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⠀⠀⠀⠀”Quem nós somos?

Bem… Mercenários de coração de ouro, heróis destinados ao


sucesso ou aventureiros que procuram o pão de cada dia? Talvez um pouco de tudo e nada
disso ao mesmo tempo, bem, que bom que você perguntou. Nós somos, a Equipe Kall em
homenagem a… Kall!” Meus braços se abrem apresentando meus amigos que estão cada
um em uma posição diferente, Iara não olha diretamente pra pessoa porque está com
vergonha, Dylidae se distraiu com uma maçaneta de madeira, Anastácia está sorrindo mas
tenho certeza que não me escutou e Zilt está tentando subir no balcão para olhar para o
atendente. Depois de me encarar por alguns segundos ele diz.
“Vocês não são os guris que não conseguiram lidar com a infestação de Otyughs?”
⠀⠀⠀⠀Iara sussura que eles eram Neo-Otyughs e como ninguém escutou ela eu levanto a
voz para corrigir Paulo, o dono da hotelaria que tentamos entrar. “Na verdade eles eram
Neo-Otyughs e a gente tem dinheiro pra pagar, por que não podemos entrar?”
⠀⠀⠀⠀Paulo me encara, e eu encaro ele, uma mão que ficou presa no antebraço de
Anastácia na parte de dentro da armadura cai no chão, olho pra trás e vejo o rastro de
sangue que deixamos.

⠀⠀⠀⠀Que mentira!!! A gente fez o certo e ele expulsa a gente?. Diz Iara, que quando
não estamos na frente de estranhos é surpreendentemente falante, no momento estamos
bem longe de qualquer estranho já que tivemos que acampar no meio da floresta porque
estávamos nojentos.
⠀⠀⠀⠀Meu chuchu, eu entendo o lado dele, deve ser ruim para os clientes deixar
aventureiros sujos entrarem… Anastácia, como sempre, vê o lado de outra pessoa e Iara
apenas se cala, não porque ela mudou de opinião, mas sim porque ela foi chamada de
“meu chuchu” pela pessoa que ela é apaixonada, Dylidae finalmente consegue fazer a
fogueira pegar fogo. Pensando bem, eu realmente não nos apresentei.
Em primeiro lugar temos eu, Mercer! Eu sou de Lament o centro da UDRW, União das
Repúblicas Wrantyed, tenho 22 anos e sou Ovelha, eu sou mais ligado com natureza e diria
que sou o rosto da minha equipe, mesmo não sendo o mais carismático, essa pessoa é…
⠀⠀⠀⠀Anastácia! Ela é um amor de se estar por perto, adora conversar, uma ótima ouvinte
mas extremamente trouxa, talvez seja porque ela era uma nobre de uma família feliz,
apesar de claramente saber ler as pessoas ela gosta muito de acreditar nos humanoides,
então os seus 1,80 e 80 quilos de puro músculo são mais usados pra conversar e espalhar
amor do que pra bater em outras pessoas, tanto que ela tentou conversar com o vampiro
que perdeu a mão em sua armadura. Falando em perdeu a mão temos…
⠀⠀⠀⠀Dylidae! Impossível explorar uma masmorra sem ele, consegue notar uma armadilha
antes mesmo da gente entrar na sala, e consegue desarmar uma armadilha antes dela
pensar em disparar, ele é calculista e normalmente pensa bastante antes de agir, apesar de
ser relativamente sério e não admitir, ele é gentil com a gente, talvez seja porque sua mãe
faz de tudo por ele, no momento ele tá procurando sobre o significado de um item mágico
que prendeu a alma de sua mãe e deixou seu corpo em um sono induzido. Falando em
sono…
⠀⠀⠀⠀Iara! Que precisa dormir! Uma maga que trabalhou desde criança pra conseguir usar
magia, nunca teve apoio dos pais e morou desde criança nas ruas de Emon, teve que lutar
por cada pena, cada folha e cada momento para conseguir sair daquela vida, ela é mais
calada e envergonhada, tem um pouco de raiva da maioria das pessoas mas normalmente
guarda o quão ácida ela é para os momentos onde estamos sozinhos, ela é completamente
apaixonada na Anastácia e todo mundo vê, menos a Anastácia que consegue descobrir se
um ladrão está mentindo só de olhar para seu rosto, mas não vê Iara corando sempre que
ela a chama de algum apelido fofo. Iara sofreu bastante, gostaria de poder ajudar ela de
alguma forma, talvez um chá de camomila…
⠀⠀⠀⠀Village! Ela é a drow mais calma que eu já conheci, como se sempre estivesse
tomando chá de camomila, um pouco distante mas sabe usar um arco e flecha como
ninguém, ela tem um péssimo senso de direção e alguns amigos do outro lado, não entendo
muito bem a energia dela mas admito que ela é legal de conversar, sempre com algumas
histórias malucas sobre o subterrâneo, no entanto ela parece triste que nunca namorou,
Dylidae, Zilt e eu tentamos levar ela para um bordel mas ela não quis, falando em bordel…
⠀⠀⠀⠀Zilt! Ela vive em bordéis, tanto que ela ficou emburrada com a gente porque ficamos
fora da cidade, a culpa não é nossa que quando os demônios e vampiros morriam eles
explodiam, Zilt é uma pessoa relativamente simples, ela gosta de beber, ela é divertida, ela
brinca, ela aposta, ela bate em quem a irrita e ela é bastante fiel aos seus amigos. Ela teve
que fugir de casa quando seu clã de goblins começou a ser dominado por algumas pessoas
ruins, levando elas a fazer coisas indesejáveis, ela agora quer voltar lá pra conseguir liderar
seu clã para a antiga glória mas pra isso ela precisa de experiência, a experiência que eu
espero poder ajudar ela a receber.
