Você está na página 1de 8

→ Epistaxe, Hemoptise e Pseudohemoptise PRINCIPAIS CAUSAS

o Principais causas . A ruptura dos vasos sanguíneos nasais pode ser desen-
o Fisiopatologia cadeada por uma série de fatores. Alguns dos principais
o Apresentação Clínica incluem:
o Diagnóstico → Trauma: Lesões no nariz, como um golpe ou fricção
o Tratamento excessiva, podem danificar os delicados vasos san-
guíneos e levar ao sangramento.
EPISTAXE
FISIOPATOLOGIA → Ressecamento da Mucosa: A exposição prolongada a
ambientes secos pode ressecar a mucosa nasal, tor-
. A epistaxe ocorre devido à ruptura de pequenos vasos nando-a mais suscetível a fissuras e sangramentos.
sanguíneos localizados na mucosa nasal, que é alta- → Infecções e Inflamações: Condições como rinite, sinu-
mente vascularizada. Essa ruptura pode ser desencade- site e resfriados podem causar inflamação da mucosa
ada por vários fatores, como traumas, ressecamento da nasal, aumentando a fragilidade dos vasos sanguí-
mucosa nasal, infecções, alergias, hipertensão arterial e neos.
uso de medicamentos anticoagulantes. A maioria das → Uso de Medicamentos: Alguns medicamentos, como
epistaxes (cerca de 90%) ocorre na porção anterior do anticoagulantes e antiagregantes plaquetários, po-
nariz, onde a mucosa é mais fina e os vasos sanguíneos dem interferir na coagulação do sangue, tornando os
estão mais próximos da superfície. O local específico vasos mais propensos a sangrar.
mais comum de sangramento é conhecido como ponto → Hipertensão Arterial: A pressão arterial elevada pode
de Kiesselbach, localizado no septo nasal anterior. aumentar a força do fluxo sanguíneo nas paredes dos
vasos, tornando-os mais suscetíveis a rupturas. O di-
. Os vasos sanguíneos mais frequentemente afetados
agnóstico é frequentemente clínico, baseado na histó-
são os capilares e as arteríolas, devido à fragilidade des-
ria do paciente e na visualização do sangramento. Em
ses vasos nessa região. As causas mais comuns incluem
casos recorrentes ou intensos, exames complementa-
trauma mecânico (como coçar ou assoar o nariz de forma
res, como endoscopia nasal, podem ser realizados
vigorosa), ressecamento da mucosa nasal devido ao ar
para identificar a origem do sangramento. A conduta
seco ou uso excessivo de descongestionantes tópicos,
inicial de controle envolve a aplicação de pressão di-
além de doenças como rinite, sinusite e outras condições
reta na área sangrante, inclinação da cabeça para
inflamatórias que podem enfraquecer os vasos.
frente para evitar a ingestão de sangue e a utilização
. Na epistaxe, os principais vasos sanguíneos acometi- de soluções salinas para umidificar a mucosa nasal.
dos estão localizados na região anterior do nariz, conhe-
cida como ponto de Kiesselbach. Essa área é uma região
vascular rica onde diversos vasos sanguíneos se anasto- APRESENTAÇÃO CLÍNICA
mosam, tornando-a mais susceptível a sangramentos.
Os principais vasos envolvidos incluem:
. A apresentação clínica da epistaxe, ou sangramento na-
→ Artérias Etmoidais Anteriores: São ramos das artérias sal, pode variar dependendo da gravidade do sangra-
oftálmicas que irrigam a mucosa nasal e estão locali- mento e da causa subjacente. Os sintomas associados
zadas na parte superior do septo nasal. Elas frequen- também podem diferir de acordo com a intensidade e a
temente contribuem para os sangramentos anteriores. duração do sangramento.
→ Artéria Esfenopalatina: É um ramo da artéria maxilar
. Apresentação Clínica típica
interna. Essa artéria entra na cavidade nasal através
do forame esfenopalatino e irriga principalmente o o Sangramento Nasal Visível: O sintoma mais evi-
septo nasal anterior e as conchas nasais inferiores. dente da epistaxe é a presença de sangramento
→ Artérias Septais: São pequenos vasos sanguíneos pelas narinas. O sangue pode escorrer pela parte
que percorrem o septo nasal, fornecendo sangue à da frente do nariz ou ser aspirado para a parte pos-
mucosa. Esses vasos são mais superficiais na região terior das narinas, causando sangramento nasofa-
anterior do nariz. ringe.
→ Artérias Palatinas: São ramos das artérias faciais e o Gotejamento na Garganta: A sensação de goteja-
também podem contribuir para sangramentos nasais mento de sangue na garganta é comum, especial-
anteriores. mente quando o sangue é aspirado para a parte
posterior das narinas.
. Quando um ou mais vasos sanguíneos se rompem, o Sangramento Bilateral ou Unilateral: Pode ocorrer
ocorre o sangramento na mucosa nasal. O sangue é libe- sangramento em uma ou ambas as narinas, de-
rado e pode fluir pelas narinas e para a garganta, cau- pendendo da origem e da gravidade do sangra-
sando uma sensação de gotejamento ou deglutição de mento.
sangue. O sangramento pode variar de pequenos pingos o Presença de Coágulos: Durante o sangramento ou
a fluxos mais intensos, dependendo da gravidade da rup- depois que ele cessa, é comum a presença de co-
tura vascular. A resposta do organismo inclui a formação águlos sanguíneos, que podem ser eliminados pe-
de coágulos sanguíneos para tentar estancar o sangra- las narinas ou pela garganta.
mento.
