Você está na página 1de 2

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUÍZ DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL E CRIMINAL

ADJUNTO À 1ª VARA FEDERAL DA SUBSEÇÃO JUDICIÁRIA DE MONTES CLAROS - MG

TIAGO RIBEIRO DE FREITAS, devidamente qualificado nos autos do processo em


epígrafe, por intermédio de seus procuradores infra-assinados, vem, respeitosamente,
diante de Vossa Excelência, IMPUGNAR A CONTESTAÇÃO juntada pelo INSS, nos termos
seguintes.

1. DO MÉRITO

No mérito, é importante salientar que o INSS sequer analisou de fato o caso


concreto, visto que apresentou peça contestatória genérica, alegando suposta inconsistência
do laudo pericial.

Ora, no ponto, é importante salientar que a autarquia federal não apontou de forma
clara e concreta quais seriam os pontos omissos do laudo pericial, o qual respondeu
objetivamente todos os quesitos apresentados pelas partes e pelo juízo, concluindo pela
existência de sequelas definitivas decorrentes de acidente, as quais reduzem
permanentemente a capacidade laboral da parte autora.

Assim, restou demonstrado que a parte autora cumpre os requisitos para a


concessão do auxílio acidente, nos termos da Lei 8.213/91.

Nesse sentido, eis o entendimento jurisprudencial exarado pelo E. TRF-1:

PREVIDENCIÁRIO. AUXÍLIO-ACIDENTE. TRABALHADOR URBANO.


LIMITAÇÃO LABORAL CONSTATADA POR LAUDO PERICIAL.
REQUISITOS CUMPRIDOS. BENEFÍCIO DEVIDO. TERMO INICIAL. 1.
Nos termos do art. 86 da Lei n. 8.213/91 (Plano de benefícios da
Previdência Social), o auxílio-acidente será concedido, como
indenização, ao segurado quando, após consolidação das lesões
decorrentes de acidente de qualquer natureza, resultarem seqüelas
que impliquem redução da capacidade para o trabalho que
habitualmente exercia. 2. Com efeito, os requisitos para a
concessão do benefício de auxílio-acidente são: a) qualidade de
segurado, b) ter o segurado sofrido acidente de qualquer natureza,
c) a redução parcial e definitiva da capacidade para o trabalho
habitual, e; d) o nexo causal entre o acidente e a redução da
capacidade. 3. Tendo em vista a comprovação da incapacidade
laborativa da parte autora com intensidade e temporalidade
compatíveis com o deferimento de auxílio-acidente, e presentes os
demais requisitos do artigo 86, da Lei n.º 8.213/91, é devida a
concessão desse benefício. 4. O auxílio-acidente será devido a partir
do dia seguinte ao da cessação do auxílio-doença (art. 86, § 2º, da
Lei n. 8.213/91). 5. Apelação da parte autora não provida. (TRF-1 -
AC: 00259273120134013400, Relator: DESEMBARGADORA FEDERAL
SÔNIA DINIZ VIANA, Data de Julgamento: 15/07/2021, SEGUNDA
TURMA, Data de Publicação: PJe 15/07/2021 PAG PJe 15/07/2021
PAG)

2. DOS PEDIDOS

Diante de todo exposto, com o devido acatamento, face toda fundamentação legal
exposta e provada, é imperativo concluir-se que as assertivas trazidas na peça contestatória
não condizem com a realidade fática, bem por isso, reitera a parte autora o seu pedido
inicial, requerendo sejam julgados TOTALMENTE PROCEDENTES os pedidos.

Nestes termos,

Pede deferimento.

Montes Claros/MG, data da assinatura eletrônica.

ANDRÉ MALAQUIAS DE FREITAS PABLO DARLAN C DOS SANTOS


OAB/MG 209.376 OAB/MG 197.276

Você também pode gostar