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A AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA
OBESIDADE
A obesidade é uma doença crônica caracterizada pelo acúmulo excessivo de
gordura corporal, incluindo os riscos associados, ou comorbidades1 como hipertensão
arterial, dislipidemia, diabetes tipo 2, apneia do sono etc.
1
Comorbidade: estado patológico causado, agravado ou cujo tratamento/controle
é dificultado ela presença de peso ou que apresente cura/controle com a perda ponderal.
A CIRURGIA BARIÁTRICA
Considerando os diferentes aspectos relacionados ao fenômeno
da obesidade, algumas pessoas começam a buscar por diferentes tipos
de tratamento, que venham diminuir o excesso de peso, e
possivelmente devolver a elas uma vida mais ativa, saudável e com
mais qualidade. Dentre essas soluções destacam-se: dietas, exercícios,
drogas como anfetaminas, ansiolíticos e antidepressivos, e em última
análise: a Cirurgia Bariátrica.
Assim, é uma área ainda muito incipiente, na qual há, em geral, pouquíssimas
referências a respeito na formação da graduação, assim como pesquisas ou referências
bibliográficas.
Dessa forma, este trabalho não tem como objetivo limitar os protocolos e nem
estabelecer regras para o avaliador.O profissional pode orientar-se especificamente pelo
roteiro avaliativo, porém sem deixar de levar em consideração a relação terapeuta-
cliente, produzindo, sensibilidade ao fenômeno, considerando a singularidade da pessoa
avaliada e caminhando para avaliações que não sejam tendenciosas. Além disso, a
dificuldade em se alcançar toda a dimensão do sujeito, considerando a quantidade de
variáveis que deveriam ser avaliadas, bem como a dimensão do fenômeno do
comportamento humano, também dificulta a criação de uma diretriz avaliativa, que não
deixe inúmeros aspectos altamente relevantes de lado.
Pose-se dizer que a obesidade é uma doença crônica e a Cirurgia Bariátrica não é
uma cura. Desde o início do tratamento para a cirurgia bariátrica o paciente deve
conhecer o diagnóstico da sua doença (obesidade) e julgar riscos, benefícios e
consequências da cirurgia. Expectativas irreais sobre a cirurgia bariátrica e seus riscos
podem prejudicar mudanças necessárias no estilo de vida dos pacientes.
Nesse momento, deve ser feito um preparo psicoeducativo, cujo objetivo é que o
paciente obtenha o máximo de conhecimento a respeito das orientações que deverão ser
seguidas após a cirurgia e otimizar os resultados por toda a vida. Sabe-se que os
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paciente pode criar expectativas que não serão atingidas com a perda de peso,
simplesmente porque dizem respeito a certas frustrações ou imaturidade diante da vida.
Após o processo de Avaliação Psicológica, deve ser realizada uma sessão onde
será feita a devolutiva dos aspectos avaliados, sendo importante que o psicólogo sinalize
ao cliente os aspectos fundamentais do tratamento, explicitando os pontos negativos e
positivos, informando e instruindo quanto ao procedimento cirúrgico e realizando a
entrega do laudo ou atestado psicológico, aconselhando ou desaconselhando à cirurgia.
Caso seja considerado apto ao procedimento cirúrgico, logo depois na etapa pós-
operatória indica-se acompanhamento psicoterápico individual e/ou em grupo, e uma
reavaliação psicológica.
Inventários e Escalas:
Contudo, como toda lua de mel, tal período vai pouco a pouco terminando. No
lugar dele, vão aparecendo outros sentimentos, que por vezes "parecem vir do nada":
uma angústia, uma sensação de tédio indefinida, um vazio, algo que fica faltando,
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sentimento de tristeza, uma vontade de ficar beliscando, o tempo todo, alguma coisa,
mas ainda assim a perda de peso continua visível, o trauma físico da cirurgia vai
cicatrizando, uma coisa equilibra a outra e a disposição de continuar lutando permanece.