Alguns sintomas associados são: Em algumas situações, exames laboratoriais podem ser
o Tosse: O sangue que escorre pela parte posterior solicitados para avaliar a coagulação sanguínea e identi-
das narinas pode causar irritação na garganta e in- ficar possíveis distúrbios de sangramento. Isso é particu-
duzir tosse. larmente relevante em pacientes com história de sangra-
o Sensação de Aperto no Nariz: Algumas pessoas mentos frequentes, coagulopatias congênitas ou uso de
relatam sentir uma sensação de pressão ou aperto medicamentos anticoagulantes. Exames de coagulação,
no nariz durante ou após o sangramento. como o tempo de protrombina (TP) e o tempo de trombo-
o Irritação Nasal: O sangue em contato com a mu- plastina parcial ativada (TTPa), podem ser realizados
cosa nasal pode causar irritação e desconforto na para avaliar a função plaquetária e os fatores de coagu-
área afetada. lação.
o Tontura ou Fraqueza: Perda significativa de san- → Outros Exames:
gue pode causar sintomas como tontura, fraqueza Além dos exames mencionados acima, o profissional de
e até desmaios em casos graves. saúde também pode avaliar outros fatores que possam
o Náuseas e Vômitos: O sangue que é deglutido estar contribuindo para o sangramento nasal, como pres-
pode causar irritação no estômago, levando a náu- são arterial elevada, uso de medicamentos anticoagulan-
seas e, em alguns casos, vômitos. tes ou antiagregantes plaquetários, história de doenças
o Ansiedade ou Preocupação: Episódios recorrentes hematológicas, entre outros. Esses aspectos ajudarão a
de epistaxe podem causar ansiedade ou preocu- guiar o diagnóstico e o tratamento adequado.
pação nos pacientes.

TRATAMENTO
A causa subjacente da epistaxe pode influenciar os sin-
tomas e a apresentação clínica. Por exemplo, em casos
de epistaxe secundária a hipertensão arterial, o paciente . A gravidade da epistaxe pode variar desde casos leves,
pode apresentar sintomas de pressão alta, como dor de que podem ser tratados em casa com medidas simples,
cabeça. Em casos de epistaxe associada a infecções res- até situações mais graves que exigem intervenção mé-
piratórias, os sintomas típicos dessas infecções, como dica imediata. Vou descrever cada categoria de gravi-
coriza, espirros e congestão nasal, podem estar presen- dade da epistaxe e as abordagens de tratamento corres-
tes. pondentes:
→ Epistaxe Leve:
DIAGNÓSTICO Nesse caso, a quantidade de sangramento é mínima e
pode ser controlada pelo próprio paciente com medidas
simples. Geralmente, não há risco significativo para a sa-
. O diagnóstico da epistaxe é geralmente baseado na his-
úde. As abordagens incluem:
tória clínica do paciente, exame físico e, em alguns ca-
sos, em exames complementares. Vou abordar os aspec- o Pressão Nasal: O paciente pode aplicar pressão
tos de diagnóstico, incluindo exames de imagem e labo- direta no nariz, apertando suavemente as narinas
ratoriais: com o polegar e o indicador por alguns minutos.
Isso ajuda a comprimir os vasos sanguíneos e es-
tancar o sangramento.
→ Exame Físico: o Hidratação: Manter a mucosa nasal hidratada
. Durante a avaliação clínica, o profissional de saúde re- com a aplicação de soluções salinas ou géis na-
alizará uma entrevista detalhada com o paciente para en- sais ajuda a prevenir o ressecamento e sangra-
tender a história do sangramento nasal. Isso inclui a fre- mentos recorrentes.
quência, duração e intensidade do sangramento, além de
quaisquer fatores desencadeantes. O exame físico se
→ Epistaxe Moderada:
concentra na avaliação das narinas e do septo nasal em
busca de sinais de sangramento ativo, coágulos sanguí- Aqui, o sangramento é mais significativo e pode exigir in-
neos ou lesões visíveis. O profissional também verificará tervenções adicionais para controle. As abordagens in-
sinais vitais, níveis de pressão arterial e avaliará a pre- cluem:
sença de outros sintomas ou condições subjacentes. o Pressão Nasal e Inclinação para Frente: Conti-
→ Exames de Imagem: nuar com a pressão nas narinas enquanto o paci-
ente inclina a cabeça para frente. Isso evita que o
. Em casos de epistaxes graves, recorrentes ou quando sangue escorra para a garganta, minimizando a
há suspeita de causas subjacentes, exames de imagem possibilidade de engasgos.
podem ser necessários. A endoscopia nasal, que utiliza o Tampão Nasal: O profissional de saúde pode in-
um endoscópio flexível para visualizar o interior do nariz serir um tampão nasal (gaze ou material similar) na
e das vias aéreas superiores, pode ser realizada para narina sangrante para exercer pressão direta nos
identificar a origem do sangramento e avaliar a integri- vasos sanguíneos. Isso é geralmente feito no con-
dade das estruturas nasais. sultório médico.
