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TREINAMENTO ESPORTIVO DE ESCOLARES

ROTEIRO SEMINÁRIO CAPACIDADES COORDENATIVAS


Gisele, Ivana, Luana e Suzy

Indicie com principais seções


Introdução
Capacidades Motoras
Capacidades Coordenativas
Considerações Finais

INTRODUÇÃO
O termo “CAPACIDADES MOTORAS” define os pressupostos necessários
para a execução e aprendizagem de ações motoras desportivas, das mais
simples às mais complexas.
Por ser do ponto de vista terminológico mais exata e precisa, substituiu outras
expressões até então utilizadas, designadamente a expressão “qualidades
físicas” (Carvalho, 1987).
As capacidades motoras são pressupostas pelos movimentos que permitem as
qualidades inatas de uma pessoa (como um talento, um potencial) que possam
evidenciar.
Exemplos dessas capacidades são a força, resistência, flexibilidade, e a
velocidade.
Baseiam-se em predisposições genéticas e desenvolvem-se através do treino.
Não são qualidades do movimento, mas sim pressupostos para que ele exista
(Grosser, 1983).
Carvalho (1987) afirma que o termo “capacidade” é bastante mais adequado à
área do Desporto, por indicar uma medida de potencial, tornando-se por isso,
de valor amplamente modelável ou treinável.
O que determina as Capacidades Motoras Condicionais são principalmente os
processos que conduzem à obtenção e transformação de energia, isto é, neles
prevalecem os processos metabólicos dos músculos e sistemas orgânicos. Por
outro lado e determinadas pelas componentes onde predominam os processos
de condução do Sistema Nervoso Central, são por sua vez, as Capacidades
Motoras Coordenativas (Grosser, 1983).
Além de Hirtz (1986) e Meinel e Schnabel (1987, in Greco e Benda, 2001),
outros autores referidos também por Greco e Benda (2001), tais como Roth
(1982), Letzelter (1978) e Pöhlmann (1986) caracterizam as capacidades
coordenativas como Revisão da Literatura 20 “propriedades qualitativas do
nível de rendimento de um ser humano, pré-requisitos de rendimento que o
capacitam para executar determinadas acções”.
Importância
Hirtz (1986) recomenda um sólido e persistente desenvolvimento das
capacidades coordenativas, porque lhes reconhece um papel preponderante
para que as crianças e os jovens executem de forma correcta e conveniente
múltiplas acções motoras do quotidiano, do emprego ou do desporto. O mesmo
autor adianta ainda que cada vez mais se reconhece quão significativo é o
aperfeiçoamento das capacidades coordenativas na formação corporal de base
e no processo de treino do jovem desportista. Na perspectiva de Greco e
Benda (2001) estamos perante capacidades que habilitam o atleta a dominar,
de forma segura e económica, acções motoras em situações previsíveis
(estereótipos) e imprevisíveis (adaptação), e também a aprender movimentos
desportivos. Esta ideia é reforçada por Hirtz, 1986, que refere que a economia
nas actividades motoras só acontece quando através de tarefas adequadas se
utiliza de forma exacta a força e se relaxam os grupos musculares não
utilizados, tendo por base as capacidades coordenativas que determinam o
grau de utilização das potências funcionais, condicionais e energéticas.
Grosser (1983) acrescenta que estas capacidades são essenciais para a
condução e execução do movimento e formam praticamente a base para a
realização e domínio dos gestos técnicos.

COORDENAÇÃO
Capacidade de assegurar uma adequada combinação de movimentos que se
desenvolvem ao mesmo tempo ou em sucessão.
Permite que os movimentos executados sejam sincronizados entre eles.

AGILIDADE
Capacidade para que ocorra o movimento do corpo no espaço
Habilidade do corpo inteiro ou de um segmento
Movimento pode ser realizado mudando a direção, rápida e precisamente
EQUILÍBRIO
O que é equilíbrio?

-Taubes:Moshe Feldenkrais, um autor e educador somático, descreve equilíbrio


como "a habilidade de manter o centro de gravidade do corpo dentro da base
de suporte, seja em movimento ou em repouso" (Taubes & Schumacher,
1977).

