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LIMITES E DESAFIOS DO TRABALHO, MULTI, INTER E TRANSDISCILPINAR

Referências bibliogáficas:

1. Bruscatto, Benedetti. A pratica da psicologia hospitalar na Santa Casa de São Paulo.: Novas páginas em uma antiga história. Casa do Psicólogo,2004
2. FOSSI, L.; GUARESCHI, N.M. A Psicologia hospitalar e as equipes multidisciplinares. Rev. SBPH, jun. 2004, v. 7, n. 1
3. GOMES, R.; DESLANDES, S. F. Interdisciplinaridade na Saúde Pública: um campo em construção. Revista Latino-Americana Enfermagem, Ribeirão Preto, v.
2, 1994
4. GUERRA, L. B. Uma visão dinâmica do trabalho em equipe. Temas Sobre Desenvolvimento, São Paulo, v. 6, 1997.
5. MINAYO, M. C. S. Interdisciplinaridade: uma questão que atravessa o saber, o poder e o mundo vivido. Medicina, Ribeirão Preto, v. 24, 1991.
6. NOGUEIRA, J. A gestão da doença crônica com o desafio dos custos. Revista Saúde, 2004
7. ROMANO, B. W. Princípios para a prática da psicologia clínica em hospitais. São Paulo: Casa do Psicólogo, 1999
8. TONETTO, A. M. & GOMES, W. B. A prática do psicólogo hospitalar em equipe multidisciplinar. Estudos de Psicologia Campinas. 2007

TRABALHO EM EQUIPE NA ÁREA DA SAÚDE

Segundo Bruscato (2004), “quando a Organização Mundial da Saúde, baseada nos avanços da
pesquisa psicológica, médica e fisiológica, define saúde como ‘um estado de completo bem-estar físico,
mental e social e não meramente a ausência de doença ou enfermidade’ (OMS, 2002), surge uma
nova maneira de pensar sobre saúde e doença, que implica uma complexidade maior dos
conhecimentos”.
Essa atual conceituação, exigiu um processo de especialização, a definição de novas áreas de
atuação, o aparecimento de vários grupos de profissionais e a necessária criação de um MODELO
BIOPSICOSSOCIAL de atenção, que entende a saúde e a doença como produtos de uma
combinação de fatores, incluindo intrinsecamente características biológicas, fatores
comportamentais, fatores psicológicos e condições sociais, em oposição ao MODELO
BIOMÉDICO, até então predominante, calcado nos princípios de causalidade linear, análise e
generalização, tendo, como foco, o corpo, a doença. Nesse processo de transição, observa-se que as
Instituições, os profissionais de saúde e a clientela, ainda hoje, mantêm internalizado, cristalizado, o
Modelo Biomédico.
Para lidar com esse ser humano, por definição biopsicossocial, o atendimento integral a saúde
é indiscutível. Este tipo de perspectiva desemboca numa proposta metodológica em que categorias
profissionais diversas atuam como um modelo de “time”, cada uma delas com conhecimento,
habilidades técnicas e perspectivas distintas, em que os diferentes subsistemas de unidade
biopsicossocial humana são adequados e concomitantemente abordados e que têm, como OBJETIVO,
a promoção da saúde, segundo Bruscato.
Porém, as dezenas e diversas ocupações da área da saúde não podem constituir um simples
aglomerado de ofícios diversos. ESTAS PRECISAM SE CONSTITUIR COMO UM CONJUNTO
INTERDEPENDENTE DE ESPECIALIDADES, para viabilizar uma concepção NÃO fragmentária do
ser humano.
Segundo Bruscato (2004) “trabalhar em equipe multiprofissional NÃO SIGNIFICA buscar uma
síntese de saberes ou uma identidade teórica, mas CRIAR A POSSIBILIDADE DE UM DIÁLOGO
ENTRE PROFISSÕES VIZINHAS QUE, EM MUITOS MOMENTOS, POSSUEM TEMÁTICAS
COMUNS, mas que mantêm A ESPECIFICIDADE DO SEU SABER. Assim, para qualquer formação
de equipe, há a necessidade de uma adequada definição das identidades profissionais”. A
competência de cada profissional, isoladamente, não dá conta da complexidade do atendimento das
necessidades de saúde, portanto é necessário flexibilidade nos limites das competências para
proporcionar uma ação integral.
“A multiprofissionalidade é entendida como a ocorrência de atividades realizadas entre
profissionais de múltiplas especializações dentro de uma pretendida harmonia e
complementaridade num determinado ambiente de trabalho. Pensamos a multiprofissionalidade
como um “CONJUNTO” DE AÇÕES, não como atos isolados.” (Bruscato)

Assim, praticamos o que a autora denomina “atos de saúde”, não atos médicos, atos psicológicos, atos
fisioterapêuticos e etc. Em um trabalho MULTIDISCIPLINAR, devem existir duas dimensões
indissociáveis: a ARTICULAÇÃO DAS AÇÕES E A INTERAÇÃO DOS PROFISSIONAIS:

1) Articulação das ações: (Bruscato) “supõe a integração de processos de trabalhos distintos,


considerando as conexões e interfaces existentes entre as intervenções técnicas peculiares de cada
área profissional, flexibilizando as fronteiras entre as mesmas, mas com a preservação das respectivas
especificidades e diferenças técnicas, trabalhando, assim, numa conjugação de especificidade e
flexibilidade. Há a centralização das ações na obtenção de resultados, na atenção integral às
necessidades de saúde da clientela”.

