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As 3 melhores

ações para 2024


Veja uma análise detalhada das três
empresas que possuem dinâmica própria
de resultados e podem se beneficiar
muito mais com o cenário que está se
desenhando para 2024.

AS 3 MELHORES AÇÕES PARA 2024

Por Danielle Lopes


Publicado em 10/11/2023

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Ciclos presidenciais e o mercado de ações
Com as mudanças constantes das propostas do novo governo, o mercado tem ficado
de olhos abertos com a PEC da transição, quem serão os novos ministros e como tudo
conversará com a política monetária.

Desde então, o IBOV, principal índice do mercado de ações brasileiro, tem ficado instável
e lateralizado.

Recentemente, as falas do governo anularam a possibilidade de um “Rally de final de


ano”, deixando a Bolsa ainda mais deprimida e os juros futuros em forte alta.

As preocupações para os investidores só aumentam.

“Devo comprar mais ações?”

“Devo ficar somente na renda fixa?”

“Se comprar Ações, quais comprar? Quais vão sobreviver ao cenário?”

O que é realmente “risco” em Ações?


Sabemos que no curto prazo é impossível prever os movimentos do mercado e po-
demos ter bastante volatilidade nas ações, mas isso não necessariamente significa
risco.
AS 3 MELHORES AÇÕES PARA 2024

Comprar ações olhando para o curto prazo é ficar fadado ao fracasso como investi-
dor.

Ações são instrumentos bastante poderosos para o longo prazo.

O risco, nesse caso, é comprar empresas que não crescem.

Sem um bom histórico de resultados, preço, rentabilidade e endividamento adequa-


do, o investidor pode tomar decisões erradas com seu patrimônio.

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Ações para qualquer cenário
Utilizamos a estratégia de selecionar ações que possuem o máximo de dinâmica pró-
pria de resultados.

Que podem oscilar com o mercado, mas que, no longo prazo, são vencedoras graças
aos seus resultados vencedores.

Estratégia que já se provou vencedora para investidores bilionários como Warren


Buffett, Philip Fisher, Mohnish Pabrai e muitos outros.

Selecionamos três empresas que possuem uma excelente dinâmica de cresci-


mento, capazes de crescer em um ambiente com juros a 2%, bem como a 14%.

PetroRio (PRIO3)
História

A PetroRio é uma empresa focada na produção de petróleo e gás.

Sua estratégia é majoritariamente (embora não a única) explorar campos maduros (já
produtores), considerados ativos “pequenos” para as Majors, para então gerar valor
através da redução de custos e da revitalização da produção (extensão da vida útil)
desses campos.

AS 3 MELHORES AÇÕES PARA 2024

[Histórico de aquisições ex-Dommo e Itaipu (2022). Fonte: PetroRio.]

Sua composição mais focada em campos maduros minimiza o risco de perfurar no-
vos poços e não encontrar óleo, o que acarretaria em enormes prejuízos, como ocor-
reu nos primeiros anos de sua fundação em 2009.

PRIO é ex-HRT, companhia que buscava explorar novos campos na Bacia Amazônica
e na Namíbia.

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Para gerar valor, PRIO busca a otimização de processos operacionais e soluções
inovadoras que visem ao aumento da produtividade, à diminuição de custos (como
lifting cost, custo de extração do óleo nos campos) e ao aumento da vida útil econô-
mica de seus campos.

[Custo de Extração. Fonte: PetroRio.]

A redução dos custos de extração é a melhor estratégia para a companhia se prote-


ger contra a volatilidade do Petróleo Brent.
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Existem mais de 250 campos, que totalizam uma produção de cerca de 700 mil barris
por dia e que são potenciais aquisições para a companhia.

O presente de PRIO

Hoje a companhia possui os seguintes campos de petróleo:

• Campo de Frade – 100% de PRIO, produção média de 56 mil barris por dia.

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[Produção média, eficiência operacional e Gastos Campo de Frade. Fonte: PetroRio.]

No segundo trimestre de 2022, a Prio deu início à campanha de revitalização de Fra-


de, com o objetivo de perfurar novos poços injetores e produtores, aumentando a
produção da companhia.

[Localização do Campo de Frade. Fonte: Petronotícias.]

A primeira fase contava com dois novos poços injetores e um produtor, o ODP4,
com uma produção inicial de 15 mil barris por dia de petróleo (bastante superior às
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expectativas iniciais de 6 mil barris). Com isso, Prio dobrou a produção do campo de
Frade e aumentou a sua produção total em +45%.

Como essa primeira fase foi executada em um tempo mais curto do que o esperado
e com um custo 30% inferior ao previsto, a companhia decidiu perfurar o segundo
poço produtor, o MUP3A, que estava previsto para a segunda fase da Campanha de
Revitalização de Frade.

Utilizando da mesma estrutura subsea de um outro poço da companhia (MUP3), esse


teve um custo de execução bem inferior ao ODP4, mas apresentou também uma

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produção inferior aos demais (3500 barris de óleo por dia), como já era esperado.

Dessa forma, na primeira fase da campanha de revitalização, a companhia passou a


contar com quatro novos poços (dois injetores e dois produtores) e conseguiu au-
mentar sua produção de 33,3 mil para, aproximadamente, 46 mil barris de óleo por
dia.

