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Herança multifatorial

• Herança monogênica dominante

Herança multifatorial

Prof. Fabrício Alves de Oliveira

Atenção:
* Esse material não deve ser utilizado sozinho como fonte de seus estudos, ele deverá
apenas servir como um roteiro para auxiliá-lo. Utilize as bibliografias recomendadas para
melhor aproveitamento da disciplina.

* O professor reserva-se o direito de não autorizar qualquer tipo de gravação de suas


aulas seja por meio de áudio ou vídeo. A infração dessa regra está sujeita á penalidades.

Herança multifatorial Herança multifatorial


Modelo Básico
• Herança monogênica recessiva
 Herança multifatorial: genes + ambiente

-Efeitos aditivos dos genes + ambiente

-Distribuição fenotípica = Distribuição normal

 Quanto maior o número de genes controlando o caráter,


menor o valor que cada um possui sobre o fenótipo e mais
próxima o fenótipo se aproxima da distribuição normal

Todos os genes seguem os princípios de transmissão


mendeliana, no entanto com ampla influência ambiental.

Herança multifatorial Herança multifatorial

- Um gene com 2 alelos - 2 gene com 4 alelos


AAbb
AaBb
aaBB
Aa
AABb
aa AA Aabb AaBB
aaBb

AABB
aabb

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Herança multifatorial Herança multifatorial

 Calculo da contribuição do alelo efetivo (C)  Calculo da contribuição do alelo efetivo (C)

-Alelo efetivo é aquele que contribui para o aumento no valor -Ex: Altura de uma população.
fenotípico da característica. -Valor máximo: 2,10 m
Quanto maior o número
-Valor mínimo 1,50 m
de genes controlando uma
A) Considerando 1 gene (2 alelos) característica menor será a
contribuição do alelo
C = Maior valor fenotípico – Menor valor fenotípico
efetivo.
número de alelos totais C = 2,10 – 1,50 = 0,30 m
2

B) Considerando 2 genes (4 alelos)


C = 2,10 – 1,50 = 0,15 m
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Herança multifatorial
 Calculo o valor fenotípico (VF) Herança multifatorial
 Calculo o valor fenotípico (VF)
B) Considerando 2 genes (4 alelos) – C = 0,15 (alelo dominante)
- VF = valor fenotípico mínimo + (número de alelos efetivos x C)
Valores fenotípicos:
- Assim: AABB VF = 1,50 + 4 x 0,15 = 2,10 m (4 alelos efetivos)

A) Considerando 1 gene (2 alelos) – C= 0,30 (alelo dominante) AaBB VF = 1,50 + 3 x 0,15 = 1,95 m (3 alelos efetivos)
VF: AABb
AA = 1,50 + 2 x 0,30 = 2,10 m (2 alelos efetivos)
Aa = 1,50 + 1 x 0,30 = 1,80 m (1 alelo efetivo) AAbb VF = 1,50 + 2 x 0,15 = 1,80 m (2 alelos efetivos)
aa = 1,50 m (nenhum alelo efetivo) AaBb
aaBB

Aabb VF = 1,50 + 1 x 0,15 = 1,65 m (1 alelo efetivo)


aaBb

aabb VF = 1,50 m ( nenhum alelo efetivo)

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Distúrbios multifatoriais
Modelo de limiar para doenças
O Modelo de Limiar
• Doenças que não seguem distribuição normal
• Presente ou ausente – mas não seguem padrões
esperados nas doenças monogênicas
• Limiar de susceptibilidade
• Estenose pilórica – 1/200 homens,
• 1/1.000 mulheres

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Risco – Recorrência (%)


Ex: Estenose pilórica
• Limiar masculino mais baixo
Estenose Pilórica
Parentes Probandos Probandos
• Menos fatores causadores da doença são necessários
masculinos femininos
par gerar o distúrbio nos homens
Irmãos 3,8 9,2
• Homens são mais facilmente afetados do que as
mulheres, pois precisarão de menos fatores causadores
da doença para superar o limiar de suscetibilidade Irmãs 2,7 3,8

