Você está na página 1de 37

LI

C
04
77 AN I
38 E
59 FR
A

FORÇA VITAL
90
3 N
ZO
ANATOMIA

N
I

1
FORÇA VITAL ENGENHARIA E TREINAMENTOS
DIRETOR
Eng. Jackson Luiz Jarzynski

I
N
PRODUÇÃO DO MATERIAL DIDÁTICO PEDAGÓGICO

ZO
Jackson Luiz Jarzynski Leticia Palmer Swolinski

N
Coordenação de Produção Coordenação de Design Educacional
A
FR
Graciane Brignoli Caibar Pereira
Projeto Financeiro
E

Revisão de Texto
3
77 AN

90

Aline Glinski
59
I

Coordenação de Design Gráfico


C
38
LI

Projeto Financeiro
04

2
Sumário

Apresentação da disciplina.....................................................................................6

Objetivos de aprendizagem....................................................................................6
1 Conceitos e posições anatômicas......................................................................7

1.1 Definição de anatomia.. ....................................................................... ..... 7

I
N
1.2 Definição de fisiologia.................................................................... ............ ..8

ZO
1.3 Posições anatômicas .......................................................................... ....... .9

1.3.1 Decúbito lateral..........................................................................................10

N
1.3.2 Decúbito ventral.........................................................................................10
A
1.3.3 Decúbito dorsal..........................................................................................10
FR
2 Anatomia topográfica.......................................................................................11
2.1 Cabeça..........................................................................................................11
E

3
2.1.1 Tecidos ......................................................................................................11
77 AN

90

2.1.2 Ossos.........................................................................................................12
2.1.3 Cérebro......................................................................................................12
59
I
C

2.1.3.1 Fluxo sanguíneo cerebral.......................................................................14


38
LI

2.1.3.2 Pressão de perfusão cerebra..................................................................14

2.1.3.3 Autorregulação do fluxo sanguíneo cerebral..........................................14


2.1.3.4 Drenagem venosa cerebral....................................................................14
04

2.1.3.5 Oxigênio e fluxo sanguíneo cerebral......................................................15


2.2 Tórax.............................................................................................................15
2.2.1 Anatomia....................................................................................................15
2.2.2 Fisiologia....................................................................................................15
2.2.3 Ventilação, repiração e oxigenação...........................................................16
2.2.4 Vias aéreas superiores...............................................................................17
2.2.5 Vias aéreas inferiores.................................................................................17
2.3 Abdômen.......................................................................................................17
2.3.1 Anatomia....................................................................................................17
2.3.2 Fisiologia....................................................................................................18

3
2.4 Membros superiores.......................................................................................19
2.4.1 Ossos..........................................................................................................19
2.4.2 Músculos.....................................................................................................20
2.4.3 Principais vasos..........................................................................................20
2.5 - Membros inferiores......................................................................................21
2.5.1 Ossos..........................................................................................................21

I
N
2.5.2 Músculos.....................................................................................................22

ZO
2.5.3 Principais vasos..........................................................................................22
3 Principais sistemas...........................................................................................22

N
3.1 Sistema esquelético ......................................................................................22

A
3.1.1 Anatomia e fisiologia...................................................................................23
FR
3.1.2 Coluna vertebral..........................................................................................23
3.1.3 Medula espinhal..........................................................................................24
E

3.2 Sistema cardiorrespiratório............................................................................25


3
77 AN

3.2.1 Anatomia e fisiologia do coração................................................................25


90

3.2.2 Vasos sanguíneos.......................................................................................26


59
I

3.2.3 Sangue........................................................................................................26
C

3.3 Sistema endócrino..........................................................................................26


38
LI

3.3.1 Sistema nervoso..........................................................................................27


3.3.2 Sistema nervoso autônomo, simpático e parassimpático...........................27
3.3.3 Sistema nervoso central..............................................................................29
04

3.3.4 Sistema nervoso periférico..........................................................................29


3.4 Sistema tegumentar.......................................................................................30
3.4.1 Anatomia e fisiologia...................................................................................30
4 Sistemas complementares................................................................................31
4.1 Sistema digestório..........................................................................................31
4.2 Sistema genital...............................................................................................31
5 Sinais vitais........................................................................................................32
5.1 Pressão arterial..............................................................................................33
5.2 Pulso...............................................................................................................33

4
5.3 Respiração.....................................................................................................34
5.4 Temperatura...................................................................................................34
5.5 Dor..................................................................................................................35
6. Sinais de vida...................................................................................................36
6.1 Definição.........................................................................................................36
Referências..........................................................................................................37

I
N
ZO
N
A
FR
E

3
77 AN

90
59
I
C
38
LI
04

5
Apresentação da Disciplina
Esta disciplina proporcionará a você amplo conhecimento sobre os conceitos
de anatomia e fisiologia e sobre o quanto esses são importantes para a
entendimento do funcionamento do corpo humano.

Você terá uma compreensão sistêmica da anatomia topográfica,

I
N
conhecendo os sistemas, a estrutura e suas inter-relações. A importância dessa

ZO
base de conhecimento ajudará na tomada de decisão do melhor atendimento pré-
hospitalar para a vítima.

N
Para um atendimento qualificado, conceitos como os de tórax, sua anatomia
A
e fisiologia e como acontece a respiração, passando das vias aéreas até a ampla
FR
oxigenação das células do corpo humano, são exemplos do conteúdo que será
abordado nesta matéria.
E

3
As amplas análises anatômicas, fisiológicas e estruturais permitirão
77 AN

90

efetividade e eficácia no atendimento, pois você estará preparado para reconhecer


variações por meio de sinais e sintomas que evidenciarão a alteração do estado
59
I

hígido da vítima. Os cinco sinais vitais, seu reconhecimento e aplicação durante o


C

atendimento irão direcionar as principais ações no atendimento pré-hospitalar.


38
LI

Durante o decorrer desta disciplina, seus conhecimentos relacionados ao


tema atingirão patamares que influenciarão em sua tomada de decisão, oferecendo
melhor condição para as ações norteadoras de seu trabalho.
04

Objetivos de aprendizagem
O principal objetivo de aprendizagem desta disciplina molda-se no
conhecimento e no entendimento do funcionamento anatômico e fisiológico do
corpo humano para que, no momento do atendimento à vítima, você possa
rapidamente fazer a relação da teoria apresentada com a eficiência prática para a
solução do problema.

6
A aprendizagem deve ser capaz de ressignificar conceitos, proporcionando
uma ampla gama de soluções a situações encontradas no teatro de operações.

Futuros profissionais, lembrem-se sempre de que “um detalhe salva uma


vida”.

Bons estudos!

