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MEDICINA DE GRANDES RUMINANTES

EXPLORAÇÃO CLÍNICA Confinadas – Freestall: Tem como fatores


- Limitação de exames complementares; limitantes o conforto térmico, qualidade de
- Custo X Prognóstico; cama (se muito confortável a vaca deita) e
- Conhecimento da afecção X Controle. praça de alimentação (difícil controle).
O objetivo é tentar fazer o melhor Vaca gosta de rotina!!!
possível dentro das limitações e dinâmica do Canzil – vaca fica presa pelo pescoço para
produtor. comer, cada vaca tem seu espaço.
O conhecimento técnico favorece os Compost barn – vacas ficam mais soltas, cama
médicos veterinário que têm poucos recursos mais confortável (tem que virar a cama todos
a campo a chegar a uma conclusão e definir os dias, serragem)
um tratamento. Corte:
Controle: convencer o produtor a RS cruza gado zebuíno com gado de origem
investir em medidas de controle de afecções, europeia, o que faz com que os animais
para que a vaca não fique doente. sofram mais no verão. O ideal é que a
propriedade tenha quebra vento (tipo
Produção de leite barreira verde).
Confinamento – propósito de terminação (60
RS: criações pequenas, mão-de-obra familiar.
dias antes do abate, a fim de engordar os
Terneira→Novilha→Prenhez/Parição→Leite
animais). Cuidados: umidade e lodo.
Em pequenas propriedades as vacas podem
Creep grazing: o método que consiste em
chegar a 6 ou 7 parições.
permanecer os bezerros juntos às suas mães
Descarte: engordar a vaca e mandar para o
e têm acesso exclusivo a um piquete formado
abate.
com forrageiras de alto valor nutritivo,
pequeno porte e alta densidade, como
Produção de corte
azevém, aveia, tifton, milheto etc.
Machos:
Touro – reprodutor DOENÇAS DE SISTEMA LOCOMOTOR
Boi – engorda e abate
Terneiro (cria)→Crescimento
Casco
(recria)→Terminação (abate) Alta incidência – 5 a 50% de casos novos por
Fêmea: mês (o normal é 5%).
Novilha→Emprenha→Prenhez/Parição Descarte involuntário
(maior número de vezes)→Abate Queda na produtividade
Atraso na concepção
Sistema de produção X Bem-estar Custo com tratamento

animal
Intensificação da produção: maior
A pasto X Confinado concentração de animais por área, aumenta o
Vai depender da realidade da propriedade. É volume de dejetos (urina acidifica o
preciso considerar o stress calórico e o ambiente), manejo prejudicado (vaca fica
stress ambiental. mais tempo em pé), maior umidade, menor
Leite: higiene.
A pasto – Tem como fatores limitantes a
fonte de água e sombra. A falta de sombra é Doenças de casco são multifatoriais – manejo
um grande problema. alimentar, manejo ambiental, manejo dos
cascos e condições de confinamento.

Bianca Brum 2022/2


1 – Claudicação ausente: Postura normal,
Gado de leite mais acometido devido ao piso dorso retilíneo em estação e locomoção,
duro e ao confinamento. passos firmes com distribuição correta do
peso
Localização das lesões: 2 – Claudicação discreta: Quando caminha
68% no dígito lateral começa a encurvar a dorsal, apoios normais.
20% na região interdigital Postura normal em estação.
12% na linha medial 3 – Claudicação moderada: Postura arqueada
Osso sesamoide: provoca lesão de sola. em estação e locomoção, ligeira alteração de
passos.
Casco bovino cresce em torno de 5mm/mês. 4 – Claudicação moderada: Arqueamento do
Em gado confinado é recomendado dorso em estação e locomoção, assimetria
casqueamento. evidente do apoio poupando membros, menor
tempo de apoio do membro lesado. Bastante
Biomecânica da locomoção reação ao andar
A vaca, ao caminhar, joga todo o peso 5 – Claudicação acentuada: Incapacidade de
para frente, mas as lesões ocorrem mais na apoio ou de sustentação do peso do membro
parte posterior. Isto ocorre porque a parte lesado, relutância ou recusa para locomover-
anterior (escápula) vai servir como se.
amortecedor. Tratar as vacas de escore 2 e 3
Na parte posterior (sustentação de principalmente, pois são os casos mais fáceis
40% do peso corporal), vai carregar o coxo- de reverter (tratamento precoce). As vacas
femoral e dar mais atrito no casco. O peso da 4 e 5 provavelmente vão par descarte e
parte traseira é sustentado na parte lateral, devem ser tratadas depois das vacas com
por isso a maior incidência de lesões na parte escore 2 e 3.
lateral traseira. Estrutura esquelética
rígida. Menor capacidade de suportar os Doenças Infecciosas
efeitos da variação de peso DERMATITES PODAIS
As lesões na parte anterior ocorrem
mais na parte medial. Dermatite digital
Dermatite por umidade. Doença infecto-contagiosa;
Processo inflamatório da epiderme;
Fatores predisponentes Morbidade elevada;
Más condições de higiene; Condições precárias de higiene.
Alta umidade;
Falta de local confortável para os animais Agentes envolvidos: Espiroquetas,
deitares - Areia é um dos melhores sistemas Bacteroides spp, Campylobacter spp,
de cama em freestall, mas é pouco usada Fusobacteriumspp, Outros: Peptococcus spp,
devido ao custo. peptostreptococcus, ... Bacs anaeróbicas

Gado de corte tem menos problema de casco, Ocorre na banda coronária. A bactéria é
mas não está livre. proliferativa e invasiva (vai para dentro do
casco).
EXAME FÍSICO ESPECÍFICO Animais mais jovens são mais susceptíveis.
Exame de locomoção – escore 1 a 5

Bianca Brum 2022/2


Tem característica reativa, erosiva e (20mg/kg); Ceftioufur (2,2mg/kg).
proliferativa. Dificilmente vai ter uma boa ação.
Forma crônica: “verruga peluda”. Pedilúvio – Lincomicina, sulfato de cobre,
sulfato de zinco, formol, oxitetraciclina.
Tratamento:
Limpeza do casco, retirada do tecido Dermatite Necrótica/Flegmão Interdigital
necrosado, anestesia local com lidocaína ou Atinge a derme profunda;
lincomicina em pó. Podridão dos cascos / Necrobacilose
Formoped – spray de Monometilol Dimetil interdigital;
Hidantoína Causada por traumatismo ou por
Antibióticos parenterais – Oxitetraciclina consequência de Dermatite Interdigital.
(10-20mg/kg) Dose única; Tulatromicina Acentuado espaçamento entre as unhas /
(2,5mg/kg) Dose única; Florfenicol Coroa e bulbo intumescidos
(20mg/kg); Ceftioufur (2,2mg/kg). Processo inflamatório e difuso da pele.
Dificilmente vai ter uma boa ação.
Pedilúvio – Lincomicina, sulfato de cobre, Agentes envolvidos: Prevotella
sulfato de zinco, formol, oxitetraciclina. melaninogenicus + Fusobacetrium
necrophorum
Casos graves: descarte do animal ou cirurgia
de amputação de dígito. Hipertermia local, hiperemia, edema;
Torniquete de borracha; Aumento de volume acentuado;
Metacarpo ou metatarso; Claudicação acentuada;
Anestesia regional intravenosa (BIER) - 20 Queda brusca na produção.
ml de lidocaína sem vasoconstritor
CASOS GRAVES (SINAIS CLÍNICOS
Dermatite Interdigital SISTÊMICOS)
Inflamação e ulceração da epiderme Hipertermia;
interdigital; Inapetência;
Claudicação moderada/elevada; Redução no consumo de alimento;
Aglomeração, umidade, acúmulo de dejetos; Apatia.
Fragilidade do espaço interdigital;
Mesmos agentes da dermatite digital; Tratamento:
“Frieira”; Terapia antimicrobiana parenteral
Normalmente ocorre concomitante com a Oxitetraciclina (10-20mg/kg) 48h
digital. Florfenicol (20mg/kg) (48h)
Ceftiofur (2,2mg/kg) 24h
Tratamento: Antiinflamatório não esteroidal
Debridar alterações (com anestesia prévia) e
colocar bandagem com Cloridrato de Existe vacina para Fusobacterium.
tetraciclina em pó ou Lincomicina em pó ou
Spray de Monometilol Dimetil Hidantoína Prevenção:
Antibióticos parenterais – Oxitetraciclina Melhorar manejo
(10-20mg/kg) Dose única; Tulatromicina Identificar a lesão cedo e evitar que evolua.
(2,5mg/kg) Dose única; Florfenicol
Doenças Não Infecciosas

Bianca Brum 2022/2


Tratamento:
LAMINITE Casqueamento da unha comprometida;
Não é uma doença tão comum, é até Remover o tecido de granulação (anestesia
rara em bovinos. prévia);
Membros avermelhados, com calor e Antibiótico local + bandagem;
claudicação. Taco de madeira no dígito sadio (botinha –
coloca no casco sadio. Fica mais ou menos 20
ÚLCERA DE SOLA dias com o tamanco);
Inflamação localizada (sola) Acrílico auto polimerizável
Vacas mais magras tem mais problemas • Líquido acrílico (monômero
de úlcera de sola, pois têm menos metilmetacrilato)
amortecedor para o osso sesamoide. • Resina acrílica (polímero metil metacrilato)
Sequelas de laminite subclínica ????? Evitar o apoio com o dígito comprometido.
Degeneração solar
Dígitos laterais dos membros pélvicos HIPERPLASIA INTERDIGITAL
Claudicação intensa Reação proliferativa da pele do
• Hemorragia de sola (coberta de tecido subcutâneo;
córneo) Neoformação de tecido de consistência
• Perfurada – granulação e protrusão da firme;
derme Parte ou toda extensão do espaço
• COMPLICAÇÕES SECUNDÁRIAS interdigital.
Tendão flexor digital profundo
(tenossinovite) HIPERPLASIA DE SOLA
Artrite séptica Crônica
Conformação anormal (unhas muito
Fatores predisponentes: piso e alimentação abertas)
rica em carboidrato. Secundária: Traumatismo e Dermatite
ou flegmão.
Tratamento: Claudicação leve
Casqueamento da unha comprometida; Presença de miíase agrava o quadro
Remover o tecido de granulação (anestesia
prévia); Tratamento:
Antibiótico local + bandagem; Anestesia regional intravenosa (BIER)
Taco de madeira no dígito sadio (botinha – • Remoção cirúrgica
coloca no casco sadio. Fica mais ou menos 20 • Acepromazina (1%) 0,10 a 0,3 mg/kg
dias com o tamanco); • Contenção
Acrílico auto polimerizável • Lavagem do casco com água e sabão
• Líquido acrílico (monômero • Anti-séptico local
metilmetacrilato) Remover o tecido caloso
• Resina acrílica (polímero metil metacrilato) Remover o excesso de tecido adiposo
Evitar o apoio com o dígito comprometido. Bandagem compressiva
Trocar primeiro curativo (3 dias)
ABCESSO DE SOLA
Abcesso interno causado por pedrinha. CASQUEAMENTO
Pode usar lixadeira

Bianca Brum 2022/2


Aparar as pinças Mycobacterium tuberculosis
Contenção com corda e brete. Todas são M.t. com variantes

TUBERCULOSE BOVINA E BUBALINA – Micobacterias não tuberculosas (MOTT)