A companhia atingiu, no 3T23, a maior eficiência operacional do campo de Frade, e


entregou um aumento de +11% de produção média em relação ao 2T23 em função
do quinto poço produtor de seu plano de revitalização, atingindo a marca de 56 mil
barris de óleo por dia.

[Produção no 3T23 de PRIO3. Fonte: Prio.]

Além da campanha de revitalização de Frade, no 2T22, a Prio adquiriu o campo de


Albacora Leste, que possui uma produção atual de 28 mil barris de óleo por dia, con-
forme a companhia afirmou em seu último evento com o mercado.

• Campo Albacora Leste – 90% de PRIO, produção média (conservadora) de 38


mil barris por dia.

A aquisição já foi aprovada pelo órgão regulador (ANP) e o campo em seu pico poderá
produzir mais do que 60 mil barris/dia, e em breve será incorporado aos resultados
da companhia, chegando próximo de dobrar a produção média atual de PRIO, com a
sua posição estratégica em relação aos ativos já adquiridos pela companhia.
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[Localização do campo de Albacora Leste. Fonte: Prio]

[Produção no 3T23 de PRIO3. Fonte: Prio.]

Além de Albacora Leste, em 2020, a companhia havia adquirido o campo de Wahoo,


com uma produção estimada de 40 mil barris por dia, devendo entrar nos seus re-
sultados em 2024.

• Campo de Wahoo – 64,3% de PRIO, produção esperada (conservadora) de 40


mil barris por dia.

O campo está localizado ao lado de Frade, sendo possível a criação de um novo clus-
ter para a companhia, reduzindo o seu custo de extração (lifting cost) por comparti-
lharem da mesma infraestrutura.
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[Localização do campo de Wahoo. Fonte: Prio]

PRIO utiliza da estratégia de clusters com foco em redução de custos, dado que clus-
ters envolvem campos próximos, nos quais é possível utilizar as mesmas estruturas
com redução imediata de custos com pessoas, estruturas físicas e sinergias, como já
possui no cluster de Polvo + Tubarão Martelo (TBMT).

Dos 40 mil barris por dia, PRIO detém cerca de 25 mil, com possibilidade de aquisição
do restante para capturar o máximo de produção do campo.

• Cluster Polvo + Tubarão Martelo (TBMT) – 100% de PRIO, produção média de


17 mil barris por dia.

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[Produção média, eficiência operacional cluster Polvo + TBMT. Fonte: PetroRio.]

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Com os campos acima, a representatividade por receita em cada campo fica dessa
forma:

[Fonte: Prio]

O futuro de PRIO

Albacora pode ter sido uma sinalização de que a Petrobras não está mais interessada
em continuar com o seu processo de desinvestimentos de campos ou, pelo menos,
estão sendo mais criteriosos na venda de ativos do que na antiga gestão.

De qualquer forma, um possível desinteresse no processo de desinvestimento pela


nova gestão da Petrobras é uma preocupação menor já que, de todos os campos
que a Prio comprou nos últimos anos, apenas Albacora Leste, na Bacia de Campos,
veio majoritariamente da estatal. Os demais vieram de outras petroleiras grandes
(Majors), que seguem tendo ativos interessantes para PRIO.

Como a estratégia da companhia é de adquirir campos próximos às suas operações


para formar possíveis clusters (reduzindo os custos operacionais e, consequente-
mente, aumentando a eficiência), a sua atenção está em campos presentes na Bacia
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de Campos.

Pensando nessas oportunidades que não passam necessariamente pelos processos


da Petrobras, Prio mantém os olhos abertos em campos como Peregrino, Roncador
e Parque das Conchas — prova de que a companhia está constantemente avaliando
novas possibilidades de crescimento que independem de um único vendedor.

Peregrino é um campo operado pela Equinor (60% de participação) e Sinochem


(40%), que fica próximo de Polvo e Tubarão Martelo. O Campo está em fase 2 do

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projeto, que consiste em uma nova plataforma com estruturas de perfuração e aloja-
mentos ligados ao FPSO (Unidade Flutuante de Produção, Armazenamento e Trans-
ferência de petróleo), e com isso deve elevar sua produção para 110 mil barris por
dia (algo que deve ser o platô do campo).

Roncador é um campo operado pela Petrobras, um dos maiores em termos de pro-


dução do país, com cerca de 170 mil barris diários. Ele se encontra perto do campo
de Frade e Albacora Leste, sendo que 25% do campo pertence à Equinor (major no-
rueguesa), que poderia estar disposta a negociar a sua participação.

Parque das Conchas é um conjunto de campos localizado na Bacia de Campos,


operado pela Shell (50% – operadora), ONGC da Índia (27%) e Qatar Petroleum (23%),
com proximidade de Wahoo e Itaipu, que possui uma capacidade de produção de
cerca de 66 mil barris por dia (de acordo com os dados divulgados pela Shell). Shell e
QP decidiram sair do projeto recentemente e anunciaram a venda de suas participa-
ções no conjunto de campos.

A companhia recentemente adquiriu a petroleira Dommo, antiga OGX de Eike Batista,


tornando-a sua subsidiária.