2) Interação dos profissionais: (Bruscato) “as inter-relações e o vínculo entre os integrantes


da equipe potencializam a realização da tarefa (não é um objetivo em si, porque não se trata de
um grupo terapêutico e, sim, de uma equipe, que utiliza a interação como meio de trabalho). Os
integrantes colocam-se de acordo quanto a um projeto comum, quanto ao que dizem e quanto aos
valores pressupostos. Para tanto, a COMUNICAÇÃO entre os profissionais faz parte do exercício
cotidiano do trabalho”.
Um TRABALHO MULTIPROFISSIONAL, dessa forma, é compreendido como “ disciplinas
interagindo entre si, desde uma simples comunicação de ideias até a integração real de
conceitos, terminologia, metodologia e procedimentos”.

ATENÇÃO! ATÉ AQUI BRUSCATO PARECE NÃO FAZER UMA DIFERENCIAÇÃO ENTRE
TRABALHO MULTIDISCLINAR, MULTIPROFFIONAL E INTERDISPLINAR! A própria autora afirma
que não há consenso entre os autores sobre que denominação mais específica dar a essa equipe
multiprofissional”. Alguns autores utilizam o termo “multidisciplinar’ para abranger todos os aspectos das
equipes multiprofissionais ( em que atuam diversos profissionais, com múltiplas especialidades). Muitas
vezes os autores utilizam, indiscriminadamente, os termo “multidisciplinar” e “interdisciplinar”, mas, as
diferenças entre eles são importantes!

Assim, Bruscato afirma que “dentro desse espectro que os diversos referenciais teóricos
propõem uma distinção entre dois tipos de equipe multiprofissional: A EQUIPE MULTIPROFISSIONAL
MULTIDISCIPLINAR E A EQUIPE MULTIPROFISSIONAL INTERDISCIPLINAR”.

Tipos de equipe multiprofissional:

1.Equipe Multiprofissional Multidisciplinar: “O trabalho multiprofissional é multidisciplinar


quando envolver profissionais que se ocupam, dentro de seu preparo técnico, de elaborar uma
parte de um grande trabalho, mesmo sem estarem imbuídos da preocupação de integração de
diferentes concepções para uma grande unidade do saber humano. Japiassu (1976) define a
multidisciplinaridade como uma associação de disciplinas que abordam um mesmo objeto a partir de
distintos pontos de vista. A multidisciplinaridade é, então, entendida como uma simples justaposição
de disciplinas, visando objetivos múltiplos, sem interagir quanto a seus métodos e conceitos. Ou
seja, a equipe permite uma bem vinda cooperação multidisciplinar, mas não se ocupa em empreender
uma coordenação supradisciplinar unificadora”.
“Dessa forma, numa equipe multidisciplinar da saúde, os profissionais avaliam o paciente de
forma INDEPENDENTE e implementam seus planos de tratamento como uma “camada adicional” de
serviços. Nela, ocorre uma agregação sucessiva ou concomitante de recursos de várias
disciplinas para uma determinada tarefa, sem um verdadeiro trabalho coordenado de equipe e
sem uma identidade grupal.” (Bruscato)
De acordo com Japiassu, a multidisciplinaridade se caracteriza por uma ação simultânea de uma
gama de disciplinas, em torno de uma temática comum. Contudo, essa atuação é fragmentada, no
sentido que não explora as relações entre os saberes e não há cooperação entre os conhecimentos
disciplinares

2.Equipe Multiprofissional Interdisciplinar : “O trabalho realizado em equipes interdisciplinares


