Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
FACULDADE DE DESPORTO
UNIVERSIDADE DO PORTO
Manuel Botelho 2
saberem colocar o corpo do executante (aluno ou atleta) segundo o esquema
de açäo motora pretendida. Assim pretende-se melhorar o comportamento
motor e também psicológico de quem executa seguindo três princípios: 1) partir
do simples para o complexo; 2) ir do fácil para o difícil; 3) da execuçäo com
ajuda (material e/ou humana) até à forma cada vez mais autónoma.
Tipos de Ajuda
Temos que distinguir dois tipos de ajudas: ajudas materiais, isto é, utilizaçäo
de colchöes ou outro tipo de aparelhos que facilitem a execução de qualquer
habilidade gímnica; e ajudas humanas, isto é, intervençäo do professor ou de
outras pessoas que normalmente serão os colegas de quem executa.
Ajudas humanas
Manipulacăo — como o próprio nome indica, é uma açäo manual do professor
sobre o corpo do executante. Este tipo de ajuda permite colocar o executante
numa boa posişäo sem grande ação da sua parte, levando-o à execução
global do elemento pretendido. Mas nesta fase é importante a participação
ativa do
executante, isto é, ele deve compreender e sentir o que está a fazer (ter uma
boa perceçäo cinestésica e visual do movimento).
Manuel Botelho 3
Nota: condicão fundamental da eficácia nas aiudas é nunca ajudar abaixo ou
Manuel Botelho 4
apenas na articulação mas sempre acima da mesma e, quando em
principiantes com pouca capacidade física, de preferência sempre nos dois
elementos da articulação e o ajudante deve colocar-se perto do executante
atuando o mais possível junto ao centro de gravidade do executante (ou
mesmo no CG, quando assim for necessário).
Manuel Botelho 4
GINÁSTICA ACROBÁTICA
1. Conteúdo Semântico
O termo acrobática é de origem grega AKpÓ§OTOç, de ÀKpoç que significa
ponta, extremidade. ÂKÇO§aTÉuJ, m é “andar nas pontas dos pés”. Assim,
provêm da antiguidade referências à acrobacia (em vasos de cerâmica, baixos
relevos, pinturas murais, etc.) como fazendo parte de festividades (no antigo
Egipto, China e América do Sul) ou de espetáculos (Grécia e Roma). É prova
disso o fresco Bull-Sports de Knossos (1500-1450 a.C.) encontrado na ilha de
Creta e que se encontra no museu Herakleion.
É a partir da Roma Antiga que esta atividade mais se espalha devido aos
números de acrobacia feitos principalmente nos circos, local privilegiado dos
espetáculos populares. Com o alargamento do Império Romano dá-se também
a sua expansão através da Europa sendo normal as acrobacias individuais, a
dois ou a três e de grupos, nas feiras, festas populares ou solenidades estatais.
Esta atividade toma-se desporto e desenvolve-se extraordinariamente no séc.
XX, sobretudo nos países do leste europeu, realizando-se a primeira
competição na Rússia em 1939 com 90 participantes masculinos, a nível
nacional, constando de “Tumbling” (exercícios de tapete), pares e pares-
duplos. No ano seguinte passaram a participar também mulheres.
A federação responsável pela Ginástica Acrobática começou por ser a
International Federation of Sports Acrobatics (IFSA), mas presentemente a
Ginástica Acrobática passou a fazer parte da Federação Internacional de
Ginástica (FIG).
Manuel Botelho 5
menosprezar o facto de que o homem está habituado a um referencial de
bipedia organizado da cabeşa para os pés e suportada pela vigilância
(tonicidade) dos músculos anti gravitários e pela sensibilidade viso vestibular.
«O homem durante os dois terços da sua vida está na posişão vertical. Durante
o terço restante, está na posição horizontal, mas este terço corresponde ao
sono (...). Portanto, a posição fundamental do ser humano é de pé» (Bonnet,
1983, p. 45). «Ora, os desportos gímnicos ao colocarem o indivíduo em
situaşões sistematicamente inabituais obrigam-no a uma reorganização bio
informativa tanto no plano postural como motor. Além disso, contrariamente à
grande maioria dos desportos coletivos e individuais, a falta de êxito da
execução arrasta quase sempre o rìsco de acidentes comprometedores. Na
verdade, a posição de pé nos desportos gímnicos é quase sempre passageira
sendo a maior parte das vezes a partida e a chegada de gestos complexos
executados com ou sem rotaçäo do corpo» (Botelho, 1998, p.40).