• MAIS (M. avium, M. intracellulare, M.
Sistema Respiratório
scrofulaceum)
• MAP (M. aviumparatuberculosis)
Doença infectocontagiosa de evolução
• outras (M. leprae, saprófitas)
crônica.
• 150 espécies
Caracterizada por lesões de aspectos
nodulares.
Características:
Linfononodos cabeça e tórax, pulmões,
• Bastonestes curtos (0,2-0,5 x 2-5μm)
fígado, pleura e peritônio
• Aerobios estritos
Acomete várias espécies de animais, podendo
• Complexa parede celular (40-60% lipídeos)
afetar o homem – ZOONOSE
• BAAR (bacilo álcool ácido resistente)
• Crescimento lento
Em humanos:
• Habilidade de sobreviver em meio hostil
É uma doença crescente.
Favorecida por condições sanitárias
Resistência:
precárias, crescimento desordenado da
• Instalações, fezes, solo e pastagens: 2
população, doenças imunossupressoras e
anos
pouco investimento em planos de controle.
• Água: 1 ano
• Carcaça: 10 meses
Bovinos no RS
A serra e a região metropolitana são as
Suscetibilidade:
regiões mais prevalentes. A doença é mais
Química
prevalente em gado de leite.
• Fenol 5%
• Hipoclorito de sódio 1% - pouca mat. org/
História
tempo prolongado
3000 a.c. – múmias com sinais de Mal de Pott
• Glutaraldeído, formol – tempo prolongado
Doença extremamente antiga
• Iodo – altas concentrações
Séc XIX – Mal do século, peste branca
• Ác peracético 0,35%
1846 – Klenke: História clínica de 16 crianças
Física
contaminadas com leite de vacas
• Luz
tuberculosas - Lesões parecidas
• Autoclavagem: 121oC por 15 min
1896/98 - T. Smith: 2 bacilos: humano x
• Pasteurização lenta: 65oC por 30 min.
bovino
• Pasteurização rápida: 72 a 74oC por 15-20
1901 – Robert Koch: identificação do bacilo
seg.
1911 – Três tipos de bacilos: aviário, bovino e
• Fervura
humano; Micobactérias saprófitas
(ambientais); homem é suscetível a TB
Epidemiologia
bovina: pulmonar extrapulmonar
Acomete bovinos e bubalinos - podendo
afetar outras espécies, (homem, gatos,
Etiologia
cachorros, animais silvestres, ...)
Família: Micobacteriaceae
Crianças e idosos são mais suscetíveis.
Gênero: Mycobacterium

Bianca Brum 2022/2


Reservatórios: Evolução crônica – manutenção de animais
Texugo, marsupiais, búfalos selvagens, mais velhos na propriedade
cervídeos (Pampa Safari), quati, capivara,
javali, GATOS. Patogenia
*Lavar botas com iodo ou amônia quaternária
ao visitar uma fazenda. 90% das infecções: via respiratória
Invasão dos alvéolos pelos bacilos
Distribuição mundial: Capturado por macrófagos
• Maior prevalência em países em Afluxo de mais macrófagos/linfócitos
desenvolvimento Sistema imune vence a tuverculose, ou
• Erradicada ou em erradicação em alguns Multiplicação M. var. bovis dentro dos
países desenvolvidos macrófagos
(silvestres) Formação de granuloma no foco inicial – se o
granuloma explode, a tuberculose se espalha.
Fontes de infecção: Desenvolvimento da resposta imune e de
Humanos, animais silvestres, ambiente e hipersensibilidade retardada
animais infectados. • Destruição de tecidos pelo próprio
Ar expirado, leite, colostro, saliva, fezes, hospedeiro (necrose caseosa)
urina, secreções... • Propagação do bacilo para o linfonodo
satélite
Vias de transmissão: • Lesões: Pulmões; Linfonodos bronquiais,
• Respiratória: aerossóis > 95% mediastinais, retrofaringeo, parotídeo,
• Digestiva: pastagens, água, alimentos, inguinais, mesentéricos
leite, colostro • Aspecto: amarelada (bovinos),
• Outras: sexual, cutânea, genital/ esbranquiçada (bubalinos)
transplacentária • Granulomatosa, purulento, cápsula fibrosa,
Principal forma é a respiratória (perdigotos) necrose caseosa, com ou sem calcificação
– precisa de 1 a 5 bacilos. • Histopoatologia: necrose de caseificação,
Via digestiva: rara - precisa pelo menos 5000 céls epitelioides, céls gigantes (Langhans),
bacilos. fibrose.
Pode haver infecção pelas duas vias. Principal linfonodo/1ª lesão: retrofaríngeo
→ mediastínico.
Como a doença entra em um rebanho? Linfonodo caseoso, com aspecto de areia,
Compra de animais pode ser pastoso, áreas de calcificação.
Proximidade de rebanhos infectados (foco) Linfonodos mesentéricos: pode ser
Participação em eventos contaminação digestiva.
Animais domésticos, homem e animais Lesão miliar: quando o granuloma rompe e
silvestres. afeta a carcaça.
Lesão no fígado: parece abcesso hepático.
Propagação e manutenção da doença:
Tipo de exploração: Sinais Clínicos
• leite/corte – gado de leite é mais • Animais infectados
suscetível • Assintomáticos
Tamanho do rebanho/densidade populacional • Animais doentes
Práticas sanitárias e zootécnicas

Bianca Brum 2022/2


A cada animal doente há 10 positivos para Tuberculina
tuberculose. Teste cervical simples: teste mais sensível
• Emagrecimento (no meio do foco)
• Hipertrofia ganglionar Teste cervical comparativo: específico para
• Dispnéia aviária X específico para bovinos – teste mais
• Tosse seca específico (menos falso positivo), utilizado
quando não se sabe o status da fazenda.
Controle e erradicação Teste de prega caudal: bovinos de corte, usa
• Importância para controle.
• Saúde pública
• Danos para a pecuária Postura do veterinário:
• Comércio internacional Segurança
Acreditar no diagnóstico
Manutenção da doença em humanos, consumo Organização
de produtos lácteos não tratados
termicamente, baixa notificação. Materiais necessários:

Danos para a Pecuária Planilha oficial


• Redução da eficiência produtiva - 10-15% Leitura no dia 0
(?) Leitura no dia 3
• Redução de 4% na produção de leite e %
gestação/IA (Mellado et al., 2015) Tuberculina no gelo a 2 a 8ºC
• Condenação de carcaças no frigorífico Aviária vermelha
• Morte de animais Bovina incolor
• Descarte prematuro de animais
Identificação do animal
PNCEBT Contenção
Tricótomo
Diagnóstico Seringas específicas – só libera 0,1 ml
IN 10/2017 intradérmico
Testes alérgicos de tuberculinização Cutímetro – marca na pele.
intradérmica.
Veterinário treinado e habilitado. Animal Cálculo de tuberculina
positivo marcado com um P e levado à abate Teste cervical simples em bovinos:
sanitário. ΔB (mm) Interpretação
Teste: procura quem já esteve infectado. Vai 0 a 1,9 Negativo
dar uma reação ao entrar em contato com o 2,0 a 3,9 Inconclusivo
teste. 2,0 a 3,9 (dor) Positivo
 4,0 Positivo
Quem diagnosticar?
Animais suspeitas clínica Teste cervical comparativo
Controle de Rebanho ΔB – ΔA (mm) Interpretação
Transporte de animais ≤ 1,9 Negativo
Admissão em exposições 2,0 a 3,9 Inconclusivo
 4,0 Positivo

Bianca Brum 2022/2


Se só a bovina é menor que 2,0, vai ser A fazenda é considerada livre de tuberculose
negativo. quando apresenta dois testes consecutivos
Inconclusivo: reteste em 60 dias com 100% dos animais negativos.
(comparativo).
Dois testes inconclusivos vai para abate. DOENÇAS MATABÓLICAS E CARENCIAIS

Deveres e obrigações: Período de transição


Marcar animais positivos; Até quando uma vaca dá leite??
Comunicar ao Serviço Oficial. Holandesa 2 a 3 anos, mas a quantidade cai
com o tempo.
Vantagens: Secar a vaca: não ordenhar ela. Isto se faz
Teste extremamente padronizado; dois meses antes do parto (para recuperar a
Pega infecções recentes; glândula mamária e produzir mais leite).
Simplicidade de execução. Transição é quando está seca e passa a
produzir leite (21 dias antes do parto e 21
Atenção: dias após).
• Exigência de duas viagens à propriedade A vaca começa a emagrecer para produzir
• Exigência de intervalo mínimo entre os leite (BEN – balanço energético negativo).
testes Todas as vacas de leite entram em BEN, o
• Animais pré e pós parto objetivo é diminuir o impacto.
• Animais em fase pré-alérgica Preparo pré-parto: mais ou menos 25 dias
• Ocorrência de animais anérgicos antes do parto, pois pode parir antes.
Gestação: não deve perder peso e não deve
Não se utiliza a vacina da tuberculose em ficar doente.
bovinos para não atrapalhar a leitura dos Distocia: aumenta a chance de doença
resultados da tuberculinização. metabólica e pode dar dificuldade
reprodutiva. Não vai produzir colostro de
Prevenção qualidade. É o principal motivo de retenção
Comprar testados / testar de placenta.
Evitar densidade elevada Vacas de alta lactação tem mais doenças
Ventilação/Higiene dos galpões, luz solar metabólicas que as demais. No RS há
Normas básicas de biosseguridade (Cercas) bastante incidência de doenças metabólicas.
Descarte de vacas mais velhas
Hipocalcemia - Paresia puerperal, paresia
Tratamento
obstétrica, febre do leite, febre vitular e febre
Não há tratamento
fria
PNCEBT NO RS
Desde dezembro de 2014 vigora a IN- A produção de leite demanda muito
SEAPI 02/2014 cálcio (Ca) e se a vaca não tem uma
1 – Interdição de focos de tuberculose e homeostasia de Ca, ela vai mobilizar das
brucelose reservas (ossos). Era conhecida como a
2 – Normas para saneamento dos focos Síndrome da vaca caída.
3 – Regramento do trânsito Redução dos níveis de Ca total e ionizado
Associada ao parto

Bianca Brum 2022/2


Clínica Hereditariedade.
Subclínica
- Prejuízos econômicos Interações:
Fator de risco para outras doenças Deslocamento de abomaso
Febre? BEN
Se a doença avança, vai acabar gerando Cetose
hipertermia. Lipidose hepática
Diagnóstico terapêutico: Neutrófilos (baixa imunidade)
Viu a vaca caída e dá cálcio pra ela. Doenças infecciosas
Vaca prostrada. Diminuição da produção de leite
Diminuição da fertilidade
Etiologia
Vacas de 2º a 5º parto – dão mais leite Consequências:
Primeiras 72h (48h principalmente) Metrite
Falha na homeostase do Ca Mastite
- vaca normal: 8-10 mg/dL Cetose
- sinais clínicos: 6,5 mg/dL Outras
- crítico: 4,5 mg/dL
Sinais clínicos
Doença clínica: 3 a 10%
Doença subclínica: 25 a 54% (precisa dosar) Estágio 1
Prejudica a ação dos neutrófilos e baixa a Estação
imunidade. Excitação e tetania
Produção de colostro usa muito cálcio. Hipersensibilidade e tremores
Redução da IMS (ingestão de matéria seca)
PTH – tira o cálcio do osso, reabsorção de Ca TR normal
nos rins e a nível intestinal (vit. D).
Altos níveis – acréscimo de cálcio nos ossos, Estágio 2
excreção renal e intestinal (calcitocina). Decúbito esternal
Alta herdabilidade genética. Apatia
Quando a vaca começa a produzir o colostro, Cabeça no flanco
a demanda de cálcio é muito alta e não dá Pulso fraco
tempo do corpo fazer a compensação TR baixa inicialmente – depois normaliza e
hormonal. aumenta (contaminações secundárias)

Fatores de risco: Estágio 3


Idade Decúbito lateral
Níveis de produção Comatosa
Consumo de cálcio – calcitocina ativada no Membros estendidos
momento que vai precisar ativar o PTH. Timpanismo (falta de Ca para contração do
Deve-se fazer a restrição de cálcio. rúmen e não consegue eructar)
Desequilíbrios alimentares
Equilíbrio Ca/P Diagnóstico
Raca – Jersey (menores receptores de vit. D Sinais clínicos e epidemiologia
intestinal) Exame clínico

Bianca Brum 2022/2


Decúbito prolongado – mau prognóstico Oxidação de AG no fígado
Diagnóstico diferencial e terapêutico Excedentes de Acetil-CoA

