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Apontamentos para o 2º mini-teste de MIP

4.5 Do tema de estudo à questão preliminar


 A formulação da questão constitui uma parte importante da investigação e determina o ângulo
sobre o qual o problema será considerado, o tipo de dados a colher, assim como as análises a
realizar.
 Nem toda a questão dá necessariamente lugar a uma investigação. Algumas questões estão já
resolvidas.
 Outras questões são relativas a opiniões, e é possível responder-lhes de outra forma que não a
investigação. Exemplo: “O que devo fazer?”
 As questões filosóficas, que tratam de valores ou de opiniões, ou que são de ordem moral ou ética,
não convêm à investigação. Exemplo: “A eutanásia é preferível ao encarniçamento terapêutico?”
 É fácil conceber que, para poder ser explorada de forma empírica, uma questão deve ter relação
com factos e não com opiniões.

O que é uma questão de investigação?


 A investigação parte sempre de uma questão!
 A questão deve ser enunciada de maneira a chegar a uma reposta.
 Um provérbio chines afirma que “a resposta se encontra na questão colocada”.
 Uma questão de investigação é um enunciado claro e não equívoco que precisa os conceitos a
examinar, especifica a população alvo e sugere uma investigação empírica.
 O tema de estudo é o aspeto preciso do problema que se quer estudar; a questão pivô é uma
interrogação que procede o tema de estudo e o situa num certo nível de conhecimento.
 O investigador, antes de fazer uma revisão da literatura, que lhe permitirá saber o estado atual
dos conhecimentos sobre o tema em estudo, coloca uma questão preliminar, apoiando-se nas
suas observações e na sua experiência.

Os níveis de investigação e os tipos de questões


Os tipos de questões colocadas determinam os métodos a utilizar.

 Ao nível descritivo
 As questões apelam a uma resposta que se obtém:
a) Seja por uma exploração dos fenómenos (experiências humanas);
b) Seja por uma descrição de conceitos ou de populações.

 Quando de trata de descrever fenómenos humanos, emprega-se uma metodologia


qualitativa. O objetivo é compreender a experiência humana tal como é vivida e relatada
pelos participantes. Há uma abordagem subjetiva!
 Tratando-se de descrever conceitos, fatores ou uma população, usa-se o método
quantitativo, porque se pretende obter informações exprimindo-as em valores
numéricos.
o Para definir os fatores, descrevem-se tal como eles existem ou tal como se
percebem, determina-se a frequência em que um acontecimento se produz,
denomina-se, caracteriza-se ou classifica-se um fenómeno, uma situação ou um
acontecimento, de maneira a poder representá-lo.
Exemplos de questões de nível descritivo

Questões de investigação Conceito(s) População

Que significa para os pais o facto de


viverem com um filho deficiente? Pais que vivem com um filho
Significação da experiência vivida
 Investigação qualitativa deficiente

Quais são as características da dor


crónica nos atletas profissionais? Características da dor crónica Atletas profissionais
 Investigação quantitativa

 Como a abordagem quantitativa permite determinar os conceitos com precisão, pode-se procurar
estabelecer ligações entre eles. Eleva-se então ao nível explicativo ou correlacional!

 Ao nível explicativo
São possíveis dois tipos de operação ao nível explicativo:
a) A exploração de relações entre os conceitos;
b) A verificação das relações entre os conceitos.

A exploração de relações entre conceitos


Trata-se de descrever como interagem os conceitos para os associar uns com os outros.

Exemplo de questão descritiva-correlacional


Questão de investigação Conceito(s) População
Perceção do seu estado de
Existe uma relação entre a forma
saúde
como os homens sujeitos a by pass
Homens que foram sujeitos a
aorto-coronário percebem o seu
um by pass crónico
estado de saúde e o restabelecimento
Restabelecimento
biopsicossocial?
biopsicossocial

A verificação das relações entre os conceitos


Trata-se de determinar a influência de um conceito sobre um ou vários outros conceitos.

Exemplo de questão correlacional-preditiva

Questão de investigação Conceito(s) População

Que influência tem os sintomas


Diagnóstico do cancro
graves do cancro da mama
Mulheres atingidas pelo
sobre o estado emocional das
cancro da mama
mulheres atingidas por esta
Estado emocional
doença?

