tornaria mais uma cadeia alimentar com seres vivos que não fa-
tuguesa que diz respeito à inferência de informa- complexa para o estudante. A escolha das alter- zem parte do contexto do aluno.
ções que não estão explícitas no texto. Habilidades nativas tem também o mesmo efeito: se o gabarito Tudo isso nos leva a uma regra fundamental que
como essa estão presentes na Base Nacional Co- fosse alterado para “manifesta um sentimento ufa- deve sempre nortear a elaboração de qualquer ins-
mum Curricular (BNCC) e nas Matrizes de Referên- nista”, é bem possível que os estudantes encon- trumento avaliativo: todos os elementos de uma
cia dos sistemas de avaliação. Um ponto importante trassem maior dificuldade, dada a menor familiari- atividade devem ser construídos tendo em vista
a ser ressaltado é que cada atividade deve avaliar dade com o termo “ufanista”. o nível de dificuldade desejado, além de estarem
somente uma habilidade, de forma que seja pos- Isso vale para qualquer outra área do conheci- de acordo com a etapa de ensino do estudante.
sível estimar, com base em seu acerto ou erro, se o mento. Por exemplo, uma habilidade de Matemá- Não se deve, portanto, aplicar uma atividade fácil
estudante já a desenvolveu ou não. tica que avalie leitura de gráficos se tornará mais ou difícil com o intuito apenas de ajudar ou punir o
Outro ponto relevante é compreender as gra- difícil se a atividade utilizar, como suporte, um grá- aluno. A razão deve estar associada a uma informa-
dações de dificuldade de uma habilidade. Assim fico com uma complexidade maior de informações; ção que será importante para o seu trabalho peda-
como existem habilidades simples e habilidades em Ciências Humanas, uma atividade que conte- nha gógico em sala de aula, que é verificar se o estudan-
complexas, cada uma possui também diferentes um texto de um teórico do século XVIII tem chances te alcançou determinado nível de aprendizagem.
níveis de dificuldade. Um suporte menos acessível de ser mais difícil que outra que avalie a mesma
torna automaticamente uma habilidade mais difícil: habilidade, mas possua um suporte sim-
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ETAPAS
E CRITÉRIOS
O PONTO DE PARTIDA para elaborar uma ati- te que um suporte desnecessário pode confundir o formato quanto de nível de complexidade, de tal ma-
vidade de múltipla escolha tradicional é escolher a aluno e prejudicar a qualidade do instrumento. neira que depois seja possível identificar quais textos
habilidade que será avaliada, o que pode ser feito A partir daí, deve-se prosseguir para a elabora- precisam ser mais trabalhados em sala de aula. Isso
a partir da BNCC, da Matriz de Referência do siste- ção de um comando que induzirá o estudante a também vale para as habilidades: tente abarcar uma
ma de avaliação ou do currículo da rede. Caso sua realizar um percurso cognitivo em torno da habi- quantidade razoável delas, que possibilite depois,
área do conhecimento seja Língua Portuguesa ou lidade avaliada; por fim, o percurso esperado de- a partir dos resultados, a criação de um mapa mais
Matemática, você encontra, na seção Habilidades verá coincidir com uma das alternativas apresenta- completo da aprendizagem de seus estudantes.
prioritárias da BNCC desta Plataforma, uma lista das, que é o gabarito. É importante também que um teste contenha
de habilidades que devem receber mais atenção em Ao construir os distratores, procure pensar em atividades com diferentes níveis de dificuldade.
cada ano escolar. caminhos possíveis e plausíveis que estudantes Um teste muito difícil pode desestimular o estudan-
Após selecionada a habilidade, você deverá re- que ainda não desenvolveram a habilidade pode- te e prejudicar o processo avaliativo; o mesmo vale
fletir se a atividade será contextualizada, o que rão percorrer, e fuja sempre das “pegadinhas”, que para um teste muito fácil, que poderá focar somente
pode se dar por meio de um suporte. Um bom crité- em nada ajudam no processo avaliativo. Quando naquilo que já aprenderam. O tamanho também me-
rio para essa escolha é estabelecer um nível de difi- redigir o gabarito, seja claro e evite ambiguidades. rece atenção, pois, um teste muito extenso pode fa-
culdade e complexidade desejado, ou verificar se o Durante a construção de um teste com diversas zer com que o estudante fique cansado e não con-
estudante precisa de alguma informação adicional atividades, procure diversificar, principalmente no siga concentrar-se plenamente na resolução das
para responder à questão. Porém, tenha em men- que diz respeito aos suportes, tanto em termos de atividades, ou, até mesmo, opte pelo “chute”.
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avaliativa
ATIVIDADE DE MÚLTIPLA
ESCOLHA DE FÍSICA
ETAPA 2EM
HABILIDADE Compreender
o calor como forma de
transferência de energia.
TAREFA Reconhecer que
dois blocos com temperaturas
diferentes, quando postos
em contato, trocam calor
entre si até atingirem
o equilíbrio térmico.
GABARITO B
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ATIVIDADE DE MÚLTIPLA
ESCOLHA DE QUÍMICA
ETAPA 2EM
HABILIDADE Compreender a
cinética de reações químicas.
TAREFA Identificar, a partir
da análise de uma fotografia,
a maneira como a temperatura
influi na velocidade da
ocorrência de uma reação
de efervescência de um
comprimido de vitamina C
em água.
GABARITO A
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avaliativa
ATIVIDADE DE MÚLTIPLA
ESCOLHA DE MATEMÁTICA
ETAPA 8EF
HABILIDADE (EF08MA13)
Resolver problemas que
envolvam grandezas
diretamente ou inversamente
proporcionais, por meio de
estratégias variadas.
TAREFA Utilizar
proporcionalidade direta entre
duas grandezas na resolução
de problema.
GABARITO D
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Guia
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da ação NO RETORNO ÀS AULAS PRESENCIAIS NACIONAL COMUM CURRICULAR MÚLTIPLA ESCOLHA RESPOSTA CONSTRUÍDA NO SOCIOEMOCIONAL EM SALA DE AULA
avaliativa
ATIVIDADE DE MÚLTIPLA
ESCOLHA DE LÍNGUA
PORTUGUESA
ETAPA 9EF
HABILIDADE Identificar o
objetivo comunicativo de
um texto com base na sua
estrutura e seu conteúdo.
TAREFA Identificar o objetivo
comunicativo de uma
reportagem.
GABARITO D
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avaliativa
ATIVIDADE DE MÚLTIPLA
ESCOLHA DE HISTÓRIA
ETAPA 9EF
HABILIDADE Identificar
diferentes abordagens
existentes em fontes
históricas diversas.
TAREFA Identificar a construção
do conhecimento histórico
relacionado a escravidão da
população negra, no Brasil do
final do século XIX, através de
uma fotografia daquele contexto.
GABARITO B
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avaliativa
ATIVIDADE DE MÚLTIPLA
ESCOLHA DE GEOGRAFIA
ETAPA 1EM
HABILIDADE Identificar os
diferentes tipos de biomas
brasileiros.
TAREFA Identificar a
espacialidade do bioma da Mata
Atlântica por meio da associação
entre uma imagem da paisagem
desse bioma e um mapa sobre
a espacialidade dos biomas
brasileiros.