⠀⠀⠀⠀Talvez, o motivo dele ter expulsado a gente é porque você se recusa a usar magia pra
nos limpar depois das lutas. Dylidae levanta o olhar para Iara que instantaneamente revira
os olhos já tivemos essa discussão várias vezes.
⠀⠀⠀⠀Eu posso precisar dos materiais pra usar outro feitiço e ai a gente morre
limpinho porque ficar sujinho é triste demais pro bebê bububu. Iara, sendo uma flor de
rosas faz um gesto chorando para o Dylidae que tira boas risadas de Zilt e um sorriso de
Village que começou a fazer marshmallows para que possamos realmente sentir a
experiência do acampamento, Dylidae se senta no chão se encostando em uma das
árvores. Fechando os olhos e respondendo Iara
⠀⠀⠀⠀Então não reclama da gente ficar de fora. Anastácia, que não estava prestando
atenção na discussão, se aproxima e abraça Iara e Village, com um sorriso ela levanta uma
das mãos segurando uma garrafa de chocolate quente ela diz.
⠀⠀⠀⠀Não tem problema gente, nós temos uma fogueira, marshmallows e chocolate quente!
Zilt também se levanta com um sorriso e seu cantil, que é uma garrafa de cerveja, Zilt tem
vários símbolos em seus colares e anéis mas nenhum deles tem um significado além dela
ter achado bonito.
⠀⠀⠀⠀Realmente, vamo beber que passa né galerinha, já que eu já perdi minha gente de
encontrar a Moniqu, porque os vampiros são bobões.
⠀⠀⠀⠀Ela realmente convenceu a maioria de nós a beber e apesar de não estarmos em uma
cama confortável ou realmente limpos, todo o lugar, a companhia que temos, faz essa noite
ser especial do seu próprio jeito, Kall e as estrelas brilham como nunca, nossas risadas
ecoam pela floresta enquanto Iara canta de forma desafinada uma canção de amor para
Anastácia, que não percebeu as entrelinhas da música, Dylidae chama Village para uma
competição de pontaria e ele ganha sem esforço nenhum, porque Village tem preguiça de
levar coisas a sério, Zilt conseguiu deixar todo mundo bêbado e perdeu 5 peças de ouro
quando apostou contra Dylidae, apesar de todos os pesares que a vida de aventureiros trás,
apesar de todos nós estarmos viajando juntos por motivos egoístas, nosso laço se fortalece
cada vez mais. No fim, acabo ficando acordado junto com Zilt, que apesar de beber mais
que todo o grupo junto nunca ficou bêbada.
⠀⠀⠀⠀Mercer, você acredita em karma? Zilt não me olha ao perguntar, mas apenas pelo seu
tom percebo que é uma conversa séria, ela gira a cerveja dentro do seu cantil e eu suspiro
pensando na resposta.
“Bom… eu acho que sim, acho que existe sorte e tal, mas o universo, seja os Deuses, seja
sorte, seja qualquer coisa assim, sempre te devolve o que você joga para o mundo, não?”
Relembro tudo que estamos fazendo, com certeza a razão de termos um karma bom hoje
em dia é Anastácia, ela é tão boa que às vezes ela até deixa a gente ficar com as
recompensas dela… se bem que a família dela mensalmente manda 100 peças de ouro
para ela… então ela não perde muito. Meus devaneios são interrompidos por Zilt, a voz dela
para de ser séria e sinto uma tristeza escondida no seu pequeno sorriso, suas mãos
tremem segurando o cantil.