O estudo correlacional-preditivo tem por objetivo explicar (determinar as razões) e predizer


(estimar que tal variável produz tal ou tal efeito), não comporta manipulação de variáveis!
 Ao nível preditivo e de controlo
Trata-se de predizer o efeito de uma variável sobre outras variáveis.
Uma variável independente (X) _uma condição exterior_ é introduzida na situação de investigação e
exerce um efeito sobre uma variável, chamada variável dependente (Y).
É manipulada, pelo menos, uma variável!

Exemplo de questão experimental


Questão de investigação Conceito(s) População

Quais são os efeitos de um


Programa precoce de fisioterapia (X)
programa precoce de fisioterapia
Atletas profissionais
no aparecimento da dor nos
atletas profissionais? Dor (Y)

O enunciado da questão específica


 A questão preliminar de investigação é a que enunciamos a partir das nossas observações e
da nossa experiência quando não conhecemos o que foi escrito sobre o tema.
 O enunciado da questão de investigação depende então da extensão dos conhecimentos
que se adquiriram sobre o tema de estudo.
 O nível de especialização da questão fornece uma indicação sobre o tipo de investigação
que será preciso realizar para obter a informação.

Em resumo, a investigação começa verdadeiramente por uma questão preliminar.


Com a questão preliminar, o investigador deve determinar se a questão merece ser explorada.

A avaliação de pertinência da questão


Antes de iniciar uma investigação, é preciso estar convencido da importância da questão:
I. Para o progresso dos conhecimentos numa disciplina ou num dado domínio, nas
possibilidades da aplicação que estes comportam;
II. Para a comunidade no seu todo.

1. A exequibilidade
Depende da obtenção de um número suficiente de participantes, do seu consentimento em
tomar parte no estudo, dos prazos de realização do estudo, assim como dos recursos
monetários, do material e dos locais disponíveis,
O investigador deve assegurar-se da colaboração de outros investigadores e deve obter a
autorização de uma comissão de ética da investigação antes de começar qualquer atividade no
terreno.

2. A justificação
Demonstrar que o tema de investigação responde às preocupações atuais, que pode ser útil
para a prática profissional e contribuir para o avanço dos conhecimentos.
O investigador deve poder explicar porque o preocupa esta questão, deve indicar o que espera
da sua investigação e os conhecimentos que lhe permitirá adquirir.

3. A operacionalização
A questão de investigação deve ser enunciada claramente e reportar-se a factos observáveis e
verificáveis.

7.1 Da definição da questão à formulação do problema


 Refere-se ao reagrupamento e à análise dos diferentes elementos do problema.
 Consagramos as seguintes questões:
o O que é estudado?
o A que grupo de indivíduos interessa o estudo?
o Porque é estudado este tema?
o Qual é o estado da questão?
o Que solução se propõe?

Formulação do problema (Dias, 2010)


1. Transformação do tema em problema
2. Formulação como uma pergunta
3. Objetivo de o conhecer melhor ou resolver, de uma forma:
a) Clara
b) Objetiva
c) Precisa
d) Imparcial
e) Empírica

Os elementos do problema
1) A exposição do tema ou situação problemática;
2) A apresentação dos dados da situação;
3) A justificação do ponto de vista empírico;
4) A justificação do ponto de vista teórico;
5) A solução de investigação e a previsão dos resultados

Problema de investigação
o Entidade complexa
a) Apresentação lógica de elementos, relações, argumentos, factos;
b) Apresenta o domínio (variáveis chave, população);
c) Explica a importância;
d) Condensa os dados empíricos e teorias existentes;
e) Justifica o estudo.
Em suma: argumentação que a exploração empírica é pertinente, capaz de contribuir para o
avanço do conhecimento.

Tipos de questões e formulação


Ao nível descritivo
o A questão inclui um conceito (o quê, qual, etc), como na questão seguinte: “quais são as
estratégias de adaptação postas em prática pelas famílias que têm uma criança autista?”
o Os conhecimentos sobre o tema são pouco numerosos ou este é novo.
o Servem para definir as características de um fenómeno.
o Na formulação do problema, o investigador descreve simplesmente as características que
destacou e dá realce à sua importância.

Ao nível do estudo descritivo-correlacional (exploração ou verificação de relações)


o Visa examinar os fatores, assim como as possíveis relações entre eles
o Na formulação do problema, o investigador define os conceitos e encara as relações que
podem uni-los: “Quais são, nos diabéticos, as crenças em matéria de saúde associadas ao
coping e à assiduidade ao regime terapêutico?”
o A questão comporta vários conceitos!