Tratamento Perda progressiva de peso após o parto. Nem


Levantar a vaca sempre a vaca está magra, as vezes só
Se precisar derrubar a vaca, deixar o rúmen diminui o ECC.
para cima (lado esquerdo)
Metabolismo ruminal
– Gluconato ou Borogluconato de cálcio 15 a CHOs
25 g/Kg IV - vaca caída Ác. Propiônico (20%):
Ex: oxalato→glicose→lactose→glicogênio (ciclo
700kg X 20g = 14.000g de Krebs)
100ml ------ 2.000 g Ác. Acético (70%) e Ác. Butírico (10%):
200ml ------ 4.000 g acetato→gordura (com oxalato)→energia
2000 g. ---- 100ml (sem oxalato)→corpos cetônicos (NEFAs -
14.000g --- x Ácidos graxos não-esterificados)
X= 700 ml
Veias: jugular e epigástrica Etiologia:
Esgotamento das reservas corporais
Tratamento suporte: Síntese de lactose
– Glicose 50% 500 mL IV Mais frequente entre 2ª e 6ª lactação
– Dexametasona 20-40 mg/Kg IV Desafio muito grande para reprodução
– Formiato de Ca 170 g VO - manutenção Diretamente ligada a nutrição
– Cálcio coloidal 1 a 2g por animal SC – Prevalência no BR: mais comum em fazendas
manutenção tecnificadas
- Cetose clínica (3-7%) (8-34%)
Prevenção - Cetose subclínica (26-60%)
– Baixo Ca no pré parto (< 14 – 22 g/d) Maioria dos casos 60 dias de lactação
– Suplemento de Vit D (principal 10-30 dias).
– Dieta acidogênica (aniônica) – mobiliza
troca de osteoblastos por osteoclástos Cetose tipo I
(-100 (-70) a – 200 (-150) meq/Kg MS) • Primária (subconsumo)
– Monitorar pH urinário – (5,5 – 6,2) • Secundária (doenças)
– Evitar ordenhas completas (em estágio 1)
– ECC 3 – 3,5 (escore muito alto aumenta a Cetose tipo II
chance de distocia) Espontânea

Cetose – Síndrome da vaca gorda Cetose butírica


Definição: Alimento estragado
Aumento anormal de corpos cetônicos
(sangue, urina e leite) Fatores de risco
–Beta Hidroxibutirato (BHB) • Idade
–Acetoacetato • Nível de produção
–Acetona • BEN (Balanço energético negativo)
–Isopropanol • Período seco longo

Bianca Brum 2022/2


• Hipocalcemia Subclínica – entre 1,2 a 2,9 mmol/L BHB
• ECC alto ao parto Sinais inespecíficos
• Retenção de Placenta Verificar corpos cetônicos
• Doenças que causam anorexia
Tratamento
Perdas econômicas Glicose 50% -250 a 500 mLIV
Descarte involuntário de animais Glicocorticóides–5 a 20 mg IV ou IM 3 dias
Custos com tratamentos Insulina –250 UI IM a cada 24-48 hs
Aumento de doenças peri-parto Propilenoglicol–300 a 500 mLVO5 dias
• Metrite Glicerol –300 mLVO4 dias
• DA Drench –VO
• Mastite - Propilenoglicol, Sacarose, Selenitode
Baixa na produção Sódio, Sulfato de Magnésio
• 5,3 kg/d de leite –Tranquilizantes (cetose nervosa
• 353 kg na lactação
Prevenção
Sinais Clínicos Controle da Condição Corporal
Sinais clínicos DIGESTIVOS (mais Somatotropina-BST: acelera o metabolismo
comuns) da vaca, faz com que a vaca produza mais
Perda de apetite leite, vacas não vão engordar. Começa a usar
Diminui produção com 90 dias de lactação, quando já superou o
Perda ECC BEM.
Movimento ruminais diminuídos Ionóforos e propilenoglicol
Letargia e depressão Evitar o excesso de alimentação para vacas
Odor cetônico secas
Vacas que estão estabuladas devem fazer
Sinais Clínicos Neurológicos exercício
Movimentos circulares Propionato de Sódio, Colina e Metionina
Mastiga sem conteúdo
Cegueira transitória Acidose Ruminal
Salivação Não está TÂO ligada ao parto. A vaca pode
Agressiva estar caída.
Lambe pele e objetos
Etiologia
Necrópsia • Diminuição do pH ruminal
Degeneração gordurosa a nível hepático • Suplementação concentrada
–Ganho de peso
Diagnóstico –Produção de leite
Lipidose hepática – atenção para micotoxinas • Sistemas intensivos – também ocorre em
Clínica gado de corte
Anamnese • Clínica – pH abaixo de 5
Exame clínico • Subclínica -SARA (acidose ruminal
Verificar corpos cetônicos (leite, urina, subaguda): sinais leves. pH 5,8 – 5,0
sangue) • Carboidratos de rápida degradação
BHB 2,9 mmol/L

Bianca Brum 2022/2


Normalmente morrem por desidratação – Tratamento
mobiliza água para o rúmen na tentativa de Subclínica -rebanho
aumentar o pH. • Balanço nutricional
• Tamponantes–MgO, NaHCO3
Ácido láctico
Queda no pH -< 5,8 Clínica –individual ou surto
Clínica pH -< 5,0 • Transfaunação
Surtos, 5%, mortalidade alta • Estimular a produção de saliva
• Ácido láctico • Retirar concentrado e oferecer feno
Subclínica -< 5,8 -> 5,0 • Ruminotomia
20%, perdas econômicas • Correção sanguínea
• AGV –Aumento propiônico - 20 para 40% • 10 mL/Kg solução de bicarbonato 5% -IV
• Manutenção 1,5 mL/Kg solução de
Bactérias ruminais morrem com o pH bicarbonato 1,3% -IV
ácido→ruminite→permeabilidade dos • ATB VO –penicilinas 22000 a 44000
vasos→septicemia (abcesso hepático), UI/Kg
formação de trombos/abcessos (pode • SorbitolIV ou SC
romper a veia cava e sangrar até a morte). • Pilocarpina IM ou SC
• 2 g/Kg de carvão vegetal VO
Sinais clínicos-Diarreia • ProbióticosVO -SaccharomycesCerevisiae
• Clínica
• Anorexia Prevenção
• Queda brusca na produção • Concentrado gradual (adaptação)
• Hipomotilidade ou atonia ruminal–cólica e • Maior número de refeições diárias
timpanismo • Tamponantes
• Taquicardia, taquipneia, hipotermia e • Probióticos
diarreia
• Desidratação –aumento de líquido ruminal Alcalose Ruminal
• Prostração e decúbito Não é tão comum. É o processo inverso da
acidose ruminal, há aumento do pH ruminal.
• Subclínica (SARA)
• Diminuição na produção • Aumento do pH ruminal
• Diminuição IMS • Associado ao concentrado proteico
• Inversão gordura:proteína • Associado ao NNP (ureia)
• Abscesso sistêmico • Intoxicação –surtos
• Frequente porém pouco estudada
Diagnóstico • Perdas econômicas
• Histórico
• Anamnese Etiologia
• Sinais clínicos –Alta concentração de amônia (PROTEÍNA)
• Partículas da dieta – fazer adaptação
• Exame clínico –Clínica
• Escore de fezes • Ureia
• Exames complementares • Não adaptados
• Fluido ruminal • Dieta desbalanceada

Bianca Brum 2022/2


Sinais Clínicos • Decúbito
Clínica • Contrações e convulsões
• Diminui IMS • Espasmos tetânicos
• Hálito pútrido • Taquicardia e batimentos irregulares
• Redução de produção Subclínica
• Diminui movimentos ruminais (ou ausentes) • Hipocalcemia subclínica
• Timpanismo • Tremores
• Sinais neurológicos • Leves incordenações
Subclínica
• Diminui produção Tratamento
• Redução da fertilidade • Cloreto de magnésio 6g/100 Kg IV ou SC
• Aumento de ureia no leite e sangue • Sulfato de magnésio 10g/100 Kg IV ou SC
• Glicose 50% IV 500 mL
Diagnóstico
• Histórico Prevenção
• Sinais clínicos • Adição de Mg no concentrado
• Avaliação do fluido ruminal • Adição de cochos com sal mineral nas
• Avaliação do leite, sangue e urina. pastagens
• Fornecimento de feno
Tratamento/Prevenção • Adição de Mg nos bebedouros
• Balanço nutricional • Evitar estresse
• Adaptação quando utilizar ureia
• Cuidar adubação Deslocamento de abomaso
• Armazenamento da ureia Frequente em gado de leite
Vaca recém parida – sobra o espaço do
Hipomagnesemia terneiro na cavidade abdominal
• Tetania das pastagens Vacas mais profundas e que produzem leite
• Deficiência de magnésio Vacas que deixam de comer
• Não se acumula nos tecidos Vacas que comem ração – mais gás acumulado
• Difícil diagnóstico
• Perdas econômicas Etiologia
Atonia abomasal
Etiologia • Mudança na posição anatômica
• Pastagens jovens com alta umidade • Dilatação/ Acúmulo de gás
• Acompanhada de hipocalcemia • Espaço na cavidade abdominal
• Precisa ser suplementado diariamente • Deslocamento de Abomaso à Esquerda -
• 30 g manutenção + 1 g/L de leite 85 a 90% (DAE)
• Deslocamento de Abomaso à Direita - 9
Sinais Clínicos a 14% (DAD)
Clínica (< 2,0 mg/dL) • Torção Volvo-abomasal 1 a 5% (TVA)
• Geralmente ocasionada por fator Multifatorial – nutrição, raça, sexo, idade,
estressante parto
• Paralisia espástica • Fatores genéticos 0,15 a 0,53 (h²)
• Prolapsode 3ª pálpebra • 90 % até 6 semanas pós parto
• Hipersensibilidade visual e auditiva • Vacas leiteiras são mais acometidas

Bianca Brum 2022/2


• Prevalência de 2 a 6% • Drench–VO 40 a 80 L
• Meses de entressafra (pouca fibra na • AINEs–IV ou IM 3-5 dias
dieta) • Sorbitol 500 mg/Kg –IV ou SC 3-5 dias
• Pilocarpina 0,2 mg/Kg –IM ou SC 3 dias
Fatores de risco • Cálcio –IV, SC ou VO 3 dias
Doenças que a vaca para de comer • Glicose 50% -IV ou propilenoglicol VO 3-5
• Ca (hipocalcemia), dias
• Cetose (betahidroxibutirato e NEFA) Pouco Invasivo
• Baixa ingestão de matéria seca • Rolamento - DAE
• BEN (Balanço Energético Negativo) • Toggle-DAE
• Doenças uterinas • Abomasopexiafechada
• Excesso de concentrado • Laparoscopia –DAE, DAD e TVA (pouco
• Distocia utilizada)
Cirúrgico
Sinais Clínicos • Omentopexia
• Anorexia • Abomasopexia
• Redução na produção • Piloropexia
• Fezes diminuídas e diarreia
• Movimentos ruminais diminuídos ou Flanco esquerdo
ausentes Esvazia o abomaso, empurra para o lugar com
• Desidratação a mão, fura e fixa na parte de baixo.
Hematócrito (pode estar aumentado)
• Alcalose metabólica(moderada) Flanco direito
• Hipo Passa a mão por cima do rúmen e esvazia. Fixa
–Ca o abomaso no omaso.
–K
–Cl Pós operatório
• BHB • Reposição hidro eletrolítica
• NEFA • Estimular enchimento do rúmen
• Dieta balanceada
Diagnóstico • ATB avaliar
• Anamnese
• Sinais clínicos Prevenção
• Auscultação e percusão • ECC ao parto –3 a 3,5
• “ping” • Prevenir e tratar doenças metabólicas
• DAE (deslocamento a esquerda): Flanco – • Otimizar IMS pós parto
Timpanismo. Últimas costelas. • Adaptação da dieta
• DAD ou TVA (deslocamento a direita): ou • Evitar excesso de concentrado
torção volvo-abomasal • BEN
Necrópsia • Evitar estresse