GABARITO D
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avaliativa
Instrumentos
Para os componentes de Matemática e Língua Portuguesa é possível encontrar
Atividades de verificação da Aprendizagem para o Ensino Fundamental e
Médio em https://apoioaaprendizagem.caeddigital.net/
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INSTRUMENTOS AVALIATIVOS
Atividades de
resposta construída
resposta construída
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SITUAÇÕES
DE USO
UMA QUESTÃO de resposta construída visa ob- será desenvolvida para atingir o objetivo estabe- Um caminho para orientar essas escolhas resi- de
ter mais informações acerca do desenvolvimento de lecido pela atividade. em consultar na Plataforma as habilidades da BNCC
habilidades associadas a um dado conteúdo Para se saber, concretamente, quais habilida- des elencadas como prioritárias para a etapa.
curricular, permitindo ao professor ou à professora o a serem trabalhadas empregando questões de Nesse sentido, as questões de resposta cons-
acesso à produção efetiva do aluno. resposta construída, é importante o conhecimen- truída podem contribuir para avaliar mais ade-
De modo geral, tanto uma atividade de respos- ta to do currículo da etapa de escolaridade, sua arti- quadamente processos cognitivos complexos,
construída quanto uma de múltipla escolha po- dem culação com a BNCC e de que modo a habilidade além de ajudar a visualizar aspectos importantes do
avaliar habilidades e conteúdos semelhan- tes, e o conteúdo abordados podem ser pré-requisito desempenho estudantil, de modo que se possa
tudo dependerá do modo como a questão para as aprendizagens subsequentes. realizar intervenções pedagógicas mais eficazes.
*
Feitas tais considerações, o professor ou a professora poderá estruturar as atividades
de resposta construída que melhor se adequam à realidade de seus planos de aula,
da turma, da escola, enfim, dos objetivos de aprendizagem a serem alcançados.
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CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS
E FORMATOS
AS ATIVIDADES de respostas construídas são diferença implicará no tipo de correção a ser realização de atividades e/ou de um teste,
assim denominadas, pois exigem que, a partir de um executada e mesmo nas condições de aplicação. que podem dizer respeito, por exemplo, ao
comando, uma instrução, ou seja, um dado estí- tempo de aplicação de uma questão específica
mulo, o aluno construa sua resposta. Uma questão ⊲ Instrução / Comando ao Respondente: pode ou do teste como um todo. Tais orientações
de resposta construída ou aberta deve apresentar se concretizar em uma única frase ou em uma devem ser claras e o mais completas possível,
alguns elementos que são considerados universais: sequência mais longa de instruções sobre a de modo que, ao se realizar a correção, não
natureza do que se deseja avaliar. paire dúvidas sobre o desempenho.
⊲ Conteúdo e demanda cognitiva: o conteúdo
tratado na questão pode ser objetivo, com ⊲ Condições de execução: são definidas ⊲ Chaves e critérios de correção:
resposta em termos de certo ou errado, ou por quem elabora os itens e serve para os critérios de correção e pontuação
subjetivo, cuja resposta exigirá uma avaliação estruturar os testes. Essas condições devem ser estabelecidos quando da
detalhada de um corretor/avaliador. Essa envolvem, portanto, orientações para elaboração da questão e do teste.
*
Para se garantir uma boa análise acerca das aprendizagens dos alunos, é preciso que as questões
de resposta construída sejam claras, de modo a certificar que o aluno compreenda a tarefa que lhe
foi proposta e que todos os requisitos para resposta estejam bem descritos. Além disso, a chave de
correção deve ser consistentemente estruturada para garantir a devida interpretação da resposta.
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avaliativa
RESPOSTA CURTA A PARTIR DE UMA RESPOSTA CURTA RESPOSTA CURTA QUE EXIGE O
IMAGEM: essa atividade é bastante utilizada COM SITUAÇÃO PROBLEMA: CONHECIMENTO DE FATOS, PODENDO,
no processo de alfabetização. EM ALGUNS CASOS, HAVER MAIS DE
UMA PERGUNTA RELATIVA AO FATO:
Escreva o nome da figura que você vê. Se um chocolate custa 1 real A respeito da Primeira Guerra Mundial,
e Ana vai comprar 5 chocolates, responda à seguinte questão:
quanto ela vai pagar no total?
A) Qual fato foi responsável pelo
início da Primeira Guerra Mundial?
ESSE
COMANDO ORIENTAÇÕES
É LIDO PELO Resposta: 5 reais PARA RESPONDER
PROFESSOR À QUESTÃO
OU PELA
PROFESSORA
O assassinato do arquiduque
Francisco Ferdinando.
ou
O assassinato do herdeiro do trono
do Império Austro-húngaro.
ou
BOLA
O assassinato de Francisco Ferdinando,
arquiduque do Império Austro-húngaro.
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avaliativa
PREENCHIMENTO DE LACUNAS: costuma CLOZE: nesse tipo de atividade, o aluno intervém no pois exige que o aluno reconheça o sentido
envolver uma única frase com um ou dois espaços corpo do texto, que possui alguns termos suprimidos. do contexto e acesse seu léxico mental de modo
em branco. Normalmente, avalia a recordação a preencher a lacuna.
Escolhe-se um texto, no qual palavras são substituídas
de um conhecimento, tratando-se, pois, de um
por uma lacuna. Trata-se uma atividade que pode No exemplo a seguir, foram apagadas todas
processo com baixa demanda cognitiva. Para
ser utilizada para avaliar compreensão e fluência de as sétimas palavras em sequência no texto.
esse tipo de abordagem, as questões de múltipla
leitura, e que se associa ao domínio de vocabulário, A resposta correta encontra-se entre parênteses:
escolha são mais recomendadas.
O Arcadismo brasileiro sofreu forte Desenhos são uma fonte de informação (e) uma maneira especial de obter
influência do . revelações (sobre) a mente. Diferentes disciplinas, como a
(psicologia), a educação e as artes, buscaram (investigar) essa atividade.
Muitos pesquisadores concordam que (os) desenhos são uma importante
Resposta: Iluminismo forma de (expressão) utilizada pelas crianças para comunicar naturalmente
(os) seus pensamentos, suas emoções e a (maneira) de ver o
mundo ao seu (redor).
STUDART, Denise Coelho. Conhecendo a experiência museal das crianças por meio de desenhos.
In: MASSARANI, Luisa (ed). Ciência e criança: a divulgação científica para o público infanto-juvenil.
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Essas atividades adequam-se à avaliação de Para atividades que exigem a produção de um texto,
demandas cognitivas mais complexas, refletindo podemos ter a elaboração de uma Redação / um
a habilidade do aluno e sua capacidade de ensaio ou uma resposta estruturada em poucas
desenvolver um raciocínio crítico, de modo que sentenças, geralmente, em um parágrafo. Essas
exigem chave de correção. Nelas, o aluno pode questões são muito comuns na área de Linguagens
demonstrar a capacidade de articular informações, e Ciências Humanas.
posicionar-se, expressar-se oralmente ou por escrito.
Nesse tipo de atividade, mesmo com maior liberdade
Neste capítulo, iremos nos concentrar em formatos para executar a tarefa, o aluno é conduzido para tal
de atividades que exigem uma produção escrita. por meio de orientações claras que lhe permitam
Assim, para elaboração e correção de questões compreender qual tipo de raciocínio deve elaborar
de resposta construída que solicitam ao aluno e qual conhecimento está sendo solicitado.
desenvolver um texto, é fundamental compreender
que a escrita:
1. é um produto de um dado escritor (aluno) ELABORAÇÃO DE COMANDOS / ENUNCIADOS PARA PRODUÇÃO DE UMA REDAÇÃO
destinado a um certo público (que pode ser
apenas o professor ou a professora, como
Deve-se se ter muita atenção à construção do comando e dos estímulos
comumente o é nas redações escolares, ou
apresentados que podem ser apenas uma frase, mas também ser um parágrafo,
a banca de correção, como no caso do ENEM);
além de vir acompanhados de textos não verbais. Um bom comando deve:
2. apresenta aspectos associados ao seu traçado
• mostrar com clareza o processo a ser seguido: descrever, narrar,
(aspectos fechados), aquisição do código
argumentar, analisar, persuadir, informar ou analisar, por exemplo;
e aspectos relacionados ao conteúdo
• indicar um tempo limite para a execução da tarefa;
e à criatividade (aspectos abertos).
• sugerir a extensão da resposta, podendo limitar o número de linhas ou parágrafos.