→ Exames Laboratoriais: Cauterização Química: Se o sangramento persistir, o mé-
dico pode optar por cauterizar quimicamente os vasos
sanguíneos sangrantes para interromper o fluxo sanguí- o Vasos Brônquicos Segmentares e Lobares: Os
neo. brônquios se ramificam em brônquios segmenta-
res e lobares, que fornecem ar para diferentes par-
tes dos pulmões. Os vasos sanguíneos associados
→ Epistaxe Grave: a esses brônquios também podem ser afetados,
. Nesse estágio, o sangramento é intenso, prolongado e especialmente em casos de tumores ou lesões
pode representar um risco à saúde do paciente. Requer nesses segmentos específicos.
intervenção médica imediata e, às vezes, hospitalização. o Vasos de Granulação: Em algumas doenças pul-
As abordagens incluem: monares inflamatórias, podem se formar lesões de
o Tampão Nasal Anterior e Posterior: Inserir tam- granulação na parede das vias aéreas, que são ca-
pões nasais nas duas narinas para controlar o san- racterizadas por uma proliferação anormal de te-
gramento. Isso é feito no hospital e requer monito- cido. Esses vasos de granulação também podem
ramento cuidadoso. ser propensos a romper e causar hemorragia.
o Embolização Arterial: Em casos mais graves, a o Vasos Pulmonares: Embora menos comum, em si-
embolização seletiva dos vasos sanguíneos pode tuações de hemoptise mais grave, os vasos san-
ser realizada para bloquear o suprimento de san- guíneos dos próprios pulmões, como artérias pul-
gue para a área sangrante. monares, podem ser afetados, resultando em san-
o Tamponamento Balão: Usar um balão insuflável gramento nas vias aéreas.
para aplicar pressão nas áreas de sangramento. . A ruptura dos vasos sanguíneos nas vias aéreas inferi-
Isso é frequentemente usado em epistaxes poste- ores pode ocorrer devido a vários fatores, como:
riores. o Inflamação e Erosão: Condições inflamatórias crô-
o Cirurgia: Em situações extremamente graves e re- nicas, como bronquite crônica ou pneumonia, po-
fratárias a outras intervenções, a cirurgia pode ser dem levar à inflamação e erosão da mucosa das
considerada para controlar o sangramento. vias aéreas, afetando a integridade dos vasos san-
guíneos.
HEMOPTISE o Doenças Pulmonares: Tumores pulmonares, abs-
cessos ou outras doenças que afetam os pulmões
FISIOPATOLOGIA podem causar erosão dos vasos sanguíneos nas
vias aéreas, levando ao sangramento.
. A hemoptise é caracterizada pela presença de sangue o Trauma: Lesões diretas causadas por acidentes,
no escarro originado das vias aéreas inferiores, como os fraturas de costelas ou outros tipos de trauma po-
brônquios e bronquíolos dos pulmões. A fisiopatologia da dem danificar os vasos sanguíneos e resultar em
hemoptise envolve a ruptura de vasos sanguíneos nessa sangramento.
região, permitindo que o sangue se misture ao muco pre- o Dilatação Vascular: Algumas condições, como hi-
sente nas vias aéreas e seja expelido durante a tosse. pertensão pulmonar, podem causar dilatação dos
Isso ocorre devido a uma série de fatores que afetam a vasos sanguíneos nas vias aéreas, tornando-os
integridade dos vasos e da mucosa das vias aéreas infe- mais vulneráveis a rupturas.
riores. . Quando os vasos sanguíneos nas vias aéreas inferiores
. As vias aéreas inferiores consistem nos brônquios e se rompem, o sangue se mistura com o muco produzido
bronquíolos, que se ramificam a partir da traqueia e pe- pelas glândulas da mucosa das vias aéreas. À medida
netram nos pulmões. A mucosa que reveste essas estru- que o paciente tosse para eliminar esse muco e outras
turas é composta por células epiteliais e glândulas secre- secreções, o sangue misturado é expelido, resultando na
toras, e é irrigada por uma rede de pequenos vasos san- hemoptise. A quantidade de sangue presente no escarro
guíneos, conhecidos como vasos brônquicos. Esses va- pode variar desde pequenas manchas até sangramento
sos são responsáveis por fornecer sangue para a parede mais intenso, dependendo da gravidade da ruptura vas-
das vias aéreas e são estruturas delicadas que podem cular.
estar em contato direto com a superfície interna das vias
aéreas. PRINCIPAIS CAUSAS
o Vasos Bronquiais: São pequenos vasos sanguí-
neos que fornecem sangue para a parede das vias
aéreas, incluindo brônquios e bronquíolos. Esses . Bronquite Aguda e Crônica: A inflamação dos brôn-
vasos podem estar presentes na submucosa das quios pode levar à irritação da mucosa e ao rompimento
vias aéreas e podem ser rompidos devido a infla- de pequenos vasos sanguíneos. Na bronquite aguda, ge-
mação, infecção ou outros fatores que enfraque- ralmente é causada por infecções virais ou bacterianas,
cem sua integridade. enquanto na bronquite crônica, associada ao tabagismo,
o Vasos Capilares: Os capilares são vasos sanguí- o constante dano às vias aéreas pode resultar em san-
neos microscópicos que fazem parte do sistema gramento.