utiliza técnicas metodológicas, esquemas conceituais e de análises de diferentes ramos do
saber com a finalidade de INTEGRAÇÃO. Essa equipe busca uma superação de fronteiras
disciplinares, com a construção de uma linguagem interdisciplinar consensualmente construída
entre os integrantes. Cada membro amplia seus referencias específicos e desenvolve ação
colaborativa com os demais”.
“Numa equipe interdisciplinar da saúde, a avaliação e o planejamento do tratamento são feitos
em COLABORAÇÃO, de forma INTERDEPENDENTE, COMPLEMENTAR E COORDENADA. MAS
NÃO SE TRATA DE UMA “FUSÃO” DOS DIFERENTES CAMPOS DO CONHECIMENTO. São
observadas as relações entre os campos do saber, sem negligenciar as especialidades, ou seja,
todos os profissionais envolvidos atuam ampliando seu referencial e agindo em colaboração
com os demais, mas têm identidade profissional e domínio de uma técnica específica. Cria-se
uma equipe com identidade própria e percepção de pertinência ao grupo, no qual a tomada de
decisão, idealmente, é conjunta. A rigor, numa equipe interdisciplinar, há rotatividade de “papéis”
em reuniões grupais, podendo qualquer membro assumir a tarefa de líder, propiciando uma
comunicação rica e diversificada. As trocas de conhecimentos incorporam os resultados de várias
especialidades, havendo, nessa integração, a geração de um novo saber, o que caracteriza esse time
como uma equipe criativa.” (Bruscato)
A proposta interdisciplinar traz como principais vantagens a possibilidade de pensar o sujeito
na sua totalidade e o crescimento pessoal e profissional dos integrantes do processo que
ampliam sua visão dos fenômenos e do mundo pela derrubada das barreiras disciplinares. Há uma
UNIFORMIDADE DOS OBJETIVOS A SEREM ATINGIDOS, REALÇANDO A RELAÇÃO DE TROCA
ENTRE OS DIFERENTES MEMBROS EM UM TRABALHO DE COLABORAÇÃO. Desse processo
interativo, todas as disciplinas devem sair enriquecidas
Chiatonne (2.003) afirma que “o trabalho de colaboração em equipe distingui-se pela
uniformidade dos objetivos a serem atingidos, realçando as RELAÇÕES DE TROCA entre os
diferentes membros. Assim, o trabalho em colaboração da equipe corresponderia ao trabalho em
EQUIPE INTERDISCIPLINAR, que é definida como um grupo de profissionais, com formações
diversificadas que atuam de maneira interdependente, inter-relacionando-se num mesmo
ambiente de trabalho, através de comunicações formais e informais”.

É importante lembrarmos que a interdisciplinaridade não anula a disciplinaridade. Assim como


não significa a justaposição de saberes, também não anula a especificidade de cada campo de saber.
Ela, antes de tudo, implica numa consciência dos limites e das potencialidades de cada campo de saber
para que possa haver uma abertura em direção de um fazer coletivo.

Segundo Tonetto (2007): “O trabalho em equipe é hoje uma prática crescente no atendimento à
saúde. AS EQUIPES SE CARACTERIZAM PELO MODO DE INTERAÇÃO PRESENTE NA RELAÇÃO
ENTRE PROFISSIONAIS, QUE PODE SER INTERDISCIPLINAR, MULTIDISCIPLINAR E
TRANSDISCIPLINAR”.
 INTERDISCIPLINAR: especialistas discutem entre si a situação de um paciente
sobre aspectos comuns a mais de uma especialidade.
 MULTIDISCIPLINAR quando existem vários profissionais atendendo o mesmo
paciente de maneira independente.
 TRANSDISCIPLINAR quando as ações são definidas e planejadas em conjunto.
As equipes TRANSDICIPLINARES trabalham e definem ações de forma conjunta, independente
da área de atuação. É, em suma, uma abordagem feita entre as disciplinas, além e por meio delas, em
busca da compreensão da complexidade de fenômenos e processos. Muitos pesquisadores situam a
saúde nesse campo, muito embora, seja muito difícil encontrá-la na prática dos serviços de saúde.
Segundo Tonetto, ratificando o que foi dito anteriormente, na prática, poucos são os trabalhos que
observam essa distinção.
Mas, para esta autora,”independente do termo empregado há expectativas de que profissionais
da saúde sejam capazes de ultrapassar o desempenho técnico baseado em uma única arte ou
especialização”.
Ainda, segundo Tonetto (2007) “A organização ou mobilização de equipes está associada à
complexidade da demanda. Nessas situações, os profissionais se deparam com seus próprios limites
e encontram nos colegas de outras formações subsídios para a compreensão e atendimento do caso
em questão. No entanto, tal atitude não é uma conduta padrão, podendo variar conforme a TRADIÇÃO
PROFISSIONAL, A CARACTERÍSTICA DO GRUPO DE TRABALHO E O TIPO DE INTERVENÇÃO.
Na verdade, o trabalho em equipe traz novos desafios, exigindo competências e habilidades para o
trabalho em grupo e para a justificação clara e objetiva de procedimentos técnicos pertencentes à dada
especialidade”.
Cabe salientar que a equipe multidisciplinar tem a sua formação centrada nas necessidades da
pessoa, portanto, ela não é pré-organizada. Assim, são as necessidades identificadas e
diagnosticadas que fazem com que os profissionais da saúde se integrem, com o propósito de as
satisfazer e proporcionar a recuperação da saúde e o bem-estar da pessoa alvo de cuidados (Fossi e
Guareschi, 2004).