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avaliativa
Por se tratar de um enunciado para elaboração ASSIS, Machado. Helena. Disponível em: <http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bn000079.pdf>.
de uma narrativa, pode-se solicitar a produção de Acesso em 07 ago. 2020
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avaliativa
PARA SE ESCOLHER o formato da atividade de ALGUMAS DIRETRIZES PARA QUE SE POSSA ELABORAR QUESTÕES DE RESPOSTA
CONSTRUÍDA DE MODO A SE OBSERVAR AS APRENDIZAGENS DOS ALUNOS:2
resposta construída a ser trabalhada na sala de aula,
é fundamental que o procedimento seja bem defini-
do pelo professor ou pela professora, que pode se
orientar por algumas perguntas guia, tais como: Preocupações de conteúdo
Tenha clareza sobre o domínio de conhecimento e habilidades a serem avaliados.
Certifique-se de que o formato seja apropriado para a demanda cognitiva pretendida.
⊲ Quais resultados desejo observar com essa Procure garantir comparabilidade da construção entre as tarefas.
questão ou a avaliação como um todo?
⊲ Quais conteúdos podem ser ou serão Formatação e preocupação de estilo
escolhidos para serem avaliados? Aa Edite e verifique as instruções das questões.
Preocupações de contexto
Considere a diversidade cultural e a acessibilidade.
Certifique-se de que a complexidade linguística é adequada para a etapa
2. HALADYNA, Thomas M. e RODRIGUEZ, Michael C. Developing de escolaridade à qual a atividade se destina.
and Validating Test Items. New York, Routledge, 2013, p.213.
(Tradução e adaptação nossa).
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A CONSTRUÇÃO das chaves de correção para ⊲ Chave de correção holística: considera-se VANTAGENS DA CORREÇÃO ANALÍTICA:
esses tipos de questões devem levar em conside- o desempenho de modo que todas
ração o conteúdo, o processo cognitivo demanda- do os componentes da escrita, da resposta, • Por descrever cada componente
e a natureza da tipologia suscitada pelo enun- ciado. são consideradas de modo integrado. a ser avaliado, indicando a gradação
Essas chaves de correção são guias para se avaliar e Esse tipo de chave de correção está mais e a pontuação correspondentes,
pode-se minimizar a subjetividade
pontuar a tarefa demandada na atividade. Para isso, sujeita à subjetividade do avaliador/corretor
do avaliador/corretor.
pode ser realizada uma correção holísti- ca ou da atividade.
• O processo de correção detalhada
analítica. Vejamos o que caracteriza cada um desse da resposta do aluno torna-se uma
tipo de chave de correção. ⊲ Chave de correção analítica: caracteriza-se oportunidade bastante sólida para se
por trazer um conjunto de elementos que conhecer seu desempenho, pontos
são avaliados de modo independente, que fortes e fragilidades, de modo a se ter
apresentam diferentes gradações de acerto. um diagnóstico dos aspectos que ainda
precisam ser trabalhados, recuperados
Um exemplo desse tipo de chave de
ou aprofundados.
correção é a matriz de competências
para redação do Enem. A correção analítica é, nesse sentido,
mais adequada em termos de avaliação
formativa da aprendizagem.
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avaliativa
Conceito Descrição
B O estudante escreveu uma frase (ou um texto) com POUCA PLAUSIBILIDADE em relação à cena.
C estudante escreveu uma frase (ou um texto) INCOERENTE em relação à cena, configurando FUGA AO TEMA
(provavelmente reproduzida de memória).
Atenção! Enquadram-se, aqui, os casos nos quais o estudante escreveu apenas o nome de 1 (um) dos elementos
que compõem a imagem.
ASPECTO 2 – ORTOGRAFIA
Conceito Descrição
A O estudante escreveu ORTOGRAFICAMENTE uma frase (ou um texto), RESPEITANDO os critérios de segmentação de palavras.
Atenção! (1) A frase que não contiver VERBO será avaliada, automaticamente, com o conceito D nesse aspecto,
independentemente da avaliação atribuída no Aspecto 1. (2) Será considerada em nível ortográfico a frase que
apresentar apenas 1 (um) tipo de desvio não recorrente, exceto de segmentação.
B O estudante escreveu uma frase (ou um texto) com desvios, configurando uma escrita em nível ALFABÉTICO.
C O estudante escreveu uma frase (ou um texto) com desvios, configurando uma escrita em nível SILÁBICO-ALFABÉTICO.
D O estudante escreveu uma frase (ou um texto) com desvios, configurando uma escrita em nível SILÁBICO.
Atenção! Também receberá esse conceito as frases nominais, ou seja, que não apresentam verbo (elencam
um ou mais elementos da cena) OU uma frase cuja leitura está comprometida, mas que apresenta relação
com a pauta sonora de palavras que nomeiam elementos da cena.
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avaliativa
ATIVIDADE DE RESPOSTA
CONSTRUÍDA DE
LÍNGUA PORTUGUESA
COM CRITÉRIOS
DE CORREÇÃO
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avaliativa
CORREÇÃO VIÁVEL
1º Normal Todas as imagens serão apresentadas com essa indicação, que deverá ser mantida se a imagem
da FOLHA DE REDAÇÃO e/ou da ESCRITA DO ESTUDANTE estiver nítida.
CORREÇÃO INVIÁVEL
2º Defeito Sinalize essa situação quando a imagem da folha de redação não for carregada, integralmente ou parcialmente,
pelo sistema de correção e/ou quando a imagem da escrita do estudante não estiver nítida. Ao marcar essa opção,
a imagem será substituída por outra.
3º Branco Sinalize essa situação quando a imagem da folha de redação não apresenta nenhuma manifestação de escrita
do estudante.
4º Insufi- Sinalize essa situação quando o estudante escreveu um texto autoral com até 4 (quatro) linhas. Assim, só serão
ciente considerados para correção, efetivamente, os textos com 5 (cinco) linhas escritas ou mais, desconsiderando-se a
introdução fornecida pela proposta de produção textual. Havendo o título, ele será contado como linha.
5º Anulado Sinalize essa situação quando o texto apresenta impropérios ou outras formas propositais de anulação (desenhos/
rasuras no lugar do texto, que não se configuram como ilustração, por exemplo, algo comum em textos de estudantes
desta etapa de escolaridade) ou a ESCRITA do estudante não esteja totalmente inteligível (escrita sem representação)
ou se ele redigiu um texto em outro idioma que não seja o português.
Atenção! Se o estudante redigiu um texto autoral com 5 (cinco) linhas ou mais além dessas manifestações,
deve-se manter a sinalização NORMAL e corrigir as escrita do estudante.
6º Cópia Sinalize essa situação quando o texto do estudante apresenta apenas trechos transcritos da proposta de produção
textual ou predomínio de cópia, não havendo o número mínimo de linhas autorais delimitado para a avaliação.
Atenção! Se o estudante redigiu um texto autoral com 5 (cinco) linhas ou mais além dos trechos copiados,
deve-se manter a sinalização NORMAL e corrigir as escrita do estudante.
5º Anulado Sinalize essa situação quando o texto apresenta impropérios ou outras formas propositais de anulação (desenhos/
rasuras no lugar do texto, que não se configuram como ilustração, por exemplo, algo comum em textos de estudantes
desta etapa de escolaridade) ou a ESCRITA do estudante não esteja totalmente inteligível (escrita sem representação)
ou se ele redigiu um texto em outro idioma que não seja o português.
Atenção! Se o estudante redigiu um texto autoral com 5 (cinco) linhas ou mais além dessas manifestações,
deve-se manter a sinalização NORMAL e corrigir as escrita do estudante.
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CORREÇÃO INVIÁVEL
6º Cópia Sinalize essa situação quando o texto do estudante apresenta apenas trechos transcritos da proposta de produção
textual ou predomínio de cópia, não havendo o número mínimo de linhas autorais delimitado para a avaliação.