circulatório dos pulmões. Eles podem estar locali- . Pneumonia: A inflamação dos tecidos pulmonares du-
zados próximo à superfície da mucosa das vias aé- rante uma infecção pode afetar os vasos sanguíneos pró-
reas e podem ser afetados por inflamação, trauma ximos e causar hemoptise. Em alguns casos, o
ou outras condições.
sangramento pode ser devido à erosão dos vasos na o Coloração do Escarro: O escarro pode variar de
área inflamada. uma coloração rósea clara a vermelho vivo, depen-
. Tuberculose: A infecção por Mycobacterium tuberculo- dendo da quantidade de sangue presente. Quanto
sis pode causar inflamação crônica nos pulmões. A des- mais sangue estiver misturado ao escarro, mais in-
truição dos tecidos pulmonares pode resultar na erosão tensa será a coloração.
dos vasos sanguíneos, levando à hemoptise. o Tosse: A tosse é frequentemente um sintoma as-
sociado à hemoptise. O ato de tossir pode desen-
. Câncer de Pulmão: Tumores malignos nos pulmões cadear o rompimento de vasos sanguíneos nas
podem infiltrar os tecidos das vias aéreas, causando ero- vias aéreas inferiores, levando ao sangramento.
são nos vasos sanguíneos e resultando em sangra-
mento. O câncer de pulmão de células pequenas, em . Sintomas Associados:
particular, é conhecido por causar hemoptise. o Fadiga: Perda significativa de sangue devido à he-
. Bronquiectasia: Esta é uma condição na qual os brôn- moptise pode levar à fadiga, fraqueza e palidez.
quios ficam anormalmente dilatados e danificados. A in- o Dificuldade Respiratória: Em casos graves, o san-
flamação crônica e as infecções frequentes podem levar gramento intenso pode causar falta de ar devido à
ao rompimento dos vasos sanguíneos, resultando em he- perda de oxigênio ou ao acúmulo de sangue nas
moptise. vias aéreas.
o Tontura ou Desmaio: A perda súbita de sangue
. Abscesso Pulmonar: Infecções localizadas nos pul- pode causar tontura ou desmaio, especialmente
mões podem levar à formação de abscessos, que são em casos de hemoptise maciça.
cavidades cheias de pus. A ruptura de um abscesso pode o Dor no Peito: Alguns pacientes podem relatar dor
causar sangramento nos brônquios e, consequente- no peito, que pode ser causada pelo próprio ato de
mente, hemoptise. tossir, pela irritação das vias aéreas ou pela causa
. Embolia Pulmonar: A obstrução de uma artéria pulmo- subjacente da hemoptise.
nar por um coágulo sanguíneo (embolia pulmonar) pode o Sibilância: Em pacientes com doenças respirató-
causar hemorragia nos pulmões. A liberação de substân- rias subjacentes, como asma ou bronquite, a he-
cias inflamatórias também pode danificar os vasos san- moptise pode ser acompanhada por sibilância ou
guíneos. chiado ao respirar.
. Doenças Vasculares: Algumas doenças vasculares, o Febre: Em casos de infecções respiratórias, como
como a granulomatose com poliangiite (anteriormente co- pneumonia ou bronquite, a hemoptise pode estar
nhecida como granulomatose de Wegener), podem cau- associada à febre e outros sintomas gripais.
sar inflamação e danos aos vasos sanguíneos, levando à o Perda de Peso: Em situações crônicas, como cân-
hemoptise. cer de pulmão, a hemoptise pode estar associada
à perda de peso inexplicada.
. Trauma: Lesões no tórax, como fraturas de costelas ou o Sintomas da Causa Subjacente: Além dos sinto-
acidentes automobilísticos, podem resultar em trauma di- mas diretamente relacionados à hemoptise, os pa-
reto nos pulmões e nas vias aéreas, levando ao sangra- cientes também podem apresentar sintomas da
mento. doença subjacente, como tosse crônica, chiado,
. Uso de Anticoagulantes: Medicamentos anticoagulan- febre, dor torácica, entre outros.
tes ou antiagregantes plaquetários podem interferir na
coagulação sanguínea, aumentando o risco de hemorra-
gia nas vias aéreas. DIAGNÓSTICO

. Doenças Hematológicas: Algumas doenças que afe-


tam a coagulação sanguínea, como a hemofilia, podem . O diagnóstico da hemoptise envolve uma avaliação
predispor a sangramentos nas vias aéreas. abrangente que inclui a análise dos sintomas do paci-
ente, exame físico, exames de imagem e, em alguns ca-
sos, exames laboratoriais.