Tratamento MASTITE
Reposicionamento do abomaso (posição Vai ter em todas as propriedades, não
anatômica) importa se é tecnificada ou familiar.
Conservador

Bianca Brum 2022/2


Ocorre com mais frequência em gado Não contagiosas (ambientais)
de leite – exige mais do metabolismo da vaca. Streptococcus spp
O úbere é muito mais manipulado. A retirada Staphylococcus spp
do terneiro é feita para evitar contaminação Enterobacteriaceae (Escherichia coli)
da boca com o teto. Klebsiella sp,
A Glândula Mamária é o “coração” da Serratia sp etc.)
vaca leiteira, é a parte mais importante e que Actinomyces pyogenes
exige mais cuidados. Pseudomonas sp
Outros microrganismos tais como fungos
Definição (leveduras) e algas acloroftladas, do gênero
Mastus (grego): glândula mamária Prototheca sp.
Ite: Inflamação Os sinais clínicos vão ser bastante
“Mastite é inflamação na glândula mamária” acentuados, pois o microrganismo não precisa
Geralmente ocorre devido a agentes da vaca viva para sobreviver.
bacterianos.
Vai ter como porta de entrada alguma injúria PRINCIPAIS AGENTES CONTAGIOSOS
(biológica, química ou física).
Os quartos mamários não se comunicam. Staphylococcus aureus
Durante a ordenha, o esfíncter abre e os - Bactéria, Coco Gram+
agentes podem entrar. É possível que - Habita tanto o exterior como o interior do
somente um teto fique afuncional. úbere
- Coloniza feridas de pele
Apresentação: - Geralmente produz mastites subclínicas /
Mastite clínica crônicas
Apresenta os sinais clássicos de inflamação: - Não provoca aumento significativo na
calor, rubor, dor, edema, perda de função. CCS
- Tratamento difícil devido à produção de
Mastite subclínica cápsula de polissacarídeo (LPS), que
Perdas na produção, PREJUÍZOS envolvem a colônia bacteriana, dificultando
ECONÔMICOS (desconto no leite – CCS, a ação dos fármacos.
contamina outras vacas, diminui a produção, - Coloniza a pele de humanos – veterinário
vaca pode morrer – uma das principais causas nunca manipula úbere de vaca sem luva.
de descarte). Pré-dipping (procedimento de desinfecção
dos tetos antes da ordenha, através da
Etiologia aplicação de produto antisséptico): combate
Causas biológicas (infecciosas) as mastites ambientais (vaca chega suja do
Mais de 150 espécies. ambiente).
Contagiosas só 4: S. aureus, S. agalactiae, Pós-dipping (desinfecção após a ordenha):
Corynebacterium bovis. e Mycoplasma bovis. mais importante para bactérias contagiosas
– restos de leite na ordenhadeira podem
Contagiosas contaminar as outras vacas. É mais
Os sinais clínicos estar presentes, mas não importante fazer para controlar o S. aureus.
vão ser tão graves. O microrganismo precisa Terneiras: no pós desmame, uma
da vaca viva para sobreviver. terneira mama nas outras e pode causar

Bianca Brum 2022/2


mastite por S. aureus antes da primeira -Tratamento são menos efetivos que contra
ordenha. o S. agalactiae, mas com tratamentos
Tabanídeos podem transmitir de uma prolongados pode ser alcançado em torno de
vaca pra outra. 75% de êxito

Staphylococcus agalactiae Streptococcus uberis


- Bactéria, forma de coco, Gram+ - Mastites clínicas com alteração no leite.
- Habita exclusivamente os sistemas Tratamento um pouco mais complicado
mamários infectados.
- Sua vida no ambiente não é superior a 10- Escherichia coli (enterobacteria)
15 minutos - Mastites clínicas agudas com alteração
- Ordenhadeira com resquícios de leite clínica do animal devido à liberação de
- Produz mastites subclínicas e clínicas toxinas
- Tratamento, geralmente, obtém sucesso, SUPERAGUDAS – podem levar o animal a
porém já existem cepas crônicas com óbito
proteção capsular. - Vacas recém paridas podem ficar caídas

Corynebacterium bovis Klebsiella (enterobacteria)


- Bactéria, bastonete, Gram+ - Tratamento extremamente difícil
- Habita pele e canal do teto - Vive muito bem em serragem (compost
- É considerado um patógeno secundário barn).
- Produz pouca elevação nas células
somáticas Com exceção destas 4, os agentes
- Está relacionada com falhas de desinfecção ambientais não são tão patogênicos, há
dos tetos na ordenha (pós-dipping) autocura.
- Indicativo de higiene de ordenha: se a
bactéria estiver presente, é sinal de que a Serratia spp: mastites clínicas agudas
ordenha é mal feita. leves com formação de coágulos de leite

Mycoplasma bovis Outras enterobacterias: mastites de


- Localizado no sistema mamário, mas sintomatologia similar a E. coli
também, em outras regiões da vaca (trato
respiratório, articulação, zona urogenital) Pseudomonas: mastites crônicas, ou,
- Maioria das vezes afeta mais de um quarto também superagudas com alteração do
- Transmissão intramamária, aerógena e oral estado geral do animal
- Tratamento normalmente não obtém
sucesso (descartar) Eneterococos: mastites clínicas crônicas
- Diagnóstico difícil com alteração no leite

PRINCIPAIS AGENTES AMBIENTAIS Arcanobacterium pyogenes: mastites


clínicas em animais não lactantes
Streptococcus dysgalactiae
- Produzem mastites clínicas e subclínicas Prototheca: mastites crônicas sem afetar
- Transmissão pelo ambiente contaminado estado geral da vaca

Bianca Brum 2022/2


Leveduras: inflamação im portante com Incidência Média
edema e alteração no leite desejável
Clínica 1% 3,5 a 5%
Staphilococcus coagulase negativa: Subclínica 10% 40%
patógenos secundários que podem causar Usar leite de descarte para alimentar
processos mais graves e persistentes. os terneiros.

Bacilus cereus: mastites superagudas Diagnóstico de Mastite


acompanhadas de uma secreção láctea - Exame clínico: sinais de inflamação
sanguinolenta. - Teste do fundo de caneca escura: leite com
grumos (+)
Como ocorre a contaminação?? - CMT (Califórnia Mastite Teste): testa
- Cuidar ambiente sujo, úmido e barro mastite subclínica. Coloca o leite nos poços e
- A vaca é acostumada com rotina: deve-se adiciona uma solução detergente para
levar a vaca para perto da sala de ordenha quebrar as células. Observar se vai
próximo ao horário da ordenha, a fim de gelatinizar (proporção 1:1 leite e reagente).
evitar que o animal deite antes de ser Ajuda a estimar células somáticas.
ordenhado. - CCS:
- Normalmente se alimenta a vaca após a Células somáticas – células epiteliais + células
ordenha, para esperar o esfíncter fechar inflamatórias. A inflamação vai aumentar o
antes de deitar. Geralmente as vacas ditam número de células epiteliais.
após a ordenha, pois alivia o desconforto do É o indicador da qualidade do leite e da saúde
úbere cheio. do rebanho.
Para fazer o teste, junta-se o leite de todas
Patogenia as vacas, faz um pool e testa.
Agente – Hospedeiro – Ambiente Considerações – fatores que influenciam a
Penetração→Instalação→Multiplicação descamação de células epiteliais: calor
(verão), vacas velhas e estágio de lactação.
Fontes de Infecção O que fazer com o resultado: Seleção para
Meio ambiente: solo, “cama”, água, moscas cultivo microbiológica, Tratamento durante a
Ambiente da ordenha: mãos, material de lactação, Secagem antecipada, Descarte de
limpeza do úbere, equipamento de ordenha vacas cronicamente infectadas, Orientação
da linha de ordenha
Tipos de mastite Indicador do nível de infecção do rebanho
Leve – Moderada – Grave - Cultivo: Padrão ouro. Se encontrar bactéria
Grave: quando as bactérias ascendem para a na glândula mamária, vai ser mastite! Não
corrente sanguínea. pode ter bactéria na glândula mamária.
- PCR: ajuda no diagnóstico de Mycoplasma
Transmissão - MALD: quase não se usa no Brasil
Ordenha: erro de manejo - Condutividade elétrica: Habilidade de
Ambiental: ambiente sujo, vaca deita e uma solução em conduzir corrente
penetra a bactéria
elétrica entre dois eletrodos. Em um
animal saudável a condutividade elétrica
Brasil
pode

Bianca Brum 2022/2


variar entre 4 a 5,5 mS/cm a 25°C e o ATB sistêmico: não tem comunicação com a
aumento deste índice é proporcional ao glândula mamária. Não funciona para mastite
aumento da CCS. leve e moderada.
Em vacas com mastite ocorre um aumento ATB intramamário: sempre aplicar com luvas,
colocar só a ponta da cânula no teto, cuidar
na concentração dos íons sódio e uma
para não contaminar os outros tetos.
diminuição na concentração do potássio e cloro
no leite, alterando a CE.
Tratamento da vaca seca
Pode usar ATB de longa ação durante o
Tratamento
período seco
Contagiosas
% de cura maior que na vaca em lactação
Leve a moderada
Reduz a incidência de infecções no período
- Não faz cultura e trata todas as vacas
seco
(Ceftiofur 5 d/24hs)
Previne novas infecções
- Tratamento seletivo (cultivo): AINE
Trata as infecções Subclínicas (tx de cura
Gram +: Tratamento (ATB intramamário-
70-80%)
Cefaperina 1d/12hs)
Usar selante após o tratamento
Gram -: Monitorar crescimento, caso não cure,
fazer ATB intramamário
Causas de falhas no tratamento
Staphylococcus aureus: tratar a vaca seca,
Teto cheio
ordenhar por último ou descartar
Baixa penetração do ATB
Staphylococcus agalactiae: tratar com ATB
Corynebacterium bovis: tratar com ATB
Cuidar o período de carência!!
Mycoplasma: descartar
Se contaminar o leite, o produtor vai ter que
Grave
indenizar todo caminhão de leite que foi
Fluidoterapia
perdido na contaminação.
AINE
ATB sistêmico
Programa de controle
ATB intramamário
PARA CADA DÓLAR INVESTIDO O
RETORNO DEVERÁ SER DE 3 A 5 DÓLARES
Ambientais
Bem estar animal
Leve a moderada
Ordenha Adequada
- ATB intramamário
Manejo adequado de ordenha
- AINE
Tratamento dos casos clínicos
Streptococcus: tratamento estendido (se
Tratamento de vacas ao secar
sinais graves)
Descarte dos animais cronicamente afetados
E. coli: não se trata, autocura
Retirada de teto supra numérico enquanto a
Klebiciella: descarte
vaca ainda é terneira
Grave
Fluidoterapia
Imunização
AINE
Vacina para bactérias, normalmente, não tem
ATB sistêmico
uma boa ação.
ATB intramamário

DOENÇAS NEUROLÓGICAS EM BOVINOS

Bianca Brum 2022/2


Exame Clínico • Tratamento / prognóstico / prevenção
Anamnese – 50%
Exame físico – 35% Um exame neurológico completo incluí:
Exames complementares – 15% - exame do estado mental
Importante fazer o exame completo Comportamento e nível de consciência:
Histórico: cuidado ao interpretar dados alerta, orelhas em pé ou movimentando,
Uso dos sentidos (tato, olfato, audição, comportamento agressivo (se era calmo)
visão) - cabeça e postura
Posição da cabeça: opistótono, lateralizada
Anatomia - função dos nervos cranianos
- marcha e postura
- função do pescoço e membros anteriores
- função do tronco e membros posteriores
- palpação do invólucro ósseo do sistema
nervoso central
- exame do liquido cefalorraquidiano
- Diagnóstico complementar: esqueleto ósseo
da cabeça e coluna vertebral
Como identificar vaca com sinal
neurológico:
Síndrome cerebelar – equilíbrio (teste de
head rising: ergue a cabeça por 15 seg. se o
Integridade neurológica
animal desequilibrar te problema
FUNÇÕES DOS NERVOS CRANIANOS
neurológico)
• Olfação (I Olfatório)
Posterior caído (pode ser raiva)
• Visão (II Óptico, III Oculomotor, IV
Perda de equilíbrio dos membros anteriores
troclear)
É importante saber quais as doenças
• Movimentos de orelhas, pálpebras e lábios
prevalentes na região.
(VII Facial)
Exames complementares: RX portátil. A nível
• Simetria e tônus da musculatura facial
hospitalar é possível fazer exames
(V Trigêmeo)
complementares, em campo deve-se fazer o
• Apreensão e mastigação dos alimentos
que for possível com as coisas que estão ao
(V Trigêmeo)
alcance.
• Movimentos da língua e deglutição
É importante distinguir entre doenças
(IX Glossofaríngeo, XII hipoglosso)
primárias e secundárias do sistema nervoso
• Equilíbrio (vestibular)/ posição da cabeça
porque tanto o prognóstico e o tratamento
(VIII Vestibulococlear)
serão diferentes com a causa.

Exame - objetivos
EBB: Encefalopatia espongiforme bovina
• Problema / Anormalidades neurológicas
• Localização da lesão Doença da vaca louca
• (Telencéfalo, diencéfalo, mesencéfalo e
cerebelo, tronco encefálico / medula A preocupação global de espongiforme
espinhal) bovino encefalopa5a (EEB) destacou a
• Estabelecer lista de diagnósticos importância de um diagnóstico clínico
diferenciais

Bianca Brum 2022/2


preciso em Bovinos adultos fômites). Linfoma induzido pelo vírus da
comanormalidades neurológicas. leucose bovina.

Doença priônica que sofre mutações, pode Transmissão


cometer bovinos velhos, sem causa aparente Vertical: transplacentária e transmamária
– são casos esporádicos (não é contaminação, Horizontal: contato direto; secreções e
nem caso de ingestão de proteína animal – excreções – urina, saliva, secreção
forma clássica). nasal,... Sêmen não transmite
Transmissão hematógena – Iatrogênica,
Tempo médio de incubação: 4-6 anos insetos hamatófagos
Palpação: a mucosa retal do bovino é mais fina
Epidemiologia e pode ter fissuras, com a fissura, sai sangue
A doença se espalhou a nível global, pois só e este sangue, se contaminado, vai transmitir
se manifesta muito tempo depois. No Brasil, para outros animais (se não trocar a luva).
houve dificuldade de rastreamento de Pode transmitir por agulhas, moscas e tem
animais importados da UE. Depois do surto, o características genéticas.
Brasil foi o país com maior risco em função
dessa dificuldade de rastreamento. Etiologia
LEUCOSE ENZOÓTICA (Retrovírus)
Sinais clínicos LEUCOSE ESPORÁDICA
Lambedura Inativado: UV, congelamento e
Hipersensibilidade ao toque, som, descongelamento, aquecimento a 56ºC 30´
aproximação de objetos ́ou 6ºC 1´
Olhar angustiado Vírus sensível, fácil de limpar no ambiente.
Quedas ao andar
Dificuldade de levantar Epidemiologia
Vaca caída Bovinos, bubalinos, capivara, ovinos e
Noção de espaço alterada frente a caprinos são recep1veis
obstáculos Distribuição mundial (rebanho leiteiro )
Ataxia dos membros pélvicos EUA – 20%
Necrópsia Canadá – 6-11%
Cérebro – vacuolização dos neurônios França – 27%
Venezuela – 37%
Diagnóstico Brasil – em torno de 37%, chegando a 53%
Elisa e Western Blot em algumas regiões
Imuno-histoquímica
Sinais Clínicos
Programa de controle Linfonodos aumentados, vaca com
Ao apresentar sinais neurológicos, comunicar dificuldade para se levantar - Compressão
o Serviço Veterinário Oficial. medular, olho arregalago.
Cuidar com uso de corticoides, pode
Leucose mascarar os sinais clínicos.
Vacas mais velhas, acomete mais a parte Depende de onde estiver o linfoma, vai
posterior (lombar), exoftalmia. Mais comum aparecer o sinal clínico.
em vacas de leite (tem mais contato com

Bianca Brum 2022/2


NÃO EXISTE TRATAMENTO Tratamento
Não existe!! 100% letal em bovinos
Prevenção e controle
Sem vacina Intoxicação por Senecio sp.
Trocar luvas após palpação (especialmente Mais comum em gado de corte. Só morre de
com sangue) intoxicação por senecio a vaca que passa
Teste/segregação: Elisa fome.
Não ter animais mais velhos no rebanho Maria mole – é o nome mais comum da planta
Todas as espécies de senecio são tóxicas
Raiva (alcalóides), brasiliense é a mais comum.
Rabdovírus, Gênero Lyssavirus
• Transmitida por morcegos hematófagos Sinais Clínicos
ZOONOZE – normalmente letal (se Ascite, emagrecimento, sinais neurológicos
desenvolver os sinais clínicos, morre) (acúmulo de amônia a nível cerebral –
Médico Veterinário: tem que ter vacina da encefalopatia hepática), agressividade e
raiva e titulação. pressão da cabeça, diarreia.

Sinais Clínicos Diagnóstico


Dificuldade de levantar Biopsias – pode acontecer de, se diagnosticar
Verificar se há lesão de picada de morcego antes de aparecer os sinais clínicos, o
Decúbito lateral produtor venda o animal que está condenado
Opistótono à morte.
Movimento de pedalagem
Verificar se outros animais acometidos Prevenção
(ovinos, cavalos) Ovinos ajudam no controle, pois não se
Pode ficar mais agressivo intoxicam.
Necrópsia – veterinário vacinado!! Evitar consumo da planta: ofertar alimento
Hemorragia no cérebro, hemorragia de de qualidade em quantidade adequada.
contragolpe, bexiga cheia, conteúdo no
esôfago, conteúdo no reto. Babesiose cerebelar
Doença de notificação obrigatória ao SVO • Babesia bovis (Rhipicephalus (Boophilus)
microplus).
Diagnóstico • Anemia hemolítica (febre, icterícia e
Necrópsia MAPA: diagnóstico ouro – hemoglobinuria)
imunofluorescência direta em laboratório • Incoordenação motora, agressividade,
oficial (IPVDF/RS). A coleta deve ser opistótono, pedalagem, decúbito e coma.
refrigerada e não formolizada. Transmitida por carrapato.
Material para envio: uma parte do encéfalo,
um pedaço de cerebelo e um pedaço de Sinais Clínicos
telencéfalo. Anemia hemolítica.
Necrópsia
Prevenção Pode ultrapassar a barreira
Controle de morcegos – feito pelo SVO hematoencefálica – cérebro cor de cereja
Vacinação Fazer coleta do cérebro e fazer esfregaço
Fígado: bile fica espeça e grumosa.

Bianca Brum 2022/2


• Neurotoxinas C ou D do
Cetose nervosa Clostridiumbotulinum.
Sinais clínicos DIGESTIVOS • Pré formada em matéria orgânica em
(mais comuns) decomposição.
Perda de apetite
Diminui produção Sinais Clínicos
Perda ECC Provoca paralisa flácida
Movimento ruminais diminuídos Dificuldade de levantar, opistótono,
Letargia e depressão movimento de pedalagem, língua flácida e
Odor cetônico exposta.

Sinais Clínicos Neurológicos Intoxicação por Poliencéfalomalacia


Movimentos circulares Etiologia e Epidemiologia (ruminantes)
Mastiga sem conteúdo *Deficiência tiamina – alteração microbiota
Cegueira transitória – produção tiaminases
Salivação * Mudança dieta→alt. pH ruminal
Agressiva * def. Co, uso AB, anticocc.
Lambe pele e objetos *Intoxicação Enxofre (solos, pastagens,
alimentos, medicamentos)
Vaca parece bêbada
Sinais Clínicos
Diagnóstico Incoordenação, opistótono
Biópsia e necrópsia Necrose a nível de córtex – ver com luz UV

Intoxicação por organofosforado Meningoencefalite por BHV-5

Sinais Clínicos Etiologia


• Nicotínicos: ação da acetilcolina sobre as Herpes vírus
placas motoras e caracterizados por rigidez
muscular, tremores paresia e paralisia. Sinais Clínicos
• Sistema nervoso central: inquietação, Evolução quadro clínico
ataxia, convulsão, depressão e coma. • Febre;
• Depressão;
Tratamento • Corrimento nasal/ocular;
Atropina – animal se recupera bem rápido • Incapacidade apreensão;
• Andar em círculos;
Intoxicação por chumbo • Cegueira;
Bovino lambe algum equipamento com resto • Choque contra obstáculos;
de chumbo, geralmente ocorre por • Salivação;
deficiência de minerais. • Paralisia da língua;
• Opistótono;
Botulismo • Incoordenação;
• Intoxicação não febril geralmente fatal. • Decúbito
Necrópsia – necrose a nível cranial

Bianca Brum 2022/2


Febre catarral maligna Lesões no miocárdio
Ovinos são reservatórios naturais.
Patogenia
Sinais Clínicos Transmissão: AEROSSÓIS, secreções e
Ulcerações nas mucosas objetos contaminados
Porta de entrada: via respiratória
Diagnóstico Mucosas trato respiratório superior
Necrópsia Rete mirabile (área onde está a Mortalidade baixa
hipófise) Morbidade elevada
Mais semelhante ao COVID-19 na
bovinocultura
Listeriose
• Listeria monocytogenes
Sinais Clínicos
• Ambiente
Vesículas e aftas (cav. oral, língua, patas e
• Silagens com ph elevado (acima 5)
úbere)
• Septicêmica, metrite – placentite – aborto,
Hipertermia
meningoencefalite
Salivação e claudicação
Emagrecimento e fraqueza
Sinais Clínicos
Dermatite digital – só suspeita se apresentar
Orelha caída, andar em círculos, língua
outros sinais clínicos
flácida
Raramente ocorrem mortes
Necrópsia: manguito perivascular
Controle
DOENÇAS DO SISTEMA DIGESTÓRIO Abate sanitário
Vacinação no RS: bovinos e bubalinos
Febre Aftosa Hoje o RS é livre sem vacinação
Exportação – quando não há vacina e controla
Doença de notificação obrigatória
a doença, prova que há um bom controle
Brasil é livre
sanitário, valorizando a carne e atingindo
Aftas
mercados melhores.
É utilizada como barreira sanitária – para o
Prejuízo no abate
mercado. Países que compram nossa carne
Diferentes estados têm diferentes
não têm febre aftosa.
calendários vacinais.
Abcessos: má aplicação. Adjuvante das
Etiologia
vacinas – saponinas.
Aphtovírus - Família Picornaviridae
Vacina pode ter perda na produção de leite e
- 7 Sorotipos: O, A, C, SAT1, SAT2,
perda de produção de carne (vacinação já era
SAT3 e ASIA1 diminuída em função disso)
Vírus resistente fora do indivíduo
Afeta animais biungulados Zona livre – 2 anos sem foco de febre aftosa
Ruminantes domésticos (inquérito sorológico – metodologia
Bovinos, bubalinos, caprinos e ovinos determinada pela OIE)
Ruminantes selvagens Os países que fazem fronteira com o Brasil
Cervídeos, camelídeos e bubalinos selvagens são livres de aftosa. Há muita vigilância
Suínos domésticos e selvagens

Bianca Brum 2022/2


próxima à fronteira com a Venezuela, pois Língua aumentada de tamanho e com
não se sabe o status sanitário de lá. hipersensibilidade
Sialorreia
PNEFA – Programa nacional de erradicação e
prevenção de febre aftosa: começa tirando a Fase crônica:
vacinação em áreas de risco, para usar estes Alimentação diminuída
animais como sentinelas (suínos são usados Aumento de volume generalizado na região
como sentinela – não são vacinados e não há parotídea e submandibular
casos) Abcessos secundários

Diagnóstico Diagnóstico
Isolamento viral (vesículas) Sinais Clínicos
Sorologia (ELISA) Necropsia
Identificação de agente (PCR) Isolamento + histologia
Feitos em laboratório oficial
Tratamento
Actinobaciolose e Actinomicose Iodeto de sódio ou potássio
1g para cada 12kg em solução 10% - IV por
ACTINOBACILOSE 10 dias
Língua-de-pau Antibiótico largo espectro
Cortar a fonte de lesão na cavidade oral
Etiologia
Actinobacillus lignieresii Prevenção
Acomete bovinos (principalmente) Controlar alimentação?
Gram - Diagnosticar casos e causas na propriedade
Comensal do trato digestivo, boca e Controlar objetos “perfurantes”
rúmen
Agente infeccioso não contagioso ACTINOMICOSE
Atinge o sistema linfático Cara inchada

Patogenia Etiologia
Lesões nodulares na boca e tecido da língua Actinomyces bovis
RS: cuidar Gravatá, Capim anone, Resteva de Acomete bovinos (principalmente)
arroz – planta fibrosa causa lesões na língua Comensal do trato digestivo
A lesão é muito parecida com tuberculose boca e rúmen
Se faz toilette da carcaça e aproveita o Gram +
resto Agente contagioso, não infeccioso
Se afetar o linfonodo retrofaríngeo pode
condenar a carcaça por dúvida de Patogenia
tuberculose Porta de entrada: lesões na boca e dentes
(muda) – começa a trocar com um ano
Sinais Clínicos Acomete animais mais jovens – até 2 anos
Glossite difusa Inflamação periodontal, destruição do osso
Fase aguda: alveolar e perda de dentes
Para de se alimentar

Bianca Brum 2022/2


Favorece a entrada de outras bactérias - Salivação intensa
(Prevotella melaninogenicus) - Inquietação (inicio) ----- decúbito
Lesões a nível ósseo: neoformações e perda - Tosse
de tecido - Estertores pulmonares
- Dificuldade respiratória
Sinais Clínicos
Fase aguda: Tratamento
Para de se alimentar Retirada Manual
Língua aumentada de tamanho e com Sonda
hipersensibilidade Cirurgia ???
Sialorreia
Intoxicação por Samambaia
Fase crônica:
(Pteridium arachnoideum)
Alimentação diminuída
Aumento de volume generalizado na região
3 apresentações clínicas:
parotídea e submandibular
Diátese hemorrágica (super aguda)
Abcessos secundários
Hematúria enzoótica (aguda)
Carcinoma epidermoide (crônica)
Diagnóstico
Sinais Clínicos
Samambaia, samambaia-do-campo
Necropsia
Solos ácidos e bem drenados
Isolamento + histologia (Difícil de realizar)
Brotação mais tóxica
Ação radiomimética
Tratamento
Afeta principalmente bovinos
Tratamento
- uma vez que o bovino come a samambaia ou
Iodeto de sódio ou potássio
o broto, eles viciam
1g para cada 12kg em solução 10% - IV por
10 dias
Carcinoma de trato digestivo pelo
Antibiótico largo espectro
consumo de Pteridiumarachnoideum
Curetagem ???
Bovinos acima de 3 anos
Cortar a fonte de lesão na cavidade oral
Ingestão por período prolongado
Tumores no TGI superior (Carcinoma
Prevenção
epidermoide)
Controlar alimentação?
Perturbações mecânicas na ingestão
Diagnosticar casos e causas na propriedade
Controlar objetos “perfurantes”
Sinais clínicos:
tosse
Prognóstico
regurgitação
Ruim
timpanismo
emagrecimento progressivo
Obstrução de trato digestivo superior por
Necropsia: Massas neoplásicas
corpo estranho amareloacinzentadas e infiltrativas no TGI
Pode confundir com sinal neurológico superior.

Sinais Clínicos Prevenção e controle

Bianca Brum 2022/2


• O princípio radiomimético pode ser Tratamento
encontrado no leite Identificar causa da afecção
de animais intoxicados Reposição de microbiota ruminal
• Evitar a ingestão da planta (Transfaunação)
• Erradicação (calagem do solo) Diarreico Catárticos – alcalinizantes e
• Evitar queimadas laxativos
Ovelha não serve para o controle de Sorbitol oral (IV)
samambaia Parassimpatomimético
Controle com calagem + defensivo agrícola Pilocarpina 10 a 20 ml para bovino adulto –
Não cortar a samambaia, no rebrote o bovino IM ou SC
come Doença não é fatal
Recuperação espontânea dentro de 24 a
Doenças de pré-estômago em bovinos 48h
Fornecer alimentos de boa qualidade
INDIGESTÃO SIMPLES TRANSPLANTE DE LÍQUIDO
Afecção comum em bovinos – RUMINAL???
Principalmente em bovinos de leite Animais até 300 kg: 3 litros
Animais com > 300 kg: 5 litros
Causa:
- Alterações de dieta de maneira abrupta Prevenção
- Alterações de condições ambientais (dieta) Manejo alimentar adequado
- Alimento “estragado” Comida de qualidade, sem mudanças
- Pode ser aleatória bruscas
Doença normalmente branda e Recuperação espontânea entre 24 a 48
autolimitante horas

Sinais clínicos: INDIGESTÃO VAGAL


Perda de apetite O nervo vago é responsável pela motilidade
Diminuicao dos movimentos ruminais (↑ Ph ruminal
ruminal)
Bovinos de leite: queda na produção Vago dorsal:
Diarreia (maioria dos casos) Inerva os sacos dorsais do rúmen, alguns
Pode haver timpanismo (inatividade da flora feixes inervam o cárdia, omaso, abomaso e
ruminal) piloro
Perde a estratificação do conteúdo ruminal Vago ventral:
Difícil de distinguir de demais Inerva o retículo, omaso, cárdia, abomaso
enfermidades digestivas em fase inicial e piloro; alguns feixes inervam as porções
ventrais do rúmen
Diagnóstico
Clínico: Disfunções do nervo vago com alterações
Epidemiologia motoras nos pré-estômagos
Sinais Clínicos Principalmente em vacas leiteiras adultas
Laboratorial:
Ph ruminal ??? Patogenia
Falha funcional anterior

Bianca Brum 2022/2


Impedimento da passagem do alimento
através do orifício retículo-omasal → Prognóstico
Acúmulo da ingesta no rúmen-retículo → Ruim (leucose, carcinoma) a reservado
o rúmen aumenta e preenche quase toda a (prenhez)
cavidade abdominal
Tratamento
Prováveis causas Suporte
Lesão e disfunção do nervo vago Fluidoterapia
Aderências no reticulo Antibioticoterapia
Neoplasia na prega retículo-ruminal Antiinflamatório
Papiloma ou outra massa no orifício Ruminotomia: Esvaziamento do rúmen,
retículo-omasal Colocação de uma fístula permanente,
Doença inflamatória da parede do reticulo Desfazer aderências ??
- Leucose: pode comprimir o nervo
- CE por Intox. Por samambaia: pode Prevenção
comprimir o nervo Cuidado no manejo alimentar
- Torção/ Deslocamento abomasal Prevenir os casos de enfermidade que
- Complicações cirúrgicas possam causar compreensão de nervo vago
- Prenhez avançada: pode causar
compressão do nervo vago TIMPANISMO RUMINAL
- Reticulite traumática Doença mais comum em sistemas intensivos
Distensão por algum motivo
Sinais Clínicos Capacidade ruminal: +- 200 litros
Timpanismo de moderado a grave Rúmen produz cerca de 600 litros de gás
Inapetência ou anorexia por dia
Perda de peso evidente Eructação: 15 a 20 por minuto
Evolui para decúbito e morte Eructação depende da existência de gás
O rúmen aumentado tem forma de L livre o rúmen, receptores de gás na
O flanco esquerdo distendido de cima para proximidade do cárdia, que abre sempre
baixo que tem gás no rúmen, contração do saco
O flanco direito distendido somente na ruminal dorsal, esôfago apto a funcionar
metade inferior
Conteúdo ruminal pastoso e/ou espumoso Fatal: se a distensão for extrema o
suficiente para comprometer a ventilação,
Diagnóstico pela compressão das vísceras torácicas –
Anamnese verificar sinais vitais
Sintomatologia
Rúmen, abomaso Tipos:
Fezes escassas e inadequadamente
digeridas ESPUMOSO: causado pelo uso de dietas
Sinais clínicos - Timpanismo recidivante que de permitem a formação espuma
Inadequada resposta a tratamentos estável dentro do rúmen.
Ruminotomia exploratória - Presença de Formação de espuma que impede a liberação
aderências; Relaxamento do orifício dos gases produzidos normalmente. O gás
reticulo-omasal, Avaliação do abomaso

Bianca Brum 2022/2


não chega no cárdia por causa da espuma e Sondagem: em falha de eructação a sonda
não consegue eructar. não passa; se sonda e não sai nada, é
Rúmen repleto de conteúdo espumoso. espumoso; se sonda e libera gás, é gasoso.
Leguminosas em crescimento (Alfafa e Ruminotomia
trevo branco)
Dietas ricas em concentrados finamente Tratamento
moídos Espumoso: Produtos que diminuem
estabilidade da espuma
GASOSO: Poloxaleno (surfactantes) 30 a 50g animal
• ACÚMULO DE GÁS LIVRE: dietas que Óleo não toxico: 250ml-500ml / animal
permitem a produção em excesso de gás e
diminuição concomitante do pH do rúmen Por gás livre:
O aumento do consumo de ração aumenta a Implantação de trocater
produção de ácidos graxos voláteis Passagem de sonda esofágica
Acomete animais em confinamento com Tratar causa primária
ração livre a disposição Sorbitol 500 mg/Kg –IV ou SC 3-5 dias
É preciso que ocorra um distúrbio Pilocarpina 0,2 mg/Kg –IM ou SC 3 dias
Probióticos VO
• FALHAS NA ERUCTAÇÃO: causado por
falha na eructação por causas extra- Medicamentoso X Cirúrgico
ruminais de acúmulo de gás (Tumor de Tentar medicamentoso antes de
cárdia, Intoxicação por samambaia, intervenção cirúrgica
Papilomatose, Leucose, Corpo estranho,
Mal-formação, (BVD) Falha na eructação:
Decúbito lateral - lado esquerdo para cima SINTOMÁTICO
Diminuição da motilidade ruminal: ELIMINAR A CAUSA
hipocalcemia, xilazina - TUMOR (não há tratamento)
- DECUBITO LATERAL
Sinais Clínicos - OBSTRUÇÃO POR CORPO ESTRANHO
Mucosas congestas (tentar
Ausência de ruminação e eructação remover com sonda específica)
Fezes amolecidas (excesso CHO) - INDIGESTÃO VAGAL (não há
Ansiedade, desconforto, andar tratamento)
cambaleante
Distensão do flanco superior esquerdo Prevenção
Dispneia Espumoso: Saber quais as forragens que
Estiramento do pescoço causam o timpanismo
Salivação excessiva (obstrução) Uso concomitante de gramíneas e
FR e FC aumenta leguminosas
MR: início () - progressão do quadro () Alimentar com feno antes do pastoreio
Óleos e surfactantes
Diagnóstico Acúmulo de gás: Adaptação gradual dos
Exame clínico animais ao consumo de concentrados
Fornecer dietas ricas em fibras
Uso de bicarbonato e/ou ionóforos na dieta

Bianca Brum 2022/2


Falha na eructação: Tratamento da Pode colocar um imã no retículo
causa primária
Evitar decúbito lateral prolongado ÚLCERA DE ABOMASO
(jejum precoce) Causas:
Utilização de AINES (altas doses ou uso
prolongado) – uso indiscriminado
COMPACTAÇÃO RUMINAL
Dietas ricas em concentrado sem adaptação
Alimento com baixa qualidade Consumo excessivo de ração
Ingestão de sacola plástica
Sinais Clínicos
Sinais Clínicos Dor
Aumento motilidade ruminal seguida de Dificuldade de caminhar
diminuição e ausência Melena
Timpanismo leve Corpo arqueado
Rúmen repleto Perda de apetite
Inapetência e constipação Mucosas avermelhadas com pequenos
buracos
Diagnóstico
Palpação retal Tratamento
Remover causa
Tratamento Protetores de mucosa
Tratamento clínico Transfusão de sangue (anemia)
• Sorbitol (catártico osmótico) Antibioticoterapia (contaminação
• Soluções emolientes secundária)
• “drench”
Tratamento cirúrgico Afecções Intestinais
• Rumenotomia
INTUSSUSCEPÇÃO
RETICULITE TRAUMÁTICA
Intestino entra para dentro da alça
Ingestão de objeto pontiagudo, que vai
intestinal
parar no retículo
Causas: uso de pilocarpina
Mais comum em bovinos de leite
Rara em bovinos criados exclusivamente a
ENTERITES
pasto
Mais comum em terneiros
Provocado por gentes bacterianos:
Sinais Clínicos
Clostridium
Vaca arqueada
Manejo – 90%
Pulso jugular positivo – retorno venoso
Infecciosa – Clostridiose, Coronavírus
diminuído
Ausculta cardíaca abafada
PARATUBERCULOSE
Agente: Mycobacterium avium sub.
Diagnóstico
Paratuberculosis
Prova do bastão: pode agravar a lesão
Doença subestimada no Brasil
Prevenção
Provoca diarreia em vacas adultas

Bianca Brum 2022/2


TR muito aumentada
Diagnóstico Pulso jugular
Jonina – associada à doença de Crohn
Presença do vetor
Transmissão • R. microplus
Se dá pelo leite • Stomoxys
Maior prevalência em búfalos
Prejuízos da Tristeza Parasitária Bovina
Sinais Clínicos Queda na produção da carne e do leite
Diarreia Redução da fertilidade – abortos
Fome Retardo no crescimento e desenvolvimento
Emagrecimento Alta taxa de morbidade
Intestino em formato cerebróide Alta taxa de mortalidade

Prevenção Distribuição
Pasteurização do leite – elimina Coxiella Amplamente distribuída
burnetti e micobactérias.
BABESIA
PRINCIPAIS DOENÇAS PARASITÁRIAS Regiões tropicais e subtropicais
Paralelo 32N e 32S
EM BOVINOS
Presença de carrapato
Só não se trata babesia em locais onde não
Tristeza Parazitária Bovina há carrapato

ANAPLASMOSE ANAPLASMA
Anaplasma marginale Zonas tropicais, sub-tropicais e
Anemia temperadas
Mucosas hipocoradas Independente da presença de carrapatos
Aumento de temperatura retal Pode ser transmitida por fômites
FC aumentada
FR aumentada Controle da TPB é um desafio
Icterícia (hemólise extravascular) • B. bovis e bigemina
21 dias Tropismo pela circulação periférica
Incubação 6-4 dias
BABESIOSE • Anaplasma marginale
Babesia bovis
Babesia bigemina Etiologia
Anemia Babesia bigemina
Mucosas hipocoradas o Grande babesia
Aumento de temperatura retal o Tropismo pela circulação periférica
FC aumentada o Piriformes
FR aumentada o isoladas ou bigeminadas
Hemólise intravascular o Incubação – 6 a 14 dias
Urina cor de coca-cola o Taxa de inoculação
Mais patogênica 7-14 dias o Sensibilidade do hospedeiro

Bianca Brum 2022/2


Manifestação clínica • B. bovis:
o Parasitemia à 1% - 40% das Hemácias • Congestão cerebelar e do córtex
o Hipertermia, anorexia, prostração, cerebral, coloração
evoluindo para a hemoglobinúria e róseo-cereja da massa cinzenta
anemia • Rins congestos

Babesia bovis Anaplasma sp.


o Pequena babesia - Anaplasma marginale: patogênico
o Tropismo vísceras - Anaplasma centrale
o Incubação – 6 a 12 dias Rickettsias
o Baixa parasitemia 80 a 90% encontram-se marginalmente
Mais patogênica nos eritrócitos
- Sinais neurológicos Forma arredondada, densa e homogênea
• Babesiose cerebral ou nervosa Hemácias parasitadas vão ser sequestradas
Dentro dos capilares do cérebro pelo baço → esplenomegalia → desequilíbrio
Sinais neurológicos: ácido-básico → icteríca
• Incoordenação motora Não tem congestão de massa encefálica
• Andar cambaleante Incubação 21 a 35 dias
• Opistótono Sinais Clínicos
• Andar em círculos - Anemia hemolítica progressiva
• Cegueira - Icterícia
• Pressão da cabeça contra objetos - Hipertermia
• Movimentos de pedalagem - Perda de peso
• Ataxia - Queda na produção de leite
• Agressividade - Abortos
• Coma – MORTE aguda - 3 dias - Morte

Outros sinais: Achados de necróspia:


• Anemia Mucosas anêmicas e ictéricas
• Alterações na dinâmica sanguínea Baço aumentado
• Hemácias nos capilares - petéquias Fígado amarelado e aumentado
• Hemoglobinúria (discreta) Vesícula biliar obstruída
• Anorexia
• Hipertermia BABESIOSE
• Taquicardia • Hipertermia (40º C)
• Taquipnéia • Anemia
• Queda na produção • Hemoglobinúria
• Apatia generalizada
Achados de necropsia babesiose: • Constipação, aborto, queda na produção
o Mucosas pálidas • Andar em círculo, convulsão e morte
o Baço e fígado escuros, aumentados e
congestos ANAPLASMOSE
o Linfonodos intumescidos e escuros - Hipertermia 40º C
o Vesícula biliar distendida, bile escura, - Anemia progressiva
densa e grumosa - Grave icterícia

Bianca Brum 2022/2


- Apatia Predisposição à surtos
- Aborto - Flutuação na população de carrapatos
- Medidas artificiais de controle
Diferenciação - Variações climáticas
• Ausência de hemoglobinúria - Introdução de bovinos susceptíveis em
• Não há congestão da massa encefálica áreas enzoóticas
• Icterícia ??? - Cepas heterólogas

Transmissão Área de instabilidade enzootica


Babesiose Vetor não está presente o ano inteiro
- carrapatos • Estação fria bem definida
- transfusão de sangue • Período do ano sem exposição
Anaplasmose • Oscilação do nível de anticorpos
- carrapatos circulantes
- moscas Animais passam um período do ano sem
- Agulhas (fômites) contato com carrapato
Oscilação do nível de anticorpos
Susceptibilidade circulantes
Gado de origem europeia mais susceptível Surtos são frequentes
que o gado zebuíno o Elevadas morbidade e mortalidade

Imunidade Área livre


- Exposição aos agentes nas primeiras - Não tem o vetor
semanas de vida Não é possível o desenvolvimento do
- Proteção colostral à Imunidade passiva carrapato
- Exposição constante aos agentes • Condições climáticas
transmissores • Extremo sul do Rio Grande do Sul, da
- Imunidade específica para cada agente Argentina e áreas do Nordeste
Especificidade Ac - Inexistência de condições ambientais
Terneiros em áreas endêmicas: - Bovinos susceptíveis
Placenta epitéliocorial – diminui a passagem
de Igs da mãe para o feto Diagnóstico
Colostragem é importante Clínico:
Desmame – é o primeiro desafio, pois - Histórico e apresentação clínica
diminui a imunidade, é onde ocorrem surtos - B. bovis: sinais nervosos
de TPB - B. bigemina: hemoglobinúria
Exposição do terneiro ao carrapato antes - A. marginale: icterícia
do desmame (vai ter Igs do colostro) Laboratorial:
Criação a campo – tem contato com - Esfregaço
carrapato - IFI
Criação confinado – não tem contato com o - ELISA
carrapato Patológico
- Via colostro
- Ac maternos oferecem boa proteção Tratamento
- Imunidade passiva x ativa Anaplasma sp.

Bianca Brum 2022/2


Tetraciclinas - Imidocarb
Quinolonas - Diaceturato de diminazeno
Carência após aplicação: - Oxitetraciclina
- leite: 7 dias Subdoses – metade da dose
- carne: 28 dias
Enrofloxacino (menor carência no leite) Expõe animal ao carrapato, mas antes faz
meia dose do medicamento, para diminuir a
Babesia sp. carga e o próprio animal combater a doença
Aceturato de Diminazeno (risco de resistência a ATB).
Carência após aplicação:
- leite: 5 dias Vacinas
- carne: 21 dias Vacinas inativadas
• Extratos solúveis e particulados,
Anaplasma + Babésia proteínas: induzem resposta humoral, mas
• Imidocarb ainda não adequadas para conferir
Carência após a aplicação: imunidade celular (necessária para
- leite: não usar parasitos intracelulares)
- carne: 220-241 dias Vacinas vivas (atenuada)
• Tetraciclinas + Aceturato de Diminazeno • Parasitos atenuados e em quantidade
• Quinolonas + Aceturato de Diminazeno suficiente para induzir resposta imunitária
Transfusão – fazer corticóide junto, para que proteja a desafios por
evitar choque. Vaca precisa de 3 a 5 litros cepas heterólogas
de sangue na transfusão • Anaplasma centrale
Energético + B12 • Babesias atenuadas por passagem em
Antitérmico terneiros esplenectomizados
Hepatoprotetor
DOENÇAS INFECCIOSAS DA
Usa Imidocarb ou associa um dos ATB com
REPRODUÇÃO
diminazeno
Imidocarb é muito forte, é um
quimioterápico Importância do estudo das doenças
• Sucesso da Reprodução
Controle e profilaxia Diagnóstico
Controle dos vetores Status sanitário
- Erradicação (?) • Selecionar indivíduos aptos à reprodução
- Controle estratégico Fertilidade/infertilidade
Animais parasitados durante todo o ano Subfertilidade
com infestações baixas Esterilidade
- Controle carrapato + imunização de • Laudo para feiras e leilões
animais susceptíveis
- Anaplasma – controle de moscas (épocas Doenças do Trato Genital
chuvosas) Doenças congênitas
orgânicas / não inflamatórias
Quimioprofilaxia • 5% das lesões
MAIS UTILIZADO

Bianca Brum 2022/2


Doenças adquiridas Problema: >3%
funcionais / inflamatórias
• Maior probabilidade comprometer Natimorto
fertilidade
• Causas Tentar fazer o diagnóstico de gestação o
• Ambiental (INFECCIOSAS) quanto antes, para avaliar as perdas reais.
• Traumática Estação de monta: novembro a fevereiro –
• Neoplásica se fizer o diagnóstico só em maio vai perder
os dados de perda embrionária e não vai
DOENÇAS ADQUIRIDAS INFECCIOSAS conseguir determinar a causa dos
ETAPAS abortos/perdas.
• Identificação Causas não determinadas: envio de
• Anamnese amostras para o setor de patologia.
• EXAME CLÍNICO GERAL
• EXAME CLÍNICO ESPECÍFICO Como manter a gestação?
Externo Sanidade de rebanho
• Vulva Controlar doenças
• Prepúcio 1 – Nutrição: vacas muito magras não vão
• Pênis emprenhar; vacas muito gordas também
• Testículos têm dificuldade, mas têm mais chances que
• Epidídimos as magras
Interno 2 – Idade
• Vagina 3 - Sanidade
• Cérvix 4 – Manejo: cachorro pode estressar as
• Útero vacas e o estresse pode gerar abortos; mais
• Oviduto fácil conduzir o grupo do que o indivíduo.
• Ovários
• Ampolas Registros
• Glândulas vesiculares Tx inseminações
Tx prenhez
Tx concepção
Definições Tx mortes embrionárias
Mortalidade embrionária (ME) Tx aborto
<42-45 dias Tx natimortos
30-35% perdas
• PRECOCE (<15d) BRUCELOSE
+ frequentes Mesmo plano de prevenção e controle da
Retorno ao estro regular Tuberculose.
• TARDIA (15-45d) Doença bastante resistente ao ambiente
Retorno ao estro >17-25 dias ZOONOSE
• Brucella abortus - Principal
Aborto • Bovis e bubalus
42 a 260 dias • Sensível a desinfetantes x Resiste ao
Aceitável: até 1% congelamento
Alerta: 2 a 3% • Sobrevive meses em locais úmidos