Todas essas formas de tratamento psicológico são válidas e importantes para que
o paciente evolua da melhor forma.
A segunda via que pode se abrir é a da compulsão. Vê-se com muita frequência
que passado o primeiro momento de triunfo sobre o sintoma, o traço impulsivo,
existente já na base da personalidade do obeso começa, pouco a pouco, a se fazer
presente e pressionar o indivíduo em direção ao alimento. Instala-se o terror e o fascínio
pelas bolachas que dissolvem na boca, pelo biscoito de polvilho, pelo leite condensado,
pelo sorvete e o chocolate. Uma verdadeira batalha interna se impõe. Um descuido e o
peso começa a subir de novo.
O boletim expedido pela Anvisa (2008) cita uma situação denominada como
troca de compulsão, por parte do paciente obeso operado, do alimento para o abuso de
drogas lícitas ou ilícitas. Pode haver, também, abuso de álcool e outras drogas por parte
destes pacientes. A comida é tida como “fuga” de angústias e estados emocionais
desagradáveis, desse modo, ao passo que tais pacientes, submetidos à cirurgia bariátrica
não podem repetir este padrão comportamental frente às situações estressoras, observa-
se que novos repertórios de esquiva são selecionados, buscando-se uma saída rápida que
amenizem estados corporais desagradáveis, como ocorria na relação com alimento, pelo
uso de álcool e drogas. Nestes casos, as drogas oferecem o acesso ao reforço que a
comida antes propiciava, logo, o repertório de uso de tais substâncias pode ser
selecionado.
Categoria IMC
Abaixo do peso Abaixo de 18,5
Peso normal 18,5 – 24,9
Sobrepeso 25,0 – 29,9
Obesidade Grau I 30,0 – 34,9
Obesidade Grau II 35,0 – 39,9
Obesidade Grau III 40,0 e acima
Apresentar IMC e comorbidades em faixa de risco há pelo menos 2 anos e ter realizado
tratamentos convencionais prévios e ter tido insucesso ou recidiva do peso, através de
dados na história clínica. Essa exigência não se aplica: em casos de pacientes com IMC
maior que 50 e para pacientes com IMC entre 35 a 50 com doenças de evolução
progressiva ou risco elevado.
Em relação à idade:
Abaixo de 16 anos: não há estudos suficientes que corroborem esta indicação,
com exceção aos casos de Prader-Wille ou outras síndromes genéticas similares, quando
a indicação é unânime, o Consenso Bariátrico recomenda que, nessa faixa etária, os
riscos sejam avaliados por 2 cirurgiões bariátricos e pela equipe multidisciplinar. A
operação deve ser consentida pela família ou responsável legal e estes devem
acompanhar por longo prazo o paciente.Por outro lado, não há dados seguros também
que contraindiquem os procedimentos ou comprovem haver prejuízos aos pacientes
submetidos a cirurgias da obesidade nesta faixa etária.
Orienta-se que a ingestão de álcool seja restrita e até mesmo proibida, visto que
a absorção do álcool torna-se mais rápida, podendo levar a um quadro de dependência.
PREPARO PRÉ-OPERATÓRIO
Consultas pré-operatórias: Cirurgião(ã), Clínico(a) ou Cardiologista, Psiquiatra,
Psicólogo(a) e Nutricionista.
Informações na Fase Preparatória: recomenda-se que o paciente e seus familiares
tenham amplo acesso às informações sobre os riscos, benefícios e opções de técnicas
cirúrgicas. Estas devem ser fornecidas em consultas detalhadas com a equipe
multidisciplinar ou através de reunião preparatória com a equipe responsável.
TÉCNICAS CIRÚRGICAS
As cirurgias diferenciam-se pelo mecanismo de funcionamento. Existem três
procedimentos básicos em cirurgia bariátrica e metabólica, que podem ser feitos por
abordagem aberta, por videolaparoscopia, robótica e mais atualmente (ainda em
protocolo de estudo) por procedimento endoscópico, teoricamente menos invasiva, mais
confortável ao paciente, mas que ainda não se sabe de fato o alcance de seus resultados
em perda de peso e em perfil de paciente.
