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■ INTRODUÇÃO
Nos últimos anos, o profissional fisioterapeuta tem-se firmado nas unidades de terapia intensiva
(UTIs) neonatais e pediátricas como parte de uma equipe altamente qualificada e preparada para
garantir os melhores resultados ao recém-nascido (RN) e à criança de alto risco.1
■ OBJETIVOS
Ao final da leitura deste artigo, espera-se que o leitor seja capaz de:
■ entender como devem ser realizados a anamnese e o exame físico em RNs e crianças internadas
em ambiente hospitalar;
■ identificar as alterações na oxigenação arterial e na ventilação alveolar (VA) e as suas
repercussões sobre o equilíbrio acidobásico;
■ realizar a avaliação cinesiofuncional do sistema respiratório;
■ identificar, por meio de cálculos e de visualização gráfica, as alterações existentes na mecânica
respiratória de crianças em assistência ventilatória mecânica.
11
■ ESQUEMA CONCEITUAL
Anamnese
Temperatura
Frequência respiratória
Inspeção estática
Inspeção
Inspeção dinâmica
Palpação torácica
Exame físico
Percussão torácica
Ausculta respiratória
Oximetria de pulso
Monitoração transcutânea
Avaliação não invasiva
de oxigênio e gás carbônico
Capnografia
Monitoração das trocas gasosas
e do equilíbrio acidobásico Gradiente alveoloarterial
de oxigênio
Relação entre pressão parcial
Avaliação invasiva –
de oxigênio no sangue arterial
gasometria arterial
e pressão alveolar de oxigênio
Índice de oxigenação
Manovacuometria
Avaliação cinesiofuncional
Ventilometria
respiratória
Pico de fluxo expiratório
Complacência do sistema
respiratório
Avaliação da mecânica respiratória Resistência do sistema respiratório
Auto-PEEP
Caso 1
Caso clínicos
Caso 2
Conclusão
12
■ TERMINOLOGIA
AVALIAÇÃO E MONITORAÇÃO RESPIRATÓRIA NEONATAL E PEDIÁTRICA
Quadro 1
CLASSIFICAÇÃO DO RECÉM-NASCIDO SEGUNDO PESO AO NASCIMENTO,
IDADE GESTACIONAL E ADEQUAÇÃO PESO/IDADE GESTACIONAL
O baixo peso ao nascer (inferior a 2.500g) é um forte fator preditivo da mortalidade e morbidade nas
primeiras semanas de vida, podendo ser decorrente da prematuridade, do retardo de crescimento
intrauterino ou da combinação de ambos, os quais apresentam etiologias e consequências
diferentes.5
Na maioria das vezes, as informações importantes para a anamnese são obtidas a partir de
dados de prontuários e complementadas com relatos dos pais e de profissionais que prestaram
atendimento ao paciente desde a sua internação (pediatra da sala de parto – em casos de RN –,
profissionais do setor de emergência ou unidades de internamento do hospital).
Alguns sinais e sintomas respiratórios indicam condição grave e necessidade de intervenção imediata
e devem ser prontamente identificados na avaliação (Quadro 2).
Quadro 2
SINAIS E SINTOMAS QUE INDICAM CONDIÇÃO GRAVE E NECESSIDADE
DE INTERVENÇÃO IMEDIATA
LEMBRAR
Quanto maior o tempo de ruptura das bolsas de água antes do parto, maior o risco
infeccioso.4
Tabela 1
ESCORE DE APGAR
O escore ou índice de Apgar é utilizado para a avaliação rápida da vitalidade do RN nos primeiros
minutos de vida com base em cinco sinais,10,11 permitindo avaliar a necessidade de reanimação,
bem como sua eficácia.2 O total de 10 pontos indica ótimo estado. Se o escore é inferior a 7 no 5º
minuto, recomenda-se a sua aplicação a cada 5 minutos, até 20 minutos de vida.2
LEMBRAR
Alguns estudos têm demonstrado que os baixos escores de Apgar, em particular
quando prolongados, podem estar associados a um maior risco de morte, transtornos
neurológicos a longo prazo e transtorno de déficit de atenção e hiperatividade
(TDAH).11-13
15
1. Quais as terminologias que o fisioterapeuta deve ter domínio para realizar a avaliação
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A) Segundo o PN –
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B) Segundo a IG –
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Resposta no final do artigo
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5. Descreva os sinais e sintomas respiratórios que indicam condição grave e necessidade
AVALIAÇÃO E MONITORAÇÃO RESPIRATÓRIA NEONATAL E PEDIÁTRICA
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A) FC.
B) Esforço respiratório.
C) Irritabilidade reflexa.
D) Temperatura.
Resposta no final do artigo
TEMPERATURA
O RNPT com PN menor do que 1.800g tem imaturidade na termorregulação e, em geral, fica em
incubadora, cuja temperatura deve ser suficiente para manter uma temperatura corporal em torno
de 36,5º C.16
17
Quadro 3
REPERCUSSÕES DA HIPERTERMIA E DA HIPOTERMIA
A monitoração da PA deve ser rotina em RNs e crianças, principalmente quando submetidos à VPM.
A monitoração pode ser, de preferência, contínua ou dentro de intervalos de tempo regulares, que
permitam uma avaliação satisfatória do estado hemodinâmico.
Os valores normais da PA, de acordo com a idade, são demonstrados na Tabela 2 a seguir.17
Tabela 2
PRESSÃO ARTERIAL NORMAL POR IDADE
Já o limite inferior da PAS (5%) pode ser obtido pela seguinte fórmula:
Em virtude da grande variação do tamanho das crianças em cuidados intensivos, são comuns os
erros de mensuração da PA. Para medidas mais acuradas, deve-se empregar um manguito que
envolva pelo menos dois terços do braço.
LEMBRAR
Na vigência de hipertensão arterial, a criança pode apresentar cefaleia, confusão
mental e queixar-se de visão borrada.
