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SEMANA 1 A 3 DE MARÇO

07/03/22 - 21/03/22

TURMA: 1º ANO – ENSINO MÉDIO


DISCIPLINA: Filosofia PROF.ª: Magnólia Carvalho

CAPÍTULO 2
O nascimento da
Filosofia
DO MITO À FILOSOFIA (Parte I)
▪ Essa recusa do sobrenatural como fonte explicativa da
natureza nos leva a afirmar a primeira característica
nova da explicação filosófica do mundo: a imanência.

▪ Nesse sentido, a explicação filosófica é imanente


porque utiliza elementos que estão no interior da
própria natureza, sem recorrer a nada que a ultrapasse,
isto é, nada que seja sobrenatural para explicar os
fenômenos da natureza.
DO MITO À FILOSOFIA (Parte II)
▪ As perguntas que seriam depois tratadas pela
filosofia eram, em um período anterior a ela, objeto
de outro tipo de explicação do mundo: o mito.

▪ O mito é uma narrativa transmitida pela tradição


oral que tem importância fundamental para a
sociedade que o reconhece, pois traz explicações
sobre a existência do mundo, sobre os fenômenos
naturais e sobre as origens daquela sociedade.

▪ Além de oferecer valores e ideais a serem


seguidos, dele também derivam as noções de
sacralidade.
DO MITO À FILOSOFIA (Parte III)
▪ As narrativas mitológicas explicam as realidades físicas a partir de
deuses capazes de comportamentos análogo ao de seres humanos
como raiva e paixão, ao contrário disto, a explicação filosófica produz
uma despersonalização da natureza.

▪ Uma compreensão adequada da questão das origens da filosofia envolve


reconhecer dois elementos: por um lado, a filosofia é uma grande
novidade em relação ao mito e rompe com a forma de pensar na qual a
humanidade sempre havia se apoiado, mas, por outro, ela não surge do
nada nem são os primeiros filósofos extraterrestres em meio à cultura
grega.

▪ Da mesma forma que é importante reconhecer os elementos de


novidade que a filosofia traz, é importante entendermos o que, no
pensamento e nas experiências gregas, preparou terreno para ela.

▪ As condições históricas que contribuem para o surgimento da Filosofia


no século VII a.C.: a introdução da moeda, do calendário e da escrita
alfabética.
DO MITO À FILOSOFIA (Parte IV)
▪ A expressão da mitologia era geralmente
poética, por meio de cantos épicos que
narravam os feitos dos heróis e dos deuses.

▪ Em reação contrária a mitologia, a expressão


filosófica se faz por meio da prosa
argumentativa, assim, os filósofos se
preocupam em construir um pensamento
coerente, organizado, lógico, capaz de ser
compreendido e também criticado por qualquer
interlocutor racional.
OS PRÉ-SOCRÁTICOS: Heráclito e Parmênides
▪ Heráclito de Éfeso (540 a 480 a.C.) ficou famoso desde a Antiguidade por sua forma
obscura e misteriosa de se expressar.

▪ Heráclito escrevia em aforismos, pequenos trechos com frases impactantes que


frequentemente não deixavam nada claro para o leitor. O pensamento heraclitiano
ficou conhecido como uma doutrina do fluxo universal.

▪ Parmênides acreditava que a mudança é ilusão e que a realidade está naquilo que é
permanente.
SEMANA 1 A 3 DE MARÇO
07/03/22 - 21/03/22

TURMA: 1º ANO – ENSINO MÉDIO


DISCIPLINA: Filosofia PROF.ª: Magnólia Carvalho

CAPÍTULO 3
Sócrates
A importância de Sócrates
▪ Na época de Sócrates, a filosofia rompeu com a
tradição dos físicos e fez uma completa revolução em
seus interesses: abandonou os problemas da
natureza em prol dos problemas da vida humana;

▪ Deixou de teorizar sobre a origem e a estrutura do


cosmos e sobre a possibilidade do conhecimento
para questionar sobre os valores que devemos
respeitar, o sentido e a natureza das leis e a melhor
vida possível.

