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O que é monitorização?

 Processo contínuo e diário que envolve três


componentes:
- Coleta de dados;
- Análise e interpretação dos dados;
- Tomada de decisão.
 Exemplos:
- Gasometria: PaO2 = 50 mmHg
(hipoxemia)aumenta FiO2, aumenta Peep.
- Raios X: Hipotransparência (áreas de
atelectasia)/Recrutamento alveolar ou mudança de
posição.
Coleta de dados
 Observação geral do paciente
- VMI, VMNI (diferentes interfaces,
Oxigenioterapia (catéter nasal,
macronebulização, máscara de venturi),
TQT,...
 Observação da monitorização cardiopulmonar
- FC, PA, FR, SpO2, Parâmetros VM (VT,
Fluxo, FR, Peep, Pi).
Coleta de dados

 Avaliação física
- Escaras, edema, motricidade, etc...
 Exames de diagnóstico padrão
- Avaliação laboratorial: gasometria,
hemograma, escarro,...
- Avaliação radiológica: Rx, TC, RNM,...
Oxigenioterapia
VMNI com máscara de mergulho
Sinais Vitais
Parâmetros Ventilatórios
Avaliação Física
Tomografia Pulmonar
Tomografia Pulmonar
Raio-X Pulmonar
Análise dos dados
 Exige o conhecimento sobre os parâmetros
normais e anormais, incluindo sua
importância em várias patologias.
 Deve-se reunir e interpretar os dados
referentes à:
- Oxigenação;
- Ventilação;
- Mecânica Respiratória.
Tomada de decisões
 É realizada após a coleta e a interpretação
correta dos dados.

“O melhor monitor é o profissional


observador e dedicado”.

DONALD F. EAGAN
Sinais Vitais
 Informam sobre o estado geral do
paciente e inclui:
- Temperatura corpórea (T);
- Frequência cardíaca (FC) ou de pulso;
- Pressão Arterial (PA);
- Frequência respiratória (FR);
- Saturação de oxigênio arterial (SpO2).
Sinais Vitais
• Temperatura Corporal: mensurada manualmente
pela equipe de enfermagem (folha de evolução) ou
no monitor eletrocardiográfico.
Sinais Vitais
 Valor de referência: 37 graus Celsius;
- Seu aumento pode indicar:
 Processo infeccioso e, portanto, justificar uma
investigação mais ampla. Como cultura e
antibiograma de escarro, sangue,...
 Processo não infeccioso: TCE com lesão
hipotalâmica, falha no controle do
aquecimento do umidificador durante a VM,
ajuste elevado da temperatura do umidificador
durante a VM.
Sinais Vitais
 Independentemente da causa, o aumento da
temperatura, aumenta o metabolismo celular,
aumenta o consumo de O2 e produção de
CO2, aumenta as demandas ao coração e aos
pulmões, causando estresse adicional ao
sistema cardiopulmonar do paciente.
Sinais Vitais
• FC: Mensurada manualmente pela equipe de
enfermagem e também observada no monitor
eletrocardiográfico.
Sinais Vitais
 Valor de referência: 60 a 100 bpm (adultos).
 É importante observar durante:
 Anormalidade em vias aéreas as quais pode
causar: taquicardia, arritmias;
 Administração de broncodilatadores, os quais
aumenta a FC;
 Cinesioterapia, etc...
 Ritmos anormais da FC podem indicar também:
Cardiopatia isquêmica, ICC, arritmias, etc...
Sinais Vitais
• PAS: Obtida pela equipe de enfermagem
manualmente ou observada no monitor
eletrocardiográfico.
Sinais Vitais
 Valor de referência: 130 x 90 mmHg (adultos).
 A hipotensão na UTI pode estar associada ao
choque hipovolêmico, o que leva
frequentemente a má perfusão dos órgãos
vitais. Ex: politraumatismo com perda
excessiva de sangue.
 Exemplos de hipotensão aguda: Presença de
hipovolemia (ex: em trauma importante), falha
da bomba cardíaca (ex: IAM), perda de tônus
vascular (ex: lesão medular).
Sinais Vitais
• FR: Obtida pela equipe de enfermagem ou
observada no monitor eletrocardiográfico .
Sinais Vitais
 Valor de referência: 14 a 20 rpm (adultos).
 Aumento da FR (taquipnéia) ocorre precocemente
na IR.
 Uma causa comum de taquipnéia em UTI é a perda
de volume pulmonar (ex: doença restritiva,
atelectasia, etc...)
 O paciente respira com VT menor, sendo
necessário um aumento proporcional da FR para
manter uma ventilação adequada. Ex: atelectasia,
PNTX, DP, SARA, PO toracoabdominal, dor.
Valores de referência para adultos
Valores de referência para adultos
Valores de referência para adultos
Valores de referência para adultos
Valores de referência para crianças
Valores de referência para crianças
Valores de referência para crianças
Sinais Vitais
• Oximetria (SpO2): observada no monitor
eletrocardiográfico.
Sinais Vitais
 Monitorada de forma rápida a saturação
arterial de oxigênio (SpO2) contida na
hemácia/hemoglobina.
 Valor de referência: > 92%
 É importante durante anormalidades de
vias aéreas, a qual pode ocasionar uma
desaturação aguda.
Radiografia e TC de tórax
 Utiliza-se com frequência para avaliar:
 O posicionamento do TOT: 4-6 cm acima da
carina;
 Se os pulmões estão sendo aerados
adequadamente;
 Alterações patológicas e diagnóstico de
pneumopatias;
 Outros.
Raio – X de Tórax
Raio – X de tórax
Raio – X de tórax
Raio – x de tórax
Raio – x de tórax
TC de tórax
TC de tórax
TC de tórax
Posição do TOT
 Avaliação do TOT pós intubação:
 Movimento simétrico do tórax
Intubação seletiva: movimento somente de um
hemitórax;
 Ausculta simétrica do murmúrio vesicular, se seletiva
não audível em um hemitórax;
 Ausência de murmúrio vesicular a nível de estômago
 Condensação de gás no tubo durante expiração;
 Elevação da saturação de O2 em 30 segundos.
Equilíbrio Líquido
 A equipe de enfermagem monitora o equilíbrio
líquido do paciente (balanço hídrico);
 É feito por meio da avaliação da ingestão e do
débito líquido;
 Pacientes na UTI que estão recebendo mais líquido
do que eliminando podem desenvolver edema
pulmonar e IR.
Monitorização da VM: Troca gasosa