Os procedimentos são didaticamente divididos e classificados em:
Na verdade, são cirurgias que por causarem um grande desvio intestinal, por
reduzirem o tempo do alimento no trânsito pelo intestino delgado reduzem a capacidade
de absorção do mesmo, com isso, por diminuição de absorção acabam induzindo ao
emagrecimento.
Das quase 60 mil cirurgias bariátricas realizadas em 2010 no Brasil, 35% foram
feitas via videolaparoscopia. A taxa de mortalidade média é de apenas 0,23% – abaixo
do índice de 1% estabelecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) –, contra
0,8% a 1% da cirurgia aberta (laparotomia). Vale lembrar que, em algumas situações,
raras, o cirurgião pode precisar converter a videolaparoscopia em cirurgia aberta.Essa
decisão é baseada em critérios de segurança e só pode ser tomada durante o ato
operatório.
restritiva e tem contra ela a presença do anel, que é uma prótese, podendo a qualquer
momento apresentar problemas e complicações decorrentes de sua presença na cavidade
abdominal.
Gastrectomia Vertical
Também conhecida como cirurgia de Sleeve
ou gastrectomia em manga de camisa. Esse
procedimento e considerado restritivo e
metabólico e nele o estômago é transformado
em um tubo, com capacidade de 80 a 100
mililitros (ml).
Atualmente vem crescendo muito o número de cirurgiões que acreditam nos resultados
desta técnica, inclusive para controle do diabetes. Estima-se que em pouco
tempo será a cirurgia mais feita no Brasil e no mundo.
Duodenal Switch
É a associação entre gastrectomia vertical e desvio intestinal.
Nessa cirurgia, 60% do estômago são retirados, porém a anatomia básica
do órgão e sua fisiologia de esvaziamento são mantidas.
COMPLICAÇÕES
As complicações pós-operatórias mais comuns de todas as técnicas descritas são
tromboembolismo pulmonar, deiscência da sutura, fístulas, estenoses, infecções e
hemorragia (mais comuns no pós-operatório precoce), hérnia interna e obstrução
intestinal (mais comuns no pós-operatório tardio). Nas técnicas disabsortivas há maior
risco de se desenvolver diarreia com flatulência excessiva e desnutrição proteica, mais
anemia ferropriva, deficiência de vitaminas e doenças osteometabólicas são comuns.
A Síndrome de Dumping é uma complicação comum, ocorre quando há a
passagem do conteúdo gástrico para o intestino de forma muito rápida gerando sintomas
desagradáveis.
Orientações complementares:
Estrutura do Protocolo
i
Sugerida a utilização de um roteiro de entrevista semiestruturada baseado nos objetivos descritos na fase
pré-operatória.
ii
A aplicação e a escolha de testes psicológicos e outros instrumentos ficam a critério do psicólogo. No caso do
uso de testes psicológicos, orienta-se a consulta ao Satepsi, do Conselho Federal de Psicologia; para uso de
outros instrumentos, sugere-se aqueles já validados para a população brasileira. No anexo 1 consta uma lista de
testes e instrumentos de uso corrente pelos profissionais de psicologia que atuam nesse contexto e/ou citados na
literatura.
iii
Conforme as legislações, as contraindicações psicológicas são: limitação intelectual significativa em pacientes
sem suporte familiar adequado; quadro de transtorno psiquiátrico não controlado, incluindo uso abusivo de
álcool ou drogas ilícitas. No entanto, quadros psiquiátricos graves sob o controle não são contraindicações
absolutas à cirurgia.Todavia necessitam de avaliação e acompanhamento psiquiátrico contínuo.
iv
Conforme recomendação das legislações, o paciente e seus familiares devem ter amplo acesso às informações
sobre os riscos, benefícios e opções de técnicas cirúrgicas fornecidas em consultas detalhadas com a equipe
multidisciplinar ou através de reunião preparatória com a equipe responsável.