▪ A filosofia – e, mais especificamente, uma filosofia


voltada para problemas autenticamente humanos –
era uma exigência em uma sociedade democrática.
OS SOFISTAS
▪ O século V em Atenas foi marcado pela presença dos sofistas, estes eram
estudiosos e pensadores com um amplo repertório que, entre outras coisas, se
interessavam pelos assuntos da vida prática, associados à moral e à política.

▪ Sócrates via os sofistas como seus opositores e acreditava que eles


representavam um grande perigo para Atenas. Foi primeiramente como reação a
eles que a filosofia socrática se desenvolveu.

▪ Sócrates via os sofistas dessa forma primeiro pelo fato de que os sofistas
cobravam por seus ensinamentos. Socráticas criticava esse ponto por acreditar
que a missão do filósofo é a transmissão do saber para todos, sem ser
necessário cobrar por isso.

▪ Em segundo lugar, o ensinamento dos sofistas tinha um objetivo completamente


prático, Sócrates, por sua vez, não valorizava um conhecimento do tipo
imediatista.

▪ O terceiro ponto, e o mais importante, diz respeito ao posicionamento filosófico


dos sofistas propriamente dito. Os sofistas são em geral caracterizados como
céticos.
• REVISÃO DE FILOSOFIA
01. Se as narrativas mitológicas explicam as realidades físicas a partir de deuses capazes de
comportamentos análogo ao de seres humanos como raiva e paixão, a explicação filosófica produz,
assim, uma:

a) super valorização do mito.


b) despersonalização da natureza.
c) realidade similar ao mito.
d) personalização da natureza.
e) mistificação da natureza.
02. Essa recusa do sobrenatural como fonte explicativa da natureza nos leva a
afirmar a primeira característica nova da explicação filosófica do mundo: a
imanência. Nesse sentido, a explicação filosófica é imanente por quê?

Sugestão de resposta: A explicação filosófica é imanente porque utiliza elementos


que estão no interior da própria natureza, sem recorrer a nada que a ultrapasse, isto
é, nada que seja sobrenatural para explicar os fenômenos da natureza.
03. As perguntas que seriam depois tratadas pela filosofia eram, em um período anterior a ela, objeto de
outro tipo de explicação do mundo: o mito. O mito é uma narrativa transmitida pela tradição oral que tem
importância fundamental para a sociedade que o reconhece, pois traz explicações sobre a existência do
mundo, sobre os fenômenos naturais e sobre as origens daquela sociedade, além de oferecer valores e
ideais a serem seguidos. Dele também derivam:

a) as noções de legitimidade.
b) as noções de racionalidade.
c) as noções de sagrado e profano.
d) as noções de sacralidade.
e) as noções cientificas.
04. A expressão da mitologia era geralmente poética, por meio de cantos épicos que
narravam os feitos dos heróis e dos deuses. Em reação contrária a mitologia, a
expressão filosófica se faz por quais meios?

Sugestão de resposta: Se faz por meio da prosa argumentativa, assim, os filósofos


se preocupam em construir um pensamento coerente, organizado, lógico, capaz de
ser compreendido e também criticado por qualquer interlocutor racional.
05. (Unesp 2021) A crítica de Sócrates aos sofistas consiste em mostrar que o ensinamento sofístico limita-
se a uma mera técnica ou habilidade argumentativa que visa a convencer o oponente daquilo que se diz,
mas não leva ao verdadeiro conhecimento. A consequência disso era que, devido à influência dos sofistas,
as decisões políticas na Assembleia estavam sendo tomadas não com base em um saber, ou na posição dos
mais sábios, mas na dos mais hábeis em retórica, que poderiam não ser os mais sábios ou virtuosos.

Danilo Marcondes. Iniciação à história da filosofia, 2010.

De acordo com o texto, a crítica socrática aos sofistas dizia respeito


a) ao entendimento de que o verdadeiro conhecimento baseava-se no exercício da retórica.
b) à desvalorização da pluralidade de opiniões e de posicionamentos político-ideológicos.
c) ao prevalecimento das técnicas discursivas nas decisões da Assembleia acerca dos rumos das cidades-
Estado.
d) ao predomínio de líderes pouco sábios e com poucas virtudes na composição da Assembleia.
e) à defesa de formas tirânicas de exercício do poder desenvolvida pela retórica convincente.
Boa leitura e bons
estudos!

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