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A bioquímica é uma das ciências que teve uma notável evolução nos últimos anos.

Os dados
bioquímicos têm contribuído para o estudo do processo evolutivo. Entre as provas bioquímicas
que apoiam o Evolucionismo, destacam-se:
• O facto de todos os organismos serem constituídos pelos mesmo componentes orgânicos/
biomoléculas (glícidos, lípidos, prótidos (20 aminoácidos codificáveis) e ácido nucleicos (5
tipos));
• A universalidade do código genético e do ATP como energia biológica utilizada pelas células;
• Os mecanismos metabólicos comuns - síntese de proteínas, processos respiratórios e modos
de atuação das enzimas (presença de proteínas em todas as reações)…
A análise da sequência de nucleótidos no DNA tem fornecido, nos últimos anos, provas a favor
de uma origem comum para todos os seres vivos.
• As proteínas resultam da expressão da sequência nucleotídica do DNA.
• Seres com moléculas de DNA semelhantes possuem proteínas semelhantes.
• De igual forma, as estruturas anatómicas são resultado da informação contida neste ácido
nucleico.
• Seres com moléculas de DNA semelhantes são anatomicamente semelhantes e,
consequentemente são fenotipicamente semelhantes.

A proteínas diferentes correspondem, nos indivíduos, características também diferentes. Assim, é


de prever que, quando mais próximas evolutivamente se encontrarem as espécies, mais
semelhanças apresentam a nível de proteínas.
Se duas espécies apresentam sequências de genes e de aminoácidos muito próximas, muito
provavelmente essas sequências foram copiadas partir de um ancestral comum. Podemos então
concluir que:
• Quanto maior é a semelhança entre a sequência das duas cadeias proteicas, mais
semelhantes são os seres que as possuem, encontrando-se, por isso, filogeneticamente mais
próximos.
• Quanto menor for a diferença na sequência de aminoácidos de uma proteína (por exemplo a
insulina) de duas espécies diferentes, mais próximas filogeneticamente se encontram as
espécies.
Uma outra forma de estimar a proximidade entre as espécies é através da hibridação do DNA.
Nesta técnica, é extraído o DNA de espécies diferentes. Procede-se à desnaturação da molécula,
ou seja desenrolar a hélice, aquecendo levemente o DNA para o rompimento das pontes de
hidrogénio (separação das cadeias). De seguida, misturam-se as cadeias nucleotidicas de DNA e
espera-se que o ocorra o emparelhamento entre as cadeias das espécies diferentes, marcadas
radiactivamente (hibridação). A percentagem de hibridação indica a afinidade filogenética. Quanto
mais rápida for a formação de moléculas híbridas e quanto maior for a quantidade de bases
complementares emparelhadas, mais próximas serão as espécies do ponto de vista filogenético.
Quanto menor for a diferença entre duas cadeias de DNA, mais próximas estão filogeneticamente
as espécies, pois divergiram menos da cadeia de DNA inicial.
(Ver o resto no powerpoint)

Com isto pode pôr-se, por exemplo, a hipótese de que uma molécula de DNA ancestral comum,
por diferentes mutações, surgiram diferentes genes e, consequentemente, a sequência de
aminoácidos é diferente, originando diferentes moléculas de citrocomo C.

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