O único ativo de Dommo era o direito de receber 5% da receita (deduzida de royal-


ties) do Cluster de Polvo + Tubarão Martelo, passando a ser integralmente de PRIO,
porém o maior interesse da empresa está em seus créditos tributários de mais de
R$ 7 bilhões – ou seja, a Prio estaria comprando o direito de pagar menos impostos
no futuro.

Além disso, Prio adquiriu os 40% restantes do campo de Itaipu. A companhia já havia
adquirido 60% do campo em 2020, da BP Energy, e agora poderá explorar e operar
o campo integralmente.

Itaipu ainda não é um campo maduro (como a maioria dos ativos da PRIO), mas sim
um bloco exploratório, por isso não temos muitos detalhes sobre a capacidade pro-
dutiva do campo.

De qualquer forma, como foi uma aquisição pequena (US$ 27 milhões), esperamos
valores mais baixos para a produção, que não seja algo transformacional para a com-
panhia. Segundo estudos da própria BP em 2013, a produção seria em torno de 5,6
mil barris por dia (12% da produção atual de Prio).

Resultados 3T23 de PRIO


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O mercado esperava receita +50%, Ebitda +50% e lucro +100% para PRIO no 3T23.

A companhia apresentou crescimento de +109% na receita líquida, +121% Ebitda Aj.


e +126% no lucro líquido, acima das expectativas do mercado.

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[Fonte: Prio.]

Com a entrada de Albacora Leste no início do ano e com as campanhas de revitaliza-


ção de Frade, vimos um crescimento de +118% na produção.

[Fonte: Prio.]

Já os offtakes (vendas) cresceram +154% graças a esse aumento de produção e pelas


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vendas de parte do estoque de óleo produzido pela companhia no 2T23 — por conta
da taxação da exportação do óleo, a companhia adotou a estratégia de segurar um
pouco as vendas para o trimestre seguinte (3T23).

Em vista do maior número de vendas, mesmo com a diferença negativa no preço


médio do petróleo e do câmbio, impactando negativamente seus resultados, a com-
panhia conseguiu entregar um belo crescimento de receita.

Além do ganho de volume, a empresa também entregou mais eficiência — especial-


mente em Albacora Leste.

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Com o aumento de produção e redução de custo no campo de Albacora Leste, e o
aumento de produção em Frade, tivemos o menor custo de extração (lifting cost)
do óleo já registrado pela companhia, chegando a US$ 7 por barril, uma redução de
-26% versus 3T22.

[Fonte: Prio.]

Mesmo com uma posição consolidada no mercado, a Prio continua em constante


evolução.

A companhia criou a Prio Trading, novo segmento que tem como objetivo buscar
diferentes alternativas de comercialização de petróleo e obter melhores condições.
Com isso, a empresa está conseguindo melhorar os seus níveis de descontos prati-
cados nas vendas do óleo.

Além disso, o ganho de eficiência em Albacora Leste não está perto de acabar. Hoje
a companhia possui uma eficiência operacional de 81%, mas a Prio pretende chegar
mais perto dos demais campos da companhia, que possuem uma eficiência média de
97%, conforme continuam fazendo a troca de equipamentos e manutenção.

A petroleira está conseguindo demonstrar evolução no campo (AL), que terminou o


3T23 com uma produção média de 28 mil barris, mas que já começou o 4T23 mais
próximo dos 30 mil barris de óleo por dia.

Esse é só o começo de mais um possível crescimento de produção, com a melhoria


constante na exploração de Albacora Leste e Wahoo entrando nos resultados em
2024.
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Para esse último campo (Wahoo), a Prio está esperando o licenciamento ambiental
para começar a sua perfuração e produção e espera produzir cerca de 30 mil barris
de óleo por dia.

A empresa ainda mantém o processo de desalavancagem pós-aquisição de Albacora


Leste, com a sua forte geração de caixa, atingindo uma alavancagem 0,9x Ebitda.

Com essa forte geração, a companhia mantém a sua agenda de M&A bem ativa, com
o objetivo de comprar novos campos assim que aparecer uma oportunidade que

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faça sentido para a petroleira.

Em relação à distribuição de dividendos, hoje isso não faz parte dos planos da com-
panhia, que prefere recomprar suas ações, em vista da base de acionistas estrangei-
ros e por confiar no potencial da empresa.

Outro trimestre sólido para a PRIO, com Campo de Frade e Albacora Leste aceleran-
do os resultados, e com grande demonstração de capacidade operacional.

Riscos de PRIO

Como qualquer outra empresa de commodity, a PetroRio é dependente do preço do


petróleo, que é formado de acordo com a oferta e demanda global.

Dessa forma, a empresa não tem controle sobre seu preço de venda, um petróleo
muito baixo pode comprometer a viabilidade econômica de seus campos.

PRIO pode se proteger reduzindo seu custo de extração e com a pontual utilização
de instrumentos financeiros de hedge (proteção contra oscilações drásticas baixistas
no preço), como costumam fazer de forma periódica.

A empresa atua majoritariamente em campos de petróleo com capacidade produ-


tiva provada, o que reduz consideravelmente o risco exploratório. Porém, os riscos
da atividade produtiva (paradas, acidentes, etc.) nunca deixarão de existir diante de
novas oportunidades.