⠀⠀⠀⠀Então eu tô acabando com a equipe… lembra que eu falei que invadiram o nosso
acampamento e começaram a dominar? Era mentira… eu chamei eles, eu não queria
liderar, a Segi falou que não era pra confiar porque ela sentiu malícia vindo deles… eu achei
que ela só era racista mas… eles tinham um pacto com Zariel e as coisas que minha vila tá
sendo forçada a fazer… as coisas que eu tive que fazer… sempre que eu tô sóbria eu me
lembro dos gritos das pessoas que matamos… eu tento fazer as coisas boas, as ações que
Ana me diz pra fazer, mas será se algum universo eu serei perdoada pelos meus pecados?
Ela levanta o olhar para mim, seus olhos estão marejados, seus lábios tremem e sei que ela
não quer uma verdadeira resposta, Zilt precisa de alguém para se apoiar. Me levanto
devagar chegando cada vez mais perto e finalmente abraçando a goblin, ela me abraça
forte, suas mãos agarrando minha camisa como se eu fosse escapar, lágrimas escorrendo
dos seus olhos entrando em contato com minha roupa, sinto o quão exausta ela verdadeira
está.
“Olha, o que fizemos no passado não podemos mudar, e não posso te dizer que vai passar,
eu matei muita gente no meu passado, a gente se arrepende e aprende a fazer melhor, não
vamos repetir os erros, a gente pode tentar trabalhar melhor, e além do mais, você não está
sozinha, nem pra tentar redenção pelo que fez, nem na hora de conseguir sua vila de volta.”
Eu não sei se realmente acredito em tudo isso, se alguém errasse comigo da forma que nós
erramos eu iria caçar essa pessoa até o inferno. Mas eu tenho fé que Zilt precisa dessa
mínima paz que posso dar.
⠀⠀⠀⠀Nos afastamos, trocamos algumas palavras de conforto, Zilt brinca que ela pode
chorar porque a gente abandonou a Moniqu, eu respondo sobre como ela não vai se
esquecer da sua cliente favorita em um dia, um sorriso, uma calmaria e uma paz. A gente
se afasta, dou um boa noite a ela e ela dorme em menos de dez segundos, o que é algo
admirável.
⠀⠀⠀⠀Me sento contra uma árvore, a vista de Emon é realmente linda, eu nunca fui muito fã
de cidades grandes, mas a torre de Varbation brilha como nunca, o castelo parece cheio de
vida, ouvi dizer que está rolando um tal de fortunados, mas não quisemos participar já que
tinha uma ameaça no mesmo dia, o tempo passa em um devaneio simples, o barulho da
floresta e as respirações de meus amigos são relaxantes, eles merecem um descanso, por
isso não planejava acordá-los, até ver os olhos dourados de Iara me encarando na
escuridão, depois de me recuperar do pequeno susto que levei, vejo Iara se aproximando e
sentando ao meu lado.
⠀⠀⠀⠀Oi, tava pensando se eu ia falar contigo ou não, mas tu me chamou então
cheguei. Eu não chamei. Mano… cê acha que eu sou muito raivosa?
⠀⠀⠀⠀Vários momentos onde Iara usou bolas de fogo, raios de fogo, paredes de fogo e
outros feitiços explosivos passam por minha mente, várias vezes escutei ela murmurando
xingamentos para pessoas que são rudes com a gente, além de ser um pouquinho boca
suja, hoje mesmo um esqueleto cortou seu bracelete favorito e ela chamou um balgura do
inferno para matar três esqueletos enquanto ela gargalhava de forma maléfica.
“Acho que tu tem seus momentos, por que a pergunta?” Iara faz um bico enquanto bate seu
orbe no chão, ela estreita os olhos parecendo considerar se vai ou não falar alguma coisa,
ela suspira e se vira para mim.
⠀⠀⠀⠀Eu nunca tive família, ou amigos de verdade, eu tinha parceiros de crime e
colegas, a gente tá viajando juntos a uns bons meses já só que sinto que eu to
sempre sendo rude com vocês, óbvio que tu, a Zilt e o Dylidae merecem na maior
parte das vezes, mas eu… sei lá…
⠀⠀⠀⠀Acho que a bebida de Zilt deixou todos pensativos, daqui a pouco Dylidae vai acordar
pensando se ele realmente é bom em achar armadilhas, coloco a minha mão em meu colar,
retirando ele do seu esconderijo dentro de minha camisa, um colar de ouro com uma pedra
de ruby, um dos vários presentes que Anastácia nos deu, tanto que encaro um anel de ouro
que Iara usa, também presente de Anastácia.