I
N
1. Conceito e posições anatômicas

ZO
N
1.1 Definição de anatomia
A
FR
A anatomia humana é o campo da biologia que estuda a estrutura do corpo
humano, desde os sistemas até os órgãos. O termo vem do grego Anatemnein, que
quer dizer corte. Esta ciência começou suas investigações nos primórdios da
E

3
civilização, no século II, com a dissecação de animais e, posteriormente, em corpos
77 AN

90

humanos.
Leonardo Da Vinci, grande cientista, foi um grande percursor da anatomia
59
I
C

como ciência, e apesar de sofrer impedimentos religiosos, desenhou órgãos e


38
LI

sistemas da anatomia humana, retratando o corpo humano e suas características,


bem como os movimentos dos órgãos vitais.

Sua primeira produção foi uma dissecação da aterosclerose – entupimento


04

de uma artéria em função do acúmulo de gordura. Quando Da Vinci iniciou seu


trabalho com o estudo da anatomia, seus desenhos permitiram o “batismo” de
vários órgãos e sistemas que ainda não tinham nome até então. Galeno de
Pérgamo, Mondino dei Luzzi e Avicen também foram exemplos de autores que
contribuíram para o estudo da anatomia humana por meio de dissecações.

A anatomia humana é responsável pelo detalhamento de cada parte de um


corpo. Um grande avanço para o desenvolvimento da anatomia foi o uso do
microscópio. Antigamente, os corpos eram abertos de forma manual. Com a
tecnologia, foi possível aprimorar a técnica, e o que antes só poderia ser visto a
olho nu ganhou amplitude e rapidez no processo de investigação do corpo
humano.

7
A anatomia macroscópica é o estudo da morfologia (estudo da aparência
externa da matéria) por meio de dissecção (corte) a olho nu ou com pequeno
aumento.

A anatomia se renova a cada dia, principalmente pelo avanço da tecnologia.


Antes, os estudos eram feitos por meio de desenhos em cavernas; hoje, temos
desenhos tridimensionais e com riqueza de detalhes que permitem, de forma mais

I
eficaz, uma proximidade com a realidade.

N
ZO
N
A
FR
E

3
77 AN

90
59
I
C
38
LI
04

Fonte: https://mundoeducacao.uol.com.br/artes/leonardo-vinci.htm

1.2 Definição de fisiologia

A Fisiologia é o ramo da Biologia que estuda o funcionamento do


organismo, desvendando todos os processos físicos e químicos envolvidos na
manutenção da vida. A importância do estudo da fisiologia baseia-se na
compreensão e no funcionamento das atividades desenvolvidas pelas estruturas e
órgãos do corpo.

8
Para compreender a fisiologia, é necessário o conhecimento básico de várias
áreas da Biologia, tais como Anatomia, Morfologia, Biologia
Celular, Bioquímica, Ecologia e Biofísica. Isso é necessário, pois todas essas áreas
estão interligadas, e o funcionamento de um organismo está relacionado com
processos que ocorrem em vários níveis de organização.
A fisiologia humana preocupa-se com o entendimento do funcionamento
do corpo humano, integrando os conhecimentos químicos, físicos e, é claro,

I
N
anatômicos. Essa área estuda desde as células até os sistemas que compõem o

ZO
corpo.

N
A
FR
E

3
77 AN

90
59
I

Fonte: https://faculdadecleberleite.edu.br/cursos/fisiologia-humana-2/
C
38
LI

1.3 Posições anatômicas


A posição anatômica é um referencial para localizar e descrever as
04

estruturas anatômicas, de forma padronizada, a todos anatomistas ou profissionais


de saúde.
Para descrever a posição anatômica, o indivíduo deverá estar em posição
ortostática, ou seja, em pé, face voltada para frente, membros superiores e
inferiores estendidos, palmas das mãos voltadas para frente, assim como os dedos
dos pés.

9
1.3.1 Decúbito lateral
Nessa posição, o paciente fica deitado de lado com ambos os braços para
frente e os joelhos e quadris fletidos. O peso é suportado pela lateral do ilíaco e
pela escápula.

1.3.2 Decúbito ventral

I
Nessa posição, o corpo do paciente está deitado, num plano horizontal, de

N
barriga para baixo, com a cabeça virada para um dos lados.

ZO
N
1.3.3 Decúbito dorsal

A
Na posição supina ou decúbito dorsal, o paciente fica deitado de costas com
FR
a cabeça e os ombros ligeiramente elevados.
E

3
77 AN

90
59
I
C
38
LI
04

Fonte: https://estudandoenfermagemblog.wordpress.com/2016/07/21/posicoes-para-exame/

10
2. Anatomia topográfica

2.1 Cabeça

Conhecer a anatomia da cabeça se faz fundamental para que se


compreendam melhor todos os aspectos que envolvem um TCE (Trauma Crânio

I
Encefálico).

N
Do couro cabeludo, que é a primeira proteção do crânio e do encéfalo, até o

ZO
cerebelo, que permite o controle dos movimentos do corpo humano, o profissional
do APH deve ter pleno conhecimento anatômico.

N
A
FR
E

3
77 AN

90
59
I
C
38
LI
04

Fonte: anatomia-da-cabeca-humana-4d-master/p/gkd32be5cc/cp/mdan/

2.1.1 Tecidos

O tecido que recobre a cabeça é chamado couro cabeludo e é composto por


várias camadas de pele, tecido conectivo (tecido de conexo com grande quantidade
de células e fibras), aponeurose (tecido fibroso e duro que suporta estruturalmente
o couro cabeludo) e o periósteo dos ossos (que permite a nutrição dos ossos
cranianos).

Os tecidos que recobrem a cabeça são extremamente vascularizados,


podendo, ao sofrer lacerações, decorrentes geralmente de impactos contra para-

11
brisas ou ainda golpes na cabeça, causar hemorragia intensa, a qual, se não
controlada, pode resultar em choque hipovolêmico ou exsanguinação.

2.1.2 Ossos

O crânio é a principal proteção do encéfalo e é composto por duas camadas


de tecido cortical compactadas, a lâmina externa e interna, formando um
sanduíche. Os ossos que formam o crânio são grossos e fortes, porém, na região

I
N
temporal e etmoidal, são finos, por isso são mais propensos a fraturas. A parte

ZO
inferior do crânio é irregular e áspera e, se exposta a um impacto forte, pode
produzir lesões cerebrais ou lacerações.

N
Durante a infância, os ossos do crânio apresentam várias pequenas

A
aberturas chamadas forames, que permitem acesso aos vasos sanguíneos e
FR
nervos cranianos, e uma abertura maior chamada forame magno, que serve como
passagem para o tronco encefálico.
E

Nos lactentes, identificamos também as fontanelas, popularmente


3
77 AN

denominadas moleiras, entre os ossos. Até que a fusão do crânio esteja concluída,
90

o lactente não tem proteção óssea nessas regiões do encéfalo. Essa fusão só se
59
I

conclui geralmente próximo aos dois anos de idade.