O PSICÓLOGO NA EQUIPE MULTIPROFISSIONAL NO ÂMBITO HOSPITALAR-


POTENCIALIDADES E DESAFIOS
Tomando por referência a perspectiva biopsicossocial do processo saúde-doença, a presença
do psicólogo nos hospitais gerais trouxe benefícios importantes, no sentido de atenção aos aspectos
psicológicos das doenças orgânicas e do apoio à tríade paciente-família-equipe de saúde.
Estudos demonstram, também, que o trabalho multiprofissional associa-se a menor tempo de
internação (o que vai acarretar em redução de custos) e a um maior índice de satisfação com os
serviços de saúde (Nogueira, 2004).
Apesar de todas as evidências favoráveis ao necessário desenvolvimento de um trabalho em
equipe interdisciplinar, uma vez que a incorporação deste novo modelo no atendimento em saúde
capacita o profissional a ter uma percepção mais abrangente, dinâmica, complementar, integrada e
humanizada, colocá-lo em prática não é tarefa das mais simples. A presença de diversas práticas e
saberes exige uma composição capaz de manejar os problemas que brotam dessa pluralidade, como as
dificuldades na comunicação, na demarcação das fronteiras profissionais e nas assimetrias
entre as disciplinas.
Segundo Bruscato (2004) “um trabalho em equipe exige, de profissionais com formações
disciplinares, paradigmas de pensamento profissional e abordagens metodológicas diferentes e até
conflitantes, o desenvolvimento de ações integradas”. Para a autora, um sistema “novo” pode ser visto
como fonte de ameaça e ansiedade, levando a resistências e incredulidade.
“Cada membro (da equipe) tem deveres específicos baseados na provisão dos cuidados
preconizados pela sua profissão, nos objetivos da sua prática e nas suas habilidades individuais. Então,
não é apenas possível, mas esperado, que os membros de uma equipe discordem algumas
vezes. Mas nunca é aceitável que esses desacordos tomem a feição de desrespeito pessoal e/ou
profissional. O que pensamos ser uma condição fundamental para o exercício multiprofissional é
que cada membro da equipe tenha a obrigação ética de tratar aos demais de uma maneira
respeitosa. O RECONHECIMENTO MÚTUO é uma CARACTERÍSTICA PROFISSIONAL
OBRIGATÓRIA.” (Bruscato , 2004)
Desta forma reconhecemos que algum grau de conflito pode existir, mais que isto, que o conflito
é necessário e desejável, a fim de proporcionar o crescimento e desenvolvimento da equipe.
Guerra (1997) crê que a premissa básica para que um trabalho profissional em equipe se
desenvolva, é aquela em que a convivência entre os seus integrantes seja permeada pelo respeito. As
atitudes dos profissionais diante das diferenças encontradas são primordiais para a determinação das
interações existentes dentro de uma equipe, a aceitação do outro e da constatação de que a
convivência mediada pelo respeito recíproco seja fundamental para o bem estar do grupo no ambiente
de trabalho, nos remete a observação quanto à interdependência entre os integrantes de uma equipe,
para tanto há que se ter humildade para admitir que também dependemos dos outros assim como os
outros dependem de nosso trabalho.
Romano (1999) traz também algumas considerações importantes para a realização de um bom
trabalho em equipe, tais como a ausência de pré-conceitos, a disposição em tentar diferentes
propostas sugeridas e a humildade de aceitar opiniões de outros profissionais.
Segundo Tonetto (2007), “no âmbito hospitalar, a FALTA DE CLAREZA QUANTO ÀS
ATRIBUIÇÕES DOS DIFERENTES PROFISSIONAIS, principalmente em profissões emergentes é
um dos fatores que dificulta o trabalho em equipe” (A psicologia é inserida dentre essas ‘profissões
emergentes’). “Uma primeira condição para o trabalho multidisciplinar efetivo do psicólogo é A
CLAREZA DE SUAS ATRIBUIÇÕES e das EXPECTATIVAS CONCERNENTES A SUA
ESPECIFICIDADE. No caso de estarem esclarecidas as atribuições do psicólogo, espera-se que ele
seja capaz de se mostrar competente o suficiente para que sua prática seja vista como necessária.
UMA DAS DIFICULDADES APONTADAS NA RELAÇÃO DO PSICÓLOGO COM A EQUIPE É
A AUSÊNCIA DE LINGUAGEM CLARA E OBJETIVA”.
A dinâmica de trabalho em equipe, segundo Tonetto, “DEPENDE DA AUTONOMIA E DO
COMPARTILHAMENTO DE RESPONSABILIDADES. Em uma equipe bem-sucedida, o diálogo é
aberto e cooperativo, favorecendo o rodízio natural de lideranças situacionais”.
A capacidade do profissional em expor suas capacidades é fundamental, para Romano (1999),
no que se refere à valorização e aceitação do profissional por parte da instituição. Dentro disso, a autora