“Demonstrar amor, carinho ou qualquer coisa desse tipo é difícil, ana nos dá presentes,
Village faz chá, dirige no nosso lugar e essas coisas, se você tem problemas em segurar
sua raiva, você pode tentar demonstrar que gosta da gente de uma forma diferente, como
elogios, toque físico e essas coisas.” Quade consigo ver ae nds engrenagens na cabeça de
Iara funcionando para ela tentar seguir meu conselho sem “passar vergonha” ela coloca a
mão nos olhos e diz sem olhar para mim com a voz tremendo
⠀⠀⠀⠀Tá bom… foi uma boa idéia… você é… fofo. Acabo sorrindo com o quão mais
vermelha ela ficou, faço um cafuné em sua cabeça e ela ainda mantém os olhos fechados
mas não se afasta do meu carinho, ainda sorrindo digo.
“Olha, já é um começo, daqui a pouco você vai conquistar até outras pessoas que não
sejam do grupo.”
⠀⠀⠀⠀Iara ri com a idéia dela falando com outras pessoas aleatórias e tentando cortejá-las,
ela brinca que não é rodada como Monique, nós continuamos conversando sobre
relacionamentos, amores e a diferença entre demônios e diabos, nossos assuntos variam.
Depois de alguns minutos de conversa Iara finalmente começa a ficar com sono de novo e
dessa vez decidi acompanhar uma outra pessoa e também dormir. Chamamos Village e
Dylidae para ficar de guarda e finalmente vou dormir, sem mais nenhum problema, apenas
descansar.

⠀⠀⠀⠀Village encara emon, com todas as suas luzes e as comemorações, seu olhar apenas
desvia para finalmente retirar o chá do fogo, ela entrega uma xícara para Dylidae e volta a
olhar para a cidade com um olhar enigmático, parecendo confusa, mas preocupada. Dylidae
que está sentado ao seu lado anotando algumas marcações da próxima masmorra que irão
explorar nota o quão interessada na cidade Village está e indaga encarando a amiga.
“Perdeu alguma coisa em Emon?” Ele bebe um pouco do chá e precisa esconder a dor de
queimar a língua. Village, não percebe a guerra interna que seu amigo está passando e
apenas o responde com uma voz neutra ainda encarando o reino.
“Uma cidade tão grande dessas, criada e mantida por humanoides, certamente é
comparável ao poder que um Deus tem. De tal forma que seria impossível dizer se os
Deuses são realmente escolhidos ou apenas poderosos demais que ainda não
conseguimos alcançá-los. Dylidae coloca a mão em seu queixo, ele relembra tudo que sua
mãe lhe ensinou sobre Deuses e tudo que ele aprendeu lendo sozinho ou com seus
professores, após pensar ele finalmente responde.
“Apesar disso ser verdade, ainda resta dúvidas do motivo que Deuses são considerados
Deuses, se eles são tão poderosos, por que eles morrem se não tiverem seguidores?
Demônios tem poderes similares a Deuses mas não tem essa característica, óbvio que eles
garantem almas, mas uma pessoa pode vender sua alma sem seguir o demônio.” Village
puxa um pouco do seu casaco para cima e olha para Dylidae com um pequeno sorriso, ela
admira a inteligência que seu amigo carrega, apesar de normalmente ele só ser rabugento e
preocupado, ele tem um alto conhecimento em muitas coisas e usa a maioria delas para
abrir portas, ela responde retirando um livro da sua bolsa.
“Sabe o que é mais legal? Que pessoas conseguem se tornar demônios, diabos e Deuses,
assim como Deuses e celestiais podem virar demônios e diabos e diabos e demônios
podem virar Deuses, acho que a única pessoa que não pode fugir disso são os Deuses,
eles são presos como Deuses, mas quem prende os Deuses se eles são os seres mais
poderosos?" Dylidae também sorri, balançando as pernas, animado em finalmente poder
conversar sobre a parte religiosa e histórica, Iara apesar de ter um conhecimento básico
sobre isso, normalmente foca muito em arcanismo e pouco em religião por si só.
“Sim! Isso é incrível não? Histórias contam que Casscioni odeia sua posição mas não pode
sair dela, o que é esquisito já que Deuses podem roubar os portfólios de outros Deuses,
mas não sair dos seus? Apesar de que uma teoria diz que tem sim como desistir de ser um
Deus mas você perde todos os seus poderes e…”
⠀⠀⠀⠀A conversa entre os dois é cheia de teorias, repleta de parágrafos de conversas,
hipóteses e religião, histórias e muitas falas que Mercer acharia extremamente chatas,
novamente, a conversa continua entre os amigos, dessa vez não é realmente uma conversa
pessoal, mas ainda assim é uma conversa entre amigos que aproveitam a luz das estrelas.