APRESENTAÇÃO CLÍNICA
. Exames de Imagem:
o Radiografia de Tórax: A radiografia de tórax é fre-
. A apresentação clínica da hemoptise pode variar depen- quentemente o primeiro exame de imagem reali-
dendo da causa subjacente do sangramento e da quanti- zado para avaliar as condições pulmonares. Ela
dade de sangue presente no escarro. Os sintomas asso- pode mostrar a presença de doenças pulmonares
ciados também podem depender da gravidade do qua- subjacentes, como pneumonia, tumores ou bron-
dro. quiectasias. No entanto, em alguns casos, a radio-
. Apresentação Clínica: grafia pode não ser sensível o suficiente para de-
o Sangue no Escarro: O sintoma mais característico tectar pequenos sangramentos.
da hemoptise é a presença de sangue no escarro o Tomografia Computadorizada (TC) de Tórax: A TC
expelido durante a tosse. O sangue pode variar em de tórax é um exame mais sensível e específico
quantidade, desde pequenos traços até grandes para identificar doenças pulmonares, tumores,
coágulos ou até mesmo sangramento mais in- abscessos, bronquiectasias e outras anomalias
tenso. que podem causar hemoptise. Pode fornecer
detalhes mais precisos sobre a localização do san- sintomas graves e podem manter uma respiração normal.
gramento e a causa subjacente. Geralmente, a hemoptise leve pode ser controlada com
o Angiografia Pulmonar: A angiografia pulmonar é medidas simples, como:
um procedimento invasivo em que um cateter é in- o Repouso e Observação: Muitas vezes, a hemop-
serido em uma artéria e um contraste é injetado tise leve pode ser autolimitada e não requer trata-
para visualizar os vasos sanguíneos dos pulmões. mento específico. O paciente pode ser orientado a
Pode ser útil para localizar a fonte exata do san- repousar e monitorar a evolução dos sintomas.
gramento e determinar se há necessidade de pro- o Hidratação Adequada: Beber líquidos pode ajudar
cedimentos de controle de sangramento. a manter a mucosa das vias aéreas úmida, minimi-
. Exames Laboratoriais: zando o risco de irritação.
o Hemograma Completo: O hemograma pode mos- o Evitar Irritantes: Evitar fatores que possam irritar as
trar uma diminuição nos níveis de hemoglobina, in- vias aéreas, como fumaça de cigarro e poluentes,
dicando perda de sangue. Também pode ajudar a é importante.
avaliar se o paciente está em estado de choque → Hemoptise Moderada:
devido à perda de sangue. . Na hemoptise moderada, a quantidade de sangue no
o Testes de Coagulação: Testes de coagulação, escarro é maior e os sintomas podem ser mais pronunci-
como tempo de protrombina (TP) e tempo de trom- ados. Isso pode incluir a presença de coágulos de san-
boplastina parcial ativada (TTPa), podem ser reali- gue no escarro, tosse mais intensa e talvez leve dificul-
zados para avaliar a capacidade do sangue de co- dade respiratória. O tratamento pode envolver:
agular. Isso é importante, especialmente se houver
suspeita de distúrbios de coagulação subjacentes. o Avaliação Médica: Buscar atendimento médico é
o Gasometria Arterial: Em casos graves de hemop- fundamental para determinar a causa subjacente
tise, a gasometria arterial pode ser realizada para da hemoptise e avaliar a gravidade do quadro.
avaliar a troca de gases nos pulmões e determinar o Exames de Imagem: Testes de imagem, como to-
se há hipoxemia (baixo nível de oxigênio no san- mografia computadorizada de tórax, podem ser re-
gue). alizados para avaliar a extensão do sangramento
o Cultura de Escarro: Em casos de infecções pulmo- e identificar a causa subjacente.
nares, a coleta de amostras de escarro para cul- o Controle de Sintomas: O médico pode prescrever
tura pode ajudar a identificar os agentes infeccio- medicamentos para acalmar a tosse e reduzir a ir-
sos responsáveis e orientar o tratamento antibió- ritação das vias aéreas.
tico. → Hemoptise Grave:
o Exames Específicos: Dependendo das suspeitas . Na hemoptise grave, há uma quantidade significativa de
diagnósticas, outros exames laboratoriais específi- sangue presente no escarro, e os sintomas podem incluir
cos podem ser realizados. Por exemplo, testes de dificuldade respiratória aguda, tontura, desmaio e pali-
imunologia podem ser feitos para doenças autoi- dez. Isso é um sinal de alerta e requer atendimento mé-
munes, como a granulomatose com poliangiite. dico imediato. O tratamento pode envolver:
o Broncoscopia: Em alguns casos, uma broncosco-
pia pode ser realizada. Esse procedimento permite o Hospitalização: A hemoptise grave geralmente re-
a visualização direta das vias aéreas por meio de quer internação hospitalar para monitoramento
um tubo flexível inserido pelas narinas ou boca. contínuo e tratamento adequado.
Além de visualizar qualquer lesão ou anomalia, a o Estabilização: Em casos de instabilidade hemodi-
broncoscopia também pode ser usada para coletar nâmica (pressão arterial baixa, pulso rápido), me-
amostras de tecido para análise (biópsia). didas de suporte, como administração de fluidos
intravenosos e transfusões sanguíneas, podem
. O diagnóstico da hemoptise envolve uma abordagem ser necessárias.
multidisciplinar que inclui avaliação clínica, exames de
o Avaliação e Intervenção: Testes diagnósticos,
imagem e, em alguns casos, exames laboratoriais e pro- como broncoscopia ou angiografia pulmonar, po-
cedimentos invasivos. A combinação desses métodos dem ser realizados para localizar a fonte do san-
ajuda a determinar a causa subjacente do sangramento gramento e decidir o tratamento adequado.
e orientar o tratamento adequado. o Procedimentos Intervencionistas: Em situações
graves, pode ser necessário realizar procedimen-
TRATAMENTO tos para controlar o sangramento, como a emboli-
zação seletiva de vasos sanguíneos ou cirurgia.
