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Matricula: 200018118
AVALIAÇÃO I
SALVADOR-BA
25 de março de 2023
CURSO DE DIREITO
Discente:
Gabriela Maciel Melo
AVALIAÇÃO I
Atividade Avaliativa
apresentada ao curso
Superior de Direito turno
noturno em cumprimento
parcial para aprovação da
disciplina, Consumidor,
lecionado pelo Docente:
Sérgio xxx.
SALVADOR-BA
23 de maio de 2023
DIREITO À SAÚDE E IDOSOS: A APLICABILIDADE DOS
REAJUSTES DA MENSALIDADE DE PLANOS DE SAÚDE
INTRODUÇÃO
A Constituição Federal brasileira prevê a proteção da saúde dos
idosos, mas o progresso na garantia desse direito tem sido lento. O
aumento no número de idosos no Brasil, tem chamado a atenção das
autoridades, sendo necessário o regulamento de leis e medidas
garantidoras de condições de vida justas e adequadas para essa faixa
etária.
Neste trabalho acadêmico, objetiva-se dissertar sobre a temática
dos reajustes abusivos, das mensalidades de plano de saúde,
contratados por idosos, com mais de 60 anos, a referida conduta é
considerada abusiva. A saúde do idoso é um bem tutelado e protegido
pela Direito brasileiro, por meio de instrumentos legais e normativos, a
exemplo, da Constituição Brasileira, o Estatuto do Idoso, o Código de
Defesa do Consumidor e a Agência Nacional de Saúde, que
reconhecem a importância de garantir condições de saúde adequadas e
dignas para os idosos, considerando que o envelhecimento populacional
é uma realidade crescente.
OS MARCOS LEGAIS
A Constituição Federal em seu artigo 230, estabelece que é dever
da família, da sociedade e do Estado amparar e assegurar os direitos
dos idosos, incluindo a saúde. Além disso, o artigo 196 garante a todos o
direito à saúde, atribuindo ao Estado a responsabilidade de promover
políticas públicas voltadas para a prevenção e o tratamento de doenças,
incluindo aquelas específicas da terceira idade.
A Constituição Federal também prevê a criação de programas de
atendimento integral à saúde dos idosos, considerando suas
necessidades e particularidades. Esses programas devem contemplar
ações de prevenção, promoção, assistência e reabilitação, visando
garantir uma melhor qualidade de vida para essa parcela da população.
É importante ressaltar que a tutela da saúde do idoso vai além da
mera assistência médica. Ela abrange também aspectos relacionados à
prevenção, ao acesso a medicamentos, ao atendimento especializado e
à promoção de um envelhecimento saudável e ativo. A Constituição
Federal, portanto, estabelece uma base sólida para a proteção da saúde
dos idosos, reconhecendo sua importância e garantindo a
implementação de políticas e programas voltados para esse fim.
O Estatuto do Idoso, Lei nº 10.741/2003, possui disposições
específicas para a proteção dos direitos dos idosos em relação aos
planos de saúde, no artigo 15, §3º é vedada a discriminação do idoso na
relação contratual com os planos de saúde, no que diz respeito as
cobranças de valores diferenciados, em função da idade, essa proibição
busca evitar aumentos abusivos nas mensalidades em função do
envelhecimento.
No mesmo passo, a Agência Nacional de Saúde Suplementar
(ANS), que é responsável por regular e fiscalizar os planos de saúde no
Brasil, estabelece normas e diretrizes para o funcionamento dessas
operadoras, visando garantir a proteção dos direitos dos beneficiários,
incluindo os idosos. Na Resolução Normativa da A.N.S. n.º 63, de 22 de
dezembro de 2003, foram definidos os limites para adoção de variação
de preço por faixa etária nos planos privados de assistência à saúde,
objeto do presente trabalho.
Essas normas envolvem a definição de coberturas assistenciais
obrigatórias, a regulamentação dos reajustes de mensalidades, a
disponibilidade de serviços especializados para idosos, entre outros
aspectos.
Tendo em vista que os contratos firmados entre operadoras de
planos de saúde e usuários, trata-se de uma relação consumerista,
regulada pelo Código de Defesa do Consumidor. O Código de Defesa do
Consumidor (Lei nº 8.078/1990) é aplicável nas relações contratuais
entre os beneficiários e as operadoras de planos de saúde, e estabelece
princípios e regras que visam proteger os consumidores, incluindo os
idosos. Dessa forma, caso haja abusos ou descumprimento de direitos
por parte das operadoras, os idosos podem recorrer ao Código de
Defesa do Consumidor para buscar reparação e garantir seus direitos.
Além das leis e normas específicas, a jurisprudência também
desempenha um papel importante na proteção do direito à saúde do
idoso nos planos de saúde. Os tribunais têm proferido decisões que
reforçam a proteção dos idosos, seja na limitação de reajustes abusivos,
na garantia de acesso a tratamentos e medicamentos ou na
responsabilização das operadoras em casos de negligência ou negativa
de cobertura injustificada.
Essas são algumas das formas pelas quais o direito brasileiro
protege o direito à saúde do idoso no contexto dos planos de saúde. O
objetivo é garantir que os idosos tenham acesso a serviços de
qualidade, tratamentos adequados e não sejam prejudicados por
práticas discriminatórias ou abusivas por parte das operadoras de planos
de saúde.
REAJUSTE POR FAIXA ETÁRIA PARA IDOSOS
Os contratos de planos de saúde firmados antes da Lei 9.656/98
(Lei dos Planos de Saúde) possuíam cláusulas que permitiam o reajuste
das mensalidades por faixa etária, ocorre que em razão destes
reajustes, a manutenção dos contratos passou a ficar inviável, haja vista
que, o aumento dos planos ultrapassavam o reajuste da aposentadoria,
e muitos destes idosos pagavam as mensalidades com o valor do
benefício, sendo considerados hipossuficientes economicamente.
Com a promulgação da Lei 9.656/1998 os planos de saúde
passaram a foram proibidos a reajustar as mensalidades de
consumidores com mais de 60 anos, e que possuam contrato superior a
10 anos. Em complemento, o Estatuto do Idoso assegurou a não
discriminação da cobrança dos planos de saúde em função da faixa
etária.
Recentemente o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo
editou a Súmula 91 que pacificou o entendimento de que mesmo nos
contratos firmados antes da sua vigência é descabido:
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS