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PROCEDIMENTO SISTÊMICO PRS UTI A - 008

TÍTULO: MONITORIZAÇÃO DE CAPNOMETRIA E CAPNOGRAFIA

I - CONTROLE HISTÓRICO

HISTÓRICO
REVISÃO DATA Nº PÁGINAS ELABORAÇÃO VERIFICAÇÃO APROVAÇÃO
ALTERAÇÃO
Emissão Sarah Buzato Afonso Henrique Silvana Maria Lage
00 02/05/2014 07
inicial de Souza Motta Campolino Soares
Rosilene
José Antônio
01 Maio/2017 10 Revisão Aparecida da Iranice Dos Santos
Cruz Dutra
Silva

1. Introdução
A capnografia e a capnometria constituem um indicador em tempo real da função
respiratória. A capnometria mensura a quantidade de CO2 nos gases expirados e a
capnografia é a demonstração gráfica do nível de CO2 expirado. (SANTANA, 2013).

MONITOR COM MÓDULO DE CAPNOGRIA E CAPNOMETRIA

CAPNOMETRIA
CAPNOGRAFIA

O capnograma é o gráfico mostrado no monitor, mudanças no seu formato permite identificar


alterações patológicas da função pulmonar. Enquanto que valores da capnometria possibilita
verificar a adaptação pulmonar a terapêutica estabelecida (SANTANA, 2013).
A capnometria apresenta valor de referência de 35 a 37mmhg, que geralmente tem valor
aproximado da PaCO2 (35 a 45mmhg) obtido pela gasometria arterial (SANTANA, 2013).
A capnografia/capnometria identifica precocemente depressão respiratória, possibilita
identificar obstrução de vias aéreas, broncoespasmo, acidose metabólica, retenção e lavagem

ASSINATURA E CARIMBO 1
PROCEDIMENTO SISTÊMICO PRS UTI A - 008

TÍTULO: MONITORIZAÇÃO DE CAPNOMETRIA E CAPNOGRAFIA

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de CO2 e alguns problemas no ventilador mecânico (AMARAL et al,1992). Indicações da


capnometria e capnografia em tabela abaixo (tabela 1):
Indicações para monitorização de
capnografia e capnometria Justificativa
 Durante intubação orotraqueal  Verificar posicionamento correto da
(IOT); cânula endrotraqueal devido ao
aumento do EtCO2 no monitor;
 No atendimento a parada  Possibilita avaliar qualidade das
cardiorrespiratória (PCR); compressões cardíacas (EtCO2
>10mmhg);
 Durante procedimento cirúrgico;  Permite identificar hipoventilação
alveolar, hipertermia maligna,
tireotoxicose, embolia pulmonar
maciça, PCR;
 Sedação profunda, DPOC  Avaliar retenção de CO2;
 Tratamento de hipertensão  Manter controle sobre o EtCO2,
intracraniana (HIC) retenção de CO2 eleva pressão
intracraniana (PIC);
 Pacientes em ventilação mecânica  Avaliar resposta aos parâmetros do
em geral ventilador, controlar níveis de EtCO2
exalado, identificar broncoespasmo,
hipotensão, obstrução de vias
aéreas ou circuito do ventilador,
PCR;
Tabela 1: indicações de capnometria e capnografia, fonte: adaptado Amaral et al, 1992; American Heart association, 2010;

ASSINATURA E CARIMBO 2
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O gráfico do CO2 é representado por uma onda (ciclo respiratório) que pode ser dividida em 4
fases (SANTANA, 2013), (figura 2):
 Fase 1: A-B – representa o início da expiração;
 Fase 2: B-C – fase expiratória ascendente; representa o aumento rápido da
concentração de CO2, no fluxo aéreo;
 Fase 3: C-D: platô alveolar – nível constante de CO2, o D representa o CO2 máximo
portando é EtCO2 visto na capnometria.
 Fase 4: D-E- fase inspiratória;

Figura 2: fases da capnografia, fonte: internet.