-Grosser:Martin L. Grosser, um pesquisador em biomecânica, define equilíbrio


como "a capacidade do sistema neuromuscular de controlar o centro de massa
do corpo em relação à sua base de suporte, mantendo a estabilidade postural"
(Grosser et al., 1987).

-Winter:David A. Winter, um especialista em biomecânica humana, descreve


equilíbrio como "a habilidade do sistema nervoso central de manter a
estabilidade do corpo, controlando a posição e o movimento do centro de
gravidade em relação à base de suporte" (Winter, 1995).

- O equilíbrio é a capacidade do corpo de manter a estabilidade e a postura


durante atividades físicas.
- Existem três tipos de equilíbrio: estático (manter a posição parada), dinâmico
(manter o equilíbrio durante movimentos) e equilíbrio reativo (capacidade de
reagir a perturbações externas).
- O equilíbrio é crucial em várias atividades esportivas, como yoga, dança,
ginástica, entre outras.

Como o equilíbrio pode ser trabalhado nas aulas de educação física?

-Exercícios de estabilidade: Introduza exercícios que desafiem a estabilidade


corporal, como pranchas, equilíbrio em uma perna, prancha lateral, prancha
com bola suíça, entre outros. Esses exercícios ajudam os alunos a
fortalecerem os músculos estabilizadores e a melhorarem o equilíbrio corporal.
-Atividades de propriocepção: Inclua atividades que estimulem a
propriocepção, que é a percepção do corpo no espaço. Isso pode incluir jogos
de bola com os olhos fechados, caminhadas em trilhas irregulares ou
exercícios de equilíbrio em superfícies instáveis, como bosu ou almofadas de
equilíbrio.

-Treinamento de coordenação: Desenvolva exercícios que envolvam


coordenação de movimentos e equilíbrio, como dribles de bola em movimento,
corridas de obstáculos com mudanças de direção, ou até mesmo atividades de
slackline para desafiar o equilíbrio dinâmico.

-Jogos de equilíbrio: Crie jogos que estimulem o equilíbrio, como corridas de


saco, corridas de três pernas, competições de equilíbrio em troncos de árvores
ou em linhas demarcadas no chão. Esses jogos são divertidos e ajudam os
alunos a desenvolverem o equilíbrio estático e dinâmico.

-Treinamento específico para esportes: Integre exercícios de equilíbrio


específicos para os esportes praticados, como exercícios de equilíbrio para
surfistas, skatistas ou ginastas. Isso ajuda os alunos a melhorarem o equilíbrio
relacionado às demandas específicas de seus esportes.

RITMO
O que é ritmo?

-Laban:Rudolf Laban, um renomado coreógrafo e teórico do movimento, define


ritmo como "a organização do tempo em movimento; uma medida definida e
regulada de movimento" (Laban, 1966).

- Werner: Margaret Warner, uma especialista em educação física, descreve


ritmo como "a fluidez e continuidade de movimento caracterizado pela
regularidade de padrões de tempo e espaço" (Werner, 1975).
-Voss:Gideon Voss, um pesquisador em psicologia do esporte, define ritmo
como "a habilidade de coordenar sequências de movimento em tempo preciso
e regular, seja em resposta a um estímulo externo ou interno" (Voss, 2008).

- O ritmo é a capacidade de manter uma cadência regular e coordenada de


movimentos.
- O ritmo pode ser natural ou aprendido e é essencial em muitas atividades
físicas, como dança, música, corrida, entre outras.
- Desenvolver o ritmo melhora a coordenação geral e a capacidade de
sincronização do corpo.

Como o ritmo pode ser trabalhado nas aulas de educação física?

-Aquecimento ritmado:Inicie as aulas com um aquecimento que inclua


movimentos rítmicos, como pulos, saltos, corridas, movimentos de braços e
pernas coordenados com batidas de música rápida.