Em prematuros, a PAS deve ser sempre monitorada, pois a sua oscilação é diretamente
proporcional àquela do fluxo sanguíneo cerebral, em virtude da falha do mecanismo de
autorregulação, e está associada ao desenvolvimento da hemorragia peri-intraventricular.18
FREQUÊNCIA CARDÍACA
Devem ser avaliados a FC, o ritmo e a força do pulso periférico. Especial atenção deve ser dada
aos ajustes dos alarmes de FC máxima e mínima, que devem estar sempre ligados, valorizando
prontamente a clínica do paciente no caso de alarmes, e somente depois verificar a avaliação
do monitor.15 Os valores normais da FC, de acordo com a idade, são demonstrados na Tabela 3.
A taquicardia (FC acima do previsto) pode estar presente nas seguintes situações: hipotensão,
febre, anemia, baixa pressão parcial de oxigênio no sangue arterial (PaO2) e medicações (por
exemplo, beta-2-adrenérgicos); enquanto a bradicardia (FC abaixo do previsto) pode acontecer
em virtude de arritmias, hipotermia e algumas medicações.
19
A FR muda, de maneira significativa, conforme a idade; dessa forma, existem valores normais para a
idade que devem servir de referência (Tabela 2). A FR é de fácil monitoração, é variável e fidedigna
durante o sono e pode mudar, de forma significativa, com a criança desperta.
Tabela 3
VALORES NORMAIS DA FREQUÊNCIA CARDÍACA
E DA FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA DE ACORDO COM A IDADE
LEMBRAR
Em virtude do mais alto consumo de O2 e da eliminação de CO2 por kg de peso corporal
em comparação ao adulto, os RNs e as crianças de pouca idade apresentam maiores
valores de FC e FR, que são reduzidos progressivamente ao longo da infância.
RNs a termo?
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9. Qual a fórmula para o cálculo da PAS média de crianças normais maiores do que 1 ano?
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■ EXAME FÍSICO
O exame físico, que geralmente é realizado após a anamnese, tem como objetivo uma melhor
avaliação sistêmica na busca de alterações anatômicas ou funcionais que são resultantes da
doença. Ele se divide em quatro etapas:
■ inspeção;
■ percussão;
■ palpação;
■ ausculta.
INSPEÇÃO
Inspeção estática
■ alterações tegumentares: coloração da pele, tal como cianose; grau de hidratação; presença
de cicatrizes, especialmente de toracotomia e de esternotomia; presença de drenos torácicos,
cateteres ou tubos; edema, atrofias e retrações musculares; alterações ósseas e articulares. A
cianose é um sinal ou sintoma marcado pela coloração azul-arroxeada da pele, leitos ungueais
ou das mucosas, e ocorre devido ao aumento (> 5g/dL) da hemoglobina (Hb) não oxidada
(desoxi-hemoglobina). Quando presente, a cianose pode ser classificada em:8
– central: evidenciada especialmente em torno dos lábios, da língua e da mucosa oral, em
geral associada à hipoxemia decorrente da redução do conteúdo arterial de O2;
– periférica: evidenciada tanto nas extremidades, em geral associada à má perfusão periférica,
como na insuficiência circulatória, obstrução arterial e exposição a baixas temperaturas.
A ausência de cianose não garante que a oxigenação esteja adequada, porque deve existir
uma quantidade suficiente de Hb reduzida (> 5g/dL) antes que a cianose possa ser identificada;
■ tórax: verificar as conformações e anomalias da caixa torácica (Quadro 4) e da coluna vertebral.
As assimetrias torácicas podem ser causadas por derrame pleural, pneumotórax, ou, também,
traduzir malformações cardíaca, pulmonar ou da coluna vertebral. No RN, o tórax tem forma
cilíndrica, com aumento do diâmetro anteroposterior (AP) devido à elevação das costelas e da
retificação do diafragma.19 A parede abdominal é parte integrante da parede torácica e pode
apresentar anormalidades, tais como hepatoesplenomegalia, ascites ou distensões gástricas, o
que contribui para a restrição na expansibilidade torácica e o aumento no trabalho respiratório;
■ aspecto das extremidades dos membros: devem ser pesquisados aspectos, como edema,
enchimento capilar periférico (perfusão), pulso e cicatrizes importantes (cirurgias, drenagens,
traumatismos). As equimoses são comuns nos prematuros. Nas extremidades dos membros,
deve-se verificar se existem indícios de deformidades dos dedos em baqueta de tambor
(baqueteamento digital), sugestivos de hipoxemia arterial persistente (Figura 1).
Quadro 4
TIPOS DE CONFORMAÇÃO ÓSSEA TORÁCICA E PRINCIPAIS ACHADOS
Inspeção dinâmica
■ padrão respiratório;
■ esforço respiratório;
■ ritmo respiratório;
■ expansibilidade torácica e amplitude da respiração;
■ tosse e expectoração.
Padrão respiratório
LEMBRAR
Os pacientes asmáticos ou com fibrose cística, que apresentem hiperinsuflação
pulmonar, não conseguem gerar altas pressões inspiratórias em virtude da somatória
da alta impedância respiratória e da alteração mecânica do diafragma, que se torna
horizontalizado em altos volumes pulmonares (Figura 2). Ao se contrair, as suas fibras
fazem com que as últimas costelas se retraiam, diminuindo o diâmetro laterolateral
da região inferior do tórax, o que caracteriza o sinal de Hoover.15
abdome
abdome
Esforço respiratório
O esforço respiratório pode ocorrer mesmo ao repouso, quando ocorre qualquer anormalidade
respiratória que aumente o trabalho respiratório. São sinais de esforço respiratório:
Esse boletim gera um escore correspondente à soma das notas de 0 a 2 atribuídas aos parâmetros
de retração intercostal superior (ou balanço toracoabdominal), retração intercostal inferior, retração
xifóidea, BAN e gemido expiratório. Um escore igual a 0 indica a normalidade e um escore superior
a 5 indica a gravidade do desconforto respiratório.
Ritmo respiratório
Quadro 5
PRINCIPAIS ANORMALIDADES DO RITMO RESPIRATÓRIO
Duas fases: a primeira de apneia e a segunda com
movimentos inspiratórios e expiratórios anárquicos,
causados por hipertensão intracraniana, traumatismo
Ritmo de Biot cranioencefálico e insuficiência cardíaca.