C
38

Traumas fechados ou penetrantes podem causar fratura de crânio, impacto


LI

muito intenso e/ou afundamento de crânio. Qualquer tipo de fratura craniana exige
avaliação médica imediata.
04

As fraturas de base de crânio devem ser especialmente tratadas, pois podem


causar lesões irreparáveis à estrutura.

2.1.3 Cérebro

O cérebro é recoberto por três membranas, chamadas meninges, que são


as seguintes:

 Dura-máter, que é a camada mais externa com tecido fibroso que recobre a
lâmina interna do crânio. Normalmente não há espaço entre a membrana e
o crânio e quando a dura-máter é afastada do crânio, origina-se uma junção,
que é denominada de espaço epidural;

12
 A membrana aracnoide-máter é mais profunda e encobre o encéfalo com
seus vasos em forma de teia de aranha. Seu espaço entre a dura-máter é
conhecido como espaço subdural, que é um espaço real e está abaixo da
dura-máter. Neste espaço estão as veias que possibilitam a comunicação
vascular entre o crânio e o cérebro;
 A membrana mais profunda é denominada pia-máter, uma camada fina que
esta aderente ao encéfalo. Seu espaço entre a aracnoide-máter chama-se

I
N
espaço subaracnoide, também um espaço real com vasos sanguíneos que

ZO
dão base ao encéfalo e cujo rompimento causa um hematoma subaracnoide.

A abóboda craniana é ocupada 80% pelo encéfalo, que se divide em três

N
regiões, sendo a principal o cérebro, que consiste em hemisfério direito e esquerdo,
A
divididos em vários lobos. O cérebro é separado do cerebelo pelo tentório do
FR
cerebelo, que é uma extensão da dura-máter.

O cerebelo, que tem como principal função a coordenação dos movimentos


E

3
do corpo humano, está localizado na parte posterior do crânio, atrás do tronco
77 AN

90

encefálico e abaixo do cérebro.

É responsável por nosso despertar e pelo estado de alerta e faz a


59
I
C

transmissão de sinal do encéfalo para a medula espinhal.


38
LI
04

Fonte: https://mundoeducacao.uol.com.br/biologia/cerebro.htm

13
2.1.3.1 Fluxo sanguíneo cerebral

O fluxo sanguíneo cerebral constante permite que os neurônios tenham um


adequado fornecimento de glicose e oxigênio. Esse fluxo é mantido por uma
pressão adequada, denominada pressão de perfusão cerebral, controlada por um
mecanismo (autorregulação) que força o sangue pelo encéfalo e garante o fluxo
sanguíneo constante.

I
N
2.1.3.2 Pressão de perfusão cerebral

ZO
É a quantidade de pressão que empurra o sangue para a circulação cerebral,
mantendo o oxigênio e a glicose para as células cerebrais. A pressão de perfusão

N
arterial está diretamente relacionada à pressão arterial média.

A
2.1.3.3 Autorregulação do fluxo sanguíneo cerebral
FR
Esse é o fator mais importante para a saúde do encéfalo, que trabalha muito
para manter o fluxo sanguíneo cerebral adequado.
E

3
77 AN

Qualquer sistema de fluxo é descrito pela seguinte fórmula:


90

Pressão = Fluxo X Resistência


59
I
C

No caso do encéfalo, fica:


38
LI

Pressão de perfusão arterial = Fluxo sanguíneo cerebral X Resistência vascular


cerebral

Essa relação é importante no atendimento de APH. O sangramento


04

intracraniano causa a compressão dos tecidos e aumento da PIC (pressão interna


craniana), pois à medida que a PIC aumenta, a quantidade de pressão para manter
o fluxo sanguíneo cerebral também aumenta e se isso não for controlado
rapidamente, causará danos isquêmicos e o comprometimento da função do
encéfalo.

2.1.3.4 Drenagem venosa cerebral

É uma rede de veias cerebrais superficiais que drena o sangue de várias


regiões do encéfalo para um sistema de seios venosos. Essa drenagem é, na
maioria das vítimas, assimétrica.

14
2.1.3.5 Oxigênio e fluxo sanguíneo cerebral

O encéfalo tem grande necessidade de oxigênio devido ao metabolismo


complexo e acelerado. A falta total ou parcial de oxigênio é denominada hipóxia.
Quando o oxigênio e o fluxo sanguíneo cerebral não são controlados
adequadamente, causam vasoconstrição (hipocapnia), relacionada aos níveis
reduzidos de dióxido de carbono, e vasodilatação (hipercapnia), caracterizada

I
pelos níveis elevados de dióxido de carbono. Ambos podem causar lesões graves

N
devido à dilatação das veias e artérias.

ZO
2.2 Tórax

N
A importância do estudo do tórax pelo profissional do APH justifica-se pelo

A
fato de que no tórax encontra-se a maioria dos órgãos que proveem a manutenção
da oferta de oxigenação para o corpo humano. As lesões de tórax, quando não
FR
rapidamente identificadas e tratadas, podem levar ao choque, à hipóxia, dentre
outras morbidades significativas.
E

3
2.2.1 Anatomia
77 AN

90

Possui forma cilíndrica, oca, constituída por ossos e músculos. 12 pares de


59
I

costelas e a coluna vertebral formam uma proteção óssea para os órgãos. Essa
C

estrutura óssea é reforçada por músculos denominados músculos intercostais.


38
LI

Essa proteção faz com que a intensidade da força para gerar uma lesão
torácica seja bastante intensa. No tórax estão localizados também os músculos
responsáveis pela respiração, especialmente o diafragma.
04

O revestimento do tórax é feito pela pleura parietal; já a pleura visceral


recobre os pulmões dentro da caixa torácica. Os pulmões estão nessa cavidade e
entre eles existe o espaço chamado mediastino. Encontramos também nessa
cavidade a traqueia, o esôfago, o coração e suas principais veias e artérias.

2.2.2 Fisiologia
Os componentes fisiológicos mais importantes para o APH são os
relacionados à respiração e à circulação, sendo, de forma geral, os mais lesionados
em acidentes de alta energia dispensada. O perfeito funcionamento desses
componentes é responsável pela chegada do oxigênio aos órgãos vitais do corpo
humano.
15
2.2.3 Ventilação, respiração e oxigenação
A ventilação é o ato mecânico de puxar o ar pela boca e nariz até a traqueia,
os pulmões e, por fim, aos alvéolos. A respiração é o oferecimento de oxigênio para
as células do corpo humano. O ato de puxar o ar é denominado inspiração e
consiste em transportar o oxigênio para se ligar à hemoglobina e ser transportado
até as células, num processo chamado de oxigenação.

I
Por meio da respiração celular, o oxigênio é usado pelas células para a

N
produção de energia.