-Danças aeróbicas: Introduza danças aeróbicas simples que envolvam padrões


de movimento rítmico, como zumba, aeróbica ou danças populares. Os alunos
podem seguir coreografias simples ao som de músicas animadas.

-Treinamento de agilidade com ritmo: Desenvolva circuitos de treinamento de


agilidade que incorporem padrões rítmicos, como pular corda em ritmo
específico, passos de sapateado em cones ou corridas de obstáculos com
batidas de música.

-Exercícios de coordenação com música: Realize exercícios de coordenação


motora ao som de músicas com ritmo marcante. Isso pode incluir dribles de
basquete em sincronia com a batida da música ou movimentos de passos de
dança em ritmo com a música.
-Jogos de ritmo:Crie jogos que exijam que os alunos mantenham o ritmo, como
jogos de batidas de mãos, jogos de pés ou jogos de ritmo corporal, onde os
alunos devem sincronizar seus movimentos com uma batida específica.

-Desafios de sincronização: Organize desafios onde os alunos devem


sincronizar seus movimentos com os movimentos de um parceiro ou de um
grupo, seguindo um ritmo específico. Isso pode ser feito através de atividades
de imitação ou danças em pares.

ADAPTAÇÃO
Na Biologia, compreende-se a adaptação fundamentalmente como uma
reorganização orgânica e funcional do organismo, frente a exigências internas
e externas; adaptação é a reflexão orgânica, adoção interna de exigências. Ela
ocorre regularmente e está dirigida a melhor realização das sobrecargas que
induz.

Segundo Weineck (1999) a adaptação é a lei mais universal e importante da


vida. Adaptações biológica apresentam-se como mudanças funcionais e
estruturais em quase todos os sistemas. Por adaptações biológicas nos
esportes e entende-se as alterações dos órgãos e sistemas funcionais que
ocorrem em decorrência das atividades psicofísicas e esportivas.

No treinamento esportivo, a adaptação adquire uma importância muito peculiar,


sendo caracterizada pela necessidade de evitar a estabilização de trocas
energéticas e a estabilização dos resultados dos Atletas. ( GRANELL;
SERVIERA, 2003).

ACOPLAMENTO
Capacidade de acoplamento ou sincronização
ZIMERMANN (1987), O termo acoplar traz a ideia de unir e refere-se
justamente a esta característica de unir movimentos parciais diferentes do
corpo, tornando-os um movimento único, acoplados entre si, coordenados.
Este termo refere-se, também, à sequência correta de execução.
É a capacidade de coordenar efetivamente movimentos parciais do corpo entre
si e em relação ao movimento total que é realizado, para unir habilidades
motoras mecanizadas.
Em alguns esportes, a sincronização é essencial para executar movimentos
harmoniosos e eficientes com todas as partes do corpo.
Em outros esportes, o tempo deve ser considerado juntamente com outras
ações que requerem a manipulação de instrumentos.
É a Capacidade de assegurar uma adequada combinação de movimentos que
se desenvolvem ao mesmo tempo ou em sucessão. Ela permite ligar
habilidades motoras como corrida e salto, impulso e lançamento, e nos
movimentos de membros superiores e inferiores, como na natação, no saltos e
etc. Permite que os movimentos sejam sincronizados e ajustados entre eles;
suas ligações se fazem de maneira mais fluente.

DIFERENCIAÇÃO
Permite descriminar e adequar os movimentos efetuados com precisão e
economia de energia, independentemente da sua dinâmica. Controla as
informações provenientes da musculatura, doseando a aplicação do
movimento.

REAÇÃO
Consistem em faculdade de analisar rapidamente a situação e de lhe aplicar a
resposta motora mais adequada;

CONCLUSÃO
Weineck (1999) afirma que “as capacidades de coordenação são a base de
uma boa coordenação sensório-motora; quanto mais elevado for seu nível mais
depressa e mais seguramente poderão se aprender movimentos novos ou
difíceis”.

Diante do exposto a acadêmica irá contextualizar a importância do


Desenvolvimento das Capacidades coordenativas fazendo um paralelo com o
dia-a-dia do aluno.

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