Rápida, profunda, ruidosa, ventilação-minuto alta, sendo
a acidose (principalmente diabética) a sua principal
causa.
Ritmo de Kussmaul
Fase de apneia seguida de incursões respiratórias
cada vez mais profundas, até um máximo, para depois
decrescer até uma nova pausa. Causas similares ao
ritmo de Biot.
Ritmo de Cheyne-Stokes
Fonte: Adaptado de Sarmento e colaboradores (2011)9 e Godoy e colaboradores (2011).14
Tosse e expectoração
A tosse pode ser aguda ou crônica (acima de 3 semanas), seca ou produtiva, eficaz ou ineficaz e
paroxística ou rouca (devido à correção pregressa de fístula traqueoesofágica).7,19
■ quantidade;
■ aspecto da secreção
■ viscosidade;
■ odor.
27
A palpação é realizada por meio do exame tátil da parede torácica para avaliar as estruturas
subjacentes e suas funções.7,9 Inclui os seguintes exames:
PERCUSSÃO TORÁCICA
A percussão da parede torácica produz som e vibração palpáveis úteis na avaliação do tecido
pulmonar subjacente, penetrando no pulmão 5 a 7cm abaixo da parede torácica.8 As alterações na
percussão podem ser caracterizadas por:
LEMBRAR
Durante a percussão, deve-se dar atenção a pacientes obesos ou com edema de
parede torácica, que reduzem a nitidez dos sons normais, fazendo com que se tornem
submaciço ou mesmo maciço.
28
AVALIAÇÃO E MONITORAÇÃO RESPIRATÓRIA NEONATAL E PEDIÁTRICA
AUSCULTA RESPIRATÓRIA
A distinção entre os sons respiratórios normais (murmúrio vesicular normal) e patológicos (ruídos
adventícios) fornece preciosas informações a respeito do estado do parênquima pulmonar,
da dimensão das vias aéreas e de suas alterações patológicas. A sua origem está ligada ao
deslocamento do fluxo aéreo no sistema respiratório e pode ser percebida na traqueia, nos pulmões
ou na boca.22
Por meio da ausculta respiratória, podem-se distinguir diversos sons. Os principais sons são
encontrados no Quadro 6.
Quadro 6
PRINCIPAIS SONS RESPIRATÓRIOS A SEREM PESQUISADOS
DURANTE A AUSCULTA RESPIRATÓRIA
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AVALIAÇÃO E MONITORAÇÃO RESPIRATÓRIA NEONATAL E PEDIÁTRICA
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20. Qual o instrumento utilizado para quantificar a importância do desconforto respiratório
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23. Quais os principais itens que devem ser avaliados na palpação torácica?
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Respostas no final do artigo
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AVALIAÇÃO E MONITORAÇÃO RESPIRATÓRIA NEONATAL E PEDIÁTRICA
26. Por que a ausculta respiratória torna-se mais difícil na criança pequena?
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Respostas no final do artigo
As técnicas não invasivas utilizadas em neonatologia e pediatria para a monitoração das trocas
gasosas são a oximetria de pulso, a monitoração da pressão transcutânea de oxigênio (PtcO2) e
da pressão transcutânea de gás carbônico (PtcCO2) e a capnografia.
33
O seu princípio fundamenta-se no fato de a Hb oxigenada e reduzida poder ser distinguida por
meio da absorção de dois diferentes comprimentos de luz. Isso permite uma rápida, fácil e contínua
análise da saturação periférica de oxigênio (SpO2), da frequência de pulso e do comportamento
desses parâmetros durante um período de tempo.28
Capilar
alveolar
Hemoglobina saturada %
Capilar
tecidual
Nos RNs e nos lactentes até 2 a 3 meses, a afinidade da Hb pelo O2 é relativamente alta em virtude
da presença da hemoglobina fetal (HbF), desviando a curva para a esquerda. Isso resulta em
saturação de O2 relativamente alta, mesmo com PaO2 baixa.
34
Assim, na presença de grande quantidade de HbF, SpO2 maiores do que 92% já podem estar
AVALIAÇÃO E MONITORAÇÃO RESPIRATÓRIA NEONATAL E PEDIÁTRICA
A presença da HbF também faz com que a oximetria de pulso não seja um indicador sensível de
hipoxemia em saturações de O2 menores do que 90%, possibilitando que os valores de SpO2 entre
85 a 90% correspondam a valores de PaO2 de 35 a 45mm Hg.28
Há vários fatores limitantes que podem interferir com a leitura dos oxímetros de pulso e que devem
ser levados em consideração no momento da interpretação da SpO2:
Para efetuar a leitura, o eletrodo é colocado em contato com a pele, onde provoca um aquecimento
de 42 a 44ºC, provocando uma vasodilatação local, com o consequente aumento na perfusão,
permitindo a leitura da PtcO2 e da PtcCO2.30,31
A alta solubilidade do CO2 nos tecidos permite uma estimativa mais precisa da PaCO2 em
condições de adequada perfusão tecidual, principalmente em neonatos que apresentam
uma fina camada de epiderme, o que confere leituras altamente confiáveis de PtcCO2.
Entretanto, é importante enfatizar que os valores da PtcCO2 são maiores do que os da PaCO2
correspondente e podem ser influenciados pela alta temperatura em que os eletrodos operam, pela
produção metabólica de CO2, pela acidose, pelo fluxo sanguíneo capilar e pelo débito cardíaco. Em
lactentes e crianças com perfusão de pele normais, a diferença média entre a PtcCO2 e a PaCO2
deve ser de aproximadamente 0,2mm Hg.31
35
Algumas considerações devem ser observadas quanto ao uso de monitoração transcutânea dos
gases sanguíneos:
■ as leituras devem ser realizadas 20 minutos após a colocação do eletrodo na pele (tempo para
a calibração e a estabilização do equipamento);
■ as mudanças nos valores de PtcO2 e PtcCO2 levam algum tempo para serem detectadas pelo
monitor;
■ deve-se trocar o eletrodo de lugar, pelo menos, a cada 4 horas, a fim de evitar queimaduras.