Atenção! Se o estudante redigiu um texto autoral com 5 (cinco) linhas ou mais além dos trechos copiados,
deve-se manter a sinalização NORMAL e corrigir as escrita do estudante.
7º Não- Sinalize essa situação quando o estudante apresentar escrita predominantemente em nível anterior ao ALFABÉTICO, ou seja:
alfabé- • nível PRÉ-SILÁBICO – escrita sem relação com a grafia (letra) e fonema (som).
tico Exs.: PBVAYO (gato); OKPIL (casa).
• nível SILÁBICO – nesse nível, o estudante passa a representar uma letra para cada sílaba.
Exs.: AEA (gaveta); GVT (gaveta); IOA (escova); KDA (cadeira); EOO (relógio).
8º Fuga Sinalize essa situação quando o estudante não abordou, de modo algum, o tema proposto.
ao tema
9º Fuga Sinalize essa situação quando o estudante obedece ao tema, mas não elabora um texto com estrutura narrativa.
à tipo-
-logia
ATENÇÃO! No caso de o texto do estudante se enquadrar em dois critérios de correção inviável, prevalece
o que está mais ao topo da hierarquia estabelecida. Por exemplo, o texto que FUGIR AO TEMA e, ao mesmo tempo,
FUGIR À TIPOLOGIA, será classificado como FUGA AO TEMA, pois o primeiro critério sobrepõe-se ao segundo.
IMPORTANTE! Todos os textos com produção serão avaliados, mesmo aqueles que contiverem
assinatura ou outra marca de identificação pessoal do estudante.
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INSTRUMENTOS AVALIATIVOS
Rubricas
com foco no
socioemocional
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Algumas ferramentas podem ser empregadas dizagem. Ou seja, a rubrica ajuda o estudante a ter
com esse propósito, como é o caso das rubricas uma ideia mais clara daquilo que ele já sabe fazer e
instrucionais, que apresentam uma progressão de do que ainda precisa desenvolver no âmbito de
comportamentos e conhecimentos relacionados a determinadas competências. Deste modo, facili- tam
uma determinada competência ou habilidade. As a avaliação de temas e competências comple- xas,
rubricas, portanto, servem como uma espécie de sejam elas predominantemente cognitivas ou
guia do processo de ensino e aprendizagem, a par- socioemocionais, e configuram-se como um exce-
tir de uma descrição do que se espera para cada lente método de avaliação formativa.
nível de desenvolvimento de uma competência. Quando compartilhadas com os estudantes em
Quanto mais perto o indivíduo se encontra do últi- uma proposta formativa, as rubricas ajudam a expli-
mo degrau, mais próximo estará de desenvolvê-la. citar as expectativas de aprendizagem e envolvem o
Esse tipo de instrumento é cada vez mais uti- estudante nesse processo. Assim, elas podem ser
lizado na educação. Pois, a leitura atenta das ru- utilizadas para especificar o passo a passo do seu
bricas, associada a atividades pedagógicas, esti- percurso de desenvolvimento, com o intuito de
mula a capacidade de se refletir sobre o próprio tornar claros os critérios de avaliação e facilitar a
aprendizado, também chamado de meta de apren- conquista de objetivos de aprendizagem.
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SITUAÇÕES
DE USO
AS RUBRICAS têm se mostrado como uma in- RUBRICA DA EMPATIA – DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS
tervenção educacional relevante para o desenvol-
vimento e o acompanhamento de diversas com-
petências entre estudantes das redes públicas. RELEVÂNCIA DA
COMPETÊNCIA
da realidade, da vida e
habilidades, para entender
as necessidades e precisam. Agindo assim somos
sentimentos dos outros, mais gentis e atenciosos com
agir com bondade e investir os outros. É como cuidar de
em nossos relacionamentos, nosso jardim, a empatia nos
ajudando e prestando ajuda também a cultivar o
DESCRIÇÃO DA relacionamento com nossos
COMPETÊNCIA
SOCIOEMOCIONAL familiares e amigos.
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DEGRAU 1 DEGRAU 1-2 DEGRAU 2 DEGRAU 2-3 DEGRAU 3 DEGRAU 3-4 DEGRAU 4
Acho difícil entender Entre os Tento ajudar quando Entre os Quando alguém está chatea- Entre os Consigo entender
as necessidades e degraus alguém está chateado (a), degraus do (a) eu me coloco no lugar degraus bem os sentimentos e
sentimentos dos outros. 1e2 mas não sei muito bem o 2e3 da pessoa para ver como 3e4 necessidades dos outros.
Tenho dificuldade em que fazer ou como reagir posso ajudá-la. Tento checar Ouço atentamente e ajudo
perceber quando alguém nessas situações. para confirmar se entendi bem a descobrir o que estão
está chateado (a). seus sentimentos e conflitos sentindo ou pensando.
ORIENTAÇÃO
PAR QUE O
Para finalizar, escreva, no verso desta folha POR QUE você se avaliou neste degrau, ESTUDANTE
JUSTIFIQUE SIUA
trazendo uma situação real que você viveu que justifique a sua resposta. AUTOAVALIAÇÃO
50
uando alguém está chateado(a), mas não sei muito situações”. Neste caso, ele acreditaria, de acordo
bem o que fazer ou como reagir nessas com a sua autoavaliação, que é capaz de ajudar
as pessoas quando sente que estão chateadas e,
diferente do limite apontado, sabe o que fazer em
algumas situações.
Entretanto, ao olhar para a descrição do Degrau
3, ele percebe uma limitação: entende que
consegue se colocar no lugar dos outros, mas
apenas em algumas situações, além de que
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ainda não consegue entender seus sentimentos e o padrão de desempenho apresentado com seus
necessidades. Sendo assim, o estudante reflete que próprios comportamentos e conhecimentos.
seu nível de desenvolvimento em Empatia está além As rubricas são, portanto, elaboradas a partir de
do Degrau 2, o qual já teria avançado, mas sente indicadores padronizados e previamente estabeleci-
que ainda não dominou completamente o que é dos, que devem ser sempre claros, objetivos e orde-
necessário para estar no Degrau 3. Escolhe, nados em um percurso crescente de complexidade.
portanto, uma posição intermediária, o Degrau 2- Com esse tipo de exercício, a tendência é que o
3, que é o que melhor representa, no momento, o estudante se torne cada vez mais apto a identificar
seu nível de desenvolvimento socioemocional nessa quais de suas atitudes são obstáculos a um deter-
competência. minado objetivo, de modo a ser capaz de, quando
Desta forma, ao ler as afirmativas presentes nos necessário, se corrigir e desenvolver estratégias que
degraus, o aluno é capaz de compreender as com- o coloquem de volta no caminho desejado.
petências implicadas em cada nível e comparar
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A IMPORTÂNCIA DA
DEVOLUTIVA PEDAGÓGICA
O USO FORMATIVO das rubricas favorece tam- a competência, inclusive as socioemocionais, podem específica pode fazer com que os alunos não se
bém a devolutiva pedagógica, isto é, informações ser desenvolvidas e que o foco da autoavaliação é sintam plenamente representados, levando-os a
dadas pelos professores que podem melhorar o apoiá-lo a entender e acompanhar esse processo. encarar o processo como inútil e frustrante.