O formato das ondas do capnografia permite identificar diversas anormalidades na


função respiratória conforme visto na figura abaixo (figura 3):

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Figura 3: interpretação da capnografia, fonte: internet

2. Objetivo
 Padronizar ações relacionadas a capnometria durante a monitorização do beneficiário.
 Detectar episódios de depressão respiratória na sua fase mais precoce.
 Realizar avaliação rápida de pacientes críticos.
 Determinar adequação da ventilação em pacientes inconscientes ou naqueles que
estão recebendo sedação.

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3. Campos de aplicação
Este PRS se aplica ao Centro de Terapia Intensiva Adulto, Bloco Cirúrgico e SMU
envolvidos com a assistência de enfermagem prestada ao beneficiário / servidor do HGIP.

4. Referências normativas
 COREN- MG. Lei 7.498. 25 de Junho de 1986. Dispõe sobre a regulamentação do
exercício da Enfermagem e dá outras providências. Em específico o que diz das
competências privativas do enfermeiro, em especial, no que concerne ao manejo de
beneficiário graves com risco de vida e cuidados de maior complexidade (art.11).
 Resolução ANVISA RDC Nº 36, de 25 de julho de 2013.
 Protocolo Identificação do Paciente - Ministério da Saúde/Anvisa/ Fiocruz 2013.

5. Responsabilidade/ competência
 Compete ao enfermeiro assistencial e ao técnico de enfermagem instalar e realizar a
medida da capnometria.
 Compete ao enfermeiro supervisor verificar a instalação feita pelo técnico de
enfermagem e enfermeiro assistencial.
 Compete ao fisioterapeuta instalar e verificar a medida da capnometria.

6. Definições
 ETCO2 (end tidal CO2): Trata-se da medida de CO2 ao final da expiração. O valor
entre a EtCO2 e a PaCO2 (Pressão Parcial de gás carbônico) não são idênticos, em
condições normais a PaCO2 é em torno de 5mmHg superior ao EtCO2.

7. Conteúdo do padrão
7.1 Recursos necessários
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 Monitor com entrada para medida capnografia e capnometria Módulo de capnometria


da Dixtal e cabo em “Y” no caso de monitor da Drager
 Cabo de conexão do módulo ao circuito respiratório com câmera de absorção de luz e
detector de fazes.
 Sensor para adaptação entre o tubo endotraqueal (ou traqueinha de TQT) e ao circuito
respiratório.
 Luvas de procedimentos
 Chumaço de algodão
 Álcool gel

7.2 Principais passos


 Higienizar as mãos conforme PRS 005;
 Reunir todo o material necessário;
 Identificar-se ao beneficiário;
 Confirmar a identificação do beneficiário antes do cuidado:
 Confirmar através da leitura dos 3 identificadores da pulseira (nome completo, data de
nascimento do beneficiário e matrícula com código de barras);
 Perguntar o nome ao paciente/familiar/acompanhante e conferir as informações
contidas na pulseira do beneficiário;
 Pedir ao beneficiário que declare (e, quando possível, soletre) seu nome completo e
data de nascimento;
 NUNCA perguntar ao beneficiário “você é o Senhor Silva?” Porque o mesmo pode não
compreender e concordar por engano.
 Explicar ao beneficiário o procedimento e seu propósito;
 Friccionar as mãos com álcool gel por 30 segundos;

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 Calçar luvas de procedimentos;