Os projetos escolhidos pela companhia demandam muito capital, por isso devem ser
escolhidos de forma criteriosa. A empresa tem se mostrado bastante assertiva na
escolha de seus projetos recentemente, mas não é possível garantir que isso conti-
nuará acontecendo daqui em diante.

A empresa pode ter que se alavancar para poder investir em novos projetos. Com a
variação do preço do petróleo, a geração de caixa da empresa e a viabilidade econô-
mica dos projetos pode ser afetada de forma a impossibilitar o pagamento de suas
dívidas.

Hoje, alavancagem não é um problema diante do baixo endividamento da companhia


de 0,9x dívida líquida/Ebitda no 3T23.

Valuation de PRIO
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Com a campanha de revitalização em Albacora Leste no futuro, Wahoo em 2024 e


Itaipu em um futuro próximo, entendemos que há muito espaço para a companhia
continuar crescendo.

A companhia também criou a Prio Trading, novo segmento que tem como objetivo
buscar diferentes alternativas de comercialização de petróleo e obter melhores con-
dições. Com isso, a empresa está conseguindo melhorar os seus níveis de descontos
praticados.

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Além disso, o ganho de eficiência em Albacora Leste não está perto de acabar. Hoje
a companhia possui uma eficiência operacional de 81%, mas a Prio pretende chegar
mais perto dos demais campos da companhia, que possuem uma eficiência média de
97%, conforme continuam fazendo a troca de equipamentos e manutenção.

A petroleira está conseguindo demonstrar evolução no campo (AL), que terminou o


3T23 com uma produção média de 28 mil barris, mas que já começou o 4T23 mais
próximo dos 30 mil barris de óleo por dia.

Esse é só o começo de mais um possível crescimento de produção, com a melhoria


constante na exploração de Albacora Leste e Wahoo entrando nos resultados em
2024.

Para esse último campo (Wahoo), a Prio está esperando o licenciamento ambiental
para começar a sua perfuração e produção, e espera produzir cerca de 30 mil barris
de óleo por dia.

PRIO está preparada para crescer em ritmo constante no longo prazo. O crescimen-
to de seus resultados no longo prazo trará suas cotações adiante, como já vimos no
histórico.

[Histórico de lucro e cotações PRIO. Fonte: Bloomberg.]

Por esses motivos, recomendamos compra para as ações de PetroRio (PRIO3).

Vamos (VAMO3)
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História

A Vamos foi criada em 2015, como um braço da JSL (hoje Simpar), para operações
de locação, concessionária e venda de seminovos — tudo de veículos pesados (cami-
nhões e máquinas).

A empresa já nasceu como a maior plataforma de locação, compra e venda de cami-


nhões, máquinas e equipamentos novos e seminovos do Brasil.

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Atualmente, a empresa conta com 3 unidades de negócios:

[Unidades de negócios da Vamos. Fonte: Vamos.]

Vamos Locação: braço de aluguel de frota de caminhões, máquinas e equipamentos


do grupo. Hoje a empresa é líder no setor e já possui um leque de serviços integra-
dos que servem para atender às necessidades dos clientes (customização e manu-
tenção).

Vamos Concessionárias: braço de concessionárias zero km de veículos pesados da


empresa. A Vamos já possui a maior rede de concessionárias Volkswagen/MAN do
Brasil. São também os maiores em equipamentos agrícolas das marcas Valtra, Fendt
e Komatsu.

Vamos Seminovos: braço focado na venda dos ativos que pertenciam ao braço de
Locação. Única rede de concessionárias de seminovos pesados com capilaridade na-
cional. Seminovos é o braço que permite à companhia uma troca dos ativos, ven-
dendo os que já foram usados e usando os recursos para adquirir novos caminhões,
máquinas e equipamentos.

A empresa segue sendo um dos principais nomes dentro da gigante estrutura da


Simpar.

A empresa de 2016, que possuía pouco mais de 6 mil ativos locados, é hoje uma
companhia com mais de 45 mil ativos — sendo 35 mil caminhões e quase 10 mil
máquinas.

Esse forte crescimento só foi possível por conta do IPO da companhia em 2021, se-
guido por mais 3 follow-ons (um ainda em 2021, um em 2022 e um em 2023).

Dentro de locação, o modelo de negócio da Vamos é igual ao de locadoras de carros


como Movida (também do Grupo Simpar) e da Localiza. O negócio tem um ciclo de
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3 etapas.

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[Ciclo do business de locação. Fonte: Nord Research.]

Na primeira etapa, é realizada a compra do ativo. Por exemplo, a Vamos vai a uma
montadora e encomenda 1000 caminhões/máquinas. Na segunda etapa, está a alo-
cação desses ativos em contratos. Aqui é onde a empresa aluga seu caminhão para
algum de seus clientes durante um dado período. Por fim, a vida desse ativo com seu
cliente chega ao fim, e a empresa faz a venda dele dentro de Seminovos.

Como não é muito comum pessoas alugarem caminhões, como é feito com carros
de passeio, a maior parte do seu negócio está voltada para o GTF — gestão e tercei-
rização de frotas.

Já a parte de concessionárias, diferentemente dos Seminovos, não vende os veículos


usados na locação. Vende caminhões novos e máquinas novas, tanto de linha verde
(agro) quanto linha amarela (construção).