ressalta a importância da presença constante do psicólogo nas equipes, demonstrando sua habilidade
no manejo de situações complicadas e discussão de casos.
Também para Bruscato, é importante que o psicólogo esteja seguro e cônscio do alcance e dos
limites de sua atuação, em estudo constante, aprimorando sua técnica, e utilizar clareza e objetividade
em debates e nas discussões dos casos. “A comunicação faz parte do exercício cotidiano do
trabalho integrado. E, apesar de ter o domínio de uma área exclusiva, preservar a especificidade
do seu saber e sua identidade profissional, precisa agir em colaboração com os demais e
questionar-se quanto às intervenções que realiza, para colocar-se de acordo com as ações
específicas necessárias para o trabalho comum, numa conjugação de especificidade com
flexibilidade.”
Tonetto cita, ainda, como para o desenvolvimento da prática ‘multidisciplinar’ OS
REDUCIONISMOS PROFISSIONAIS (tanto do lado da Psicologia, acentuando-se a defesa do aspecto
emocional, quanto do lado da medicina, limitando-se ao tratamento do corpo) E AS DIFERENÇAS
HIERÁRQUICAS.
“A discriminação hierárquica ocorre quando não se diferencia STATUS de FUNÇÃO,
substituindo-se as especificidades de cada membro da equipe pelas relações de poder”.
(Tonetto, 2007)
Outros fatores citados por diferentes autores que servem de obstáculo para uma efetiva prática
em equipe interdisciplinar são: a falta de um espaço em que os integrantes da equipe possam ter
encontros ou contatos sistematizados em forma de reuniões, a remuneração (baixa remuneração
associada à alta rotatividade de profissionais), a competitividade e o individualismo.
Guerra (1997) diz que o desejo de compartilhar o saber com outros profissionais é fundamental,
mas, por outro lado, nos referindo a profissionais cuja formação acadêmica preconiza, muitas vezes,
uma postura rígida em relação à transmissão do saber. Acrescenta que nos acostumamos a cultivar o
encastelamento de nosso saber mantendo-nos ilhados aos limites do nosso individualismo, dissociado
do cliente e centralizado em nós mesmos.
Segundo Bruscato “O FATO DE O PSICÓLOGO PERTENCER A UMA EQUIPE TEM
REPERCUSSÕES DIRETAS NA SUA ATUAÇÃO, seja nos limites da mesma, seja no vínculo que ele
estabelece com o paciente ou com os colegas de outras categorias profissionais. Com o paciente, seu
trabalho é bastante específico, atuando de FORMA SITUACIONAL, NO SENTIDO NÃO SÓ DA
RESOLUÇÃO DE CONFLITOS, MAS TAMBÉM DA PROMOÇÃO DA SAÚDE. Mas, na equipe, o
psicólogo tem ainda a função de redirecionar o olhar dos demais profissionais para a
individualidade de cada paciente, e para os aspectos subjetivos envolvidos no adoecer, ou seja,
FAVORECER O RECONHECIMENTO DOS ASPECTOS PSICOLÓGICOS PRESENTES NA DOENÇA
OU NA RELAÇÃO COM A EQUIPE DE SAÚDE, COLABORANDO, ASSIM, PARA A HUMANIZAÇÃO
DO ATENDIMENTO. Nesse sentido, cabe cuidar para que o psicólogo não adote uma postura
onipotente, de sobrevalorização do saber psicológico.
Além disso, o psicólogo, ao integrar a equipe de saúde, deve FAVORECER O
FUNCIONAMENTO GRUPAL, FACILITANDO, QUANDO NECESSÁRIO, A COMUNICAÇÃO
INTERNA. Com isso, estará criando possibilidades de vínculos na interação entre os membros do grupo
e na relação do paciente e familiares com a equipe como um todo. Nesse sentido, sua presença estará
representando suporte psicológico tanto para a equipe, como para os pacientes”.
A inclusão do psicólogo em uma equipe multiprofissional de uma Instituição tem repercussões
éticas importantes, sobretudo quando este ainda não possui segurança quanto ao seu desempenho e
ao seu papel. Este profissional vai ter, como desafio, a articulação entre o atendimento às
demandas da equipe e a preservação da atenção às necessidades do paciente.”
Ao pesquisar sobre o trabalho da psicologia hospitalar nas equipes multidisciplinares de saúde,
Fossi & Guareschi (2004), afirmam que “o vínculo entre o indivíduo e a equipe multidisciplinar tem
de ser considerado no manejo psicológico. É indispensável que o psicólogo saiba
detalhadamente das atividades desenvolvidas pelos demais profissionais, bem como os limites
de cada um, possibilitando uma atuação integrada, com manejo único” e propõem que a
psicologia passe a pensar a saúde como um conceito complexo, que possa se situar em modelos
que venham a promover formas de vida e de ser que englobem a dimensão do sujeito como cidadão na
esfera pública e na esfera privada.