 Conectar o módulo e o cabo de capnometria ao monitor. O sistema começará a
aquecer a câmera/detector;
 Conectar a célula entre a via aérea artificial e o circuito respiratório;
 Conectar o sensor na “célula de zeragem (“O”), localizada no próprio cabo do módulo;
 Observar o processo no monitor (“calibrando zero”) e após ser concluído prossiga;
 Conectar o sensor na “célula de referência” (“REF”) quando for solicitado pelo monitor,
localizada também no próprio cabo. Observe no monitor a conclusão do processo
(“calibração ok”) e prossiga;
 Conectar a câmera/detector no “sensor” que está adaptado entre a via aérea artificial e
o circuito respiratório;
 Observar no monitor a formação da curva (capnografia) e o valor numérico da ETCO2
(capnometria);
 Desprezar as luvas de procedimentos e higienizar as mãos conforme PRS 32;
 Registrar o valor da ETCO2 no registro controle de sinais vitais e balanço hídrico;
 Registrar a instalação dessa monitoração na observação de enfermagem e no PEP.

7.3 Cuidados especiais


 Observar na “câmera/detector” e nas “células-teste” as setas indicativas do encaixe
correto entre as peças.
 Conectar a “câmera/detector” no sensor pelo lado de cima do mesmo, para reduzir a
interferência na leitura produzida pelo acúmulo de líquidos e secreções.
 Mantenha limpas as lentes do sensor e das células de teste.
 Secar as lentes com chumaço de algodão se houver acúmulo de umidade.

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 Observar e “controlar” o aquecimento e a umidificação do circuito respiratório, pois a


condensação do vapor de água produz falsas leituras elevadas.
 Trocar a célula em presença de secreção em seu lúmen e encaminhá-la para
esterilização.
 Se houver sujidade sobre as lentes remova com um chumaço de algodão e proceda a
desinfecção com outro chumaço umedecido com álcool a 70%
 Recalibrar a “câmera/detector” sempre que:
 Houver a desconexão do sensor e/ou do circuito respiratório;
 Quando o “monitor” solicitar;
 Após a limpeza e desinfecção das lentes do sensor ou da câmera/detector;
 Verificar a funcionalidade dos materiais necessários par a o procedimento.

8. Siglas
 POP: Procedimento Operacional Padrão
 HGIP: Hospital Governador Israel Pinheiro
 ETCO2: End Tidal CO2-Medida final do CO2 expirado
 TQT: Traqueostomia
 AE: Auxiliar de Enfermagem
 TE: Técnico de Enfermagem
 %: por cento
 ml: mililitros (unidade de medida)
 mmHg: milímetros de Mercúrio
 PRS: Procedimento Sistêmico
 PEP: Prontuário Eletrônico do Paciente

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9. Indicadores
 Não se aplica.

10. Gerenciamento de riscos

Categoria de Falhas potenciais Ações de Ações frente ao


Evento
risco geradoras de riscos prevenção evento
Assistencial Não realizar a Falha na Realizar Realizar a calibração
calibração do sensor de medida de calibramento do do sensor
capnografia CO2 expirada sensor de
capnografia antes
de seu uso ou
quando
necessário

Assistencial Acúmulo de água ou Interferência Evitar acúmulo de Realizar a limpeza na


secreção no sensor na medida de água ou célula de sensor
CO2 expirada, secreções no sempre que
infecções sensor necessário

Assistencial Encaixe incorreto entre Alteração na Verificar se o Conectar


as células do sensor medida de encaixe entre as adequadamente as
CO2 expirado células do sensor células do sensor
está correto

11. Referências
 KNOBEL, Elias. Condutas no paciente grave. 1º edição São Paulo: Atheneu,1994 cap
21 p. 289-311.

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 NETTINA, m.s, et al. Prática de Enfermagem. 7º edição. Rio de Janeiro: Guanabara


Koogan. 2003, Cap. 10 p.189,261.
 SANTANA, Júlio Cesar Batista; MELO, Clayton Lima; DUTRA, Bianca Santana.
Monitorizarão Invasiva e Não Invasiva - Fundamentação para o Cuidado. São
Paulo: Atheneu, 2013, Cap. 5 p. 67 à 77.

12. Anexos

 Anexo 1: Módulo de Capnometria

 Anexo 2: Cabo de Capnometria

ASSINATURA E CARIMBO 10

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