AS 3 MELHORES AÇÕES PARA 2024

[Presença Geográfica em Concessionárias. Fonte: Vamos.]

Nesse segmento, a grande vantagem que a companhia possui é a capilaridade de


lojas, distribuídas por todo o país. Atualmente, são 60 concessionárias distribuídas
pelo Brasil.

Com a aquisição da BMB em 2021, a empresa também entrou no negócio de custo-


mização. Ainda um braço bastante pequeno dentro do todo.

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O presente e o futuro de Vamos

A nossa proposta de investimento na companhia passa muito por uma consolidação


como líder de mercado no segmento de locação de veículos pesados.

Hoje, no Brasil, temos mais de 3,8 milhões de caminhões, sendo destes 2,8 milhões
de veículos de empresas — clientes endereçáveis de Vamos.

Atualmente, a Vamos possui 35 mil caminhões, que representa apenas 1,3% do total
do mercado endereçável para caminhões. Caso a empresa atinja sua antiga meta
para 2025 de 80 mil caminhões, ainda estamos olhando para uma companhia com
apenas 2,9% do mercado.

Mesmo com uma participação aparentemente pequena, a Vamos é líder disparada


em locação de pesados. E, como com qualquer locadora, tamanho é documento.
Sendo a maior compradora de caminhões do país, ela tem diversas vantagens com-
petitivas frente a seus concorrentes. Consegue, junto a montadoras, descontos mais
favoráveis e melhores custos para financiamentos junto a bancos. Diante disso, a
evolução da frota foi:

[Frota de Vamos. Fonte: Vamos.]

Como podemos observar na imagem acima, a frota da companhia vem crescendo em


média 28% ao ano. Tendo crescido de 9,1 mil ativos ao final de 2017 para 45,3 mil
ativos na metade de 2023.

Junto ao crescimento da frota, seus resultados financeiros também cresceram em


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um ritmo bem acelerado.

A Receita Líquida da companhia cresceu a um CAGR (taxa de crescimento composta


anual) de +35% desde 2016, enquanto seu Ebitda teve um crescimento a um CAGR
de +30% e seu Lucro Líquido a um CAGR de +33%.

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Riscos de Vamos

Dos principais riscos, temos:

Execução: Estratégias e investimentos mal planejados ou executados, gestores e


equipes sem qualificação que podem comprometer as estratégias, operações, resul-
tados e o crescimento da companhia.

Dependência da economia: O setor tende a depender do nível de atividade eco-


nômica mais estável, principalmente pelas operações e resultados dos seus clientes
estarem altamente expostos a uma atividade mais aquecida da indústria e do agro-
negócio.

Novas Tecnologias: novas disponibilidades de produtos tecnológicos podem ser


uma ameaça, principalmente pelos caminhões autônomos. Novos entrantes de di-
versos setores disponibilizando serviços e plataformas com caminhões autônomos
podem comprometer algumas das suas vantagens competitivas.

Intensiva em Capital: A empresa necessita de capital intensivo para sustentar o


crescimento da sua frota, para isso, recorre a crédito e um bom desempenho no
segmento de Seminovos. Isso faz com que as empresas do setor de locação tenham
dívidas nominais elevadas.

Fiscais e Regulamentação: Mudanças na regulamentação desde leis, normas e li-


cenças desde trânsito até tributárias podem beneficiar ou prejudicar as suas opera-
ções e lucratividade.

Condições de compra e venda de veículos: A empresa necessita realizar grandes


compras e vendas, tanto para expandir quanto para renovar sua frota. Por isso, as
condições de mercado para compra e venda de veículos são fatores-chave para a
rentabilidade da empresa.

Expansão: A empresa está em fase de expansão, e as decisões tomadas em relação


à captação de novos contratos, clientes e serviços devem ser sempre bem estudadas
e executadas para uma boa aplicação do seu capital.

Resultados 3T23

O mercado esperava receita +4%, Ebitda +23% e lucro -25% para Vamos no 3T23.

A companhia apresentou crescimento de +7,5% na receita líquida, +23% Ebitda e


AS 3 MELHORES AÇÕES PARA 2024

-23% no lucro líquido, em linha com as expectativas do mercado.

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[Resultados. Fonte: Vamos.]

No consolidado, a companhia apresentou crescimento no volume de venda de ativos


e leve redução da receita líquida de serviços, o que justifica a receita líquida +7,5% na
comparação anual.

Como já esperávamos, o resultado do melhor negócio da companhia, a locação, se-


gue super forte. Com crescimentos de receita de +63% e de +61% de Ebitda.

A frota se manteve em 45 mil ativos (35k caminhões, 10k máquinas), crescimento


de +17% na comparação com ano passado, mas com uma leve queda ante o 2T23.
Ainda não tivemos a incorporação dos caminhões adquiridos juntos ao Grupo Petró-
polis, que ainda vai adicionar mais crescimento a essa frota nos próximos trimestres.

A rentabilidade dos novos contratos vem elevando o yield médio da companhia, o


que é bastante positivo, pela soma do mix de novos produtos e queda da curva fu-
tura de juros.

