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forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
TEXTO I
Stalkear agora é crime: o que faz uma pessoa perseguir alguém?
Pessoas obsessivas por outras sempre fizeram parte de histórias na literatura, no cinema e
na televisão. Mas com o surgimento das redes sociais – onde passou a ser possível
acompanhar o dia a dia uns dos outros – o comportamento se tornou ainda mais
frequente, tanto que chegou a ganhar um nome: o verbo inglês stalk. Seu uso é tão
constante que rapidamente a palavra foi adaptada ao nosso português para stalkear, ou
seja, uma intrusão em série, não desejada e não consentida que causa desconforto ou
medo no outro.
Mas na vida de muita gente, stalkear não é recurso literário ou cinematográfico, feita por
conhecidas e próximas da vítima. O pesadelo se tornou algo real e com tantas implicações
práticas e psicológicas que virou crime. Desde este ano, stalkear consta no Código Penal
brasileiro.
A boa notícia é que a lei brasileira finalmente criminaliza esse tipo de comportamento, que
considerado crime quem perseguir alguém repetidas vezes e por qualquer meio, digital ou
físico, ameaçando sua integridade física ou psicológica, com penas que variam de seis
meses a dois anos de prisão em regime fechado, além de multa. A sanção da lei no país
que ocupa o quinto lugar no ranking dos que mais matam no mundo por crime de
feminicídio – quase 80% deles cometidos por alguém próximo à vítima – deve ser
A policial civil do Distrito Federal Rafaela Luciene Motta Ferreira, de 40 anos, foi presa no-
vamente, nesta quinta-feira (2), por descumprimento de medida restritiva, que proibia a
poração e determinado pela Justiça, após a agente furar os pneus e esfaquear a vítima, no
domingo (28).
A policial foi detida na noite de quarta-feira (1°), na casa de familiares, na Asa Norte. Essa é,
pelo menos, a quarta vez que Rafaela é presa por crimes cometidos contra pessoas com
quem se relacionava.
antes de concordar ir para cadeia. A reportagem tenta contato com a defesa da agente.
Ao g1, o corregedor da Polícia Civil do DF, Adval Cardoso, informou que o episódio é "cons-
por-perseguir-ex-namorados-no-df.ghtml>. (Adaptado).
TEXTO III
Prática comum, especialistas alertam sobre o risco de passar alguma parte do dia “bisbi-
lhotando” a vida alheia. O vício é tanto que jovens brasileiros afirmam matar a curiosidade
de alguns perfis pelo menos uma vez ao dia. “Criar perfil falso pra stalkear é para os fracos,
eu stalkeio com o meu mesmo e sem nem seguir, vai fazer o que? Chorar?”, ironizou uma
usuária no Twitter.
curiosidade de saber o que a outra pessoa está fazendo, com quem está fazendo e onde
está fazendo não é nada saudável, além de se tornar prejudicial para a saúde psíqui-
normal que isso aconteça, mas é preciso evitar que se torne um hábito”, alerta a especialis-
ta.
“Dá para considerar saudável aquela olhada por curiosidade, que acontece de forma espo-
rádica. O que não é comum é fazer dessa ação um comportamento diário, no qual a pes-
soa vive em função dessas perseguições”, ressalta. Zerlottini ainda pontua sobre a necessi-
dade de observar prováveis desvios nesse hábito para que ele não se transforme em assé-