Outras Recomendações:
Profissional de Psicologia
Considerandoa especificidade da população assistida e da terapêutica, e
ocompromissoético-profissionaldaPsicologia, recomenda-sequeos (as) psicólogos (as)
que atuam nesse contexto sejam inscritos há pelo menos dois anos no Conselho
Regional de Psicologia de sua jurisdição, possuam título de especialista2 em Psicologia
Clínica e/ou Psicologia Hospitalar, embasamento técnico-científico consistente,
2
Quanto ao Título de Especialista, o mesmo deve ser reconhecido pelo Conselho Federal de Psicologia
(CFP) pelo Ministério de Educação e Cultura (MEC). Recomenda-se consulta àResolução CFP nº
013/2007.
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REFERÊNCIAS
ANEXO II
ECAP
ESCALA DE COMPULSÃO ALIMENTAR PERIÓDICA
(BINGE EATING SCALE-BES)
Autores: Gormally J, Black S, Daston S, Rardin D. (1982).
Nome:_________________________________________________________________
Data: ___/___/___
3.
( )1. Eu me sinto capaz de controlar meus impulsos para comer, quando eu quero.
( )2. Eu sinto que tenho falhado em controlar meu comportamento alimentar mais do
que a média das pessoas.
( )3. Eu me sinto totalmente incapaz de controlar meus impulsos para comer.
( )4. Por me sentir tão incapaz de controlar meu comportamento alimentar, entro em
desespero tentando manter o controle.
4.
( )1. Eu não tenho o hábito de comer quando estou chateado.
( )2.Às vezes, como, quando estou chateado mas, frequentemente, sou capaz de me
ocupar e afastar minha mente da comida.
( )3.Eu tenho o hábito regular de comer quando estou chateado mas, de vez em quando,
posso usar alguma outra atividade para afastar minha mente da comida.
( )4.Eu tenho o forte hábito de comer quando estou chateado. Nada parece me ajudar a
parar com esse hábito.
5.
( )1. Normalmente quando como alguma coisa é porque estou fisicamente com fome.
( )2. De vez em quando como alguma coisa por impulso, mesmo quando não estou
realmente com fome.
( )3. Eu tenho o hábito regular de comer alimentos que realmente não aprecio para
satisfazer uma sensação de fome, mesmo que fisicamente eu não necessite de comida.
( )4. Mesmo que não esteja fisicamente com fome, tenho uma sensação de fome em
minha boca que somente parece ser satisfeita quando eu como um alimento, tipo um
sanduíche, que enche a minha boca. Às vezes, quando eu como o alimento para
satisfazer minha “fome na boca”, em seguida eu o cuspo, assim não ganharei peso.
6.
( )1. Eu não sinto qualquer culpa ou ódio de mim mesmo depois de comer demais.
( )2. De vez em quando sinto culpa ou ódio de mim mesmo depois de comer demais.
( )3. Quase o tempo todo sinto muita culpa ou ódio de mim mesmo depois de comer
demais.
7.
( )1. Eu não perco o controle total da minha alimentação quando estou em dieta, mesmo
após períodos em que como demais.
( )2. Às vezes, quando estou em dieta e como um alimento proibido, sinto como se
tivesse estragado tudo e como ainda mais.
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( )3. Freqüentemente, quando como demais durante uma dieta, tenho o hábito de dizer
para mim mesmo: “agora que estraguei tudo, porque não irei até o fim”. Quando isto
acontece, eu como ainda mais.
( )4. Eu tenho o hábito regular de começar dietas rigorosas por mim mesmo,masquebro
as dietas entrando numa compulsão alimentar. Minha vida parece ser “uma festa” ou
“um morrer de fome”.
8.
( )1. Eu raramente como tanta comida a ponto de me sentir desconfortavelmente
empanturrado(a) depois.