Ao nível do estudo correlacional (verificação de relações)


o A questão comporta pelo menos dois conceitos!
o O investigador postula relações entre conceitos e prediz o grau de influência de uma
variável sobre a outra: “A esperança de cura influencia o restabelecimento dos doentes
atingidos de cancro?”

Predição de relações
o Reporta-se então à verificação dos efeitos de uma variável independente sobre as variáveis
dependentes: “Quais são os efeitos de um programa de automedicação sobre a assiduidade
das pessoas idosas na toma dos seus medicamentos?”
o A formulação do problema de investigação é bastante complexa porque é preciso que os
conhecimentos adquiridos, em matéria da verificação teórica das relações, sejam
suficientemente sólidos para que se possa concluir que uma determinada variável
independente modificou a variável dependente.

7.2 O plano de redação do problema


Antes de começar a redigir o problema de investigação, o investigador escolhe cuidadosamente as ideias e
coloca-as em ordem; elabora o plano do texto. Este comporta 3 partes: a introdução, o desenvolvimento
(ou corpo da composição) e a conclusão.
O plano de texto resume também os principais argumentos considerados para o apoio da opinião.

A introdução
 Informa o leitor sobre o conteúdo do texto.
 O autor coloca o tema de estudo no seu contexto, sublinha a importância e explicita as razões em
favor do estudo do problema. Nela expõe também o plano.

Primeiro elemento: a exposição do tema de estudo


 Apresenta-se primeiro o tema;
 Recomenda-se duas frases que introduzam o tema e que captem, desde logo, a atenção do
leitor;
 Relatam-se as observações e os factos imediatos ligados ao problema;
 Precisa-se em que têm relação com este problema;
 Formula-se um certo número de questões relativas à situação problemática;
Qual o problema a estudar?
Qual a origem desse problema?
Porque é importante estudar este problema?
 Explica-se porque esta questão merece ser estudada.

O desenvolvimento
 Considera 3 elementos: os dados da situação problemática, os escritos revistos e o quadro
teórico/conceptual.
 Preparam-se cuidadosamente as transições feitas entre as diversas secções e subsecções, de
forma que elas se encaixem logicamente umas nas outras.
Segundo elemento: a apresentação dos dados da situação
 Descrição dos elementos de informação necessários à compreensão dos diferentes aspetos do
problema.
 Ao descrever o problema, é preciso mostrar as possíveis consequências da situação atual.
Quais são os fatores que têm influência sobre o problema?
Quem são as pessoas afetadas pelo problema?
Como é que o problema afeta as pessoas?

Terceiro elemento: a justificação do ponto de vista empírico


 Situa o problema em relação aos conhecimentos atuais.
 Indica-se o que outros investigadores escreveram a propósito deste problema ou de um
problema análogo.
 Comparam-se os factos observados por si próprio com os que são relatados nas publicações.
Que estudos foram feitos sobre o tema?
Que variáveis aparecem relacionadas?
Que resultados foram obtidos?

Quarto elemento: a justificação do ponto de vista teórico


 Consiste em precisar e em justificar a abordagem teórica.
 Descrever os diferentes conceitos e para estabelecer relações entre os diversos elementos do
problema.
 O investigador indica como utilizará o quadro teórico ou conceptual.
 Os modelos e as teorias têm por função fornecerem um conjunto integrado de conceitos e de
relações.
 O investigador é chamado a elaborar ele próprio um quadro teórico que lhe permitirá justificar
o agenciamento que deseja fazer dos conceitos e das duas ligações com o problema.
Existem teorias ou modelos que expliquem o problema?
Existem teorias ou modelos que permitam resolver o problema?
Como é que o quadro teórico pode explicar a solução?

A conclusão
 Resume a principais etapas do problema seguidas;
 Define a solução de investigação proposta para estudar o problema;
 Apresenta um resumo das respostas colocadas e deixa antever se as hipóteses formuladas serão
confirmadas ou não.

Quinto elemento: a solução proposta e os resultados previstos


 Resume o que foi dito e propõe, pelo menos, uma solução com vista a mudar o desvio entre a
solução considerada problemática e aquela que a que se prevê chegar no fim da investigação.
 Considera-se os resultados positivos da solução proposta.
 O investigador empenha-se em fornecer ao leitor uma exposição global sucinta dos resultados
previstos para que esta possa entender melhor o fenómeno que é considerado.
O que podemos fazer como estudo para melhorar a situação?
Em que se impõe o estudo em questão?
Os cinco elementos propostos têm por objetivo ajudar o jovem investigador a formular um problema de
investigação que seja claro, preciso, e conforme com as regras da composição de um texto.
Em geral, a formulação do problema não exige longos desenvolvimentos.
8.1 O enunciado do objetivo da investigação
 Precisa as variáveis-chave, a população alvo e o verbo de ação apropriado.
 Reporta-se à questão “como”!