Portanto, a eficácia do gesto gímnico está dependente não apenas de leis
biomecânicas (relação dinâmica do peso/força do praticante e a estrutura
própria dos diferentes aparelhos) mas, fundamentalmente, assenta na
adaptabilidade do indivíduo às situaçöes que se Ihe deparam: perceber a cada
instante, quer parado quer em rotaçăo ou suspensão, qual a postura
coordenada mais idónea (adaptável) aos pontos de apoio ou rotações no
espaço permitindo uma grande independência na mobilidade de diferentes
partes do corpo (Botelho, 1998) Ora, tudo isto é fruto de uma aprendizagem
sistematizada que, para levar à otimização de execução, exige uma atividade
preceptiva permanentemente reguladora das condutas motoras. A ginástica
demonstra o domínio mais perfeito do corpo, ora em movimento nos aparelhos,
ora em atitudes ou posições imóveis de forşa ou equilíbrio (Thomas e cols.,
1989).
A GA é fácil de abordar junto dos alunos porque o seu desenvolvimento
assenta nas seguintes premissas: necessidade reduzida de material a utilizar
(alguns tapetes são suficientes para a sua iniciaçäo), praticamente acessível a
todo o tipo de alunos (qualquer idade e morfotipo), ser fácil implementar
programas competitivos simples muito acessíveis desde os primeiros anos de
prática e é uma modalidade interessante em termos cénicos (exibişões ao ar
livre, em espetáculos de dança, de teatro ou festas populares, recorrendo a
pirâmides ou outros exerclcios). Contrariamente às outras modalidades
Manuel 6
gímnicas, a GA, além de ter uma prática mais concentrada numa única
disciplina e não dispersa por vários aparelhos, permite também que os ginastas
(alunos) desenvolvam a sua prática de uma forma não cingida ao estereotipo
dos desportos individuais, mas sim em permanente cooperação com outros
atletas (alunos) (Nissen, 1991), num processo de maior sociabilizaçäo
sobretudo nos escalões etários mais baixos.
- Específicos:
- Ser capaz de compreender e também desempenhar funções de “base" ou "volante;
- Executar muito bem a técnica das pegas, os "montes” e os “desmontes";
- Ser capaz de sustentar tanto o próprio corpo, como o do colega, em posturas
estáticas e/ou dinâmicas;
- Desenvolver cada vez mais o equilíbrio tanto nas figuras simples como nas mais
complexas, isto é, na posição “base (de pé com os membros inferiores
afastados e semifletidos), de joelhos, em decúbito dorsal, etc.
1 . 3 Princípios metodológicos
A lógica da GA é um desafio e ao mesmo tempo provocação permanente ao
desequilíbrio do corpo do executante, quer individualmente quer em grupo, em
posturas estáticas e dinâmicas. Por isso, se torna evidente dizer que os
desportos gímnicos, ou seja, a Ginástica Artística, Acrobática, Aeróbica, o
Tumbling e os Trampolins (um pouco menos a Ginástica Rítmica), são
desportos de risco calculado. Assim é, porque a postura do corpo tanto em
apoio como em movimento, obriga o executante a um controlo preciso das
variações que essa postura sofre quando executa qualquer exercício ou rotina
(conjunto de elementos gímnicos e acrobáticos). Também podemos afirmar
que o corpo de um praticante ou ginasta na execução de figuras e elementos,
sobretudo os acrobáticos, está sujeito a um sistema de aferências (a partir de
estímulos visuais, tátilo quinestésicos e labirínticos) e processamento de
informações organizadas e programadas segundo uma lógica de relação
recíproca. Por isso notamos que, numa perspetiva meramente formal e não sob
um prisma de execução técnica, o corpo do ginasta parece desafiar
constantemente as leis da gravidade, quer em apoio, quer em movimento com
fases aéreas, e normalmente em situações não habituais da bipedia típica do
normal ser humano. Mas para chegar a um alto nível de execução, o
praticante ou o atleta de qualquer disciplina gímnica exerce sempre a sua
atividade entre dois polos sinérgicos: aprendizagem/treino dos elementos
(gímnicos, acrobáticos, coreográficos, etc.) e exercitação constante das suas
capacidades motoras e volitivas (sobretudo na competição de alto rendimento).
Manuel Botelho 8
Se a Ginástica Acrobática (GA) é uma disciplina acrobática onde o risco calculado
(díade tomada de risco — domínio do risco) é uma constante, como já foi atrás dito,
torna-se entáo necessźrio ter uma noçao constante de seguranşa.
