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ILMOS.

JULGADORES DA JARI DO DETRAN-MG DEFESA DE AUTUACAO

XX, CI XX, CPF XX, carteira nacional de habilitação número XX registro XX Categoria AO, residente na Av
Presidente Vargas 2129 Para de Minas MG, tendo sido autuado através do auto de infração nO XX vem mui
respeitosamente através do presente até V.Sa, em conformidade com o art. 285 do CTB, para interpor o presente
recurso, contra referida autuação, nos termos expressos abaixo:

QUALIFICAÇÃO DO PROPRIETARIO:

XXX, filho de XXX e XXX, Nascido em 08/06/1988 com 27 anos de idade, nunca se envolveu em acidente de
trânsito de qualquer natureza e nunca foi processado judicialmente.

DO VEíCULO:

PASS / MOTOCICLETA / HONDA / XRE 300, Placa: XXX, Cor:

AZULRENAVAM: XX. DA INFRAÇÃO:

Auto de Infração: nO XX, Notificação de Autuação-, Data da infração: 19/03/2016 Hora: 16h30min, Infração: Art.
169 VII DIRIGIR SEM

• ATENCAO OU SEM OS CUIDADOS INDISPENSAVEIS A SEGURANCA, Cód. 520- 70 / Condutor, Local:


ESTRADA DE SAO JOSE, BRUMADINHO MG.

DA ALEGAÇÃO:

Nobres Senhores, venho a este conceituado órgão através da presente defesa apresentar minhas alegações,
afirmar que não houve a autuação, pois o local e inexistente contrariando o art. 280 do ctb e para comprovar a
inconsistência da autuação o agente não adopta a medida administrativa pertinente, possivelmente o agente fez
esta por pura presuncao

Admitir-se a infração por mera presunção de veracidade, legalidade e legitimidade do ato administrativo (auto
de infração), simplesmente em face da fé pública atribuída ao agente de trânsito, parece um tanto temerário.
Estar-se-ia fatalmente rumando aos corredores da arbitrariedade, em detrimento da presunção de inocência,
princípio este encravado no seio da Constituição Federal, art. 5° inciso LVII

Art. 37 da CF- A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: (Redação dada pela Emenda Constitucional nO 19, de 1998) .....

Art. 21. Compete aos órgãos e entidades executivos rodoviários da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, no âmbito de sua circunscrição:

I - cumprir e fazer cumprir a legislação e as normas de trânsito, no âmbito de suas atribuições;

~ Art. 299 - Omitir, em documento público ou particular, declaração que dele devia constar, ou nele inserir
ou fazer inserir declaração falsa ou diversa da que devia ser escrita, com o fim de prejudicar direito, criar
obrigação ou alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante:

Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa, se o documento é público, e reclusão de um a três anos, e multa,
se o documento é particular. Parágrafo único - Se o agente é funcionário público, e comete o crime

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prevalecendo-se do cargo, ou se a falsificação ou alteração é de assentamento de registro civil, aumenta-se a


pena de sexta parte.

Pelo exposto acima solicito a aplicação do art. 281


"Art. 281". A autoridade de trânsito, na esfera da competência estabelecida neste Código e dentro de sua
circunscrição, julgará a consistência do auto de infração e aplicará a penalidade cabível.

Parágrafo único. O auto de infração será arquivado e seu registro julgado insubsistente:

I - se considerado inconsistente ou irregular;"

O nosso Código Civil também elenco o instituto da nulidade deste ato em seu art. 166, 11, que diz:

"art. 166. É nulo o negócio jurídico quando:

11 - for ilícito, impossível ou indeterminado o seu objeto;"

O ato administrativo é irregular quando, ao exercer o poder de polícia, a autoridade pratica o ato com finalidade
diversa da que decorre implícita ou explicitamente da Lei, desvio de poder.

O condutor não concorda com a suposta Penalidade. DO PEDIDO:

Insta ressaltar, nobres Julgadores que a presunção de legitimidade 'Júris Tantum' do acusador, faz do motorista
culpado, até que ele prove o contrário isso se

• não fizerem menção ao bom censo do recurso aqui peticionado.

Assim, mediante as alegações acima mencionadas e com fundamento no dispositivo legal referido, REQUER a
V.Sa. que, ao ser este apreciado por esse órgão julgador, seja a penalidade de multa, cuja cópia em anexo,
arquivada e seu registro julgado insubsistente.

Ante o exposto, requer o cancelamento da penalidade imposta com a consequente revogação dos pontos no
prontuário.

Peço, devido às irregularidades aqui apresentadas, que não se mantenha a referida infração.

Requer-se, finalmente, o efeito suspensivo propugnado no artigo 285, ,

parágrafo 3° do CTB (Lei nO 9503/97), caso o presente recurso não seja julgado em

30 dias.

Peço Deferimento.

Para de Minas, 07 de Abril de 2016.

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