. A gravidade da hemoptise é um fator determinante para
. A gravidade da hemoptise é determinada principalmente
a conduta médica. Independentemente da gravidade, é
pela quantidade de sangue presente no escarro, bem
essencial buscar assistência médica para avaliação, di-
como pelos sintomas associados e pela estabilidade clí-
agnóstico e tratamento adequados. Nunca se deve igno-
nica do paciente.
rar a presença de sangue no escarro, pois pode ser um
→ Hemoptise Leve: sintoma de condições médicas subjacentes sérias.
. Na hemoptise leve, há a presença de pequenas quanti-
dades de sangue no escarro, geralmente em forma de PSEUDOHEMOPTISE
estrias ou manchas. Os pacientes podem não apresentar
FISIOPATOLOGIA ▪ Lembrando que, na pseudo-hemoptise, a
percepção de sangramento é real para o
paciente, mas não há um sangramento
. A pseudo-hemoptise, também conhecida como "hemop- ativo nas vias aéreas inferiores. Em vez
tise simulada", ocorre quando o paciente apresenta a disso, o sangue ou a coloração vermelha
sensação de sangramento no escarro ou expectoração que o paciente observa podem se originar
de substâncias com coloração vermelha, mas não há pre- dessas regiões altamente vascularizadas
sença real de sangue proveniente dos pulmões ou das das vias aéreas superiores.
vias aéreas inferiores. A fisiopatologia da pseudo-hemop-
tise envolve aspectos anatômicos, fisiológicos e psicoló- o Expectoração: O sangue das vias aéreas superio-
gicos. res pode ser transportado para a boca através do
fluxo de ar, salivação e movimentos da tosse. Isso
→ Aspectos Anatômicos e Fisiológicos pode resultar na expectoração de substâncias com
o Vias Aéreas Superiores e Mucosa Nasal: A coloração vermelha, dando a sensação de sangra-
pseudo-hemoptise geralmente é causada pela pre- mento.
sença de sangue proveniente das vias aéreas su- → Aspectos Psicológicos:
periores, como nariz, seios paranasais ou orofa-
ringe. A mucosa nasal é altamente vascularizada e o Percepção Errônea: A sensação de expectoração
pode sofrer pequenas lesões devido a fatores de sangue, mesmo que não haja sangramento real
como ressecamento, trauma, alergias ou inflama- nos pulmões, pode ser devido a uma percepção
ções. errônea do paciente. Isso pode ser influenciado por
o Na pseudo-hemoptise, onde há a sensação de fatores psicológicos, como ansiedade, medo ou hi-
sangramento ou expectoração de substâncias com pocondria.
coloração vermelha, mas não há presença real de o Sugestibilidade: Algumas condições psicológicas
sangue proveniente dos pulmões ou das vias aé- podem aumentar a sugestibilidade do paciente
reas inferiores, os principais vasos sanguíneos que para sintomas físicos, incluindo a crença de que há
podem estar envolvidos são aqueles localizados sangue no escarro.
nas vias aéreas superiores e na mucosa nasal. o Estresse Emocional: Estresse emocional, traumas
Aqui estão os principais vasos que podem ser afe- ou distúrbios psicológicos podem causar sintomas
tados na pseudo-hemoptise: físicos, como sensações de sangramento, mesmo
na ausência de uma causa física real.
▪ Plexo de Kiesselbach (Área de Little): O
plexo de Kiesselbach, também conhecido . A pseudo-hemoptise é caracterizada pela percepção de
como área de Little, é uma região alta- sangramento no escarro ou na expectoração, embora
mente vascularizada na mucosa nasal, lo- não haja presença real de sangue proveniente dos pul-
calizada na parte anterior do septo nasal. mões ou das vias aéreas inferiores. A fisiopatologia en-
Ele é formado pela convergência de vários volve a possível origem do sangue das vias aéreas supe-
pequenos vasos sanguíneos, incluindo as riores, como nariz ou orofaringe, e sua transportação
artérias etmoidais anterior, esfenopalatina para a boca através do fluxo de ar e movimentos da
e septal anterior. Lesões ou irritações tosse. Além disso, aspectos psicológicos, como percep-
nessa área podem resultar em sangra- ção errônea, sugestibilidade e estresse emocional, de-
mento nasal (epistaxe) ou contribuir para a sempenham um papel importante na manifestação des-
sensação de sangramento na pseudo-he- ses sintomas.
moptise.