O backlog (receita futura contratada) apresentou alta de +33,6% em relação ao 3T22,


dado importante para sustentar o crescimento futuro da companhia, com CAPEX (in-
vestimentos) contratado em queda -13,2% e implementando (o que a companhia já
entregou para os clientes) com queda de -11,4%. A expectativa da companhia é que
a projeção se normalize em até 3 meses.
AS 3 MELHORES AÇÕES PARA 2024

O segmento de concessionárias teve um trimestre bastante complicado. As receitas


tiveram uma queda de -25% e o Ebitda de -99%. Sem surpresas nessa linha também,
já esperávamos um desempenho pior, com margens muito menores (margem Ebitda
de 0,1% x locação com 90,3%).

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[Resultados. Fonte: Vamos.]

A companhia foi mais impactada no segmento graças às restrições do Agro, em es-


pecial pela restrição de crédito no mercado, mas com uma ligeira recuperação em
setembro, que deve beneficiar o 4T23.

O lucro líquido da companhia foi impactado pelo aumento das despesas financeiras,
e a alavancagem no trimestre finalizou em 3,28x dívida líquida/Ebitda, sendo 3,19x ao
analizarmos o resultado, com custo atual de dívida em 10,3%.

A companhia possui disponibilidade de caixa para cobrir dívidas até meados de 2025,
que deve ser beneficiada positivamente com os próximos ciclos de corte de juros.

A rentabilidade para acionistas e credores (ROIC) em relação ao seu custo de dívida


(ROIC spread) ficou em 8,4pp, maior patamar dos últimos anos, reflexo da rentabili-
dade nos contratos da companhia (yields maiores), mesmo com custo de dívida ainda
bastante alto.

AS 3 MELHORES AÇÕES PARA 2024

[Resultados. Fonte: Vamos.]

Entendemos que os resultados da companhia foram esperados e vislumbramos uma


melhoria de cenário, combinada ao aumento de rentabilidade dos novos contratos e
juros em queda.

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Valuation de Vamos

A Vamos negocia hoje a 7x Ebitda, o menor patamar desde o seu IPO. A maior parte
da queda no múltiplo da empresa veio do crescimento do seu Ebitda.

[Ebitda e EV/Ebitda de Vamos. Fonte: Bloomberg.]

Contudo, a empresa ainda possui enorme visibilidade pela frente em seus resulta-
dos. Atualmente, o Backlog de Vamos (receitas futuras já contratadas) ultrapassa os
R$ 16 bilhões.

Por conta dessa excelente visibilidade e um potencial mercado endereçável gigante,


o mercado tem expectativas muito boas para os próximos anos da companhia.

Com base nos números do consenso de mercado (média dos analistas que fazem a
cobertura da empresa), para os próximos anos, a expectativa para os resultados de
Vamos é:

AS 3 MELHORES AÇÕES PARA 2024

[Histórico e projeções de resultados para Vamos. Fonte: Bloomberg & Nord Research.]

Com um crescimento acima de 20% para todos os anos até 2026, o mercado espera

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que a empresa esteja negociando em 2024 a 5,1x Ebitda e 11x lucro, enquanto em
2026 ela estaria a apenas 3,1x Ebitda e 9x Lucro.

Por esses motivos, recomendamos compra para as ações de Vamos (VAMO3).

GPS Empreendimentos e Participações (GGPS3)


História

Com operações desde 1962, a GPS é líder no setor de serviços terceirizados facilities,
segurança, logística indoor, engenharia de utilidades, serviços industriais, alimenta-
ção e serviços de infraestrutura. Atua em todo o Brasil com um abrangente portfólio
de soluções, servindo a 3.182 clientes e contando com mais de 119,6 mil colabora-
dores diretos.

A primeira empresa do Grupo GPS, a Predial Higienização, nasceu na cidade de Salva-


dor, estado da Bahia, em 1962, oferecendo serviços de limpeza e conservação. Após
cerca de 30 anos, a companhia liderou a expansão comercial nos anos seguintes,
entrando em novos segmentos como segurança privada.

A partir de 2011, após investimentos de private equity, a Companhia acelerou sua


expansão através da combinação de crescimento orgânico com um processo estru-
turado de aquisições, estratégia que permanece consistente até hoje e que permitiu
a evolução de 32% de crescimento anual médio de receita líquida entre os exercícios
de 2008 e 2020.

Principais Segmentos

A companhia atua nos segmentos de Facilities, Segurança, Manutenção e Serviços


Industriais e Logística Indoor.

AS 3 MELHORES AÇÕES PARA 2024

Facilities é o segmento com maior representatividade na receita, correspondendo a


cerca de 40% do total.

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Dentro de Facilities, há diversos serviços, como:

(i) limpeza; (ii) catering; (iii) manutenção predial; (iv) prevenção e proteção contra in-
cêndio; (v) recepção e apoio administrativo; e (vi) mão de obra temporária.

Como exemplo, podem ser citados os serviços de limpeza e conservação; limpeza


técnica e industrial; limpeza em altura; limpeza e higienização hospitalar; suporte ad-
ministrativo incluindo operadores e assistentes administrativos; suporte operacional;
serviços especializados, dentre os quais: engenheiros, médicos, fonoaudiólogos, en-
fermeiros, entre outros; copeira e garçom; recepção e portaria; manutenção predial;
bombeiros; manutenção de áreas verdes e jardinagem e gestão de resíduos (indoor).