desempenho do estudante. A devolutiva pode ser O principal intuito da devolutiva é, portanto, re- Deve-se destacar, também, a importância de se
fornecida por escrito ou oralmente, e é elaborada forçar o conhecimento, as habilidades e o enten- considerar o tamanho e a complexidade das infor-
com base no que o professor ou a professora obser- dimento do estudante em algum aspecto ou área da mações. Por exemplo, se a devolutiva for longa ou
va no estudante e o que é esperado em sua etapa sua vida. A sua prática instaura uma mudança de complicada, os estudantes podem simplesmente não
de desenvolvimento. Diante disso, o estudante tem cultura dentro da sala de aula, pois incentiva a prestar atenção na mensagem a ser passada,
a oportunidade de entrar em contato com percep- criação de um vocabulário comum e a correspon- tornando-a dispensável. O professor ou a profes-
ções claras sobre o que pode fazer para aprimorar o sabilização pelo aprendizado. sora precisa, portanto, levar em consideração a
seu processo de aprendizado. Vale ressaltar, porém, Sendo assim, a devolutiva pedagógica é sig- quantidade e a densidade das informações que serão
que a devolutiva pedagógica não deve nunca ter o nificativamente mais eficaz quando fornece deta- incluídas na mensagem para que ela efe- tivamente
propósito de classificar e estigmatizar a criança ou lhes, principalmente sobre como é possível me- contribua ao processo de desenvolvi- mento dos
o jovem, mas incentivá-lo a uma autorreflexão que lhorar, em vez de apenas indicar se o trabalho estudantes.
o ajude a seguir na direção de seus objetivos. É fun- realizado está correto e em que nível o estudan-
damental para o estudante compreender que toda te se encontra. Além disso, uma devolutiva pouco
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A esta altura, já podemos concluir que o principal vimento do jovem ou da criança ocorra de forma in-
objetivo do processo de autoavaliação com uso de tencional e planejado junto às definições curriculares
rubricas é orientar os estudantes a enxergarem a si de cada escola e às práticas em sala de aula.
mesmos em relação a um conjunto de competências, Espera-se, por meio desse processo, que o indiví-
de tal maneira que possam mostrar o quanto acre- duo aprenda a lidar com as próprias emoções e per-
ditam ser capazes de desenvolvê-las e dominá-las. ceba-se mais apto a encarar e superar desafios que
Desta forma, as rubricas atuam para que o desenvol- se colocam ao longo de sua trajetória.
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AO FINAL DESTE TEXTO, você terá acesso a deve ser mensurado em nota. A rubrica é um ins-
rubricas, elaboradas pelo Instituto Ayrton Senna, que trumento que visa, acima de tudo, dar suporte ao
abordam o desenvolvimento de duas competências diálogo entre professores e estudantes. É neces-
socioemocionais, priorizadas no âmbito do contexto sário também entender que as rubricas não de- vem
da pandemia – Responsabilidade e Imaginação ser utilizadas para justificar comportamentos
Criativa –, que também receberam destaque na seção passados, tampouco para rotular os alunos; mas
Habilidades prioritárias na BNCC desta Plataforma. para apoiar o seu processo de desenvolvimento.
Mas, antes de acessar esses instrumentos, algumas Em segundo lugar, é essencial respeitar uma or-
considerações se fazem importantes, para que sejam dem de procedimentos. Pois, as ações propostas na
usados de forma adequada e não terminem por rubrica não são isoladas, mas fazem parte de um
confundir estudantes e professores. todo bastante coerente. Portanto, sempre que for
Primeiro, é preciso enfatizar que o desenvolvi- aplicar um instrumento desse tipo em sala de aula,
mento de competências socioemocionais nunca procure realizar as ações na seguinte ordem:
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APRESENTE COMBINE um tempo PEÇA a cada estudante que Após algumas aulas,
aos estudantes estudantes, o texto adequado para que registre, em um quadro, a resposta ORIENTE os estudantes
qual competência que apresenta cada estudante possa de sua autoavaliação, isto é, o para que respondam
socioemocional a competência refletir e responder degrau selecionado, de modo a novamente à autoavaliação
será foco de abordada na rubrica à autoavaliação consolidar uma “fotografia” da da mesma competência.
desenvolvimento e os seus degraus proposta na rubrica. turma. Depois, promova, no coletivo Para isso, utilize a rubrica
e promova a de desenvolvimento; Oriente-os a pensarem ou individualmente, o diálogo e realize novamente
em um exemplo sobre as respostas e incentive o as orientações dos
conhecimentos concreto que justifique compartilhamento do exemplo passos 3 e 4.
suas respostas; de cada estudante. Proponha
sobre ela; que prestem maior atenção às
próprias atitudes para que possam
exercitar de modo intencional essa
competência socioemocional. Uma
boa estratégia é estimular
que os estudantes respondam:
aonde eles querem chegar?;
*
Para conhecer um exemplo prático de como as rubricas são utilizadas no dia a dia da sala de aula,
assista ao vídeo a seguir desenvolvido pelo Instituto Ayrton Senna: https://youtu.be/aJ8lfUF6EJU
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INSTRUMENTOS AVALIATIVOS
Observação e registro
em sala de aula
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SITUAÇÕES
DE USO
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OBSERVAÇÕES
AS OBSERVAÇÕES PODEM SER DE DOIS ponto: no segundo caso, as rotinas de observações ⊲ um roteiro geral de questionamentos dos
TIPOS: estruturadas ou não estruturadas. Obser- seguem critérios-chave, de preferência consensuais, estudantes sobre um dado tema, conteúdo
vações não estruturadas são aquelas espontâne- as, que podem ser discutidos e compartilhados com a ou competência, para observar e escutar
que o docente realiza a cada aula, ao longo do gestão, os professores e os próprios estudantes. o que já conhecem, como se colocam, como
tempo, e que o ajudam a construir uma percepção Sendo assim, as observações estruturadas po- se comunicam e pelo o que se interessam;
do grupo e do clima dentro de sala. São capturadas dem girar em torno de qualquer tema, desde que
nessa análise: a dificuldade ou a facilidade em rea- sejam definidos critérios para coleta de informa- ⊲ uma organização de temas, conteúdos ou
lizar uma tarefa, a interação entre os estudantes e o ções e percepções. Os temas observados podem competências, com critérios de observação a
engajamento e a disposição em participar, além de estar relacionado à compreensão de um conceito, de partir de níveis de desempenho (veja o exemplo
seus perfis de desempenho e de personalidade, seus uma habilidade, e até mesmo de comportamen- tos “Rubrica analítica para observação estruturada”
interesses e sua concentração ou dispersão. e valores. Em todos os casos, o processo pode se dar em Exemplos e instrumentos).
Porém, é preciso ter cuidado, já que todo olhar a partir de:
traz algum viés. Afinal, professores costumam ter A diferença entre utilizar uma lista geral de crité-
preferências e afinidades em relação aos estudan- ⊲ um roteiro de perguntas abertas ou critérios rios, como nos dois primeiros itens, e critérios descri-
tes. Por isso, é desejável estar atento a como e com gerais para a reflexão docente (veja o exemplo tos em níveis de desempenho, como no último item,
base em que observamos, de modo que o proces- “Roteiro de perguntas abertas para professores consiste em trazer menor ou maior visibilidade e
so seja justo e confiável. desenvolverem a observação da turma a partir mensuração de indicadores em torno de cada tema.