Não ultrapassar temperaturas de eletrodos superiores a 44ºC.
Capnografia
A PaCO2 consiste na melhor forma de se avaliar a VA, uma vez que este parâmetro é determinado
pelo nível de VA para um dado nível de produção de CO2 (V’CO2), de acordo com a equação:
VA = V’CO2/PaCO2
Portanto, há uma relação direta entre a V’CO2 e a PaCO2 e uma relação inversa entre esta e a
VA, podendo dizer que, quando a PaCO2 se eleva, o paciente está hipoventilando, ou vice-versa.
Assim, a VA pode ser inferida pela análise da capnografia, na qual, por meio da utilização
da transmissão da luz infravermelha, é possível avaliar o valor do CO2 ao final da expiração
(pressão expiratória final de dióxido de carbono [PetCO2]), assim como é possível analisar
o registro gráfico da curva de CO2 em função do tempo, o que permite avaliar indiretamente
as alterações no débito cardíaco, a distribuição do fluxo sanguíneo pulmonar, a atividade
metabólica e a interação paciente-ventilador.28,30,31
Durante a fase inspiratória, em condições habituais, não se detecta um nível significativo de CO2
no gás inspirado. Porém, à medida que se processa a expiração, é aumentada progressivamente
a pressão parcial do gás na mistura exalada.
36
Essa elevação é gradativa, visto que o início da fase expiratória corresponde ao deslocamento
AVALIAÇÃO E MONITORAÇÃO RESPIRATÓRIA NEONATAL E PEDIÁTRICA
da massa gasosa que ocupa espaços não sujeitos à troca gasosa, como traqueia, brônquios e
bronquíolos não respiratórios (espaço morto anatômico). Os níveis máximos de CO2 são obtidos
ao final da expiração e correspondem ao teor dos gases que compõem a mistura alveolar. Assim,
normalmente a curva da capnografia é descrita da seguinte forma (Figura 5):
CO2
TEMPO
Quando a função pulmonar é normal, a pressão parcial de CO2 nos alvéolos aproxima-se daquela
do sangue capilar. Entretanto, alguns territórios alveolares são menos perfundidos, constituindo o
espaço morto alveolar, o que atribuirá efeito diluidor sobre a pressão parcial de CO2 alveolar, de
forma que a PetCO2 equivale a PaCO2 ± 5mm Hg, sendo a variação para baixo a mais comum.
Nos RNs, essa diferença pode chegar a 7-8mm Hg e deve-se ao espaço morto e ao shunt
intrapulmonar. A ausência de um platô alveolar também pode favorecer os erros na interpretação
do CO2 expirado e é um achado comum em RNs e crianças pequenas, nos quais a FR é mais
elevada e o VC é menor.31
LEMBRAR
Em patologias pulmonares, cardíacas ou na presença de pressão positiva ao final
da expiração (PEEP), o valor do CO2 exalado pode ser significativamente diferente
daquele no sangue arterial, mostrando a necessidade de coletas sistemáticas de
gases sanguíneos.
37
A análise do formato da curva permite-nos a identificação de achados clínicos ou problemas
CO2
TEMPO
Hipoventilação
Hipermetabolismo: febre
CO2
TEMPO
Hiperventilação
Hipometabolismo: hipotermia, alta relação ventilação/perfusão.
Vazamentos
CO2
TEMPO
Obstrução ao fluxo aéreo
Interrupção abrupta:
CO2
TEMPO
Desconexão do ventilador mecânico
Extubação acidental
Apneia
Parada cardiorrespiratória
Intubação esofageana
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30. Quais são os fatores limitantes que podem interferir na leitura dos oxímetros de pulso
e devem ser considerados na interpretação da SpO2?
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Resposta no final do artigo
39
32. Explique o processo de avaliação da VA por meio da capnografia:
LEMBRAR
O equilíbrio acidobásico refere-se aos mecanismos fisiológicos, que são responsáveis
por manter a concentração de íons H+ do organismo em um nível compatível com a
vida. A manutenção do pH dentro da faixa fisiológica é resultado da integração de
processos de tamponamento químico intra e extracelular associado aos mecanismos
de regulação renais e respiratório, vitais para a homeostasia do equilíbrio acidobásico
do organismo.32,33
Por meio da gasometria arterial é possível avaliar o pH, a PaO2, a PaCO2, a saturação arterial de
oxigênio (SaO2), a concentração de íons de bicarbonato (HCO3-) e o excesso de bases (BE), com
seus valores de normalidade expostos na Tabela 3. Adicionalmente, permite o cálculo dos índices
de oxigenação fundamentados na PaO2 muito utilizados na prática clínica, como:
Tabela 4
PARTICULARIDADES GASOMÉTRICAS EM RECÉM-NASCIDOS
■ análise do pH: acidose – pacientes com pH < 7,35; alcalose – pacientes com pH > 7,45;
■ definição do distúrbio acidobásico: a determinação da causa da acidose ou alcalose dependerá
se o distúrbio primário for devido à alteração respiratória ou metabólica, de forma que:
– o pH é alterado devido a anormalidades na PaCO2: distúrbios respiratórios. Portanto:
acidose respiratória: caracteriza-se por pH < 7,35 decorrente de aumentos na PaCO2,
está associada à hipoventilação e aos distúrbios na relação ventilação/perfusão; alcalose
respiratória: caracteriza-se por pH > 7,45 decorrente de reduções na PaCO2, está associada
à hiperventilação;
– o pH é alterado devido a anormalidades no HCO3-: distúrbios metabólicos. Portanto: acidose
metabólica: caracteriza-se por pH < 7,35 decorrente de diminuições no HCO3-, está associada
ao aumento na produção de ácidos no organismo; alcalose metabólica: caracteriza-se por
pH > 7,45 decorrente de aumentos no HCO3-, está associada à eliminação excessiva de
ácidos e ingestão, infusão ou reabsorção de bases;
■ observar os sinais de compensação: os distúrbios do equilíbrio acidobásico são capazes
de desencadear mecanismos de compensação respiratória e metabólica. Caso persistam os
distúrbios respiratórios, o rim atua, retendo ou excretando HCO3-. A compensação renal raramente
é completa, de maneira que o pH, embora tenda à normalidade, não retorna ao seu nível normal.