Bianca Brum 2022/2


• infertilidade • Placentite necrótica
• abortos no terço final de gestação • Aborto >5m
• após 2 gestações <20% acontece o aborto • Terneiros fracos (morrem)
A Brucella tem tropismo por ERITRIOL, • Terneiros normais
que vai ter alta concentração na placenta, • Retenção de placenta
no terço final. • Endometrite e Infertilidade

Prevalência Machos
Santa Catarina não vacina, Rio Grande do • Inflamação aguda
Sul vacina muito pouco, Mato Grosso vacina • Orquite uni ou bilateral
cerca de 40% dos animais. • Epididimite
Vai diferir de região para região • Vesiculite
• Necrose tes6cular
Inativação do agente • Brucella no sêmen

Programa de controle - PNCBET


Veterinários que fizeram curso e que têm
uma sala especial para exames (mini
laboratório) – treinamento + sala de
exames= número de habilitação (precisa
para a compra de Ag para diagnóstico).
Existe vacina e ela é eficiente
Qualquer médico veterinário é capacitado
para vacinar, desde que faça cadastro –
depende do número de cadastro para a
Patogenia compra de vacina.
Porta de Entrada: Oral Respiratório, Vacas positivas serão sacrificadas.
Conjuntivas, Genital e Pele (precisa de O Ministério só vai conseguir fazer o
lesão) controle através dos médicos veterinários
Linfonodo regional habilitados. Somente eles podem fazer as
Disseminação: Hemática Linfática coletas.
Baço, Fígado, Sistema reprodu6vo, Útero,
Úbere, Alaculações Vacinas
- vaca lambe a placenta abortada B-19
- fabricada em N laboratórios
Transmissão - mais disponível no mercado
Ingestão de leite e derivados sem - -mais barata
tratamento - 80-85% de eficiência
Secreções uterinas, restos de placenta e - imuniza por 5-8 anos
abortos infectados contaminam pastagens - dose única
que serão ingeridas por outros animais. - aglutina em placa: pode dar falso positivo
Doença ocupacional em (diagnóstico após 24 meses de idade)
frigorífico/abatedouro. - vacinação dos 3 a 8 meses

Fêmeas RB51
• Tropismo útero prenhe e placenta
• ERITRITOL/P4

Bianca Brum 2022/2


- apenas um laboratório fabrica • Brucelose: Fêmeas NÃO vacinadas contra
- menos disponível brucelose (ou vacinadas com rb51) e machos
- mais cara reprodutores (>8m). Fêmeas vacinadas com
- 80-85% de eficiência B19 (>24m)
- imuniza por 5 a 8 anos
- dose única Diagnóstico
- não aglutina em placa: pode diagnosticar a Isolamento: feto abortado, conteúdo
qualquer tempo abomasal e fígado.
- vacina dos 3 a 8 meses Placenta – lesão
Sorológico: sangue
Vacina viva: 3 meses já tem Ac para não Habilitado pode levar amostra para teste
desenvolver a doença e 8 meses é o máximo confirmatório. O médico veterinário
antes de entrar na puberdade habilitado que toma a decisão.
Não se vacina machos – se controla com Confirmado positivo, o habilitado tem que
teste, existe risco de desenvolver comunicar a inspetoria em 24 horas.
inflamação no testículo, epidídimo ou Teste do anel de leite: pega amostra do
escroto. tonel do leite. É um teste de triagem. Se
A vacinação das fêmeas controla a doença der positivo tem que coletar exame de
nos machos. todos. Habilitado pode fazer o teste.
Vacinação após 8 anos: só com RB51, pois
não aglutina no teste Tratamento
Não é permitido tratamento
Medidas compulsórias Abate dos positivos
Controle do trânsito de animais
Controle
Medidas voluntárias • Educação sanitária
Certificação de propriedades livres de • Vacinação
brucelose e tuberculose • Rotina de testes sorológicos
PROPRIEDADE DE LEITE OU MISTA • Abate sanitário dos reagentes positivos
• Fêmeas: Atestado negativo SEMPRE • Desinfecção das instalações e destruição
(EXCETO ABATE) de restos
• Machos (inteiros): Atestado negativo – placentários, fetos abortados e secreções
reprodução • Quarentena de animais introduzidos no
PROPRIEDADE DE CORTE rebanho
• Machos (inteiros) ou fêmeas: Atestado • Exame de saúde das pessoas envolvidas
negativo - reprodução
ANIMAIS DESTINADOS PARA NEOSPOROSE
AGLOMERAÇÕES Cão é o hospedeiro definitivo
• Exposições, feiras e leilões oficiais: A transmissão em fazendas se dá mais de
atestados negativos para tuberculose e/ vaca para vaca
brucelose. Transmissão transplacentária
IDADES E CATEGORIAS DOS ANIMAIS
A SEREM TESTADOS Sinais Clínicos
• Tuberculose: Machos e fêmeas (>6 Não apresenta sinais clínicos evidentes em
semanas) bovinos e bubalinos

Bianca Brum 2022/2


Infertilidade e abortos Ambos se transmitem por cópula na fêmea
– doença autolimitante, pode ocorrer
Diagnóstico aborto, se prenha.
Epidemiológico Cópula
Clinico: IMPOSSÍVEL • Macho-fêmea
Provas laboratoriais: • Macho-macho
Imunofluorescência indireta, ELISA, • Sêmen contaminado
Teste de Aglutinação direta
Análise do feto abortado e placenta Sinais Clínicos
Infiltrado inflamatório (inespecífico) • Macho:
Confirmação: Imunohistoquímica Assintomáticos
• Fêmeas:
É comum em casos de neosporose a Morte embrionária, aborto, inflamações
mumificação fetal uterinas
Demora no estabelecimento da prenhez:
Tratamento repetições cio, cio irregular, baixa
Não tem tratamento concepção
Metrites e piometras em vacas paridas
Prevenção
Vacinas estão sendo estudadas Diagnóstico
Identificar e eliminar gradativamente as Isolamento:
vacas infectadas • Lavado prepucial
Testar antes de introduzir animais no • Lavado vaginal
rebanho Meio específico para cultivo
Sorologia pouco eficiente para controle
Animais silvestres também podem fazer Tratamento
parte do ciclo da neospora Difícil de ser realizado

CAMPILOBACTERIOSE E Campilobacteriose
TRICOMONIOSE - Sulfato de dihidroestreptomicina
5g infundida no prepúcio com
Afetam gado de corte massagem por 5 dias
Machos sem sinais clínicos - Sulfato de dihidroestreptomicina
Fêmea: aborto 22mg/kg IM por 5 dias
Macho perpetua a doença
Tricomonose
Etiologia - Benzoilnitromidazole (50mg/kg)
Campilobacter foetus diluídos em 3 litros de solução a 20%
Fica alojado no prepúcio de dimetilsulfóxido (DMSO) IV
- Acriflavina 1,5% infundida no
Trichomonas foetus prepúcio com massagem por 5 dias
Ficam nas dobras do prepúcio
Prevenção
• Testar Touros periodicamente
• Descartar machos contaminados

Bianca Brum 2022/2


• Utilizar IA com sêmen de touros Diagnóstico
testados Imunofluorescência
• Repouso das vacas ? Cultura – enviar aborto para análise em
• Vacinas (Campilobacteriose) laboratório

LEPTOSPIROSE Tratamento
Dihidroestreptomicina 25-30mg/kg, dose
Etiologia única
Muitos sorovares – as vacinas não tem
todos os sorovares, é importante saber Prevenção
quais os sorovares estão presentes na Vacina (3 a 4 vezes ao ano)
propriedade para saber qual vacina usar. Controle de roedores
O esquema vacinal vai depender do local que Higiene
está a propriedade. Uso de EPIs

Transmissão IBR- RINOTRAQUEÍTE INFECCIOSA


Contato com urina, fezes, fetos/anexos BOVINA
Mucosas, pele íntegra
ZOONOSE Etiologia
• Herpervirus (HVB) tipo 1
Fator de risco – DNA virus
Veterinários, ordenhadores, etc • Herpesvirus bovino tipo 1.1 → quadros
respiratorios e abortos
Leptospira permanece por muito tempo em • Herpesvirus bovino tipo 1.2 → quadros de
lugares úmidos. vulvovaginites e
Cuidar com roedores em locais de balanopostites infecciosas
armazenamento de ração.
Capivaras são um problema. Característica
LATÊNCIA:
Sinais Clínicos - Sem sinais clínicos – só com baixa
• Retenção de placenta imunidade
• Repetição de cio, perda de fertilidade - Sem eliminação viral
• Abortos (segunda metade da gestação)
• Nascimento terneiros fracos e Abortos vão aparecer com a baixa
natimortos imunidade
• Fetos mumificados
• Abortamentos (necrose dos cotilédones) Também é considerada uma doença
• Hipertermia (40,5 a 41,4 ºC) respiratória com apresentação de
• Anorexia corrimento nasal e lesões
• Anemia, palidez de mucosas e icterícia
• Necrose tubular (rim, baço e etc) Diagnóstico
• Mastite (fluxo lácteo avermelhado, úbere Isolamento viral
frouxo e amolecido) PCR
• Alta mortalidade em animais jovens (5 a As vacas são candidatas a descarte
15%)

Bianca Brum 2022/2


Tratamento e prevenção - Terneiros com defeitos congênitos
Não há tratamento
Há vacina – preventiva e estratégica (a Animal persistentemente infectado (PI)
partir de 6 meses de idade, com reforço - Período em que o sistema imunológico não
anual) está completamente
Monitoramento constante de rebanho formado
- Vírus não citopatogênico reconhecido
DIARREIA VIRAL BOVINA - BVD como próprio ---- PI
Causa aborto e má-formação fetal - Posterior infecção com amostras
Mais relacionada a imunossupressão virulentas citopatogênicas ----
infecção severa ----Doença das mucosas
Etiologia Mantém o vírus a vida toda
• Pestevirus BVDV (RNA) Excretor permanente do vírus em todas as
• Biotipo não citopatogênico (NCTP) → sem secreções
lise de cultura celular (infecções Em geral morrem da forma clássica da
persistentes) – tipo mais comum doença das mucosas (até os 12 meses)
• Biotipo citopatogênico (CTP) → lise da
cultura celular (doenças das mucosas) Diagnóstico
• Células alvo → epitélio, endotélio e Sorologia – pode procurar Ac ou Ag
células de defesa (imunossupressão e Imunohistoquímica
assim porta de entrada para outras PCR
doenças)
Sorologia de Ac indica o status da fazenda,
Patogenia não serve para encontrar PI
Se dissemina nos órgãos Kit Elisa – mais barato
Dependendo da fase da gestação da vaca, IHQ – mais assertivo, caro
irão ocorrer diferentes consequências Ambos cortam um pedaço da orelha para
Infecção PI: não citopatogênica procurar Ag
PCR – soro, mais assertivo, caro
Transmissão Eliminar o PI da fazenda
Secreção oral, nasal, ocular, genital, Coletar orelhinha dos terneiros e fazer
fetos/anexos, fezes e urina Elisa
Contato direto com água, ar, venérea,
inseminação/embriões, fômites e Tratamento e prevenção
transplacentária NÃO TEM TRATAMENTO
Portas de entrada: mucosas oronasais e Controle:
genitais. - Identificar, Segregar e Descartar
animais infectados (PI)
Sinais Clínicos - Vacinação estratégica (a partir dos 6
Reprodutivos meses) ----
- ABORTOS reforço anual/semestral
- TERNEIROS PI
- Morte e reabsorção embrionária Controle
(repe3ção de cio) Vacinas – eficácia questionável
- Terneiros fracos ou na3mortos Vacina viva pode matar o animal PI

Bianca Brum 2022/2


Vacina morta: eficiência baixa

Bianca Brum 2022/2

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