Com efeito, o interesse do aluno por este tipo de atividade passa pela forma como o
professor intervém no processo de ensino/aprendizagem, porque tal interesse é uma
forte motivação quer para quem aprende, quer para quem ensina. Em qualquer
atividade é fundamental estimular o interesse natural do aluno para o desconhecido,
para a novidade ou para o gasto da aventura.
Assim torna-se importante organizar este tipo de atividade respeitando determinado
número de princípios. Ora na GA o êxito perante tão grande variedade de situações e
figuras possíveis de executar permite que os alunos, aumentando a componente
motivacional, se empenhem cada vez mais e possam atingir um razoável índice de
desempenho.
Antes de mais, é importante adequar o material (tapetes e outros aparelhos de ajuda)
em função quer das etapas de aprendizagem, quer das capacidades dos executantes.
Numa palavra, a ajuda material deve estar adequada à ajuda humana, isto é, por
exemplo, no início das aprendizagens, o(s) ajudante(s) devem estar à altura do(s)
“volante(s)” a fim de participar(em) eficazmente no apoio (ajuda de manipulaçäo)
conjuntamente com o(s) "base(s)” (o risco está sempre associado à distância entre o
corpo do executante e o solo) — é importante evitar a associação do medo à alteração
emocional que invade alguns principiantes, sobretudo nas posições invertidas. Por
outro lado, é muito importante, nos primeiros niveis de prática, o respeito pelas
funções de cada um, isto é, o “base” é sempre a garantia da execução dos elementos
em segurança por parte do "volante".
Princípio básico a respeitar, é o facto de o professor/treinador dar particularmente
atenção ao primeiro contacto entre parceiros, altura onde se gera a confiança mútua
entre eles, quando os seus corpos contactam entre si, numa reciprocidade de
captação/assimilação de informações extero e propriocetivas (constituição de uma
comunicação energética de interação motora). Então, respeitando a Iógica dos
princípios de ensino/aprendizagem das tarefas motoras mais ou menos complexas
como são todos os desportos acrobáticos, deve começar-se por execuções no solo e
só depois fazer montes, isto é, assegurando-nos dos requisitos de base,
estabelecemos progressões de aprendizagem partindo do trabalho individual inicial
(com ou sem aparelhos de ajuda) para as pirâmides estáticas (e,quiIibrios) ou
dinámicas (com fases aéreas).
É importante começar por exercícios simples de equilîbrio aos pares, contra
equilibrios (“forças combinadas"), montes e desmontes simples (com ajuda de um companheiro ou
material disponível do ginásio) e passar posteriormente para tarefas
Manuel Botelho 9
envolvendo mais executantes utilizando as pirâmides (3, 4 ou mais elementos) — nas
aulas de Ginástica Escolar, de preferência mais para o fim da aula.
Portanto, conforme se vai desenrolando a aquisição das habilidades motoras
fundamentais, devem propor-se tarefas mais complexas. Contudo, recomenda-se que
a partir de uma determinada etapa os alunos devem constituir-se em grupos mais ou
menos fixos, de acordo com a sua disponibilidade/capacidade motora, organizando as
atividades com objetivos e normas bem definidas.
Uma questão de realce na execução das figuras é a comunicação constante que deve
sempre existir entre os intervenientes em ação pois é exigida uma sincronização na
execução das tarefas. Convém definir desde o infcio quem lidera ou exerce a voz de
comando tanto nos montes (entradas), como nos desmontes (saídas) ou em cada fase
da figura: estas instruções podem ser palavras de ordem, sinais previamente
combinados ou simples contagens numéricas.
Por último, o professor/treinador tem de ser capaz de saber analisar os fatores de
insucesso que impedem alguns alunos de participar ou estar motivados. Geralmente,
esses fatores são o medo das alturas, dificuldade no controlo do corpo em situações
de equilíbrio e, por vezes, possíveis dores de cabeça e/ou tonturas e náuseas,
sobretudo nas posições invertidas.
Manuel Botelho
10
Pega simples (fig.1) — esta pega é das
mais usadas, quer o volante esteja de
frente, de Iado ou de costas para o base.
Mão com mão, o indicador e o dedo médio
prendem no punho do colega dando
estabilidade, visto que é mais dificil que a
pega escorregue. Existe também a pega
simples dupla cruzada (fig.2).
O uso da pega simples nos apoios invertidos, por exemplo, é justificado pela
superfície de apoio que oferece ao volante e permite que o base ajude a controlar
o equilíbrio do volante na posição. Por vezes, o base opta por colocar o indicador
ou este e o dedo médio ao Iogo do punho, direccionados para o cotovelo do
volante.