Nos distúrbios metabólicos, a compensação é feita pelos pulmões, que, por meio de alterações na
VA passam a eliminar ou reter CO2, fazendo retornar aos valores próximos da normalidade o pH
sanguíneo.31 O Quadro 7 a apresenta as fórmulas de compensação dos distúrbios acidobásicos.
■ avaliar oxigenação arterial, PaO2 e SaO2: a hipoxemia é definida como redução no conteúdo
arterial de O2 (CaO2), que pode ser causada por diminuição na PaO2, da Hb ou da saturação de
Hb, a ser calculada pela seguinte fórmula:
LEMBRAR
Deve-se ter cuidados na interpretação da PaO2, levando em consideração a SpO2
antes e durante a coleta da amostra de sangue arterial, pois a agitação da criança
pode determinar queda na PaO2 e sugerir correções erroneamente.
41
O G(A-a)O2 permite-nos avaliar o grau de eficácia global das trocas gasosas à beira do leito, sendo
a sua fórmula determinada da seguinte maneira:
Onde:
■ PB = pressão barométrica;
■ PH2O = pressão de vapor de água;
■ R = coeficiente respiratório.
Como a fórmula leva em consideração a PaCO2, a presença de hipoventilação pode ser descartada
como possível causa de hipoxemia. Assim, o valor do G(A-a)O2 estará normal quando a hipoxemia
for causada por hipoventilação e estará aumentado na presença de shunt, no défice de difusão e
na alteração da relação ventilação/perfusão (V/Q).
A diferença entre shunt e alteração na relação V/Q pode ser caracterizada pela oferta de O2 a 100%.
Na presença de shunt, não haverá melhora da hipoxemia; enquanto, na alteração V/Q, haverá
aumento na PaO2 com o aumento na FiO2.31,32
O seu valor normal varia de 0,74 a 0,90. Os valores abaixo de 0,6 indicam trocas gasosas
ineficazes, constituindo um índice preferível no paciente grave, podendo prever a PaO2 esperada
quando ocorrem alterações na FiO2.
Índice de oxigenação
A simples análise da PaO2 por meio da gasometria arterial pode levar a falsas interpretações em
relação à troca gasosa do paciente. Portanto, deve-se observar o IO (PaO2/FiO2), de forma que a
oxigenação arterial seja normatizada pela FiO2, com valores normais de aproximadamente 400.
Como este cálculo não leva em consideração os parâmetros da ventilação mecânica, a qual o
paciente esta sendo submetido e que diretamente influencia na oxigenação arterial, foi proposto
que o IO fosse calculado da seguinte forma:
Em que:
PMVA = pressão média de vias aéreas.
A maioria dos trabalhos em neonatologia e pediatria utiliza esta fórmula para o cálculo de IO para
predizer o efeito de determinadas terapias e como preditor de desmame da ventilação mecânica.32
A PMVA pode ser calculada por meio da seguinte fórmula:35
( Ti × Pinsp + Te × PEEP )
Ti + Te Ti + Te
Onde:
Em 2011, a European Society of Intensive Care Medicine, endossada pela American Thoracic Society
e pela Society of Critical Care Medicine, convocou uma comissão internacional de especialistas
com o objetivo de revisar a antiga definição de síndrome do desconforto respiratório agudo (SDRA).
43
Foi desenvolvida, então, a definição de Berlim da SDRA, levando em consideração fatores
Quadro 8
DEFINIÇÃO DE BERLIM DA SÍNDROME DO DESCONFORTO RESPIRATÓRIO AGUDO
Época de início ■ Dentro de uma semana de um insulto clínico conhecido ou novo ou piora dos
do acometimento sintomas respiratórios.
Imagem torácicaa ■ Opacidades bilaterais – não plenamente explicadas por efusões, colapso lobar/
pulmonar ou nódulos.
Origem do edema ■ Insuficiência respiratória não plenamente explicada por insuficiência cardíaca
ou sobrecarga hídrica;
■ Necessidade de uma avaliação objetiva (p. ex., ecocardiografia) para excluir o
edema hidrostático se nenhum fator de risco estiver presente.
Oxigenaçãob ■ Leve: 200mm Hg < PaO2/FiO2 ≤ 300mm Hg com PEEP ou pressão positiva
contínua nas vias aéreas (CPAP) ≥ 5cm H2O;C
■ Moderada: 100mm Hg < PaO2/FiO2 ≤ 200mm Hg com PEEP ≥ 5cm H2O;
■ Grave: PaO2/FiO2 ≤ 100mm Hg com PEEP ≥ 5cm H2O
a: Radiografia de tórax ou tomografia computadorizada.
b: Se a altitude for maior do que 1.000m, o fator de correção deve ser calculado como se segue: PaO2/FiO2 × (pressão
barométrica/760).
c: Pode ser ofertada de forma não invasiva no grupo de SDR leve.
Fonte: The ARDS Definition Task Force (2012).36
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neonatologia e a pediatria:
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■ manovacuometria;
■ ventilometria;
■ pico de fluxo expiratório (PFE).
45
Por meio do manovacuômetro, pode-se avaliar a força muscular respiratória, em que a pressão
inspiratória máxima (Pimáx) reflete a força da musculatura inspiratória e a pressão expiratória
máxima (Pemáx) reflete a força da musculatura expiratória.