Exercícios

1- 1- ( HC UFTM – 2014) A equipe que se distingue pela uniformidade dos objetivos a serem atingidos,
realçando a relação de troca entre os diferentes membros em um trabalho de colaboração é definida
comoA
(A) multidisciplinar.
(B) equipe de consultoria.
(C) interdisciplinar.
(D) equipe de humanização.
(E) equipe saúde família.

02. (HC UFTM – 2014) Tendo por referência a visão biopsicossocial do processo saúde-doença, é correto afirmar
que o trabalho do psicólogo na equipe de saúde se distingue por atenção
(A) exclusiva aos pacientes que dele necessitem, atuando na promoção de saúde.
(B) à tríade paciente- familiares- equipe de saúde.
(C) hierarquizada, sendo prioridade o paciente e, apenas em casos fortuitos, a equipe de saúde.
(D) aos objetivos previstos no regimento interno da instituição, valorizando a produção de estatística de
atendimento.
(E) exclusiva para os pacientes que cumprem o protocolo de adesão ao tratamento.
03. (HC UFTM – 2014) No que se refere a trabalho em equipes interdisciplinares, é correto apontar como
vantagem
(A) superar a visão organicista e abstrata do paciente que passa a estar inserido em um contexto mais amplo.
(B) garantir a divisão do trabalho intelectual, com a predominância das especializações.
(C) garantir a racionalidade resultante do avanço e isolamento das disciplinas.
(D) garantir que um grupo de profissionais atue de forma independente em um mesmo ambiente de trabalho.
(E) garantir a segurança da instituição quanto à responsabilidade pelos planos de tratamento delineados.

4. (HU UFPI – 2012) Em relação ao trabalho em equipe e às estratégias de ensino interprofissional em saúde,
assinale a alternativa incorreta.
(A) Acredita-se que a educação interprofissional pode reforçar as atitudes para o trabalho em equipe e
colaboração, proporcionando melhor assistência ao paciente, após a formatura.
(B) O objetivo fundamental da educação interprofissional é a formação de estudantes de graduação na área da
saúde mais preparados para a prática interprofissional.
(C) A proposta de ensino interprofissional em saúde pode ser considerada um estilo de educação que prioriza o
trabalho em equipe, a integração e a flexibilidade da força de trabalho
que deve ser alcançada com um amplo reconhecimento e respeito ás especificidades de cada profissão.
(D) A compreensão e a definição clara dos papéis profissionais associados a determinada tarefa são
indispensáveis nas instituições de saúde. Principalmente porque a indefinição ou a ambigüidade relativa ao papel
profissional pode gerar conflitos na equipe ao acumular-se expectativas inadequadas ou mal delimitadas entre
seus membros.
(E) A competência de cada profissional, isoladamente, dá conta da complexidade do atendimento das
necessidades de saúde, portanto é desnecessário flexibilidade nos limites das competências para proporcionar
uma ação integral.

05. (IADES- HUOL UFRN – 2014) Assinale a alternativa que indica um dos fatores que dificultam o trabalho em
equipe.
(A) Instituições onde há reuniões de equipe e espaço físico para a troca de informações, conhecimentos e
tomadas de decisões conjuntas.
(B) A alta remuneração associada à baixa rotatividade de profissionais que permanecem muito tempo na
instituição, pois não saem em busca de melhores salários.
(C) O cooperativismo caracterizado pelo estabelecimento de uma rede de comunicação baseada na tolerância, na
flexibilidade e na sinceridade.
(D) Os membros não falarem a mesma linguagem, haver culturas disciplinares diferentes e falta de diálogo.
(E) O relacionamento interpessoal em que prepondere a respeito à humildade e a confiança.

06. (HUOL UFRN – 2014) Quanto às diferentes definições de equipe de saúde, assinale a alternativa correta.
(A) A equipe multidisciplinar refere-se a diferentes especialistas que se inter-relacionam e trabalham com um
objetivo comum.
(B) Na equipe interdisciplinar, além do inter-relacionamento dos seus membros, cada um preocupa-se e age
visando ao próprio desempenho.
(C) A equipe transdisciplinar refere-se a um grupo de especialistas, cada um examinando isoladamente o paciente
e emitindo a sua opinião e o seu parecer, os quais são considerados isoladamente.
(D) A equipe transdisciplinar existe na teoria, mas é muito difícil de ser encontrada na prática dos serviços de
saúde.
(E) No que se refere às equipes, os termos multi, inter e transdisciplinares são semelhantes e, por isso, podem ser
usados como sinônimos.

07. (HU UFMS – 2014) Com relação à atuação do psicólogo junto à equipe de saúde e sua prática profissional,
analise as assertivas e assinale a alternativa que aponta a(s) correta(s).

I. Discussão de casos refere-se à participação do profissional em reuniões semanais, mantidas pela equipe de
saúde, ocultando os aspectos emocionais dos casos apresentados.
II. Discussão de atitudes: o psicólogo poderá atuar no sentido de orientar discussões que envolvam as atitudes da
relação médico-paciente, bem como processos inerentes ao processo de hospitalização.
III. Grupo de estudo: refere-se aos relatos de suas atividades à coordenação do setor.
IV. Controle burocrático: refere-se à possibilidade do profissional de psicologia orientar possíveis grupos de
estudo que visem melhor compreensão das condições físicas e emocionais do paciente.

(A) Apenas II.


(B) Apenas I e III.
(C) Apenas II e IV.
(D) Apenas I, III e IV.
(E) I, II, III e IV.