( )2. Normalmente, cerca de uma vez por mês, como uma tal quantidade de comida que
acabo me sentindo muito empanturrado.
( )3. Eu tenho períodos regulares durante o mês, quando como grandes quantidades de
comida, seja na hora das refeições, seja nos lanches.
( )4. Eu como tanta comida que, regularmente, me sinto bastante desconfortável depois
de comer e, algumas vezes, um pouco enjoado.
9.
( )1. Em geral, minha ingesta calórica não sobe a níveis muito altos, nem desce a níveis
muito baixos.
( )2. Às vezes, depois de comer demais, tento reduzir minha ingesta calórica para quase
nada, para compensar o excesso de calorias que ingeri.
( )3. Eu tenho o hábito regular de comer demais durante a noite. Parece que a minha
rotina não é estar com fome de manhã, mas comer demais à noite.
( )4. Na minha vida adulta tenho tido períodos, que duram semanas, nos quais
praticamente me mato de fome. Isto se segue a períodos em que como demais. Parece
que vivo uma vida de “festa” ou de “morrer de fome”.
10.
( )1. Normalmente eu sou capaz de parar de comer quando quero. Eu sei quando “já
chega”.
( )2. De vez em quando, eu tenho uma compulsão para comer que parece que não posso
controlar.
( )3. Frequentemente tenho fortes impulsos para comer que parece que não sou capaz de
controlar, mas, em outras ocasiões, posso controlar meus impulsos para comer.
( )4. Eu me sinto incapaz de controlar impulsos para comer. Eu tenho medo de não ser
capaz de parar de comer por vontade própria.
11.
( )1. Eu não tenho problema algum para parar de comer quando me sinto cheio.
( )2. Eu, normalmente, posso parar de comer quando me sinto cheio, mas, de vez em
quando, comer demais me deixa desconfortavelmente empanturrado.
( )3. Eu tenho um problema para parar de comer uma vez que eu tenha começado e,
normalmente, sinto-me desconfortavelmente empanturrado depois que faço uma
refeição.
( )4. Por eu ter o problema de não ser capaz de parar de comer quando quero, às vezes
tenho que provocar o vômito, usar laxativos e/ou diuréticos para aliviar minha sensação
de empanturramento.
12.
( )1. Parece que eu como tanto quando estou com os outros (reuniões familiares,
sociais), como quando estou sozinho.
( )2. Às vezes, quando eu estou com outras pessoas, não como tanto quanto eu quero
comer porque me sinto constrangido com o meu comportamento alimentar.
( )3. Frequentemente eu como só uma pequena quantidade de comida quando outros
estão presentes, pois me sinto muito embaraçado com o meu comportamento alimentar.
( )4. Eu me sinto tão envergonhado por comer demais que escolho horas para comer
demais quando sei que ninguém me verá. Eu me sinto como uma pessoa que se esconde
para comer.
13.
( )1 Eu faço três refeições ao dia com apenas um lanche ocasional entre as refeições.
( )2. Eu faço três refeições ao dia, mas, normalmente, também lancho entre as refeições.
( )3. Quando eu faço lanches pesados, tenho o hábito de pular as refeições regulares.
( )4. Há períodos regulares em que parece que eu estou continuamente comendo, sem
refeições planejadas.
14.
( )1. Eu não penso muito em tentar controlar impulsos indesejáveis para comer.
( ). Pelo menos, em algum momento, sinto que meus pensamentos estão “pré-ocupados”
com tentar controlar meus impulsos para comer.
( )3. Frequentemente, sinto que gasto muito tempo pensando no quanto comi ou
tentando não comer mais.
( )4. Parece, para mim, que a maior parte das horas que passo acordado estão “pré-
ocupadas” por pensamentos sobre comer ou não comer. Sinto como se eu estivesse
constantemente lutando para não comer.
15.
( )1. Eu não penso muito sobre comida.
( )2. Eu tenho fortes desejos por comida, mas eles só duram curtos períodos de tempo.