ZO
A contração dos músculos respiratórios faz a elevação e o afastamento das

N
costelas, bem como a movimentação do diafragma para baixo, o que consiste na

A
inalação, que aumenta a cavidade torácica criando uma pressão negativa que
expele o ar para o corpo, resultando no ar fluindo para dentro dos pulmões.
FR
Quando esses músculos relaxam e as costelas e diafragma voltam à posição
de repouso, acontece a expiração. Esse retorno faz com que o ar exceda a pressão
E

3
para fora do corpo esvaziando os pulmões através dos brônquios, da traqueia, do
77 AN

90

nariz e da boca.
59
I

É o tronco encefálico que comanda a ventilação por meio do controle da


C

pressão arterial de dióxido de carbono e da pressão arterial de oxigênio, por meio


38
LI

das quimiorreceptoras, que são células especializadas localizadas no tronco


encefálico.
04

Fonte: https://br.pinterest.com/pin/555139091554717489/

16
2.2.4 Vias aéreas superiores
É formada pela cavidade nasal e pela cavidade oral. Quando o ar entra pelo
nariz, ele é umedecido, aquecido e filtrado, tornando-se livre das impurezas.

Faz parte dessa estrutura também a faringe, que está localizada na parte de
trás do palato mole até a parte superior do esôfago. Em cima da laringe existe uma
outra estrutura chamada epiglote, que age como um portão que direciona o ar para

I
a traqueia e o líquido e sólido para o estômago.

N
ZO
2.2.5 Vias aéreas inferiores

Formada pela traqueia e seus ramos de ligação com os pulmões, a traqueia

N
é dividida em dois brônquios principais, o direito e o esquerdo. O brônquio principal
A
esquerdo é mais comprido que o direito, o que explica a colocação do tubo
FR
endotraqueal no brônquio principal direito. Cada brônquio se divide em vários
outros brônquios primários e posteriormente em bronquíolos (tubos muito
pequenos).
E

3
77 AN

90
2.3 Abdômen

Geralmente a lesão abdominal que gera a morte precoce é resultado da


59
I
C

perda massiva de sangue em lesões penetrantes ou fechadas. Todo paciente em


38
LI

choque deve ser considerado um possível portador de hemorragia intra-abdominal.


As complicações desse tipo de lesão ocorrem por passarem despercebidos
traumas no fígado, baço, cólon, estômago o pâncreas. Faz-se desnecessário
investigar a extensão da lesão abdominal, pois, no ambiente de APH, o importante
04

é apenas reconhecer a possibilidade de lesão e efetuar o transporte da vítima até


a unidade hospitalar mais próxima.

2.3.1 Anatomia

É no abdômen que estão localizadas os principais vasos do sistema


circulatório, além dos principais órgãos do sistema digestório, endócrino e
urogenital.

A cavidade abdominal está dividida em duas partes, em reação ao peritônio:


a cavidade peritoneal, que contém fígado, baço, vesícula biliar, estômago, parte do
intestino grosso e a maior parte do intestino delgado, além dos órgãos reprodutores

17
femininos; e o espaço retoperitoneal, que contém os rins, os ureteres, a veia cava
inferior, a aorta abdominal, o pâncreas, a maior parte do duodeno, o colón
ascendente e descendente e o reto, além dos órgãos reprodutores masculinos.

Uma parte do abdômen está localizada na parte inferior do tórax. Essa região
é denominada toracoabdominal e seus órgãos mudam a relação de acordo com o
movimento respiratório do corpo humano.

I
N
A parte inferior do abdômen está protegida pela pelve. Entre a caixa torácica

ZO
e a pelve, a proteção fica a cargo dos músculos abdominais e de alguns tecidos
moles.

N
Para a avaliação de pacientes, o abdômen é dividido em quatro partes,

A
quadrantes formados que traçam duas linhas: uma no meio, da ponta do apêndice
FR
xifoide até a sínfise púbica, e a outra perpendicular a essa linha média no nível do
umbigo. O quadrante superior direito inclui o fígado e a vesícula biliar; o superior
esquerdo, o baço e estômago; e os quadrantes inferiores contêm principalmente
E

3
intestinos, ureteres e, nas mulheres, os ovários.
77 AN

90
59
I
C
38
LI
04

Fonte: http://www.poderdasmaos.com.br/quadrantes-abdominais/

2.3.2 Fisiologia
Para facilitar, divide-se o abdômen em vísceras ocas, sólidas e vasculares.
Ao serem lesionados, os órgãos sólidos sangram enquanto as vísceras ocas
extravasam seu conteúdo para a cavidade periotoneal ou ainda na cavidade

18
retroperitoneal. O extravasamento de sangue dentro da cavidade abdominal é, em
geral, a causa primária do choque hemorrágico. Geralmente essas lesões são
causadas por trauma penetrante ou fechado, lesionando múltiplos órgãos.

As avaliações das lesões abdominais são bastante complexas, por isso é


importante atentar para a cinemática do trauma para fazer a suspeição da lesão.

2.4 Membros superiores

I
N
Com a evolução da raça humana e a aquisição da posição ereta pelo

ZO
homem, os membros superiores deixaram de ter a função de sustentação e
equilíbrio e passaram a desenvolver um sistema de alavancas e articulações que

N
apresentam um variado posicionamento, que permite sofisticadas tarefas de

A
exploração, apreensão e manipulação, favorecendo o trabalho em si.
FR
Os membros superiores são: cintura escapular (escápula e clavícula),
úmero, rádio e ulna (ossos dos braço), esqueleto da mão e punho e o quirodáctilo
(dedos das mãos).
E

3
77 AN

90
2.4.1 Ossos

 Clavícula e escápula – Serve como um elo entre o membro superior e o


59
I
C

esqueleto axial (tronco);


38


LI

Úmero – osso longo que se articula com a cavidade glenoide da escápula


em sua parte superior e na inferior com os ossos do antebraço;
 Rádio e ulna – ossos do antebraço, longos e situados lado a lado, rádio
lateral e ulna medial, unidos por uma membrana interóssea. É importante
04

salientar que somente o rádio participa da articulação com os ossos do


punho;
 Mão e punho – Podem ser divididos em três partes:

a. Carpos: oito ossos dispostos em duas fileiras – proximal (escafoide,


semilunar, piramidal e pisiforme) e distal (trapézio, trapezoide, capitato e
hamato);

b. Metacarpo: formado por cinco ossos, é o esqueleto da mão propriamente


dito;

c. Falanges: são o esqueleto dos dedos, proximais, médias e distais.

19
2.4.2 Músculos
Para facilitar o estudo dos músculos dos membros superiores, estes foram
divididos em três partes: músculos do ombro, do braço e do antebraço e mão.