O volume pulmonar em que as manobras são realizadas influencia nos valores obtidos de Pimáx
e Pemáx. Partindo-se da CRF, sugere-se que o valor da Pimáx seja mais fidedigno, em virtude de
este ponto corresponder ao equilíbrio do sistema respiratório.38
LEMBRAR
A idade e o sexo influenciam diretamente nos valores obtidos de força muscular
respiratória. Em crianças e adolescentes, os fatores de crescimento, os hormônios e
o gênero também influenciam a força muscular respiratória.39
Tabela 5
EQUAÇÕES PARA A PREDIÇÃO DA PIMÁX E A PEMÁX
PiMax PeMax
Homens 142 - (1,03 x idade em anos) 180 - (0,91 x idade)
Mulheres - 43 + (0,71 x altura em cm) 3,5 + (0,55 x altura)
Meninos 44,5 + (0,75 x peso em kg) 35 + (5,5 x idade)
Meninas 40 + (0,57 x peso em kg) 24 + (4,8 x idade)
Fonte: Adaptada de Johnston (2010). 37
Os valores maiores de Pimáx são obtidos quando se utiliza a válvula unidirecional com tempo de
oclusão de 40 segundos.38-40 A hiperoxigenação prévia por 2 minutos deve ser realizada para evitar
possíveis quedas de SpO2, oferecendo maior segurança para a realização da técnica, principalmente
em crianças.41
46
AVALIAÇÃO E MONITORAÇÃO RESPIRATÓRIA NEONATAL E PEDIÁTRICA
LEMBRAR
As mensurações devem ser feitas sempre com a mesma técnica, partindo sempre do
mesmo volume pulmonar, com paciente sempre em um mesmo grau de elevação de
decúbito, realizadas três manobras, tomando-se a melhor das três ou a média das
três como valor de referência.
VENTILOMETRIA
O volume-minuto equivale ao VC, multiplicado pela FR, estando diretamente relacionado à ventilação
pulmonar e representando boa indicação da resposta da musculatura à demanda ventilatória.
Os RNs possuem volume-minuto mais alto do que o dos adultos, uma vez que eles
apresentam maior FR e maior VA quando comparados ao peso corpóreo do que um adulto.
Como a VA está intimamente ligada ao metabolismo, e sendo a relação de consumo de
O2/VA igual tanto no RN quanto no adulto, isso implica que o RN tenha uma demanda
de troca gasosa duas vezes maior do que a do adulto.31,37
Também podem ser obtidas a capacidade vital (CV) e a capacidade inspiratória (CI) em crianças
maiores, com a capacidade de cooperar com a técnica.
LEMBRAR
Os valores de CV inferiores a 12mL/kg estão associados à inabilidade ventilatória,
com o consequente prejuízo na troca gasosa e a necessidade de suporte ventilatório.
A CI é definida como o máximo de ar que pode ser mobilizado em uma inspiração a partir de
uma expiração normal. Por meio da sua avaliação é possível analisar o grau de hiperinsuflação
pulmonar em pacientes com patologias obstrutivas, uma vez que, quanto maior for o grau de
hiperinsuflação, menor será o valor de CI obtido. Assim, após a terapia broncodilatadora ou as
técnicas desobstrutivas, caso haja aumento nos valores de CI, pode-se inferir que houve redução
no grau de hiperinsuflação pulmonar.
47
O PFE representa o máximo de volume de ar exalado por unidade de tempo, partindo da capacidade
pulmonar total. É utilizado para a mensuração de obstrução de vias aéreas proximais e/ou disfunção
muscular expiratória, principalmente em crianças com patologias obstrutivas ou neuromusculares,
sendo útil no acompanhamento da efetividade de um plano terapêutico de remoção de secreção,
na terapia broncodilatadora, na efetividade da tosse e no desmame da ventilação mecânica.37
LEMBRAR
O PFE pode ser usado consistentemente em crianças colaborativas, em geral maiores
do que 6 anos (técnica dependente do esforço).
Avalia-se o PFE por meio do aparelho portátil peak flow, de manuseio simples e fácil.
Deve ser realizada uma inspiração máxima, seguida de uma expiração forte e rápida.
A Tabela 6 demonstra os valores previstos de PFE para as crianças normais, lembrando que a
melhor forma de avaliá-lo é comparar o valor obtido do paciente com a sua melhor medida prévia.
Tabela 6
VALORES DE PICO DE FLUXO EXPIRATÓRIO PREVISTOS PARA CRIANÇAS NORMAIS
■ zona verde: 80 a 100% do melhor valor do paciente, os valores são considerados normais;
■ zona amarela: 50 a 80% do melhor valor do paciente, pode representar o início de um quadro
agudo ou medicação insuficiente. Considerar introdução ou alteração na medicação;
■ zona vermelha: menos de 50% do melhor valor do paciente, corresponde a uma agudização
do quadro clínico. A medicação de alívio deve ser iniciada imediatamente e o médico deve ser
avisado.
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40. Quais fatores influenciam nos valores obtidos de força muscular respiratória?
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42. Explique por que a demanda de troca gasosa do RN é duas vezes maior do que a
do adulto:
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43. Defina CV e CI:
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Essa avaliação, em crianças, tem se tornado mais fidedigna nas últimas décadas, em virtude da
utilização de aparelhos de ventilação mecânica microprocessados, com monitores gráficos que
disponibilizam as medidas da mecânica ventilatória em tempo real, por meio da análise das curvas
de pressão, fluxo e volume.44
A complacência é uma variável física calculada a partir da variação de volume (ΔV) por unidade
de variação de pressão (ΔP). Na verdade, representa a facilidade com que os pulmões ou a caixa
torácica podem ser expandidos.45,46
Ao contrário da Ceff e da Cdyn, que utilizam, respectivamente, a pressão de pico (Ppico) (Pmáx) e a
pressão do ponto de inflexão (P1) relacionados aos componentes resistivos do fluxo aéreo, a CST
não sofre a influência do fluxo, por utilizar a pressão de platô (Pplatô) (P2), obtida ao final de uma
pausa inspiratória, portanto, na ausência de fluxo.46
A Figura 7 representa a curva pressão-tempo durante o estudo da mecânica respiratória pelo método
de oclusão de vias aéreas ao final da inspiração. Durante a insuflação pulmonar, a pressão de vias
aéreas vai aumentando até alcançar um valor máximo (Ppico).