Os verbos de ação
 No enunciado do objetivo aparece um verbo que indica a orientação da investigação (de acordo
com o nível de conhecimento).
 Ou seja, objetivos indicam tipos de investigação:
1) Descrição
2) Explicação
3) Predição e controlo

Descrever
 Refere-se à ação de reunir documentação sobre um fenómeno ou uma população.
 Pode ser de natureza qualitativa ou quantitativa, segundo a formulação do problema ou do
objetivo a que se propõe.
Descrever a experiência vivida durante um longo período por pais de crianças prematuras. – Qual.
Descrever as características dos pedidos de consulta em psicologia nos centros de saúde. – Quant.

Explorar e verificar
1) Explorar relações: o objetivo é examinar os diversos aspetos de um fenómeno ou os
fatores que lhe podem estar associados.
Descrever as relações entre as características da dor e a qualidade de vida em adultos
com artrite reumatoide.
2) Determinar a influência de variáveis sobre outras e explicar as relações.
Determinar a influência da motivação no rendimento académico dos estudantes do 1º
ano de psicologia.
.
Predizer e controlar
 Referem-se à ação de estabelecer relações de causa e efeito entre variáveis.
Avaliar os efeitos de uma intervenção no âmbito da autorregulação da aprendizagem no
rendimento académico dos estudantes do 1º ano de psicologia.

Alguns estudos comportam objetivos em lugar de questões de investigação. A única diferença entre as
duas formas reside no aspeto de afirmativo do objetivo.

8.2 O enunciado das questões de investigação


 As questões de investigação decorrem diretamente do objetivo e precisam a informação que se
quer obter.
 Estão ligadas a um estado de conhecimento menos avançado; também o seu uso está reservado
aos estudos descritivos-correlacionais.

As questões de investigação descritiva


a. Descrição de um fenómeno: na investigação qualitativa, a questão é central e pode
comportar subquestões.
Como descrevem as mães e os pais de crianças prematuras a expectativa que viveram, enquanto pais,
durante os primeiros 18 meses de existência do filho prematuro?
b. Descrição de conceitos, etc.: as questões de investigação descritiva dizem respeito a
descrição de conceitos, de características de uma população ou de frequências, etc. como
decorrem do objetivo, as questões de investigação cobrem todos os aspetos que devem ser
estudados.
Qual é a frequência dos pedidos de ajuda para o suicídio formulados por doentes com sida?

As questões de investigação descritiva-correlacional


 As questões de investigação que concernem à exploração de ralações, podem comportar um
certo número de subquestões, se o número de variáveis é bastante elevado
Qual é a relação entre a frequência e a intensidade da dor e a qualidade de vida durante o
período de acompanhamento dos adolescentes atingidos de cancro?

8.3 O enunciado de hipóteses


Enunciado formal sobre relações antecipadas entre duas ou mais variáveis. (predição baseada naquilo que
a literatura existente fornece!)
Inclui, tal como na questão de investigação:
1) Variáveis em estudo
2) População
3) Tipo de investigação

As formas de hipótese
As hipóteses apresentam diferentes tipos de relações e podem comportar diversas variáveis. Elas
podem ser distribuídas em quatro categorias.

A hipótese não direcional e a hipótese direcional (relativa aos subtipos de relação)


Hipótese não direcional
 Enuncia a existência de uma relação entre as variáveis, mas não prediz a natureza da relação.
Existe uma relação entre autoestima e sentimento de rejeição nos adolescentes do ensino secundário.

Hipótese direcional
 Especifica a direção esperada entre as variáveis; prediz não somente a existência da relação mas
também a sua natureza (menos/mais/positiva/negativa)
Existe uma relação negativa entre autoestima e sentimento de rejeição nos adolescentes do
ensino secundário.
 As hipóteses direcionais são baseadas em proposições teóricas, resultados de investigações e
por vezes dados clínicos.