▪ Vasos Sanguíneos da Orofaringe: Os va- PRINCIPAIS CAUSAS
sos sanguíneos presentes na mucosa da
orofaringe, incluindo as amígdalas e a
parte posterior da boca, podem sofrer pe- . As causas da pseudo-hemoptise estão frequentemente
quenas lesões devido ao ressecamento, ir- relacionadas a problemas nas vias aéreas superiores, es-
ritações ou infecções. Isso pode levar à ex- pecialmente nasais e da orofaringe.
pectoração de substâncias com coloração o Epistaxe (Sangramento Nasal): A epistaxe é uma
vermelha, mesmo que o sangue não pro- das principais causas da pseudo-hemoptise. O
venha dos pulmões ou das vias aéreas in- sangramento nasal pode ser sentido como um go-
feriores. tejamento na garganta, levando à expectoração de
▪ Vasos Sanguíneos das Vias Respiratórias substâncias com coloração vermelha. A origem do
Superiores: Além das áreas mencionadas, sangue é o plexo de Kiesselbach (área de Little),
os vasos sanguíneos presentes nas vias uma região altamente vascularizada no septo na-
respiratórias superiores, como os brôn- sal.
quios principais e secundários da traqueia, o Irritação e Infecções Orais: Irritações na cavidade
também podem ser afetados. No entanto, oral, como gengivas inflamadas, aftas ou traumas,
é menos comum que os vasos das vias aé- podem causar pequenas lesões nos vasos sanguí-
reas superiores contribuam para a pseudo- neos. Infecções das amígdalas, faringe ou gengi-
hemoptise. vas também podem levar à presença de sangue
nas secreções orais, criando a sensação de he- → Sintomas Associados:
moptise. o Irritação da Garganta:** A sensação de irritação ou
o Desidratação e Ressecamento: A desidratação ou desconforto na garganta pode ser relatada. Isso
ressecamento das mucosas das vias aéreas supe- pode ser resultado de uma variedade de fatores,
riores podem tornar os vasos sanguíneos mais como ressecamento das vias aéreas superiores.
suscetíveis a pequenas lesões. Isso pode resultar o Histórico de Irritação Nasal:** Pacientes com his-
em pequenos sangramentos que se misturam à tórico de epistaxe (sangramento nasal) ou sensibi-
saliva e são expelidos durante a tosse. lidade nasal podem estar mais predispostos a de-
o Irritação Crônica da Garganta: O tabagismo, o re- senvolver a sensação de pseudo-hemoptise.
fluxo gastroesofágico e a exposição a poluentes o Ansiedade ou Preocupação com a Saúde:** Fato-
ambientais podem causar irritação crônica na gar- res psicológicos, como ansiedade ou hipocondria
ganta. Essa irritação contínua pode levar ao rom- (preocupação excessiva com a saúde), podem
pimento de pequenos vasos sanguíneos e à sen- contribuir para a percepção errônea de sangra-
sação de hemoptise. mento.
o Hipocondria e Ansiedade: Fatores psicológicos, o Sintomas Respiratórios Leves:** Pacientes podem
como hipocondria (preocupação excessiva com a relatar outros sintomas respiratórios leves, como
saúde) e ansiedade, podem levar o paciente a in- irritação da garganta, sensação de muco ou tosse,
terpretar sensações normais como sangramento. A que podem estar associados à sensação de san-
sensibilidade aumentada pode contribuir para a gramento.
percepção errônea de hemoptise.
o Sensações Respiratórias: Pacientes com sensa-
ções anormais nas vias aéreas, como muco es- DIAGNÓSTICO
pesso, irritação ou sensação de obstrução, podem
associar essas sensações ao sangramento,
mesmo que não haja sangramento real. . O diagnóstico da pseudo-hemoptise envolve a avaliação
o Exposição a Corantes: Em alguns casos, a inges- cuidadosa dos sintomas do paciente, exame físico e, em
tão de alimentos ou bebidas com corantes verme- alguns casos, exames de imagem e laboratoriais. Como
lhos intensos pode causar uma coloração verme- a pseudo-hemoptise é uma percepção errônea de san-
lha na expectoração, levando à percepção errônea gramento nas vias aéreas, o foco do diagnóstico está na
de sangramento. exclusão de sangramento real nas vias aéreas inferiores
e na identificação de possíveis causas subjacentes.
. É importante notar que a pseudo-hemoptise geralmente
é um sintoma benigno e não indica uma condição médica → Exames de Imagem
grave nos pulmões ou nas vias aéreas inferiores. o Radiografia de Tórax: Embora a radiografia de tó-
rax não seja específica para diagnosticar a
pseudo-hemoptise, ela pode ajudar a excluir sinais
APRESENTAÇÃO CLÍNICA de sangramento real nos pulmões ou nas vias aé-
reas inferiores, como a presença de opacidades ou
. Os pacientes podem relatar a expectoração de substân- sombras sugestivas de sangue. Se a radiografia de
cias com coloração vermelha, semelhante a sangue, mas tórax não mostrar anormalidades consistentes
não há sinais objetivos de sangramento nas vias aéreas com sangramento, pode sugerir a natureza simu-
inferiores. A apresentação clínica da pseudo-hemoptise é lada dos sintomas.
focada principalmente na percepção do paciente e nos → Exames Laboratoriais:
sintomas subjacentes que podem contribuir para essa
o Hemograma Completo: Um hemograma completo
sensação.
pode ajudar a avaliar se há uma diminuição signi-
→ Apresentação Clínica ficativa nos níveis de hemoglobina, o que seria es-
o Expectoração de Substâncias Vermelhas:** Os pa- perado em caso de sangramento real. No entanto,
cientes com pseudo-hemoptise podem relatar a os resultados dos exames de sangue geralmente
expectoração de secreções com coloração verme- são normais na pseudo-hemoptise.