O diferencial das observações espontâneas em re- de temas-chave” em Exemplos e instrumentos);
lação às estruturadas concentra-se justamente nesse
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REGISTROS
HÁ DIVERSAS ESTRATÉGIAS E SUPORTES Isso porque esses registros documentam o pro- comenda-se que no início de uma unidade, profes-
PARA O REGISTRO FORMATIVO EM SALA cesso de aprendizagem, tornando-o visível e con- sores deixem claro quando e quais registros serão
DE AULA. Os mais comuns são os registos diários, creto aos próprios estudantes. E, quando os estu- construídos como avaliação.
habitualmente em cadernos físicos ou digitais, em dantes se habituam a refletir e sabem que serão Bons suportes para registro são aqueles mais vi-
que são anotadas a pauta da aula, as explicações do requisitados a produzir e a compartilhar seus regis- síveis e fáceis de usar e compartilhar, como murais
professor ou da professora, as perguntas para dis- tros, tendem a ampliar o engajamento, a ativar mais em sala de aula, cadernos digitais, lousa digital, apli-
cussão, as hipóteses e os pensamentos trocados em a atenção, a fazer associações constantes e a de- cativos de escrita coletiva e formulários online.
discussões e os exercícios e as resoluções de pro- senvolver ideias iluminadoras. A seguir, apresentamos exemplos de várias for-
blemas. Pode-se também desenvolver registros de Sendo assim, ao utilizar uma forma de registro mas e propósitos de registro.
síntese reflexiva, que definem a ideia central de um em sala de aula, é importante, antes de tudo, de-
debate e o resumo de uma aula e suas discussões. senvolver uma cultura de partilha e leitura coletiva,
Tanto nos registros diários quanto de síntese re- que valorize esses instrumentos como formas de
flexiva, o professor ou a professora pode organizar escuta e observação de evidências de aprendiza-
rotinas de registro e de autorreflexão coletivas e/ou gem. Quando o professor ou a professora valoriza
individuais. Diversas pesquisas evidenciam que pro- essas estratégias e as utiliza para dar devolutivas
fessores que usam estratégias de registro explícitas pedagógicas à turma, tende a estabelecer um cli- ma
no dia a dia, com o intuito de estimular a reflexão e a de confiança em que o objetivo de aprofundar a
compreensão da aprendizagem, logo testemunham aprendizagem ganha o primeiro plano. Por isso, re-
seus benefícios práticos em sala de aula.
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A seguir, você Quando o professor ou a professora Os professores podem construir uma tabela com
observa os estudantes mobilizando o nome de todos os estudantes e tecer observações:
encontra informações
conhecimentos e habilidades, passa
e indicações de a notar diferentes perfis: extrovertido,
conteúdos mais tímido, inseguro, seguro etc. Essas • Qual é o grau de diversidade do grupo?
observações são importantes para trazer Essa diversidade está sendo produtiva
aprofundados sobre critérios para que planejamento dos ou pode-se distribuir melhor os estudantes?
o assunto, além trabalhos em grupo seja aperfeiçoado. • Como o grupo divide papéis? Como ajudá-los
Afinal, é importante estar atento a como a compreender melhor cada papel?
de exemplos de
mesclar os diferentes perfis para que • Como cada um desempenha seus papéis?
instrumentos para a diversidade do grupo seja produtiva. Como se autoavaliam nesse desempenho?
observação e registro Nesse sentido, é fundamental não • Como é a produtividade desse agrupamento?
supor que os estudantes já saibam
em sala de aula, trabalhar em equipe, pois precisam
com os seus objetivos também de critérios para aprender a
e formas de utilizar. dividir, desempenhar e respeitar papéis. DIVISÃO DE PAPÉIS PARA TRABALHOS EM GRUPO
Criar uma planilha para distribuir, de
Papel Função
modo que os próprios estudantes
escolham papéis a desempenhar no facilitador garante que todos falem e se escutem
1. Pensando no trabalho em grupo realizado sobre 4. O que é importante para que um aluno participe bem de um trabalho
os gráficos, como você avaliaria o processi do seu grupo? em grupo? Analise as alternativas e procure três de cada coluna.
( ) Muito Produtivo ( ) Produtivo
Muito Pouco
( ) Pouco Produtivo ( ) Nada produtivo
importante Importante importante
Não faltar aos encontros.
2. Explique a resposta escolhida na questão anterior.
Contribuir com ideias
e dar opiniões.
Ter espírito colaborativo
e saber ajudar os demais.
Dedicar tempo ao trabalho.
3. Como foi a participação dos membros do grupo?
( ) Todos participaram e contribuíram igualmente. Saber motivar o grupo e ajudar
( ) Todos participaram, mas alguns membros a manter o foco no trabalho.
só ajudavam quando eram solicitados. Ser responsável e cumprir as
( ) Alguns membros fizeram a maior parte tarefas estabelecidas no prazo.
e outros fizeram pouco, apesar das solicitações. Saber ouvir, ser flexível e saber
( ) Alguns membros fizeram a maior parte aceitar as ideias dos outros.
e não solicitaram ajuda dos outros. Ter capacidade de
coordenar e dirigir o grupo.
Manter uma boa postura
durante o trabalho.
Fonte: CEDAC.
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avaliativa
Aqui, você encontra algumas PARA COLETAR DOCUMENTAÇÃO QUE AJUDE NA PARA DOCUMENTAÇÃO
questões que podem ajudar REFLEXÃO DOS PROFESSORES E DOS ESTUDANTES QUE EU QUERO COMPARTILHAR
na autoavaliação do professor MAIS AMPLAMENTE (COM PAIS,
ou da professora, quando COLEGAS, GESTORES)
precisar criar ou examinar sua A documentação foca em Eu estou documentando
documentação pedagógica revelar a aprendizagem, em minhas próprias palavras
com o objetivo de tornar a vez de apenas descrever ou e ações assim como as • Oferece contexto suficiente
aprendizagem dos estudantes fotografar o que é feito? dos estudantes? para que o leitor compreenda
mais visível. Este material foi A documentação promoveu A documentação sugere os o tópico o assunto em estudo?
adaptado a partir de reflexões ou promove conversas próximos passos para • Foca na aprendizagem e não
do curso Visible Thinking ou aprofundamento da o ensino ou aprendizagem? apenas no que foi feito?
2020 do Project Zero, e compreensão dos estudantes Da documentação emergem • Foca tanto no processo
também pode ser utilizado sobre algum aspecto da questões que permitem que quanto no produto da
com portfólios. aprendizagem? eu discuta com meus colegas aprendizagem?
A documentação pode ser ou com estudantes?
• Comunica claramente os
fortalecida a partir de um ou Que outra documentação aspectos da aprendizagem
mais meios colaborativos eu posso coletar para que eu considero mais
digitais – fotografia, vídeo, ampliar esta investigação? importantes?
texto, áudio, colagens,
Quando é apropriado ter • Inclui alguma interpretação de
montagens etc.?
tempo para analisar a professores ou de estudantes?
A documentação ajuda a documentação com
identificar os momentos chave • Inclui mais do que um meio/
os estudantes?
de aprendizagem ou aspectos suporte de linguagem?
do contexto de aprendizagem? • Tem um título?
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EXEMPLO DE
ROTEIRO DE COMPREENSÃO CLIMA E PARTICIPAÇÃO PERFIL DOS ESTUDANTES
PERGUNTAS
ABERTAS PARA • Os estudantes estão • Os estudantes • Quais são os talentos e paixões dessa turma? Identificar
PROFESSORES sabendo realizar sentem-se à vontade e valorizar os diferentes talentos no grupo podem
DESENVOLVEREM autonomamente as para participar e contribuir para trocas significativas entre a turma, que
A OBSERVAÇÃO tarefas propostas ou expor suas opiniões? fortaleçam os vínculos e o engajamento na aprendizagem.
DA TURMA solicitam muita ajuda? Há espaço para • Quantos e quais estudantes são extrovertidos e falantes?
A PARTIR Há falta de clareza experimentação Quais demonstram potencial de liderança e boa iniciativa
DE TEMAS- ou ansiedade? Há e para errar? O erro para tarefas? Quais têm dificuldades de escutar e acolher
CHAVE: muitos estudantes com é experimentado os demais estudantes?
dificuldades de leitura como oportunidade
• Quantos e quais estudantes são mais tímidos? Como
e de escrita? É possível de aprendizado?
deixá-los mais à vontade para participar sem que se
combinar com os Ou há receio de
sintam excessivamente expostos? Como protegê-los
estudantes que primeiro sofrer bullying
de situações de bullying?
recorram aos seus ou alguma forma
colegas antes solicitar de desqualificação? • Há casos de inclusão? Quantos? De quais tipos?
ajuda ao professor ou O que estes estudantes demandam de adaptação
à professora? O quanto no tempo, no espaço e nos materiais de trabalho?
a turma costuma esperar, • Quantos e quais estudantes apresentam dificuldades:
refletir e registrar dúvidas de concentração?; de escuta?; de respeitar combinados?;
antes da intervenção de cumprir prazos?; de acolher o diferente?
do professor ou • O que essas dificuldades indicam? O que pode ser
da professora? repensado no ensino a partir disso? O que pode
apoiar melhor a aprendizagem de cada um?