A hipótese de associação e a hipótese de causalidade (relativa ao tipo/natureza de relações)


Hipótese de associação direcional
 Postula a existência de relações entre variáveis ou a existência de variáveis que variam ao
mesmo tempo. Uma hipótese de associação direcional pode ser positiva ou negativa.

a) Positiva: as variáveis aumentam ou diminuem ao mesmo tempo


Nos traumatizados medulares, existe uma correlação positiva entre a esperança e a utilização de coping.

b) Negativa: quando uma variável cresce a outra decresce


Nos traumatizados medulares, existe uma correlação negativa entre a incerteza e a esperança.

Hipótese de causalidade
 Relação causa-efeito » variável independente deve causar efeito na variável dependente,
indicando uma direção.
Os participantes que beneficiam de um apoio têm scores mais elevados na escala de autoeficácia e scores
menos elevados na escala de ansiedade do que sujeitos que são privados deste apoio.

A hipótese simples ou a hipótese complexa (relativa ao nº de variáveis)


Hipótese simples
 Bivariada; anuncia relação (associação/causalidade) entre duas variáveis; a variável X está
associada à variável Y numa população.
A satisfação no trabalho dos empregados varia em função do estilo de liderança dos dirigentes.

Hipótese complexa
 Multivariada; prediz a relação de associação ou causalidade entre 3 ou mais variáveis.
A intervenção de suporte pré-operatório reduz mais a perceção da dor e o pedido de analgésicos que a
intervenção pós-operatória.

A hipótese nula e a hipótese de investigação (relativa ao papel formal da hipótese no trabalho de


investigação)
Hipótese nula (H0)
 Anuncia que não há relação entre as variáveis (associação: não há relação entre as variáveis/
causal: não há efeito da VI na VD/ não há diferenças entre grupos).
 É utilizada nos textos estatísticos para verificar a sua validade e interpretar os resultados.

Não há diferença no score de ansiedade do grupo que beneficia da intervenção de suporte e o do grupo que
beneficia desta.

 A rejeição da h0 permite aceitar a H1 (Hipótese de investigação)!

As condições que a hipótese deve satisfazer


a) Clara: formulada no presente e na forma afirmativa; coloca em evidência as variáveis e a
população. Deve precisar o sentido da predição (mais que/ menos que/ maior que/
diferente/ ligado a…)
b) Plausível: pertinente em relação ao fenómeno em questão.
c) Verificável: as variáveis têm de ser observáveis, mensuráveis e passíveis de análise
estatística.
d) Consistência teórica: consistente, com corpo estabelecido/ resultados de outras
investigações empíricas.

A verificação de hipóteses
 Distinguem-se hipóteses de associação e hipóteses de causalidade.
 Se uma hipótese enuncia uma relação de associação, recorre-se a testes estatísticos de
correlação para determinar a natureza da relação entre as variáveis.
 Se uma hipótese enuncia uma relação de causalidade então efetuam-se teste estatísticos de
diferenças entre grupos (teste t e de analise de variância) para determinar se a variável
independente tem um efeito estatisticamente significativo sobre a variável dependente.
 Para verificar uma hipótese com a ajuda de testes estatísticos, o investigador converte-a
numa hipótese nula.
 Se a hipótese nula for rejeitada, isso significa que a hipótese de investigação é verdadeira, e
a validade da proposição teórica se encontra novamente verificada.
 Os resultados obtidos na sequência da verificação de hipóteses nunca são considerados nem
como absolutos nem como definitivos, eles simplesmente infirmam ou confirmam a
hipótese.
8.4 Definição e classificação de variáveis
 Unidade base da investigação
 Características, qualidades, propriedades da população ou da situação estudada na investigação
 Parâmetro: atribuído valor numérico (peso; autoestima, etc)
 Assumem diferentes valores para exprimir graus ou scores na escala.

A classificação das variáveis


a) Independente ou experimental: introduzida/manipulada para medir o seu efeito na variável
dependente » EFEITO
b) Dependente: surge/muda quando o investigador aplica/suprime/modifica a variável
independente » CAUSA (muitas vezes chamada de variável critério ou variável explicada)
c) De investigação: qualidades, propriedades ou características que são observadas ou medidas.
d) De atributo: características pré-existentes dos participantes num estudo. São geralmente
constituídas por dados demográficos (idade, género, situação familiar).
e) Estranhas: estão presentes em todos os estudos e podem exercer efeitos inesperados sobre
outras variáveis e influenciar os resultados de uma investigação. Podem dar uma falsa imagem
de relação entre as variáveis independente e dependente.

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