Após a oclusão rápida das vias aéreas, há uma queda inicial da pressão traqueal (Pinflexão) em
relação à Ppico, seguida por uma redução menor na pressão, até se alcançar um platô (Pplatô),
que representa a pressão de recolhimento elástico do sistema respiratório.
Pmax
Pressão (cmH20)
P1 Cqst P2
Vt
Cst = Vt Cdyn =
Pmax
P2
VC
Ceff = Propriedades resistivas, elásticas e viscoelásticas
Pmax - PEEPt
VC
Cdyn = Propriedades elásticas e viscoelásticas
P1 - PEEPt
VC
Cst = Propriedades elásticas
P2 - PEEPt
Tabela 7
VALORES DE COMPLACÊNCIA PULMONAR EM NEONATOLOGIA E PEDIATRIA
A RSR compreende a resistência homogênea de vias aéreas (Raw) e a resistência não homogênea
ou viscosa tecidual decorrente da dissipação de energia pela movimentação dos tecidos do pulmão
e da caixa torácica.45,46 Ela pode ser representada pela equação:
A Raw isoladamente só é possível com a identificação na curva P1, onde poderá, então, ser calculada
por meio da seguinte fórmula:
Nos RNs, o principal componente da resistência de vias aéreas é o componente de vias aéreas
superiores (nariz). Em RNPTs, a RSR é ainda maior em virtude de as vias aéreas serem menos
calibrosas e também por causa do menor volume pulmonar. A RSR nos RNs é em torno de 30cm
H2O/L/s, ou seja, aproximadamente 16 vezes maior do que no adulto (Figura 8).
Manômetro:
Interrupção
do próximo
ciclo
respiratório
Pressão
Figura 9 - Curva pressão-tempo, com oclusão ao final da expiração, onde se observa a equiparação
entre a pressão de vias aeres e a pressão alveolar ao final da expiração, permitindo a quantificação
da auto-PEEP.
Fonte: Arquivo de imagens das autoras.
A auto-PEEP também pode ser detectada dinamicamente pela análise da curva fluxo-tempo,
observando-se um fluxo maior do que zero ao final da expiração (Figura 10).
Fluxo
(L/s)
Oclusão ao final
expiração
Pressão traqueal
(cmH20)
Figura 10 - Curva fluxo-tempo e pressão-tempo, onde são demostrados a auto-PEEP dinâmica no início da
inspiração e a auto-PEEP estática após pausa expiratória.
Fonte: Adaptado de Blanch e colaboradores (2005).49
54
AVALIAÇÃO E MONITORAÇÃO RESPIRATÓRIA NEONATAL E PEDIÁTRICA
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A) Pressão-tempo.
B) Fluxo-tempo.
C) Volume-tempo.
D) Pressão-volume.
Resposta no final do artigo
55
Os ventiladores mais modernos são capazes de digitalizar com alta velocidade (100Hz) as mudanças
ao longo do ciclo respiratório das variáveis de pressão traqueal, fluxo e volume, além de apresentar
a capacidade de calcular a CSR e a RSR com a aplicação da equação do movimento dos gases de
100 ou mais vezes por respiração. O método dos mínimos quadrados não requer um padrão de
fluxo peculiar, assim como acontece na técnica de oclusão ao final da inspiração.47,49,50
CURVA PRESSÃO-VOLUME
Cpulmonar
aumentada
Cpulmonar
normal
Volume (L)
Cpulmonar
reduzida
Pressão (cmH20)
Figura 11 - Curva pressão-volume em condições isovolumétricas.
Fonte: Arquivo de imagens das autoras.
56
AVALIAÇÃO E MONITORAÇÃO RESPIRATÓRIA NEONATAL E PEDIÁTRICA
A hiperdistensão é caracterizada pela presença do “bico de passarinho”, onde se observa o
achatamento da curva pressão-volume após o segundo ponto de inflexão (Figura 12), que ocorre
quando os volumes excessivos são ofertados de forma inapropriada, desrespeitando o limite elástico
das unidades alveolares, determinando o aumento na pressão, com risco de lesões induzidas pela
ventilação mecânica.47
Ponto de inflexão
Volume (ml)
superior
Em pacientes ventilados em pressão controlada, a redução no VC pode ser causada por dois
mecanismos distintos capazes de ser demonstrados na curva pressão-volume (Figura 13):
Volume (ml)
Pressão (cm H20) Pressão (cm H20)
Figura 13 - Curva pressão-volume durante a ventilação com pressão controlada. A) Redução na complacência. B)
Aumento na resistência ao fluxo aéreo.
Fonte: Adaptada de Lucangelo e colaboradores (2005).47
CURVA FLUXO-VOLUME
Fluxo (L/s)
(1) Pré-broncodilatador
2 (2) Após broncodilatador
Volume (L)
Volume (mL)
Tempo (segundos)
Fluxo (Lpm)
Volume (mL)
Figura 15 - Curva volume-tempo indicando o não retorno à linha de base (zero) e curva fluxo-
volume evidenciando o não fechamento da alça expiratória.
Fonte: Adaptada de Lucangelo e colaboradores (2005).47
59
A curva fluxo-volume também funciona como marcador sensível para a indicação da necessidade
Vexp máximo
CPT VR
Volume
Vins máximo
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Resposta no final do artigo
52. Descreva as informações que podem ser obtidas por meio da análise da curva
pressão-volume e da curva fluxo-volume:
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60
AVALIAÇÃO E MONITORAÇÃO RESPIRATÓRIA NEONATAL E PEDIÁTRICA
■ CASOS CLÍNICOS
CASO 1
RNPT, PIG, EBP, com história de SDR grau III, IGC: 33 semanas, Apgar 1’:4, 5’:6.
Encontra-se em incubadora aquecida, sob oxigenoterapia (halo com FiO2: 40%) na UTI
neonatal nas seguintes condições:
Apresenta padrão ventilatório superficial, com três episódios de apneia pela manhã.
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Resposta no final do artigo
CASO 2
Paciente com 7 anos, pesando 30kg, é ventilado no modo volume controlado, com
seguintes os parâmetros:
■ VC: 240mL;
■ fluxo inspiratório: 30L/min;
■ FR: 20ipm;
■ PEEP: 5cm H2O;
■ FiO2: 40%.