 São dados úteis no controle de pacientes


sob suporte ventilatório e inclui
informações sobre:
Oxigenação;
Ventilação.
Monitorização da VM: Troca gasosa
 Avaliação da oxigenação:
 Adequação da oxigenação pulmonar:
Pressão parcial de oxigênio arterial – PaO2
Conteúdo de O2 dissolvido no plasma;
Normalidade: de 60 a 100 mmHg;
É obtida por meio da gasometria arterial.
A quantidade de O2 liberada aos alvéolos
pode ser comparada com a quantidade que
realmente entra nos capilares pulmonares
Monitorização da VM: Troca gasosa
Saturação da hemoglobina arterial com
oxigênio – SaO2
Conteúdo de O2 ligado à hemoglobina;
Valor de referência: >92%
Pode ser obtida pela gasometria arterial ou
oximetria de pulso.
A oximetria de pulso guarda boa relação
com a gasometria arterial, com erro de 2 a
3%. Porém, quando a SpO2 está abaixo de
75%, o erro passa a ser maior (5 a 12%).
Monitorização da VM: Troca gasosa
Índice de oxigenação ou relação PaO2/FiO2
Indicativo de evolução da doença pulmonar
Normal: > 350.
LPA: < 350.
SARA: < 200.

Caso 01 Caso 02
PaO2 80 80
FiO2 0,21 0,50
PaO2/FiO2 380 160
Conclusão Normal SARA
PaO2/FiO2 – COVID-19
PaO2/FiO2 < 150 em pacientes COVID–19

EXEMPLO:

PaO2 64 mmHg
FiO2 60 %

64/0,6 = 106
Monitorização da VM: Troca gasosa
 Avaliação da ventilação:
A produção de CO2 arterial (PaCO2) é
inversamente proporcional à ventilação
alveolar.
↑ Ventilação (hiperventilação) → ↓ PaCO2
↓ Ventilação (hipoventilação) → ↑ PaCO2
PaCO2 é “padrão ouro” na avaliação da
adequação da ventilação:
Ventilação adequada: PaCO2 acarreta um
pH arterial normal.
Resistência
Complacências

Valores de referência:

• Complacência Estática:
60 a 100 ml/cmH2O (alta:
Enfisema; baixa: SARA,
edema pulmonar);

• Complacência Dinâmica:
50 a 80 ml/cmH2O.
Monitorização Hemodinâmica
 Observação;
 Monitorização não invasiva;
 Monitorização invasiva.
Avaliação Clínica da Perfusão Tecidual
 Observação
Alteração do sensório:
Cérebro altamente vulnerável a hipóxia;
Útil na avaliação do tratamento adotado.
Palidez cutânea de mucosa:
Redistribuição do fluxo sanguíneo.
Avaliação Clínica da Perfusão Tecidual
 Observação:
Enchimento Capilar:
Técnica: comprimir por 5 seg. a falange
distal do indicador e registrar o tempo de
retorno a coloração normal – normal até 2
seg.
Mais útil em crianças – queda na PA mais
tardia.
Avaliação Clínica da Perfusão Tecidual
 Pontos de Atenção:
A manutenção da perfusão e da oferta de
oxigênio para as células e satisfazer o seu
metabolismo, é a principal função do
sistema cardiorrespiratório.
Quando existe descompensação do sistema
cardiorrespiratório há alteração na perfusão
e na oferta de oxigênio = CHOQUE.
Hemodinâmica
 Definição:
Estudo dos princípios físicos que governam
o fluxo sanguíneos pelos vasos e coração .
Hemodinâmica