Fig. 3
Fig.3.1 Fig. 3.2
Manuel Botelho
11
Pega de dedos (fig.7) — é pouco utilizada
fig 7 e, normalmente, só em posições estáticas,
havendo também a pega dupla de dedos
(fig.8) .
fig.1 I fig.12 a) b)
c)
Fig. 14 a) b)
Fig.15
Manuel Botelho
Fig.16
Manuel Botelho
instrumental, durante 2,30 minutos. A voz pode ser um dos instrumentos usados,
Manuel Botelho
contudo está interdito o uso de palavras precetivas.
Em todos os exercícios (dinâmico, equilíbrio e combinado) os constituintes de cada
par/grupo devem ainda apresentar a execução mínima de 4 elementos individuais
(podendo ser um deles coreográfico) e de 6 posições de par/grupo. Os grupos, quer
femininos (trios) quer masculinos (quadras), têm que apresentar no mínimo 2
pirâmides diferentes com 3 manutenções mantendo-se a obrigatoriedade de
executarem 6 exercícios dinâmicos tal como nos pares.
Os exercícios devem ser executados num praticável de 12 X 12 metros. Apenas é
permitida a colocação de colchões de segurança nos exercícios de equilíbrio em
grupos masculinos, devido à elevada altura que as pirâmides elaboradas pelos atletas
podem atingir, sobretudo no caso das colunas em que se podem colocar os quatro
atletas em pé (nos ombros uns dos outros).
Em todos os esquemas há restrições e obrigações para a construção dos mesmos
(Ver Tabela). Apenas alguns exemplos: obrigações - a execução de dois mortais como
elementos individuas nos exercícios dinâmicos, a execução de um apoio invertido nos
exercícios de equilíbrio por parte do volante, etc.; restricões — não é permitida a
repetição de qualquer elemento, os grupos femininos não podem repetir uma pirâmide
de categoria 1, etc.
1.6 6 A GA em Portugal
O aparecimento da GA no nosso país remonta ao que na altura se designava por
ginástica de “forças combinadas". São disto exemplo as manifestações gímnicas
(“Ginástica Demonstrativa" hoje conhecida por “Ginástica de Grupos") protagonizadas
pelo Professor de Educação Física Robalo Gouveia (primeiro presidente da Federação
de Ginástica de Portugal (FGP)) e Moura e Sá (Professor no antigo INEF, hoje FMH-
UTL), respetivamente, através das classes de ginástica do Instituto Militar dos Pupilos
do Exército e do Ginásio Clube Português. Poderemos considerar estas classes de
ginástica como precursoras da prática da modalidade no nosso país. Todavia, só em
1982 apareceu em Portugal a modalidade de uma forma integrada na Federação
Portuguesa de Ginástica (hoje FPG) e sob o nome de Ginástica Acrobática. Com
efeito, o presidente da FPG, Prof. Robalo Gouveia, enviou à Bulgária o treinador de
Tumbling do Alhandra (Eng. Mota), onde fez um estágio que serviu de base às
primeiras ações de formação em Lisboa e Porto (tive oportunidade de pertencer ao
grupo de treinadores que participou na ação realizada no Porto, no ginásio do antigo
ISEF, hoje FADE-UP) sobre a divulgação desta modalidade desportiva. A partir daqui
todo o processo de desenvolvimento da GA se orientou na utilização do regulamento
internacional, embora no início estivesse cingida a programas adaptados para os
Manuel Botelho
ginastas de nível técnico menos avançado existentes na época, segundo as
sensibilidades emergentes e predominantes em cada fase do crescimento desta
atividade (FPG, 1983). É disto testemunho o que foi apresentado em 1982 onde, um
conjunto de posições obrigatórias, deu o mote à primeira abordagem regulamentar
nacional ao que viriam a ser os Desportos Acrobáticos em Portugal: Tumbling e
Ginástica Acrobática. No entanto, foi o Plano de Progressão de 1983, da ainda FPG,
que definiu os exercícios em cada uma das disciplinas, dividindo as diferentes
categorias e permitindo os primeiros contactos internacionais (a princípio apenas
cingidos ao Tumbling ) que começou a haver urna orientaçăo de todos os agentes da
modalidade. Através da participação em Tumbling nas provas europeias, na altura
com seleções onde predominavam ex-ginastas da Ginástica Artística, os treinadores e
dirigentes da FPG começaram a observar o que se fazia nas provas internacionais,
permitindo uma estruturaçăo nesta modalidade com um nova Plano de Progressão em
1989 que deve muito ao trabalho implementado pelo Prof. J. Fernandes. No Plano de
Progressão de 1983 estavam definidos 6 níveis de progressão para os ginastas com
as notas que eles deveriam atingir para transitar de nível e os elementos que deviam
ser incluídos nos exercícios de pares/grupos. Para os 2 primeiros níveis (iniciação) era
exigido um exercício combinado e para os outros 4 níveis era necessário executar um
exercício de equilîbrio e outro dinâmico. No Plano de 1989 foram apresentados cinco
niveis de progressão, mantinha o sistema de notas de passagem de nível e os
elementos de pares/grupos e individuais, ainda que obrigatórios, apresentavam um
sistema de alternativas que permitia uma maior flexibilidade na evoluçăo técnica de
cada ginasta. Assim, no nível de iniciação era exigido apenas um esquema
combinado, ao contrário dos outros 4 níveis onde era obrigatório executar um
exercício de equilíbrio e outro dinâmico.