08. (AOCP- MEAC HUWC – 2014) Hoje, temos na realidade da saúde o profissional da psicologia ganhando
espaço e compondo as equipes. Considerando essa relação, assinale a alternativa correta.
(A) O psicólogo, na equipe de saúde, deve sempre informar aos outros componentes da equipe informações
sobre os pacientes, independente do sigilo profissional.
(B) Na comunicação verbal ou escrita, termos técnicos e palavras difíceis sempre acrescentam autoridade,
promovendo maior respeito dos outros profissionais pelo psicólogo.
(C) A integração da equipe de saúde é imprescindível para que o atendimento e o cuidado atinjam a amplitude do
conceito de saúde.
(D) Os psicólogos não devem interferir na relação entre médicos e paciente.
(E) O psicólogo busca comprometer-se com questões ligadas apenas à qualidade de vida dos usuários eximindo-se
das questões relacionadas aos profissionais da equipe de saúde.

09. (HU UFS – 2014) Vivemos uma realidade na saúde em que muitas vezes o psicólogo não trabalha sozinho. A
respeito dessas relações, assinale a alternativa INCORRETA.
(A) Chamamos de equipe INTERDISCIPLINAR quando alguns profissionais de áreas diferentes discutem a situação
de um paciente sobre aspectos comuns a mais de uma área.
(B) É considerada equipe MULTIDISCIPLINAR quando há vários profissionais atendendo o mesmo paciente de
forma independente entre si.
(C) As equipes TRANSDICIPLINARES trabalham e definem ações de forma conjunta, independente da área de
atuação.
(D) Para o bom funcionamento da equipe, é importante que as outras áreas se familiarizem e compreendam os
termos da psicologia, facilitando a comunicação.
(E) Uma das dificuldades para o trabalho em equipe, no contexto hospitalar, é a falta de clareza em relação à
atribuição de cada profissional.

10. (HULW UFPB – 2014) Em relação à atuação do Psicólogo junto à equipe de saúde, na Unidade Hospitalar,
analise as assertivas que aponta as corretas.

I. O psicólogo poderá atuar no sentido de orientar discussões que envolvam o paciente, exceto atitudes da
relação médico-paciente.
II. O psicólogo participará das reuniões mantidas pela equipe de saúde, promovendo os aspectos emocionais
dos casos apresentados que permitam uma visão globalizante do paciente.
III. O psicólogo poderá orientar possíveis grupos de estudo que visem uma compreensão das condições físicas e
emocionais do paciente.
IV. O psicólogo poderá orientar possíveis grupos de estudo, os quais poderão versar sobre o processo de
hospitalização, contribuindo para que a equipe da saúde tenha condições para desempenhar suas funções.

(A) Apenas I.
(B) Apenas I, II e III.
(C) Apenas II, III e IV.
(D) Apenas II e IV.
(E) I, II, III e IV.

11. (AOCP- HUJM UFMT – 2014) Uma das possibilidades de atuação do psicólogo no hospital é com a equipe.
Sobre isso, assinale a alternativa correta.

(A) Proporcionar uma adaptação saudável do paciente ao contexto hospitalar é uma função do psicólogo
somente, por isso a equipe deve estar atenta quando isso não ocorre: para poder solicitar os atendimentos
psicológicos.
(B) É preciso que o caso dos pacientes seja discutido com todos os profissionais para que se construa uma visão
global do paciente.
(C) Quando uma equipe é integrada, as contradições e redundâncias tornam-se evidentes.
(D) A integração entre família, paciente e equipe é uma responsabilidade exclusiva do psicólogo, buscando
promover a qualidade do vínculo entre os mesmos.
(E) O psicólogo hospitalar deve realizar atendimentos individuais com os membros da equipe, a fim de dissipar
angústias e desfazer projeções que atrapalham o cotidiano de trabalho.

12. (HU UFGD – 2014) A respeito da atuação do Psicólogo junto à equipe de saúde, assinale a alternativa
INCORRETA.
(A) Programas de “Atenção à saúde do trabalhador em saúde” podem ser desenvolvidos e coordenados por
psicólogos, o Humaniza SUS preconiza essa ação.
(B) O psicólogo pode ser um facilitador na relação da equipe com o paciente oferecendo um olhar diferenciado
sobre as situações vividas, possibilitando a compreensão das mesmas.
(C) O psicólogo pode trabalhar de forma conjunta à equipe, sendo capaz de participar da elaboração de políticas
de saúde.
(D) Elaboração e coordenação de treinamentos em saúde mental e programas educativos não são ofícios do
psicólogo da saúde.
(E) É importante que o psicólogo possa acolher a equipe em momentos difíceis, buscando identificar a relação das
dificuldades com a execução do trabalho e o resultado para os pacientes.

13. (HU UFJF – 2015) O modo de organização dos profissionais no trabalho em equipe possibilita maior ou
menor probabilidade de sucesso do tratamento hospitalar. Em relação à organização da equipe, a que melhor
atende os serviços de saúde é denominada equipe
(A) multiprofissional.
(B) multidisciplinar.
(C) interdisciplinar.
(D) de apoio matricial.
(E) hierárquica.