( )3. Há dias em que parece que eu não posso pensar em mais nada a não ser comida.
( )4. Na maioria dos dias, meus pensamentos parecem estar“pré-ocupados” com comida.
Sinto como se eu vivesse para comer.
16.
( )1. Eu normalmente sei se estou ou não fisicamente com fome. Eu como a porção certa
de comida para me satisfazer.
( )2. De vez em quando eu me sinto em dúvida para saber se estou ou não fisicamente
com fome. Nessas ocasiões é difícil saber quanto eu deveria comer para me satisfazer.
( )3. Mesmo que se eu pudesse saber quantas calorias eu deveria ingerir, não teria ideia
alguma de qual seria a quantia normal de comida para mim.
AVALIAÇÃO
( ) Sem compulsão;
( ) Compulsão moderada;
( ) Compulsão grave.
AVALIAÇÃO
ECAP
Escala de Compulsão Alimentar Periódica
GRADE DE CORREÇÃO
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16
1=0 1=0 1=0 1=0 1=0 1=0 1=0 1=0 1=0 1=0 1=0 1=0 1=0 1=0 1=0 1=0
2=0 2=1 2=1 2=0 2=1 2=1 2=2 2=1 2=1 2=1 2=1 2=1 2=0 2=1 2=1 2=1
3=1 3=2 3=3 3=0 3=2 3=3 3=3 3=2 3=2 3=2 3=2 3=2 3=2 3=2 3=2 3=2
4=3 4=3 4=3 4=2 4=3 4=3 4=3 4=3 4=3 4=3 4=3 4=3 4=3 4=3
INDICAÇÃO DE TRATAMENTO
ANEXO III
TESTE DE ATITUDES ALIMENTARES (EAT-26)- Versão em Português
EAT (R) David M. Garner & Paul E. Garfinkel (1979), David M. Garner et al., (1982)
Nome:
Idade: Peso: Altura:
Por favor, responda as seguintes questões: Sempre Muitas Às Poucas Quase Nunca
vezes vezes vezes nunca
1 - Fico apavorada com a ideia de estar engordando. O O O O O O
ANEXO IV
9. Você alguma vez teve uma orientação profissional com a finalidade de fazer regime ou ser
esclarecido(a) quanto à sua orientação?
( ) sim ( ) não
10. Você alguma vez foi membro de alguma sociedade ou clube para emagrecimento?
( ) sim ( ) não
( ) sim ( ) não
( ) sim ( ) não
( ) sim ( ) não
4. Você conta as calorias de tudo o que come, mesmo quando não está de dieta?
( ) sim ( ) não
( ) sim ( ) não
*7. Você usa alguma das seguintes estratégias para auxiliar na sua perda de peso?