Ao acionar uma pausa inspiratória de 3 segundos, obteve-se uma Ppico de 30cm H2O e uma Pplatô
de 15cm H2O.
61
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Resposta no final do artigo
■ CONCLUSÃO
Adequadas semiologia e monitoração respiratória são importantes para compreender a patologia
subjacente, avaliar a progressão da doença e permitir a adoção de medidas terapêuticas precoces
e eficazes, o que implica melhor prognóstico, podendo refletir em menor tempo de internamento
hospitalar, em terapia intensiva e, principalmente, em diminuição na taxa de mortalidade.
Atividade 4
Resposta: Identificação, HDA, HPP, antecedentes familiares, condições ambientais, antecedentes
nutricionais e exames complementares.
Atividade 6
Resposta: D
Comentário: A temperatura não é um item do escore de Apgar, apesar de que todo RN deve ser
prontamente aquecido ao nascimento a fim de evitar deteriorização de seu quadro.
Atividade 13
Resposta: Em virtude do mais alto consumo de O2 e da eliminação de CO2 por kg de peso corporal
em comparação ao adulto. Além disso, geram baixo VC, necessitando aumentar a FR para gerar
um adequado volume-minuto (Vmin = FR × VC).
Atividade 14
Resposta: C
Comentário: São consideradas apneias as pausas inspiratórias superiores a 15 segundos associadas
à cianose e à bradicardia.
62
AVALIAÇÃO E MONITORAÇÃO RESPIRATÓRIA NEONATAL E PEDIÁTRICA
Atividade 17
Resposta: 3 – 6 – 4 – 1 – 2 – 5
Atividade 21
Resposta: Biot: duas fases – a primeira, de apneia, e a segunda, com movimentos inspiratórios e
expiratórios anárquicos. Kusmal: rápida, profunda e ruidosa, ventilação alta. Cheyne-Stokes: fase
de apneia seguida de incursões cada vez mais profundas, até um máximo, para depois decrescer
até uma nova pausa.
Atividade 22
Resposta: Deve-se pesquisar se a tosse é aguda ou crônica, seca ou produtiva, eficaz ou ineficaz.
Atividade 23
Resposta: Eventuais anomalias ósseas, sinais de dor e alterações de sensibilidade à palpação, pele:
temperatura geral, frêmito toracovocal, desvio de traqueia, expansão e simetria da caixa torácica,
presença de edema ou enfisema subcutâneo.
Atividade 25
Resposta: 4 – 3 – 2 – 1
Atividade 26
Resposta: A ausculta respiratória torna-se mais difícil na criança pequena por causa dos seguintes
fatores: incapacidade de controlar a respiração, ritmo respiratório mais elevado e variável (baixo
volume inspirado), choro, agitação, pouco tecido subcutâneo e ruídos de transmissão de origem
nasofaríngea.
Atividade 28
Resposta: D
Comentário: A quantidade de oxigênio ligado a hemoglobina pode ser influenciado apenas pelos
seguintes fatores: concentração de íons hidrogênio (H+) no sangue arterial; pressão parcial de gás
carbônico arterial (PaCO2); temperatura; concentração de 2,3-DPG. A concentração arterial de
oxigênio arterial levando em consideração a quantidade da própria hemoglobina não é capaz de
influenciar na capacidade de associação da Hb ao O2.
Atividade 29
Resposta: Os aumentos na PaCO2, a temperatura, o 2,3-DPG e a diminuição no pH desviam a
curva de dissociação para a direita, ou seja, reduzem a afinidade da Hb pelo O2; enquanto que as
reduções na PaCO2, a temperatura, o 2,3-DPG e o aumento no pH desviam a curva para esquerda,
aumentando a afinidade do O2 pela Hb.
Atividade 31
Resposta: Para efetuar a leitura o eletrodo, é colocado em contato com a pele, onde provoca um
aquecimento de 42ºC a 44ºC, provocando uma vasodilatação local, com o consequente aumento
na perfusão, permitindo, após 20 minutos, a leitura da PtcO2 e da PtcCO2.
Atividade 34
Resposta: B
Comentário: A acidose respiratória é caracteriza-se por pH < 7,35 decorrente de aumentos na PaCO2
e está associada à hipoventilação e aos distúrbios na relação ventilação/perfusão.
63
Atividade 50
Resposta: B
Comentário: Por meio da curva fluxo-tempo, onde se observa que o fluxo expiratório não alcança
a linha de base (zero).
Atividade 51
Resposta: As vantagens da monitoração gráfica à beira do leito são identificar os processos
patológicos e as alterações funcionais; identificar a resposta do paciente a um determinado agente
farmacológico, tais como surfactante, diuréticos ou broncodilatadores; identificar as assincronias
paciente-ventilador; otimizar os ajustes ventilatórios; nortear a conduta fisioterapêutica; minimizar
os riscos e as complicações induzidas pela ventilação mecânica.
Atividade 53
Resposta: Realizando-se uma avaliação inicial dos sinais vitais, o fisioterapeuta observa que este
RN, apesar de encontrar-se em incubadora aquecida, apresenta-se hipotérmico e bradipneico,
porém sem outras alterações importantes. Desta forma, os episódios de apneia e o fato de estar
bradipneico provavelmente devem-se ao fato de encontrar-se hipotérmico ao extremo. Desta forma,
primeiro deve aguardar o reestabelecimento da temperatura por meio de melhor aquecimento por
parte da equipe antes de realizar qualquer conduta fisioterapêutica, a fim de não piorar o quadro,
aumentando o seu gasto energético. Se não melhorar, deve também ser pesquisada a possibilidade
de ser apneia de origem central (por imaturidade do sistema nervoso) e considerar a possibilidade
de alterar o suporte ventilatório.
Atividade 54
Resposta: Ceff = VC/Ppico-PEEP = 9,6mL/cmH2O; CST = VC/Pplatô-PEEP = 24mL/cmH2O.
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