Pacientes Hipoperfusão Disfunção


UTI
Críticos Tecidual Orgânica

Pacientes Críticos: com risco de


descompensação ou aquele fisiologicamente
instável, necessitando de constante
vigilância e titulação contínua do tratamento
de acordo com a evolução da sua doença.
Monitorização Hemodinâmica
 Avaliação metódica dos parâmetros clínicos e
laboratoriais mensuráveis, de forma objetiva,
que permitirão a vigilância contínua,
fornecendo dados para orientação diagnóstica
e terapêutica.

 Objetivo primário é assegurar uma perfusão


tecidual e oferta de oxigênio satisfatórios.
Monitorização Hemodinâmica
 Finalidade:

Através da mensuração dos dados,


reconhecer, avaliar possíveis complicações
do estado hemodinâmico do paciente e
intervir em tempo hábil com terapia
adequada prevenindo possíveis
complicações.
Monitorização Hemodinâmica
Classificação Pacientes
Hemodinamicamente Estado hemodinâmico adequado ou perto
Estável da adequação, sem uso de drogas
vasoativas ou de qualquer outra forma de
suporte cardiovascular.
Compensado com Estado hemodinâmico adequado ou perto
Risco de da adequação, mas em uso de drogas
Descompensação vasoativas ou de qualquer outra forma de
suporte cardiovascular.
Hemodinamicamente Estado hemodinâmico inadequado
Instável (anormal ou corrigido) e dependente de
drogas vasoativas em doses altas ou
crescentes ou de qualquer outra forma de
suporte cardiovascular.
Monitorização Hemodinâmica

Exame Avaliação da perfusão


Clínico tecidual: consciência, pele
e débito urinário.

Métodos não
invasivos

Métodos
invasivos
Monitores Multiparamétricos
Monitorização Hemodinâmica
 Proposta da Monitorização Hemodinâmica:
Auxiliar o diagnóstico de diversos distúrbios
cardiovasculares;
Orientar as terapias para minimizar disfunção
cardiovasculares;
Prognóstico com os dados obtidos;
Tratar distúrbios;
Avaliar resposta à terapia;
Fornecer informações quantitativas e qualitativas
das pressões intravasculares.
Monitorização Hemodinâmica
 Métodos utilizados na mensuração dos dados:

Invasivos;

Não Invasivos.
Monitorização Não Invasiva

Oximetria de pulso (SpO2);


Capnografia (CO2);
Pressão Arterial não invasiva;
Frequência Cardíaca;
Frequência Respiratória;
Temperatura;
Índice Bi-Espectral (BIS).
Monitorização Não Invasiva
Monitorização Não Invasiva
Monitorização Não Invasiva
 Objetivos:
Utilizar a técnica não invasiva é diminuir o
número de complicações associadas às técnicas
de monitorização hemodinâmica invasiva.

 Vantagens:
Baixo custo;
Facilidade no manuseio;
Menor risco de infecção.
Monitorização Invasiva
Pressão Arterial Média (PAM);
Pressão Venosa Central (PVC);
Pressão de Artéria Pulmonar (PAP);
Débito Cardíaco (DC);
Índice Cardíaco (IC);
Cálculo de Resistências – Resistência
Vascular Sistêmica (RVS);
Resistência Vascular Pulmonar (RVP).
Monitorização Invasiva
Pressão Arterial Média (PAM)
 Introdução de um catéter em uma artéria através de
uma punção ou dissecção, que é conectado a um
sistema de transmissão de pressão (um transdutor de
pressão) que por sua vez é conectado ao monitor.

 Acessos em ordem de preferência: artéria radial e


femural.

 Possível de cálculo: PAM = PAS + (PAD x 2) / 3


Pressão Venosa Central (PVC)
 Pressão existente no sistema venoso central
intratorácico, inclui as veia cava superior e átrio direito.

 Uso de catéter central.

 Informações do enchimento do coração direito e a


pressão capilar pulmonar (enchimento do coração
esquerdo).