 Músculos do ombro – Músculo peitoral maior (considerado músculo do


tórax), músculo peitoral menor, músculo subclávico, músculo sudescapular,
músculo deltoide, músculo supraespinhal, músculo infraespinhal, músculo

I
redondo menor, músculo redondo maior, músculo latíssimo do dorso;

N
 Músculos do braço – Músculo bíceps-braquial, músculo corabraquial,

ZO
músculo braquial, músculo tríceps braquial, músculo ancôneo;
 Músculos do antebraço e mão – Músculo pronador redondo, músculo flexor

N
radial do carpo e músculos da mão.
A
FR
E

3
77 AN

90
59
I
C
38
LI
04

Fonte: https://anatomia-papel-e-caneta.com/membros-superiores/

2.4.3 Principais vasos


A principal artéria que vasculariza o membro superior é contínua, um vaso único
que, durante seu trajeto, recebe vários nomes, dependendo da região que passa:
artéria subclávica, axilar, braquial, radial e a ulnar.

20
2.5 Membros inferiores

Esse é o conjunto de membros responsáveis pela locomoção, equilíbrio e a


sustentação do corpo humano. É uma região de transação, pois é onde se dá o
encontro do quadril com o tronco. Os demais componentes são considerados livres,
uma vez que realizam seus próprios movimentos. A coxa está abaixo do quadril e
estende-se até o joelho, onde encontra a perna e vai até a articulação do tornozelo

I
e, por fim, o pé.

N
ZO
2.5.1 Ossos
A cintura pélvica liga os membros inferiores ao tronco humano é essa

N
estrutura que permite a locomoção.

A
Fora os ossos do quadril, ílio, ísquio e púbis, é importante conhecermos:
FR
 Fêmur, maior osso do corpo humano o mais forte e o mais pesado,
localizado na coxa;

E

Patela, tíbia e fíbula, os ossos da perna;


3
77 AN

 Ossos tarsais, 7, localizados na parte superior e posterior do pé;


90

 Ossos metatarsais, 5, na região mediana do pé;


59


I

Falanges, 14, localizadas nos dedos dos pés.


C
38
LI
04

Fonte: https://anatomia-papel-e-caneta.com/membros-inferiores/

21
2.5.2 Músculos
São os músculos que permitem a realização dos movimentos. Os músculos
dessa região são mais fibrosos e mais fortes, pois auxiliam na sustentação e na
locomoção.

 Músculos do quadril – psoas maior, psoas menor, glúteo máximo, médio e

I
N
mínimo;
 Músculos da coxa – sartório, pectíneo e bíceps femoral;

ZO
 Músculos da perna – tibial anterior, extensor longo dos dedos e flexor longo
dos dedos;

N
 Músculos do pé – extensor curto dos dedos, abdutor do hálux e interósseos
plantares.
A
FR
O sartório, localizado na coxa, é o maior músculo do corpo humano com
aproximadamente 50 cm , variando conforme a altura do indivíduo.
E

3
77 AN

2.5.3 Principais vasos


90

São eles o arco venoso dorsal do pé, a tibial anterior, a tibial posterior, a
59
I

fibular peroneal, a poplítea, a femoral, a safena magna, a safena parva, a ilíaca


C

externa e as veias ilíacas comuns, as quais se dividem em sistema venoso profundo


38
LI

e superficial.

2. Principais Sistemas
04

3.1 Sistema esquelético


Para o profissional do APH, é importante estar atento para três
considerações primárias em relação às lesões do sistema esquelético:

1. Não se deixar impressionar pelos traumas graves que não ameacem a


vida;
2. Perceber as lesões fatais;
3. Reconhecer o mecanismo das lesões esqueléticas.

22
Deve-se levar em consideração também a agilidade do transporte versus o
benefício da imobilização do trauma.

3.1.1 Anatomia e fisiologia


O corpo humano totalmente desenvolvido tem cerca de 206 ossos, sendo o
esqueleto dividido em duas partes: o esqueleto axial e o esqueleto apendicular. O

I
N
axial corresponde aos ossos da parte central do corpo humano, junto com o crânio,
coluna, esterno e costelas; o apendicular é formado pelos ossos das extremidades

ZO
superiores e inferiores, cintura escapular e pelve (sem o sacro).

N
Consideramos também neste item os músculos esqueléticos, que são

A
aqueles que movem o sistema esquelético. Outra estrutura importante é o tendão,
FR
que é uma faixa de tecido fibroso, duro e inelástico que faz a conexão do músculo
com o osso. E ainda há o ligamento, que é uma fixa de tecido fibroso e duro que
liga um osso ao outro, mantendo as articulações unidas.
E

3
77 AN

90
59
I
C
38
LI
04

Fonte: https://escolakids.uol.com.br/ciencias/sistema-esqueletico.htm

3.1.2 Coluna vertebral

É composta por 33 ossos, denominados vértebras e tem como principal


função facilitar os movimentos do corpo humano e dispersar as forças impostas
pela cabeça e pelo tronco na pelve, protegendo o sensível tecido neurológico da
medula espinhal.

23
Com exceção da primeira e segunda vértebra superiores e das vértebras
sacrais e coccígeas, todas elas têm formato, estrutura e movimentação
semelhantes e são empilhadas de uma maneira que formam S, permitindo uma
extensa movimentação multidirecional, transmitindo também força.

A coluna se divide em cinco regiões, começando pela parte superior: região


cervical, torácica, lombar, sacral e coccígea. As vértebras são identificadas pela

I
primeira letra da região. Da cervical é a C1, lombar L1 e assim por diante.

N
ZO
Na parte superior, as 7 primeiras vértebras são as da região cervical, que
têm como função sustentar o crânio e são flexíveis para permitir a movimentação

N
total da cabeça. Na sequência, estão as 12 vértebras da região torácica, que é mais
rígida e assim permite menor movimentação. Abaixo, estão as 5 vértebras
A
lombares, que são flexíveis e permitem movimentação em várias direções. E as 4
FR
vértebras coccígeas se fundem e formam o cóccix, chamado osso da cauda.

Ligamentos e músculos unem a coluna da base do crânio até a pelve,


E

3
formando uma rede que embainha toda a coluna, dando estabilidade e permitindo
77 AN

90

a movimentação. Se essas estruturas de tecido mole forem rompidas, pode ocorrer


uma movimentação excessiva das vértebras, o que pode resultar em um
59
I
C

deslocamento, estreitando os espaços e podendo causar uma lesão espinhal.


38
LI

3.1.3 Medula espinhal

É uma coleção de neurônios que carregam os sinais de saída e de chegada


entre o encéfalo e o resto do corpo. Ela é contínua e coberta por 3 membranas,
04

mais conhecidas como meninges: pia-máter, aracnoide-máter e dura-máter, da


mais interna até a mais externa. A medula espinhal é constituída por uma
substância cinzenta e uma substância branca. A cinzenta é constituída
principalmente pelos corpos de células nervosas, e a branca, pelos axônios
mielinizados que são os responsáveis pela comunicação dos impulsos nervosos.