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Clima e participação: Todos se sentem A maioria se sente Cerca de dez estudantes Apenas um ou dois
os estudantes participam à vontade para interagir à vontade para interagir se sentem à vontade estudantes se sentem
abertamente da aula? e falar o que pensam, e falar o que pensa para interagir e falar realmente à vontade
sem medo de expor o que pensam para interagir e falar
opiniões e erros o que pensam
Postura: os estudantes Todos sabem A maioria sabe Poucos estudantes Apenas um ou dois
conseguem registrar os procedimentos os procedimentos sabem os procedimentos estudantes sabem
reflexões, organizar de registro em aula, de registro em aula, de registro em aula, os procedimentos
seus materiais e respeitar dispõem de seus dispõe de seus materiais dispõem de seus de registro em aula,
os combinados com materiais organizados organizados e respeita materiais organizados dispõem de seus
o grupo? e respeitam combinados combinados com e respeitam combinados materiais organizados
com o grupo o grupo com o grupo e respeitam combinados
com o grupo
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COMO FAZER UM BOM REGISTRO MORO, Adriano et al. Avaliação do clima escolar
DE PRÁTICAS PEDAGÓGICASPOR por estudantes e professores: construção e
MEIO DE FOTOGRAFIAS E TEXTOS validação de instrumentos de medida. Revista de
Clique aqui Educação Pública, v. 27, n. 64, p. 67-90, 2018.
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INSTRUMENTOS AVALIATIVOS
Portfólio
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Por isso, o portfólio costuma ser bastante uti- Embora seja mais utilizado na educação infantil,
lizado no mundo profissional, quando é necessá- rio os portfólios podem ser desenvolvidos para todas as
demonstrar aptidões em um trabalho ou para uma áreas e etapas educacionais. Diversas pesqui- sas
carreira específica, de modo que o currículo acadêmicas3 evidenciam as vantagens de seu uso
acadêmico e as experiências de trabalho sejam para a avaliação formativa de qualquer tema, área
complementados com uma documentação visível de do conhecimento e etapa educacional.
competências. Na educação básica, o portfólio
também vem se constituindo há algumas décadas
como um poderoso instrumento avaliativo para
professores e estudantes, cujo propósito é cole- tar
e documentar evidências para acompanhar o
processo de desenvolvimento de conhecimentos,
habilidades e atitudes.
3. Para conhecer alguns estudos sobre o assunto, confira “Sugestões de leitura e referências” ao final deste capítulo.
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SITUAÇÕES
DE USO
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O QUE
CONTÉM
BÁSICO: conjunto de documentos que registrem ILUSTRAÇÃO DE SELEÇÃO DE DOCUMENTAÇÃO PARA PORTFÓLIO NA EDUCAÇÃO INFANTIL
momentos decisivos da aprendizagem individual e em
grupo, o que inclui textos explicativos ou extratos de
exercícios escritos pelos estudantes, fotos com legendas,
EVIDENCIANDO Março Abril
vídeos, áudios, painéis, produtos finais etc. O objetivo A PROGRESSÃO
é propor uma organização dos documentos que revele NA CAPACIDADE
DE ESCRITA
um percurso formativo com começo, meio e fim;
As fichas do
estudante são
comentados por
AVANÇADO: documentação pedagógica mais ampla, meio de legenda
que inclui autoavaliações, balanços de aprendizagem explicativa da
e textos reflexivos ou indicadores que evidenciem que professora.
os estudantes leram e refletiram sobre seu próprio
portfólio, de modo que compreenderam o seu próprio
desenvolvimento ao longo do tempo. Por exemplo, em
uma legenda de fotografias que apresentem o início de
Conclusão da professora
uma escrita e seu final, um texto que comente: “antes eu Felipe já consegue escrever seu
pensava que não saberia escrever sozinho, nem produzir nome sem utilizar a tarjeta como
referência. O traçado das letras
legendas… agora vejo que consegui progredir na escrita está diferente, assim como o
e estou organizando a legenda das fotografias de meu desenho da figura humana.
próprio trabalho. Sinto orgulho de meu crescimento”.
Ou então, o próprio professor ou professora registra
esse balanço, como no exemplo da educação infantil
Fonte: Revista Avisa Lá, número 39, agosto de 2009, p,57. Link disponível no “Exemplos e instrumentos”.
apresentado a seguir:
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Ao final deste capítulo, você poderá conferir, busque estimular a observação e a reflexão sobre ⊲ incentivo à construção do diálogo entre
em Exemplos e instrumentos, outros exemplos de a aprendizagem, evidenciando aos atores envolvi- estudantes e professores, trazendo elementos
portfólios aplicados a demais etapas de ensino, dos o seu percurso formativo, a sua aquisição de concretos para devolutivas pedagógicas sobre
com propósitos variados. Pois, esse instrumento conhecimentos e a sua progressão em habilida- des aspectos da aprendizagem, identificação de
pode assumir funções e usos bastante variados. e atitudes. Nesse sentido, um caminho inte- ressante lacunas e definição de pontos de melhoria;
No âmbito da avaliação formativa em sala de aula, é instaurar o hábito de realizar registros formativos
o portfólio costuma ser utilizado na coleta de evi- em aula (confira o capítulo Observação e registro ⊲ ampliação do repertório de toda a turma a partir
dências sobre etapas e resultados do processo de em sala de aula deste Guia) associados à da observação da diversidade de registros;
aprendizagem, a partir da organização e identifica- documentação fotográfica, para a qual os pró- prios
ção de amostras de textos, fotos acompanhadas de estudantes podem colaborar, aprendendo a ⊲ reforço do propósito comunicativo dos trabalhos
legendas, áudios, vídeos, desenhos, painéis, linha do fotografar e a escrever textos de legenda (confira, dos estudantes (por que e para quem apresentá-los);
tempo, dentre outros, que podem ser apresen- tados também, o item sobre como trabalhar fotografia na
à classe, aos pais e responsáveis e à comu- nidade escola em Exemplos e instrumentos). ⊲ divulgação dos trabalhos significativos
escolar como um todo. Esse processo pode ajudar a Sendo assim, do ponto de vista do uso por profes- da turma, ampliando a publicação
ampliar a percepção em torno da avaliação, de modo sores, o portfólio é um instrumento que facilita aos de resultados de aprendizagem da escola;
a torná-la mais compreensível ao estudan- te, que estudantes incorporarem objetivos de aprendizagem
passa a entendê-la não mais como apenas uma e critérios autoavaliativos, de tal maneira que pas- ⊲ organização de materiais relevantes para eventos
atribuição de nota ou juízo de aprovação/re- sem a observá-los não somente durante a elabora- de culminância do período escolar: mostras
provação. Mas, sim, como um instrumento que visa ção do portfólio, mas no próprio processo cotidiano ou feiras culturais, científicas e comunitárias;
fortalecer o ensino e a aprendizagem. de aprendizagem. Por fim, vale mencionar outras po-
A compreensão do estudante e de toda a co- tencialidades do uso desse instrumento, sendo elas: ⊲ reflexão sobre a continuidade
munidade escolar em torno do processo de ava- dos processos de formação;
liação é fundamental para que o componente au- ⊲ abertura à singularidade de cada estudante
toavaliativo do portfólio seja bem-sucedido. Para e à diversidade de expressão, invenção e ⊲ percepção de novos indicadores
isso, é necessário que o professor ou a professora criatividade da turma como um todo; de qualidade da aprendizagem.