Infelizmente, não são só eles que estão escondidos na floresta, um cornugon se perdeu no
caminho do seu objetivo e precisa passar por essas pessoas para chegar nele. O cornugon,
um demônio de elite que serve como um dos guardas costas de Titivulus, ele sabe que
pode matar todas essas pessoas patéticas mas não quer perder muito tempo. Então ele
rapidamente voa e tenta acertar um rasante contra as costas de Dylidae que aparenta ser o
mais fraco dos que estão acordados, o ataque iria acertar em cheio, o tridente iria perfurar o
pescoço do homem lagarto, mas uma mão, segura com força o pescoço do demônio o
parando no meio do ar e em seguida o jogando no chão, Tendten, o demônio não conseguiu
entender imediatamente, mas olhando para cima ele enxerga uma meia elfa sem armadura
mas extremamente irritada, Anastácia sentiu o cheiro nojento desse demônio antes mesmo
dele notar a presença dos humanoides. Seus amigos estão acordando, Dylidae e Village se
recuperando do susto e começando a se preparar para a luta, mas Anastácia, que
normalmente não é nada mais que sorrisos e perdões, encara o demônio com todo o ódio
que seu coração pode sentir. Quase que como um sussurro ela avisa ao demônio enquanto
pega sua espada.
“Se você repensar nos seus atos e fizer uma promessa que não fará mais mal nenhum, eu
deixo você sair daqui com vida.” Tendten acredita que foi pego de surpresa e nada mais, a
pouco tempo ele apenas queria passar, agora ele quer fazer essa mulher sofrer. Tendten se
levanta em um ataque rápido contra Anastácia, que não desvia, ela nunca desvia, mas
dessa vez ela não tem armadura nenhuma para a proteger. As garras perfuram a barriga de
Anastácia e o cornugon ri do sangue que Anastácia cospe no chão e diz em sua mente.
“Quando eu acabar com você, levarei todos os seus amiguinhos de merda ao inferno vocês
vão se ver por lá.”. O demônio tenta soltar as garras da barriga dela mas não consegue,
uma das mãos de Ana o prende em um corpo a corpo extremamente próximo, sussurrando
em seu ouvido.
“Eu luto pelos meus amigos e não vai ser um vermezinho patético como você que vai
machucá-los.” Anastácia acerta uma cabeçada com toda a sua convicção no rosto do
demônio, sua testa é cortada pelos chifres do demônio, mas o nariz dele é quebrado, e
como ele está parado, preso por Anastácia, a equipe Tall aproveita para acertá-lo com todos
os seus ataques.
⠀⠀⠀⠀Minutos depois, apenas a fumaça e gosma negra do demônio continuam no plano
material e ele voltou para o inferno, Anastácia foi cortada, perfurada, batida e queimada,
mas continuou viva, alguns dos outros tem hematomas simples, mas ela levou a maior parte
do dano, Mercer instantaneamente se aproxima dela para usar alguma magia de cura mas
ela apenas sorri segurando suas mãos para que ele pare.
“Não precisa não meu brotinho, deixa que eu me curo, guarda pra você.”
⠀⠀⠀⠀E Anastácia se cura usando uma boa parte da sua bênção para poder fechar seus
curativos e regenerar a pele queimada, logo depois indo abraçar seus amigos falando o
quão incríveis eles são lutando, Dylidae conseguiu garantir o tridente do demônio, poderia
ser útil no futuro, Iara parece preocupada com Anastácia mas não fala nada, Village
percebe que todos irão acordar e começa a fazer o café da manhã, mercer apenas sorri
feliz que todos estão bem.
⠀⠀⠀⠀Zilt se afasta um pouco, se existe um demônio talvez existam mais. Ela procura, tenta
encontrar alguma coisa diferente mas não vê nada, até que no fundo, ela percebe algo mil
vezes pior que demônios, instintivamente ela dá alguns passos para trás mas não
consegue chamar seus amigos, dragões começaram a atacar emon por todos os lados, um
maior do que outro, destruindo os muros, as casas, a indestrutível torre de Varbation
começa a cair e gigante, acabando não só com a cidade mas com o castelo inteiro, a
pessoa que causou toda a destruição na vida de Zilt, aquela que p único perdão que
merece é uma espada em seu coração.
“Zariel…”

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