Conforme a medula espinhal desce, pares de nervos se ramificam para cada


vértebra, estendendo-se por todo o corpo humano. São 31 pares de nervos
raquidianos que são nominados de acordo com o nível a partir do qual surgem.

24
3.2 Sistema cardiorrespiratório

É a junção do sistema cardíaco e respiratório que compõem esse sistema.


Essa combinação se justifica ante ao fato de que é o sangue que transporta o
oxigênio para todas as partes do corpo onde ele é essencial.

O sistema tem um órgão impulsionador, o coração, órgão musculoso com o


tamanho aproximado de uma mão fechada, localizado entre os pulmões, mais na

I
N
parte inferior esquerda.

ZO
3.2.1 Anatomia e fisiologia do coração

O coração é um órgão musculoso que está localizado no meio do mediastino,

N
envolvido em uma espécie de saco seroso chamado pericárdio e tem como função
A
bombear o sangue pelo corpo humano através do sistema circulatório.
FR
Possui cinco superfícies distintas: base (posterior), diafragmática (inferior),
esternocostal (anterior), e superfícies pulmonares direita e esquerda.
E

3
77 AN

Ele também possui várias margens: direita, esquerda, superior e inferior:


90

A margem direita é a menor parte do átrio direito, que se estende entre as


59
I

veias cavas superior e inferior. A margem esquerda é formada pelo ventrículo


C

esquerdo e pela aurícula esquerda. Já a margem superior na vista anterior é formada


38
LI

por ambos os átrios e suas aurículas. A margem inferior é marcada pelo ventrículo
direito.
04

Fonte: https://www.coladaweb.com/biologia/corpo-humano/coracao

25
Na parte interna, a divisão se dá em quatro câmaras cardíacas: dois átrios e
dois ventrículos, ambos direitos e esquerdos.

O átrio e ventrículo direitos recebem sangue desoxigenado das veias sistêmicas e


o bombeiam para os pulmões, e o átrio e ventrículos esquerdos recebem sangue
oxigenado dos pulmões e o bombeiam para os vasos sistêmicos, fazendo a
distribuição para todo o corpo.

I
N
3.2.2 Vasos sanguíneos

ZO
Têm sua principal função na distribuição do sangue para as diversas áreas
e células do corpo humano, tornando-se então a rodovia da fisiologia da circulação.

N
As principais são: aorta (maior arteira do corpo humano), pulmonar (parte do
A
coração para o pulmão), renais (irriga os rins), femorais (prolongamento da aorta
FR
principal responsável pela irrigação sanguínea dos membros inferiores), carótidas
(em cada lado do pescoço, garantem a chegada do sangue ao cérebro) e as radiais
E

(garantem a irrigação dos membros superiores).


3
77 AN

90

3.2.3 Sangue
59

É a parte liquida do sistema circulatório, e corresponde a aproximadamente


I
C

7% do peso corporal, contendo hemácias, para realizar o transporte do oxigênio;


38
LI

leucócitos e anticorpos, para combater as infecções; e plaquetas para garantir a


coagulação.

A quantidade de líquido no sistema vascular deve ser igual à capacidade dos


04

vasos sanguíneos para assim preencher adequadamente o reservatório e manter


a perfusão adequada ao corpo humano. Qualquer variação nessa condição afeta o
fluxo sanguíneo positiva ou negativamente.

É importante salientar outros dois movimentos de líquidos: o movimento


líquido entre o plasma e o líquido intersticial (através dos capilares) e o movimento
entre os compartimentos intracelular e intersticial (através das membranas
celulares).

3.3 SISTEMA ENDÓCRINO

É o sistema produtor dos hormônios, que são os mensageiros que circulam


no corpo humano.

26
Tem como principal função manter a homeostasia (capacidade do organismo
em se manter equilibrado). Entre as várias atividades realizadas pelos hormônios,
pode-se citar o crescimento, a regulação e o funcionamento de algumas estruturas
do corpo humano, como a glicose, por exemplo. Atua na regulação do sono e no
metabolismo celular.

I
N
3.3.1 Sistema nervoso

ZO
Está localizado no interior craniano, no encéfalo e no canal vertebral, na
medula espinhal. Nele encontram-se duas regiões distintas: a cinzenta, constituída

N
principalmente pelos corpos de células nervosas, e a branca, pelos axônios

A
mielinizados, que são os responsáveis pela comunicação dos impulsos nervosos.
FR
O sistema nervoso é formado por 12 pares de nervos cranianos e 31 pares
de nervos espinhais.
E

3
Tem como principal função controlar as ações voluntárias (correr, falar,
77 AN

90

andar etc.) e involuntárias (respiração, digestão, batimentos cardíacos etc.) que o


corpo realiza. Ele representa a rede de comunicação do organismo.
59
I
C

O sistema nervoso possui três funções básicas:


38
LI

 Sensitivas: diversos estímulos e informação são captados por receptores


sensitivos, também conhecidos como neurônios receptores, que estão pelo
corpo;
04

 Integradoras: células nervosas, chamados de neurônios conectores, fazem


a análise, processamento e armazenamento dos estímulos e informações
captados pelos receptores sensitivos;
 Motoras: essa última fase é executada pelos neurônios motores.

3.3.2 Sistema nervoso autônomo, simpático e parassimpático

É o conjunto de complexo de neurônios que fazem o controle involuntário da


hemóstase (reação bioquímica que mantém o estado líquido do sangue, evitando
coagulação) interna do organismo. As células do sistema nervoso autônomo estão

27
presentes em todas as vísceras e seu funcionamento interfere diretamente no
funcionamento delas, influenciando no controle metabólico do corpo humano.

O SNA apresenta dois tipos de neurônios que interagem entre si. Os


neurônios pré-ganglionares que formam sinapses com neurônios pós-ganglionares
nos gânglios, que decoram os dois lados da medula espinhal. O neurônio pós-
ganglionar forma uma sinapse com células efetoras.

I
N
O SNA está dividido em dois ramos: o sistema nervoso simpático e o sistema

ZO
nervoso parassimpático.

Os neurônios do sistema nervoso simpático surgem das regiões torácica e

N
lombar da medula espinhal enquanto os neurônios parassimpáticos estão

A
associados às regiões cranial e sacral.
FR
O sistema nervoso simpático é geralmente ativado em resposta a
emergências, especialmente aquelas que ameaçam a sobrevivência. Já o
E

parassimpático está relacionado ao aumento do crescimento e da reprodução.


3
77 AN

90

O SNA também tem a função de controlar o sistema cardiovascular. É ele


que controla as batidas do coração e a dilatação dos vasos, influenciando, assim,
59
I
C

potencialmente o controle da pressão arterial.