( ) sim ( ) não
( ) sim ( ) não
10. Você come sem parar até ser obrigado (a) a parar por sentir-se mal fisicamente?
( ) sim ( ) não
( ) sim ( ) não
12. Você come moderadamente com os outros e depois exagera quando sozinho(a)?
( ) sim ( ) não
( ) sim ( ) não
14. Você já sentiu incontrolável desejo para comer e comer sem parar?
( ) sim ( ) não
( ) sim ( ) não
( ) sim ( ) não
17. Você já comeu grandes quantidades de comida muito rapidamente (não uma refeição)?
( ) sim ( ) não
( ) sim ( ) não
19. Você se preocupa com o fato de não ter controle sobre o quanto você come?
( ) sim ( ) não
20. Você se volta para a comida para avaliar algum tipo de desconforto?
( ) sim ( ) não
( ) sim ( ) não
( ) sim ( ) não
( ) sim ( ) não
( ) sim ( ) não
( ) sim ( ) não
26. Se você tem episódios, eles ocorrem só quando está sozinho (a)?
( ) sim ( ) não
28. Você iria até as últimas consequências para satisfazer um desejo de alimentação exagerado?
( ) sim ( ) não
( ) sim ( ) não
( ) sim ( ) não
31. Seus hábitos alimentares são o que você poderia considerar normais?
( ) sim ( ) não
( ) sim ( ) não
33. Seu peso flutua mais que 2,5 quilogramas em uma semana?
( ) sim ( ) não
Avaliação de resultados
1. Escala de gravidade:
1.1. Itens 6, 7, 27 = maior que 5 _ significativo
maior ou igual a 10 _ grande intensidade
2. Escala de sintomas
2.1. Itens 1, 13, 21, 23, 31 _ pontua-se não
2.2. Outros itens _ pontua-se sim
2.3. Total:
2.3.1. Máximo escore = 30
2.3.2. Maior ou igual a 20 _ escore elevado, presença de comportamento alimentar compulsivo, grande
possibilidade de bulimia.
2.3.3. Entre 10 e 19 _ escore médio, sugere padrão alimentar não usual, mas não estão presentes todos os
critérios para bulimia. Deve ser seguido de entrevista.
ANEXO V
Nome: _______________________________________________
Data: ______/______/______
Gostaríamos de saber como você vem se sentindo em relação à sua aparência nas
últimas quatro semanas. Por favor leia cada questão e faça um círculo apropriado. Use a
legenda abaixo:
1. Nunca 4. Frequentemente
2. Raramente 5. Muito frequentemente
3. Às vezes 6. Sempre
ônibus)?
28. Você se preocupa com o fato de estarem surgindo
1 2 3 4 5 6
dobrinhas em seu corpo?
29. Ver seu reflexo (por exemplo, num espelho ou na vitrine
de uma loja) faz você sentir-se 1 2 3 4 5 6
mal em relação ao seu físico?
30. Você belisca áreas de seu corpo para ver o quanto há de
1 2 3 4 5 6
gordura?
31. Você evita situações nas quais as pessoas possam ver
seu corpo (por exemplo, 1 2 3 4 5 6
vestiários ou banhos de piscina)?
32. Você toma laxantes para se sentir magra? 1 2 3 4 5 6
33. Você fica particularmente consciente do seu físico
1 2 3 4 5 6
quando em companhia de outras pessoas?
34. A preocupação com seu físico faz-lhe sentir que deveria
1 2 3 4 5 6
fazer exercícios?
ANEXO VI
Escala de FigurasdeStunkard - Figure Rating Scale(FRS)
Autores: Stunkard, Sorensen e Schulsinger (1983); adaptação
para o português: Scagliusi e colaboradores (2005).
Nome: ________________________________________________________
Data: _____/_____/_____
Observeafiguraabaixo.
Figura 1.
Pontuação
Insatisfação corporal: é calculada como a discrepância entre o número da figura
escolhida como atual e o número da figura escolhida como ideal (isto é, figura eu
figura desejável). Quanto mais próximo de zero for o resultado, menor a
insatisfação. Quanto maior, mais o entrevistado quer ter um corpo menor que o
atual, e vice-versa.
Superestimativa do tamanho corporal: a figura 3 corresponde ao IMC de 20kg/m² e
a figura 6 corresponde ao IMC de 30kg/m². Quando um entrevistado com IMC <
20kg/m² escolhe, como representativa do tamanho atual, figura igual ou maior do
que a 4, ou quando um entrevistado com IMC <30kg/m² escolhe figura igual ou
maior do que a 6, pode-se afirmar que superestima seu tamanho corporal.
Almeida et. al (2005) utiliza as figuras propostas por Stunkard, Sorensen &
Schulsinger, 1983, classifica as figuras em: 1 e 2 = não obesidade; 3 = sobrepeso; 4
e 5 = obesidade grau I; 6 e 7 = obesidade grau II; 8 e 9 = obesidade grau III.