lha, semelhante a sangue. Essa coloração pode o Exames Específicos: Exames de coagulação san-
variar de tons claros a mais intensos. guínea e contagem de plaquetas podem ser reali-
o Sensação de Sangramento:** A característica prin- zados para excluir distúrbios hemorrágicos subja-
cipal é a percepção de sangramento nas vias aé- centes que poderiam levar a sangramento real.
reas, que pode ser descrita como um gotejamento → Avaliação Médica Detalhada:
de sangue na garganta ou a sensação de tossir
o Histórico do Paciente: Um histórico detalhado do
sangue.
paciente pode revelar informações sobre histórico
o Ausência de Sinais Objetivos de Sangramento:**
de epistaxe (sangramento nasal), problemas na-
Ao contrário da hemoptise real, não há evidências
sais, irritações orais, ansiedade, uso de corantes
visuais de sangue nos pulmões ou nas vias aéreas
alimentares ou outros fatores que podem contribuir
inferiores. Não há expectoração real de sangue,
para a percepção de sangramento.
coágulos sanguíneos ou outros sinais indicativos
o Exame Físico: O médico pode realizar um exame
de sangramento ativo.
físico para avaliar a presença de sangramento real
nas vias aéreas, como tosse com sangue, rales si- o Gestão Psicológica: Se houver componentes psi-
bilantes (sons produzidos pelos pulmões durante a cológicos envolvidos, a gestão psicológica, como
respiração) ou outros sinais de sangramento. terapia cognitivo-comportamental, pode ser consi-
o Avaliação Psicológica: Uma avaliação psicológica derada para ajudar o paciente a lidar com a ansie-
pode ser útil para determinar se fatores psicológi- dade ou preocupação.
cos, como ansiedade, hipocondria ou sugestibili- → Pseudo-Hemoptise Grave (Ansiedade Grave)
dade, estão contribuindo para a percepção de san-
gramento. . Em casos raros, a percepção de sangramento nas vias
aéreas pode causar ansiedade extrema. A abordagem in-
. O diagnóstico da pseudo-hemoptise envolve principal- clui:
mente a exclusão de sangramento real nas vias aéreas
inferiores por meio de exames de imagem, exames labo- o Avaliação Médica Abrangente: Uma avaliação mé-
ratoriais e avaliação médica detalhada. A identificação de dica detalhada deve ser realizada para excluir
fatores psicológicos e histórico médico é essencial para qualquer problema de saúde subjacente que possa
entender as causas subjacentes dessa percepção errô- estar contribuindo para os sintomas.
nea de sangramento. O diagnóstico da pseudo-hemop- o Apoio Psicológico Urgente: Se a ansiedade estiver
tise ajuda a tranquilizar o paciente de que não há um san- afetando significativamente a qualidade de vida do
gramento real nos pulmões e ajuda a direcionar a abor- paciente, um profissional de saúde mental deve
dagem terapêutica apropriada, se necessário. ser envolvido para fornecer apoio e intervenção
psicológica.
o Tratamento da Ansiedade: Em casos graves, o tra-
TRATAMENTO tamento da ansiedade pode incluir terapia e, em
alguns casos, medicação sob orientação médica.
. A pseudo-hemoptise é caracterizada pela percepção de . Lembrando que a abordagem para a pseudo-hemoptise
sangramento nas vias aéreas, mas sem a presença real é direcionada para a educação, tranquilização e, se ne-
de sangue proveniente dos pulmões ou das vias aéreas cessário, gestão de fatores psicológicos. O foco principal
inferiores. Devido à natureza simulada dos sintomas, a é ajudar o paciente a entender que não há um sangra-
pseudo-hemoptise não é classificada em categorias de mento real nas vias aéreas inferiores e aliviar a preocu-
gravidade da mesma forma que a hemoptise real. pação associada.

→ Pseudo-Hemoptise Leve
. Na pseudo-hemoptise leve, o paciente pode experimen-
tar uma expectoração ocasional de substâncias com co-
loração vermelha, mas não há sinais reais de sangra-
mento nas vias aéreas inferiores. A abordagem aqui é
principalmente educacional e tranquilizadora:
o Educação: O paciente deve ser informado de que
não há um sangramento real nas vias aéreas infe-
riores e que os sintomas são resultado de outras
causas, como irritações nasais ou da orofaringe.
o Avaliação Médica: Caso o paciente esteja preocu-
pado com a sensação de pseudo-hemoptise, a
avaliação médica pode ser realizada para descar-
tar quaisquer problemas de saúde subjacentes e
tranquilizar o paciente.
o Gestão Psicológica: Se houver componentes psi-
cológicos, como ansiedade ou hipocondria, abor-
dagens de gestão psicológica podem ser conside-
radas, como aconselhamento ou terapia.
→ Pseudo-Hemoptise Moderada
. Na pseudo-hemoptise moderada, o paciente pode estar
mais preocupado com a percepção de sangramento nas
vias aéreas. A abordagem inclui:
o Avaliação Médica Detalhada: Uma avaliação mé-
dica mais abrangente pode ser realizada para in-
vestigar os sintomas, esclarecer as causas possí-
veis e descartar qualquer problema de saúde sub-
jacente.
o Educação e Tranquilização: O médico pode educar
o paciente sobre a natureza simulada dos sinto-
mas e tranquilizá-lo de que não há um sangra-
mento real nas vias aéreas inferiores.

Você também pode gostar