38
LI

A ativação do sistema nervoso simpático, por exemplo, pode retardar a


digestão e desviar o fluxo sanguíneo para o músculo esquelético. Pode prejudicar
a excitação sexual e interromper a maioria das funções não primordiais do corpo.
04

Já o sistema nervoso parassimpático aumenta as secreções digestivas, os


movimentos peristálticos, estimula os ciclos normais de atividade circadiana, o sono
profundo e ativa os mecanismos de reparo do corpo.

Em boa parte dos casos, a resposta fisiológica do sistema nervoso


parassimpático está em oposição direta aos resultados mediados pelo sistema
nervoso simpático.

28
I
N
ZO
N
Fonte: https://brasilescola.uol.com.br/biologia/sistema-nervoso.htm

A
FR
Na prática, o sistema nervoso simpático influencia a resposta de luta ou fuga,
e o sistema nervoso parassimpático está relacionado com as respostas de
E

3
alimentação e reprodução ou de descanso e digestão.
77 AN

90

3.3.3 Sistema nervoso central


59
I

O sistema nervoso central é formado pelo encéfalo e pela medula espinhal


C

e é protegido por três membranas, as meninges. Tem como seu órgão mais
38
LI

importante o cérebro, e assim é o sistema responsável pela manutenção de nossos


sinais vitais involuntários. A medula espinhal fica responsável por conduzir os
impulsos nervosos do restante do corpo para o cérebro e coordenar os atos
04

involuntários (reflexos).

3.3.4 Sistema nervoso periférico

O sistema nervoso periférico é formado por nervos que têm sua origem no
cérebro e na medula espinhal. Sua função é fazer a conexão do sistema nervoso
central e o restante do corpo humano. Ele apresenta dois tipos de nervos: os
cranianos, cuja função é transmitir mensagens sensoriais ou motoras,
especialmente para as áreas da cabeça e do pescoço, e os raquidianos, que são
formados de neurônios sensoriais, que recebem estímulos do ambiente, e
neurônios motores, que levam impulsos do sistema nervoso central para os
músculos ou para as glândulas.

29
3.4 SISTEMA TEGUMENTAR
É o conjunto de estruturas que compõem o revestimento externo dos seres
vivos. Nos vertebrados, é chamado de pele, que tem como principal função a
proteção do organismo, impedindo ou dificultando a entrada de microrganismos
nocivos ao corpo. É o maior sistema do corpo humano, sendo responsável por
aproximadamente 16% do nosso peso total.

I
3.4.1 Anatomia e fisiologia

N
ZO
A pele é o maior órgão do corpo humano e tem múltiplas funções, sendo a
principal a proteção, mas também é ela que permite a termorregulação e a

N
adaptação metabólica, por exemplo.

A
É formada por duas camadas: a epiderme (camada mais externa derivada
FR
da ectoderme com capacidade regenerativa) e a derme (mais profunda e 10 vezes
mais espessa que a epiderme).
E

O sexo e a idade são fatores que determinam a espessura da pele, o que


3
77 AN

90
explica a razão pela qual cada pessoa pode sofrer queimaduras de diferentes
profundidades, mesmo sendo expostas ao mesmo agente queimante.
59
I
C
38
LI
04

Fonte: https://www.todamateria.com.br/sistema-tegumentar/

30
4. Sistemas Complementares

4.1 Sistema digestório

Também chamado de sistema digestivo, por meio de processos mecânicos


e químicos, tem como principal função processar a transformação dos alimentos

I
N
para assim prover a nutrição do corpo humano.

ZO
É composto pelo tubo digestório alto (boca, faringe e esôfago), tubo
digestório médio (estômago e intestino delgado), tubo digestório baixo (intestino

N
grosso) e os órgãos anexos (glândulas salivares, dentes, língua, pâncreas, fígado
e vesícula biliar)
A
FR
E

3
77 AN

90
59
I
C
38
LI
04

Fonte: https://www.auladeanatomia.com/novosite/pt/sistemas/sistema-digestorio/

A função do sistema digestório é, na prática, prensar, mastigar e deglutir os


alimentos, absorver os nutrientes e expulsar os resíduos por meio das fezes,
provendo assim a nutrição de todo o organismo.

4.2 Sistema genital

Este é o sistema que garante a reprodução, sendo ainda o único que difere
para o sexo feminino e sexo masculino. Nele encontramos estruturas que
produzem os gametas, que garantem a cópula e, no caso do sistema reprodutor
feminino, o órgão em que é gerado o bebê.

31
O sistema reprodutor masculino é composto por órgãos externos e internos.
Externamente: o pênis (responsável pela cópula e que se caracteriza por possuir
um tecido erétil que se enche de sangue no momento da excitação sexual) e o saco
escrotal (onde estão localizados os testículos)

Internamente, os órgãos do sistema reprodutor masculino são: testículo (é a


gônada masculina, onde são formados os espermatozoides), epidídimo (acima dos

I
testículos onde os espermatozoides completam sua maturação e adquirem

N
mobilidade), ducto deferente e ducto ejaculatório (vaso que parte de cada epidídimo

ZO
e encontra-se com o ducto da vesícula seminal, formando os ductos ejaculatórios)
e por fim a uretra (pela uretra saem o sêmen e a urina). Além dessas estruturas,

N
existem as glândulas acessórias (vesículas seminais, próstata e glândulas
bulbouretrais) A
FR
O sistema genital feminino também apresenta órgãos internos e externos:

Os órgãos externos formam a chamada vulva e são constituídos por lábios


E

3
maiores, lábios menores e clitóris.
77 AN

90

Os órgãos internos são: ovários (onde são produzidos os ovócitos) tuba


uterina (são dois tubos que se estendem dos ovários até o útero), útero (órgão
59
I
C

muscular em forma de pera onde o bebê se desenvolve) e vagina (onde o pênis se


38
LI

insere na hora da cópula e é também o canal por onde o bebê sai na hora do parto)

5. Sinais Vitais
04

O conjunto completo dos sinais vitais compreende a pressão arterial,


frequência e qualidade do pulso, frequência e profundidade da ventilação,
saturação de oxigênio e cor e temperatura da pele. Em uma vítima crítica, essa
avaliação deve acontecer em um intervalo de 3 a 5 minutos. Por essa razão, a
importância do conhecimento e prática ampla dessas medições.

32
5.1 Pressão arterial

Pode ser definida como a pressão que o sangue em circulação exerce nas
paredes de nossas artérias, quando impulsionado pelo coração. A pressão arterial
é composta por dois números. O primeiro, que é o maior valor, representa a pressão
sistólica, ou seja, a pressão do sangue quando ele é bombeado para o corpo, e o
valor menor é a pressão diastólica e representa a pressão no momento em que o

I
coração relaxa entre um batimento e outro. Esses valores são medidos em

N
milímetros de mercúrio.