ANEXO VII
Mini-Exame do Estado Mental (MEEM)
O Mini-Exame do Estado Mental (MEEM) foi projetado para ser uma avaliação clínica
prática de mudança do estado cognitivo em pacientes geriátricos. Examina orientação
temporal e espacial, memória de curto prazo (imediata ou atenção) e evocação, cálculo,
praxia, e habilidades de linguagem e viso -espaciais. Pode ser usado como teste de
rastreio para perda cognitiva ou como avaliação cognitiva de beira de leito. Não pode
ser usado para diagnosticardemência.
Pode ser aplicado por clínico, profissionais de outras áreas ou pessoa leiga após rápido
treinamento e demanda em torno de 5-10 minutos para sercompletado
Pontos Classificação
Escolaridade Pontos
<10 Comprometimento Grave
Analfabeto 20
1-4 anos 25 10-15 Comprometimento
Moderado
5-8 anos 26,5
15(ponto de corte Comprometimento Leve
9-11 anos 28 DéficitCognitivo) (Escolaridade > 4 e
>11 anos 29 MEEM <= a 24)
Brucker (2003) (Escolaridade <= 4 e
MEEM <= a 17
Maia (2006)
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Interpretação:
Somar um 1 ponto para cada um dos itens ( ) respondidos corretamente e registrar o total na coluna da direita.
É considerado NORMAL, conforme tabela abaixo
BRUCKI et al Pontuação Mínima NORMAL
analfabetos 11
1 a 4 anos de escolaridade 16
5 a 8 anos de escolaridade 19
9 a 11 anos de escolaridade 22
igual ou superior a 12 anos 22
CONCLUSÃO:
ANEXO VII
Anamnese Pré-Operatória
Data_____/______/______
Nome: _______________________________________________________________________
Profissão:
_____________________________________________________________________
Escolaridade: __________________________________________________________________
Endereço: ____________________________________________________________________
Médico: ______________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
2) Tem algum problema de saúde? Está em tratamento? Faz uso de alguma medicação?
(clínico ou psiquiátrico)
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
8) Já tentou suicídio?
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11) Faz ou fez uso de alguma medicação para depressão ou ansiedade? Qual?
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13) Tem algum medo, mania ou desconfiança sem causa real? ( ) SIM ( )NÃO
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17) Faz uso de laxativos? (Diuréticos, supositórios para perder peso) Como você se sente
após o uso destes laxativos? Provoca vômitos após comer? Como se sente antes e
depois?
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24) Prepara as próprias refeições? Se não, quem prepara? Costuma comer fora?
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28) Quando algo não dá certo você costuma comer? Para se acalmar, quando está triste,
etc.
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32) Já vivenciou o falecimento de pessoas significativas? Quem? Como foi essa fase para
você?
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33) Se for casado(a) ou namorar: Como está o relacionamento? Se não for, como se sente
sozinho?
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35) Já sofreu abuso sexual? Como se sente atualmente em relação a esse acontecimento?
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38) Qual a sua expectativa quanto à cirurgia? O que pode mudar em sua vida após a
realização da mesma?
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40) Conhece alguém que já realizou a cirurgia? Se sim, como esta pessoa está?
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43) O que seus familiares pensam a respeito da cirurgia? Recebe o apoio de quem para
realizar a cirurgia? Alguém vai te ajudar no pós-operatório? Quem?
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44) Como imagina que será para você seguir a dieta no pós-operatório?
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47) Está ciente dos riscos e complicações assim como os benefícios da mesma? O que acha
sobre essas possibilidades?
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48) Você está ciente e concorda com a importância de ter acompanhamento pré e pós-
cirúrgico antes e após o procedimento cirúrgico?
Guia Prático Avaliação Psicológica para Cirurgia Bariátrica
Marta Oliveira Rodrigues – CRP 06/130081 – contato@martarodrigues.com.br – (11) 97520-0780
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Eu, __________________________________________________________________________
portador do RG nº __________________________ e CPF nº
____________________________, confirmo todas as informações passadas e estou ciente das
orientações recebidas pelo(a) psicólogo(a) nessa entrevista.
Sem mais,
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ANEXO VIII
Nome: ______________________________________________________