Correspondendo a 28% da receita total, Segurança fornece a prestação dos serviços


de segurança patrimonial; segurança pessoal; operações de centrais de monitora-
mento; escolta armada; segurança de eventos; solução integrada de segurança e
proteção da aviação civil (APAC).

O segmento de Manutenção e Serviços Industriais, 25% da receita total, oferece o


planejamento e a execução de serviços multidisciplinares de manutenção, tais como
manutenção eletromecânica; automação industrial; subestação elétrica; andaimes e
plataformas elevatórias; estruturas metálicas e tubulações; manutenção refratária;
esteiras transportadoras; pontes rolantes; montagem e paradas eletromecânicas;
limpeza industrial e manutenção predial (elétrica, civil, hidráulica e climatização).

Além disso, nesse grupo de serviços, são oferecidas as seguintes utilidades: refrige-
ração industrial; automação em sistemas de refrigeração; manutenção de sistema de
combate a incêndio; gases e ar comprimido; sistema de geração de vapor e sistemas
de tratamento de água e efluentes.

As atividades como logística Indoor representaram 7% da receita líquida da compa-


nhia.

A logística Indoor, realizada por meio do mapeamento completo da operação de seus


clientes, permite à Companhia oferecer soluções customizadas e sustentáveis com o
objetivo de reduzir custos e agregar valor. O foco da In-Haus é a logística interna dos
seus clientes, e destacam-se as seguintes soluções: (i) recebimento dos materiais; (ii)
armazenagem e controle de inventário; (iii) movimentação total dos almoxarifados de
peças e insumos; (iv) alimentação de linhas de produção; (v) retirada do produto aca-
bado das linhas e (vi) movimentação completa nos armazéns de produtos acabados.

A Companhia presta serviços para diversos clientes nos mais variados setores da
AS 3 MELHORES AÇÕES PARA 2024

economia como: indústria (44% da receita líquida total de 2020), serviços (32%), infra-
estrutura (15%), varejo (8%) e setor público (1%).

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No exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2021, 3% da receita líquida da
Companhia foi proveniente dos serviços prestados ao seu maior cliente; 41% entre
o 2º e 50º clientes, 41% entre o 51º e 100º clientes e 43% entre os demais clientes.

O presente de GPS

O mercado total (incluindo segurança, alimentação, engenharia, logística e facilities


management) da Companhia no Brasil totalizou, em 2019, aproximadamente R$ 751
bilhões em termos de faturamento de acordo com estudo preparado pela AT Kear-
ney. Esse valor representa um crescimento médio anual de 8.8% desde 2010. Esti-
ma-se que o mercado total chegue a R$ 931 bilhões até 2025, representando um
crescimento médio anual de 3,6% a partir de 2019.

Do mercado total, a parcela referente a serviços terceirizados representou aproxima-


damente 20% do total em 2019, ou R$ 147 bilhões. Os serviços terceirizados cresce-
ram em média 10.4% entre 2010 e 2019.

Espera-se que o faturamento dos serviços terceirizados chegue a R$ 196 bilhões em


2025, com um crescimento médio anual de 4,8% a partir de 2021. Espera-se que
esse crescimento seja impulsionado principalmente (i) pela facilitação da implemen-
tação de serviços terceirizados oriunda da nova legislação vigente; e (ii) pela baixa
penetração desse tipo de serviço no mercado de trabalho brasileiro em relação a
outros mercados desenvolvidos.

Analisando o mercado de serviços terceirizados por soluções, facilities se destaca,


representando 41% (R$ 60 bilhões) dos serviços terceirizados em 2019, e crescendo
5,3% ao ano até 2025, chegando a R$ 82 bilhões; segurança representou 25% (R$ 37
bilhões) em 2019, e deve crescer 2,6% ao ano até 2025, chegando a R$ 43 bilhões;
alimentação representou 14% (R$ 20 bilhões) em 2019, e deve crescer 7,8% ao ano
até 2025, chegando a R$ 32 bilhões; engenharia representou 11% (R$ 16 bilhões) em
2019, e deve crescer 4,3% ao ano até 2025, chegando a R$ 20 bilhões; por fim, logís-
AS 3 MELHORES AÇÕES PARA 2024

tica representou 9% (R$ 14 bilhões) em 2019, e deve crescer 4,4% ao ano chegando
a R$ 18 bilhões de faturamento em 2025, de acordo com estudo da AT Kearney.

O mercado de terceirização de mão de obra no Brasil ainda possui grande espaço


para crescimento quando comparado a outros mercados. O Brasil tem apenas 1,1%
de sua mão de obra alocada em facilities management, comparado a uma média
global de 1,8% em outros mercados selecionados. Adicionalmente, esse grupo de
serviços representa apenas 0,8% do PIB no país vs. 1,6% da média global para os
países analisados.

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GPS, frente aos demais concorrentes, tem décadas de mercado, o que é atribuído a
fatores como: marca forte, excelente gestão de recursos, foco na geração de Ebitda
(gestão de custos) e alavancagem baixa, além de um excelente track record de cres-
cimento médio de 30% ao ano, com expertise em aquisições.

Das 7 aquisições realizadas em 2022, foram em média 119 dias para integração dos
sistemas e R$ 1,4bi de receita adquirida no programa.