ZO
Uma pressão considerada ideal é aquela que está com valores de 120/80
mmHg.

N
Quando os valores atingem mais de 140/90mmHg, o paciente está com
A
hipertensão, um problema grave que pode ocasionar infartos, acidentes vasculares
FR
encefálicos e insuficiência renal.
E

3
77 AN

90
59
I
C
38
LI
04

Fonte: http://urbe9.org/index.php/portfolio/sinais-vitais

5.2 Pulso

Para uma avaliação da frequência cardíaca, coloque os dedos indicador e


médio na artéria radial (vítima consciente), que está localizada na parte interna do
pulso, próxima ao polegar, e sinta a pulsação. Os batimentos devem ser verificados
durante um minuto ou por 30 segundos e geralmente adultos em condições normais
têm entre 60 e 80 batimentos cardíacos por minuto. Caso não seja possível,
podemos verificar na artéria carótida (vítima inconsciente), localizada na lateral do
pescoço, também utilizando os dois dedos e pressionando. Mas cuidado para não

33
apertar demais, pois dessa forma poderá prejudicar a medição. Então, pressione
apenas o suficiente para sentir o batimento. O pulso deve ser aferido sempre do
mesmo lado em que você se encontra.

Vale ressaltar que essa taxa de pulso pode flutuar e aumentar com exercício,
doença, lesão e emoções, e que mulheres com 12 anos ou mais tendem a ter
batimentos cardíacos mais rápidos que os homens. Atletas que fazem muito

I
condicionamento cardiovascular podem ter frequência cardíaca próxima a 40

N
batimentos por minuto e não apresentam problemas.

ZO
5.3 Respiração

N
Frequência respiratória é o número de ciclos respiratórios, (o conjunto de um

A
movimento inspiratório, ou inspiração, com o subsequente movimento expiratório,
FR
ou expiração) que um ser humano completa num lapso específico de tempo, sendo
mais comum ser expressa em respirações por minuto, ou seja, é o número de
respirações que uma pessoa realiza por minuto. Portanto, é importante verificar os
E

3
valores de cada grupo antes de realizar qualquer procedimento.
77 AN

90

Os valores esperados considerados normais são:


59
I


C

Mulher: 18 a 20 mpm;

38
LI

Homem: 16 a 18 mpm;
 Criança: 20 a 25 mpm;
 Lactantes: 30 a 40 mpm.
04

No atendimento pré-hospitalar, podemos considerar o valor esperado 12 –


20 mrpm.

5.4 Temperatura

A temperatura pode ser verificada por via oral usando o termômetro de vidro
ou os termômetros digitais mais modernos, que usam uma sonda eletrônica para
medir a temperatura corporal.

A temperatura corporal normalmente varia de 36,4 °C a 37,6 °C para um


adulto saudável. A tabela para a aferição da temperatura segue a seguinte
terminologia:

34
 Hipotermia: Temperatura abaixo de 35 °C
 Afebril: 36,4 °C a 37,6 °C;
 Febril: 37,7 °C a 38,9 °C;
 Pirexia: 39 °C a 40 °C;
 Hiperpirexia: acima de 40 °C.

A temperatura corporal normal de uma pessoa varia dependendo do sexo,

I
N
atividade recente, consumo de alimentos e líquidos, horário do dia e, nas mulheres,
com o estágio do ciclo menstrual.

ZO
N
A
FR
E

3
77 AN

90
59

Fonte: https://sandramerlo.com.br/gagueira-e-temperatura-corporal/
I
C
38
LI

5.5 Dor
04

A avaliação da dor deve ser visível no atendimento de APH. Assim, os seus


registros juntamente com os demais sinais vitais garantem imediata intervenção e
reavaliações subsequentes avaliação da dor. O registro sistemático e periódico e
sua intensidade é fundamental para que se acompanhe a evolução dos pacientes
e se realizem os ajustes necessários até o acolhimento na casa hospitalar.

A inclusão da avaliação da dor junto aos sinais vitais pode assegurar que
todos os pacientes tenham acesso às intervenções para controle da dor da mesma
forma que se dá o tratamento imediato das alterações dos demais sinais vitais.

35
O padrão da dor é avaliado pelo uso de palavras que descrevem o seu ritmo.
O paciente deve ser questionado se a dor é constante, intermitente ou breve, e
ainda sobre a data e horário do seu início e quando foi o último episódio.

6. Sinais de Vida
6.1 Sinais de vida

I
N
O profissional do APH deve estar preparado para os sinais físicos do corpo

ZO
humano que caracterizam da morte. A consciência pode diminuir. Os membros
inferiores e superiores começam a esfriar e ganham uma coloração manchada e
azulada. A respiração fica irregular. Confusão e sonolência podem ocorrer nas

N
últimas horas. Esses são sinais de que a vida está terminando.
A
FR
E

3
77 AN

90
59
I
C
38
LI

Fonte: https://pt.dreamstime.com/ilustra%C3%A7%C3%A3o-stock-cora%C3%A7%C3%A3o-vermelho-com-
sinais-de-vida-image78626283
04

As secreções na garganta ou o relaxamento dos músculos da garganta


provocam uma respiração ruidosa, denominada de estertor da morte. No
momento da morte, pode acontecer que alguns músculos se contraiam e que o
peito se mexa como se estivesse respirando. O coração pode ainda bater alguns
minutos depois de se interromper a respiração e pode ocorrer uma breve
convulsão.

Os últimos momentos da vida de uma pessoa podem ter um efeito


prolongado sobre os familiares, amigos e prestadores de cuidados. Quando
possível, a pessoa deve estar em uma área que seja pacífica e sossegada e
fisicamente confortável.

36
Referências bibliográficas
FISHER, V. M. R, et al. Nurses in the pre-hospital care: an approach on ethical

I
N
healthcare. Reme – Revista Mineira de Enfermagem, v. 10, n. 3, p. 253-258,

ZO
jul./set., 2006.

MELDAU, D. C. Conheça o sus e seus princípios fundamentais. CSRJ – Conselho

N
Estadual de Saúde do Rio de Janeiro, S.d. Disponível em:
A
<http://www.conselhodesaude.rj.gov.br/noticias/577-conheca-o-sus-e-seus-
FR
principios-fundamentais.html>. Acesso em: 31 mar. 2021.

NAEMT – National Association of Emergency Medical Technicians. PHTLS –


E

3
Atendimento Pré-hospitalar ao traumatizado. 9. ed. Burlington, Massachusetts:
77 AN

90

Jones& Bartlett Learning, 2020.

BRASIL. Ministério da Saúde. Política Nacional de Atenção às Urgências.


59
I
C

Brasília: Ministério da Saúde, 2003.


38
LI
04

37

Você também pode gostar