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Guia
AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA E FORMATIVA AVALIAÇÃO FORMATIVA E A BASE ATIVIDADES DE ATIVIDADES DE RUBRICAS COM FOCO OBSERVAÇÃO E REGISTRO PORTFÓLIO
da ação NO RETORNO ÀS AULAS PRESENCIAIS NACIONAL COMUM CURRICULAR MÚLTIPLA ESCOLHA RESPOSTA CONSTRUÍDA NO SOCIOEMOCIONAL EM SALA DE AULA
avaliativa
COMO 1 2
ELABORAR
DEFINIÇÃO DE SUPORTES DEFINIÇÃO DE OBJETIVOS,
E MATERIAIS PARA O PORTFÓLIO: CRITÉRIOS E PROCESSOS:
⊲ Físicos: cadernos, diários de bordo, livro, ⊲ Objetivo: para que e para quem será
pasta-caderno, painéis ou murais grandes; apresentado o portfólio? Quais objetivos
A ELABORAÇÃO DE UM PORTFÓLIO com-
de aprendizagem devem ser mobilizados,
preende duas etapas importantes. Deve-se, pri-
⊲ Digital: blog, site, e-book, vídeos e documentados e observados?
meiro, definir os suportes utilizados e os materiais
aplicativos digitais que constituem
necessários para a organização do percurso pre-
portfólios; ⊲ Suporte e materiais: em quais suportes
tendido; depois, é preciso partir para a definição dos
e utilizando quais materiais o portfólio
objetivos pedagógicos, dos critérios e de ou- tros
⊲ Híbridos: pode-se utilizar o suporte digital será constituído?
detalhes do processo.
com fotos de suporte físico, ou adicionar
Vamos, então, detalhar esses dois momentos
aos registros físicos e impressos QR Codes ⊲ Conteúdos: quais temas de estudo serão
separadamente:
e endereços que abram podcasts, vídeos, abordados? Quais conhecimentos, habilidades
blogs, murais de foto etc. e atitudes devem ser evidenciados? Que tipo
de produção textual envolverá? Por exemplo,
legendas de imagens e fotos, extratos de textos
argumentativos, relatórios, narrativas, entrevistas,
registros descritivos de estudos de caso?
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AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA E FORMATIVA AVALIAÇÃO FORMATIVA E A BASE ATIVIDADES DE ATIVIDADES DE RUBRICAS COM FOCO OBSERVAÇÃO E REGISTRO PORTFÓLIO
da ação NO RETORNO ÀS AULAS PRESENCIAIS NACIONAL COMUM CURRICULAR MÚLTIPLA ESCOLHA RESPOSTA CONSTRUÍDA NO SOCIOEMOCIONAL EM SALA DE AULA
avaliativa
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AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA E FORMATIVA AVALIAÇÃO FORMATIVA E A BASE ATIVIDADES DE ATIVIDADES DE RUBRICAS COM FOCO OBSERVAÇÃO E REGISTRO PORTFÓLIO
da ação NO RETORNO ÀS AULAS PRESENCIAIS NACIONAL COMUM CURRICULAR MÚLTIPLA ESCOLHA RESPOSTA CONSTRUÍDA NO SOCIOEMOCIONAL EM SALA DE AULA
avaliativa
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Guia
AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA E FORMATIVA AVALIAÇÃO FORMATIVA E A BASE ATIVIDADES DE ATIVIDADES DE RUBRICAS COM FOCO OBSERVAÇÃO E REGISTRO PORTFÓLIO
da ação NO RETORNO ÀS AULAS PRESENCIAIS NACIONAL COMUM CURRICULAR MÚLTIPLA ESCOLHA RESPOSTA CONSTRUÍDA NO SOCIOEMOCIONAL EM SALA DE AULA
avaliativa
BLACK, P.; WILLIAN, D; LEE, C.S; HARRISON, C; SHORE, Elisabeth; GRACE, Kathy. Manual de
MARSHALL, B. Trabalhando por dentro da caixa portfólio: um guia passo a passo para o professor.
preta: avaliação para a aprendizagem na sala São Paulo: Artmed, 2001. Clique aqui
de aula. Cadernos Cenpec. Nova série, v. 8, n. 2,
2019. Clique aqui TONELLO, Denise Maria Milan. Portfólios na
Educação Infantil. Dissertação de Mestrado.
CHAVES, Idália da Silva Carvalho Sá. Portfólios Pontifícia Universidade Católica de São Paulo,
reflexivos: estratégias de formação e de 2009. Disponível em: Clique aqui
supervisão. 2000.
WIGGINS, G.; MCTIGHE, J. Planejamento para
GOMES, Beatriz Nadal; PESSATE, Leonir Alves; a compreensão. Alinhando o currículo, avaliação
GOMES, Silmara de Oliveira Papi. Discutindo sobre e ensino por meio do planejamento reverso.
portfólios nos processos de formação entrevista 2a ed. Porto Alegre: Penso/Instituto Canoa/
com Idália Sá-Chaves. Olhar de professor, v. 7, n. Fundação Lemann, 2019.
2, p. 9-17, 2004. Clique aqui
SUGESTÕES DE LEITURA
DESCRIÇÃO REFERÊNCIA
HOFFMANN, Jussara. Avaliação - mito e desafio: uma
Clique aqui para digitar a
perspectiva construtivista. 43. ed. Porto Alegre: Mediação,
descrição do material. 2013.
HOFFMANN, Jussara. Avaliação - mito e desafio: uma
Clique aqui para digitar a
perspectiva construtivista. 43. ed. Porto Alegre: Mediação,
descrição do material. 2013.
HOFFMANN, Jussara. Avaliação Mediadora: uma prática
Clique aqui para digitar a
em construção da pré-escola a universidade. 32. ed. Porto
descrição do material. Alegre: Mediação, 2012.
Clique aqui para digitar a HAYDT, Regina Celia Cazaux. A avaliação do processo
descrição do material. ensino-aprendizagem. 6. ed. São Paulo, Ática, 2008.
LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da aprendizagem
Clique aqui para digitar a
escolar: estudo e proposições. -- 1. ed. -- São Paulo: Cortez,
descrição do material. 2013.
INDICAÇÕES DE FILMOGRAFIAS
(filmes, documentários, vídeo
conferência)
DESCRIÇÃO REFERÊNCIA
Parte 1 -
https://www.youtube.com/embed/ln7pcf1Th3M
Conferência com Jussara Hoffmann e Parte 2 -
Cipriano Luckesi. https://www.youtube.com/embed/UhutqhCxBrM
Parte 3 -
https://www.youtube.com/embed/N2rWnlyzw40
Como estrelas na Terra - toda criança é
especial. Direção: Aamir Khan; Roteiro:
https://youtu.be/5kyNASM9GdU
Amole Gupte, Estúdio/Distrib: Aamir Khan
Productions; Índia, 2007, 140min.
Nesse vídeo, o autor Cipriano Luckesi
apresenta alguns dos principais
conceitos de sua pesquisa,
esclarecendo como a avaliação pode https://www.youtube.com/embed/JqSRs9Hqgtc
acontecer de maneira significativa para
todos os envolvidos no processo de
ensino e aprendizagem.
PARA SABER MAIS
(blogs, sites, e-mails etc.)
DESCRIÇÃO REFERÊNCIA
SITE OFICIAL DO INEP (Instituto Nacional de https://www.gov.br/inep/pt-br/areas-de-
Estudos e Pesquisas Educacionais. atuacao/avaliacao-e-exames-educacionais/saeb
Site com os resultados da avaliação do PISA
https://download.inep.gov.br/acoes_internacionais/
(Programa Internacional de Avaliação dos Alunos)
pisa/resultados/2022/apresentacao_pisa_202
Programme for International Student Assessment
Guia da ação avaliativa: estratégias de avaliação https://movimentopelabase.org.br/wp-
diagnóstica e formativa para uso durante as content/uploads/2021/02/guia-da-av-
aulas. interativo.pdf.
ANOTAÇÕES