14. (HC UFG – 2015) O interesse pelo trabalho em equipe multidisciplinar vem se fortalecendo, tendo como
base a crescente aceitação do modelo biopsicossocial de saúde. Assinale a alternativa correta em relação à
atuação do psicólogo na equipe multidisciplinar.
(A) A organização ou mobilização de equipes está associada à complexidade da demanda. Nessas situações, os
profissionais se deparam com seus próprios limites e encontram nos colegas de outras formações subsídios para a
compreensão e atendimento do caso em questão.
(B) A psicologia no contexto hospitalar ainda é muito recente. Dessa forma, a inserção do psicólogo enquanto
membro da equipe multidisciplinar fica prejudicada, estando ele afastado das discussões e decisões.
(C) Um ponto facilitador na relação do psicólogo com a equipe é a linguagem clara e objetiva utilizada.
(D) Atualmente, a equipe de saúde tem clara qual é a função que o psicólogo desempenha no contexto
hospitalar. Os baixos números de encaminhamentos são por resistência dos pacientes.
(E) A Psicologia Hospitalar por vezes também é denominada Psicologia da Saúde, sendo sinônimos da mesma
prática.

15. (HE UFPEL – 2015) A colaboração é um conceito plural, mas que de forma geral implica na ideia de
compartilhamento e de uma ação coletiva orientada por objetivos comuns, no espírito de confiança e harmonia
entre os membros de uma equipe de trabalho. Faz parte da ideia de interprofissionalismo
(A) o esforço.
(B) a independência.
(C) a autonomia.
(D) a parceria.
(E) o feedback.

16. (AOCP- HE UFPEL – 2015) A interdisciplinariedade é entendida como a ocorrência de atividades realizadas
entre profissionais de múltiplas especializações dentro de uma pretendida harmonia e complementariedade
em um determinado ambiente de trabalho. Em um trabalho multidisciplinar, devem existir duas dimensões
indissociáveis, são elas:
(A) troca de informações e camaradagem.
(B) articulação das ações e a interação dos profissionais.
(C) respeito e amizade.
(D) liderança eficaz e motivação.
(E) ética e compromisso.

17. (AOCP- HE UFSCAR – 2015) O fato de o psicólogo pertencer a uma equipe tem repercussões diretas na sua
atuação, seja nos limites de sua atuação, seja no vínculo que ele estabelece com o paciente ou com os colegas
de outras categorias profissionais. Referente ao assunto, assinale a alternativa correta.
(A) Com o paciente, o trabalho do psicólogo é bastante específico, atuando de forma situacional, no sentido não
só solucionar os conflitos, mas também para que o paciente colabore com a equipe e não seja poliqueixoso.
(B) A entrada do psicólogo no hospital é marcada por importantes peculiaridades, a começar pelo vínculo com a
instituição, até o vínculo com a família do paciente internado.
(C) Ao integrar a equipe de saúde, o psicólogo deve favorecer o funcionamento grupal, sendo o responsável pela
comunicação interna.
(D) Ao fazer atendimentos individuais, o psicólogo está favorecendo a humanização no ambiente hospitalar.
(E) Na equipe, o psicólogo tem a função de redirecionar o olhar dos demais profissionais para a individualidade de
cada paciente e para os aspectos subjetivos envolvidos no adoecer.

18. (HE UFPEL – 2015) A Psicologia Hospitalar tem suas fronteiras permeáveis às contribuições de uma
variedade de outras disciplinas afins. Sabendo disto, o psicólogo:
(A) deve ter uma postura onipotente, de sobrevalorização do saber psicológico.
(B) terá como desafio a articulação entre o atendimento às demandas da equipe e a preservação da atenção às
necessidades do paciente.
(C) não compartilhará com a equipe os atendimentos feitos, pois tem um compromisso de sigilo com o paciente.
(D) fará valer sua avaliação, no que tange aos aspectos psicológicos do paciente.
(E) compartilhará tudo o que ouviu para favorecer a interdiciplinariedade.

19- (FUNDAC – 2008) Considere que, em uma unidade hospitalar, o modelo biopsicossocial de saúde seja
adotado como prática institucional e defendido pela grande maioria dos profissionais que lá trabalham. Uma
característica do modelo adotado nessa instituição é:

A) o trabalho isolado e autônomo dos diferentes profissionais que atendem um mesmo paciente.

B) a formação de equipes interdisciplinares para assistência em ambulatórios e enfermarias.

C) reduzida ênfase na relação médico-paciente.

D) o foco na patologia celular durante o diagnóstico e o tratamento.

GABARITO:1-C; 2- B; 3-A; 4- E; 5-D; 6-D; 7- A; 8-C; 9-D;10-C; 11-B; 12-D; 13-C; 14-C; 15-C; 16-B; 17-E; 18-B; 19-B

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