De notar que nessa altura os Pianos de Progressão, tanto na Ginástica Artística (na
altura denominada Ginástica Desportiva) como na Ginástica Acrobática, eram
baseados em programas de outros países, nomeadamente das Progressões
Pedagógicas da Federação Francesa de Ginźstica. Quando a modalidade passou a
fazer parte da Federação Portuguesa de Trampolins e Desportos Acrobáticos (FPTDA)
o salto qualitativo deu-se de forma mais evidente: em 1994 é apresentado um
Programa com normativas e orientações específicas, embora os escalões etários
ainda não fossem coincidentes com o Programa da IFSA (federação que tutelava a
Ginástica Acrobática nessa altura). Hoje, a Federação Internacional de Ginástica (FIG)
rege os destinos da GA, e em Portugal, com a extinção da FPTDA, esta modalidade
está sob a alçada da FGP, que estabelece um Regulamento nacional de provas.
Existem atualmente 4 escalões: - Seniores, Juniores, Juvenis e lnfantis, dos quais se
subdividem Categoria A e B nos escalões Seniores e Juniores. As competições
Manuel Botelho 16
nacionais enquadram somente os escalões Seniores, Juniores e Juvenis, sendo da
responsabilidade das Associações regionais a organização e regulamentação do
escalão de Infantis.
Por ano organizam-se 6 eventos nacionais, a saber : - Torneio de Abertura, Torneio da
Primavera, Prova Qualificativa, Campeonato Nacional A, Campeonato Nacional B e
Taça.
A GA está disseminada por todo o território nacional notando-se uma
preponderância de clubes na zona litoral. (por exemplo: Zona Norte — Acro
Clube da Maia, Ginásio Clube Vilacondense e Sport Clube do Porto; Zona
Centro — Associação Académica de Coimbra e Ginásio Clube de Tomar; Lisboa
— Ginásio Clube Português e Grupo Dramático e Sportivo de Cascais e Zona
Sul — Louletano Desportos Clube e Gimnofaro Ginásio Clube).
Manuel Botelho
APOIO INVERTIDO
Manuel Botelho
DEC0U\/żU EXRODER
VOD8tED
AFFINEt
ADOlOINVEDTDO
8QUltUD|O
Manuel Botelho 19
RODA
DEC0UYšI8 J0UEî
Manuel Botelho 20
Manuel Botelho
RONDADA
RONDADA
Manuel Botelho
ALGUNS EXERCÍCIOS SIMPLES DE EQUILÍBRIO (iniciação)
Manuel Botelho
ELEMENTOS DE EQUILIBRIO (BASICOS)
Manuel Botelho
PEQUENAS LIGAÇÕ ES
20
l8
Manuel Botelho
MONTES SIMPLES (para os ombros)
Exercícios Metodológicos
Manuel Botelho
DESMONTE
ou por salto
Exercícios metodológicos
Manuel Botelho
PROJECÇÕES E ELEMENTOS EM VOO
Manuel Botelho
Mortal atrás engrupado
a) Partindo de sentado
b) De pega de estafa
Manuel Botelho
Manuel Botelho
ELEMENTOS SIMPLES DINÂMICOS
RODA
Manuel Botelho 31
SALTO de MÃOS
FLIC FLAC
Manuel Botelho 32
EXEMPLOS DE PIRAMIDES
Manuel Botelho 33
Manuel Botelho 34
Manuel Botelho 35