[Fonte: GPS.]

Em 2023, foram 8 aquisições até o momento, média de 99 dias para integração e R$


1,8bi de receita adquirida no programa.

AS 3 MELHORES AÇÕES PARA 2024

[Fonte: GPS.]
Desde seu IPO, GPS adquiriu 21 empresas, com R$ 4,6bi de receita bruta acumulada,

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sendo 7 no segmento de facilities e segurança, 5 em mão de obra, 7 manutenção e
serviços industriais e 2 em logística.

Resultado 3T23 de GPS

O mercado esperava crescimento de +18% na receita líquida, +16% no Ebitda e +11%


no lucro líquido para o 3T23. A companhia apresentou +8% de receita líquida, +10%
Ebitda e +20% no lucro líquido em relação ao 3T22.

No 3T23, GPS conseguiu manter o ritmo de implantação de novos contratos, o que


resultou em um crescimento de 11% de receita líquida orgânica, frente ao 3T22, e
de 9% quando comparado ao 9M22. As tabelas abaixo apresentam a evolução da
receita líquida trimestral e dos nove meses, com abertura por receita orgânica e inor-
gânica. Os valores estão representados em milhões de reais.

[Fonte GPS.]

Os resultados do terceiro trimestre de 2023 incluem a performance integral da Engie


Serviços e Facilities e Compart. Os resultados da TLSV e Campseg serão incluídos a
partir do quarto trimestre.

Abaixo, a relação de aquisições da companhia no ano, que soma R$ 1,8 bilhão de


receita bruta apurada nos 12 meses anteriores à assinatura do contrato de compra
e venda.
AS 3 MELHORES AÇÕES PARA 2024

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[Fonte GPS.]

O crescimento de Ebitda junto ao incremento de margem veio em consequência dos


ajustes dos contratos existentes e de um menor efeito de aquisições em 2023. A
companhia se beneficiou positivamente com R$ 12 milhões em itens não operacio-
nais (reversão de contingências cíveis e física de períodos anteriores, além da provi-
são de riscos), ao observarmos o Ebitda ajustado crescendo +10%, já isolamos esse
efeito.

Com um baixissimo endividamento (0,7x dívida líquida/Ebitda), pouco impactado pe-


las despesas financeiras, o que gerou um crescimento de +20% no lucro líquido na
comparação anual.

Os riscos de GPS

A companhia tem um histórico de aquisição invejável, mas pode fazer aquisições er-
radas e comprometer os resultados dos anos seguintes, bem como ter impactos com
a reforma tributária, elevando a carga tributária do setor de serviços e prejudicando
seus negócios, o que até o momento nos parecem riscos bastante afastados.

O futuro de GPS
AS 3 MELHORES AÇÕES PARA 2024

Com inflação moderadamente elevada, a companhia é capaz de fazer melhores aqui-


sições de empresas menores a melhores preços (dado que a maioria não consegue
repassar aos clientes).

Se o cenário se mantiver com maior estabilidade, a companhia seguirá com oportuni-


dades de crescer no seu setor, consequência de uma economia mais pujante.

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O valuation de GPS

O terceiro trimestre mostrou um faturamento resiliente, impulsionado principalmen-


te pelo crescimento orgânico, enquanto o crescimento inorgânico está atrasado.
Apesar do ritmo inorgânico mais suave no início deste ano, sinalizamos a recente
recuperação em anúncios de negócios, com a empresa já adquirindo R$ 1,8 bilhão
em faturamento anual este ano.

[Histórico de Ebitda (azul) e EV/Ebitda (marrom) GPS. Fonte: Bloomberg.]

Esperamos que os investidores acompanhem: (i) o crescimento orgânico e inorgâni-


co; (ii) as margens; e (iii) os potenciais impactos da reforma fiscal e laboral, para os
quais temos assistido recentemente uma redução constante do risco. O seu modelo
de negócio, que beneficia de baixos requisitos de capital para crescimento, é favo-
rável num ambiente de aumento do custo do capital. Negociando a 8x Ebitda para
o final de 2024, vemos potencial crescimento e bons resultados para a companhia.

Por esses motivos, recomendamos compra para as ações de GPS (GGPS3).

Danielle
Danielle Lopes
Analista CNPI
AS 3 MELHORES AÇÕES PARA 2024

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“Em observância aos Artigos 20 e 21 da Resolução CVM nº
20/2021, a Analista Danielle Lopes declara que:

1. é a responsável principal pelo conteúdo do presente Relatório


de Análise;

2. as recomendações constantes no presente Relatório de Análise


refletem única e exclusivamente suas opiniões pessoais e foram
elaboradas de forma independente, inclusive com relação à Nord
Research;

A Nord Research esclarece que oferece produtos contendo


recomendações de investimento pautadas por diferentes
estratégias e/ou elaborados por diferentes Analistas. Dessa
AS 3 MELHORES AÇÕES PARA 2024

forma, é possível que um mesmo valor mobiliário encontre


recomendações distintas em diferentes produtos por nós
oferecidos. As indicações do presente Relatório de Análise,
portanto, devem ser sempre consideradas no contexto da
estratégia que o norteia.”

Nord Research, 2023. Rua Joaquim Floriano, 100 - Itaim Bibi

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