Herança multifatorial Herança multifatorial

Riscos de recorrência Riscos de recorrência


•Em doenças multifatoriais os riscos e as
• Riscos empíricos probabilidades de ocorrência podem mudar de
• Na Inglaterra 5% dos irmãos de casos com acordo com características da população:
defeitos de tubo neural também o tem
• Nos EUA é de 2-3% - Freqüências alélicas
• Os riscos de recorrência para doenças
multifatoriais podem mudar
substancialmente de uma população para - Fatores ambientais
outra

Herança multifatorial Herança multifatorial

Critérios para identificar a Critérios para identificar a


herança multifatorial herança multifatorial
1- O risco aumenta se mais de um membro da 2 - Se a expressão no probando é mais grave, o risco de
família for afetado recorrência é maior
• Exemplo: risco de recorrência de um irmão • Indica que a pessoa afetada está em um extremo da
distribuição de suscetibilidade
para um defeito de septo ventricular (VSD)
• Se a expressão é muito grave, possivelmente existem
• 3% se tiver um irmão com VSD fatores causadores da doença mais acentuados naquela
• 10% se tiver dois irmãos. família
• O risco para doenças monogênicas não • Ultrapassa o limiar de suscetibilidade mais facilmente
muda • Exemplo – ocorrência bilateral de fenda labial/palatina

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Herança multifatorial Herança multifatorial

Modelo de limiar para Critérios para identificar a


doenças herança multifatorial
3 - O risco de recorrência é maior se o
probando é do sexo menos comumente
afetado

• Se existem indivíduos afetados do sexo com menor


chance de ser afetado (maior limiar) possivelmente os
fatores causadores da doença (genético ou ambiental)
estão presentes em maiores proporções.

Herança multifatorial Herança multifatorial

Critérios para identificar a Riscos de recorrência


herança multifatorial
Doença Risco
4 - O risco de recorrência para a doença diminui em
geral rapidamente nos parentes mais distantes
entre si. 1 grau 2 grau 3 grau
• Nos monogênicos 50% a cada grau de parentesco.
50% irmãos, 25% para tio-sobrinho, 12,5% primos Fenda labial 4.0 0.7 0.3
em primeiro grau
• Risco diminui mais rápido em herança Pé torto 2.5 0.5 0.2
multifatorial, pois é pouco provável que os fatores
de risco estejam presentes em todos os membros Autismo 4.5 0.1 0.05
da família infantil

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Dissociação do efeito ambiental Estudo de Gêmeos

• Auxilia em estratégias de saúde pública


• Monozigóticos

• Efeito hereditário pequeno: controle ambiental • Dizigóticos


– medicina preventiva
• Concordância: quando ambos membros de um par de gêmeos
apresentam tal características

• Características exclusivamente genéticas


- Monozigóticas: sempre concordantes
- Dizigóticas: menos freqüentemente concordantes

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Taxa de Concordancia entre gêmeos


A herdabilidade
Doença Concordância (%)
MZ DZ • Indica se o papel dos genes na determinação
Epilepsia 70 6 de um fenótipo é grande ou pequeno
Esclerose múltipla 17.8 2
DIabetes 40 4.8
Esquizofrenia 53 15 • Porcentagem de variação fenotípica que é
Artrite 32 16 de origem genética
Reumatismo 12.3 3.5

Herança multifatorial Herança multifatorial

Dificuldades encontradas para o


Calculo de herdabilidade
estudo de gêmeos:
• Ambientes de gêmeos monozigóticos são muito
semelhantes, o que pode superestimar a influência dos
H = 2 (CMZ – CDZ) genes.

• Mutações somáticas podem surgir durante as


multiplicações mitóticas da formação do embrião fazendo
que esses gêmeos monozigóticos não sejam totalmente
idênticos.

• Ambientes uterinos podem ser mais ou menos similares.

Herança multifatorial

Estudos de Adoção
• Crianças de um genitor com uma doença
• Separar efeito do ambiente
• 8-10% dos filhos adotados de um genitor
esquizofrênico desenvolvem esquizofrenia
• Apenas 1% dos filhos adotados de genitores
não afetados tornam se esquizofrênicos

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