 Influenciada pela volemia, função cardíaca e aumento


da resistência vascular pulmonar .
Pressão Venosa Central (PVC)
 Posicionamento do catéter central.
Débito Cardíaco (DC)
Frequência Volume de Débito
Cardíaca Ejeção Cardíaco
(bpm) (ml/batimentos) (l/min)
Débito Cardíaco
 Determinante de fluxo sanguíneo nos
sistemas, e portanto transporte de O2 aos
tecidos.
 É a quantidade de sangue, em litros, ejetada
pelo VE a cada minuto.
 DC = FC (bpm) x volume sistólico
(L/batimento).
 Valor normal de 4 a 8 litros.
Débito Cardíaco
 Homens saudáveis e jovens (repouso): 5,6L/min.
 Mulheres saudáveis e jovens (repouso):
4,9L/min.
 Adultos saudáveis (repouso): 5L/min.
 O Débito cardíaco aumenta, em proporção à área
da superfície corporal. É expresso em função do
índice cardíaco, que é o débito cardíaco por
metro quadrado da área da superfície corporal.
 A média normal do índice cardíaco para adultos
é 3L/min/m2.
Débito Cardíaco
 Efeito da Idade sobre o Débito Cardíaco:
 Aos 10 anos de idade aumenta 4L/min/m2;
 Aos 80 anos o índice diminui para 2,4L/min/m2;
 O índice cardíaco diminuído é indicativo do declínio da
massa muscular com a idade.
 O débito cardíaco pode ser alterado para suprir as
demandas corporais para manutenção da pressão tissular.
 Pressão tissular depende da superfície corpórea.
 Portanto considerar o índice cardíaco.
 IC = DC (L/batimentos) / superfície corporal (m2).
 Valor esperado: 2,8 – 4,2 L/min/m2.
Débito Cardíaco
 Atualmente a medida do débito cardíaco é feita
através do uso de catéter de Swan-Ganz.
 Mede parâmetros fisiológicos como pressão venosa
central, pressões sistólica e diastólica da artéria
pulmonar.
 Insuflação do balonete dentro de um dos ramos da
artéria pulmonar, verifica-se os valores da pressão
capilar pulmonar (PCP) ou pressão da artéria
pulmonar ocluída (PAPO), que servirá de dados para
se identificar a pressão hidrostática capilar pulmonar
e a pré-carga do ventrículo esquerdo.
Débito Cardíaco
Débito Cardíaco
 Atualmente monitoração minimamente invasiva por meio
de uma artéria puncionada e um catéter central.

Débito cardíaco contínuo (DCC), volume Sistólico (VS),


variação de volume de Sistólico (VVS), e resistência
vascular sistêmica (RVS).
Pequena e Grande Circulação
Circulação Pulmonar/ Pequena
circulação: o sangue é bombeado para
os pulmões e retorna rico em O2 de volta
ao coração (coração-pulmão-coração).
Inicia-se no VD e termina no AE.

O sangue, pobre em O2 (venoso), entra


no VD e é bombeado para as 
artérias pulmonares dirigindo-se para os
pulmões. Nestes, percorre as arteríolas
pulmonares e capilares pulmonares, onde
ocorre o processo de trocas gasosas que
eliminam o CO2 do sangue e o tornam
rico em O2.
Pequena e Grande Circulação
O sangue, rico em O2 (arterial), passa pelas
vênulas pulmonares, para as 
veias pulmonares e retorna ao coração
 entrando no AE.
Resumidamente, a circulação pulmonar é
composta por: AD - VD - artéria pulmonar -
pulmão - veias pulmonares - AE - VE. A
partir daí o sangue passa para a artéria aorta
dando início à grande circulação.
Na pequena circulação, o sangue venoso
(pobre em O2) sai do coração e segue para
os pulmões pelas artérias pulmonares. Uma
vez oxigenado, pelo processo de hematose
(trocas gasosas) o sangue retorna ao coração
através das veias pulmonares (com sangue
rico em O2).
Saturação Venosa Mista de Oxigênio
(SvO2)
 Permite inferir se está adequada a oferta aos
tecidos de O2.
 Reflete a saturação média do sangue venoso
que retorna ao lado direito do coração
proveniente de vários tecidos.
 Valor normal: 65-75%.
Saturação Venosa Mista de Oxigênio
(SvO2)
 Gasometria Arterial:
Avalia Função Respiratória.

 Gasometria Venosa:
Avalia Função Cardiovascular.

 Saturação Venosa Mista:


 Monitorização contínua de saturação venosa
central de oxigênio, é possível com a utilização de
um catéter central ou de fibra óptica.
Parâmetros de Oxigenação
Saturação Venosa Mista de
Oxigênio (SvO2)

SVO2 < 70% não garante oxigenação tecidual adequada.


Monitorização Hemodinâmica

O Fisioterapeuta de UTI deve ter:

Envolviment
Conhecimento Curiosidade
o
Monitorização Hemodinâmica -
Objetivos
 Definir os principais conceitos acerca do
paciente crítico;
 Definir monitorização hemodinâmica básica;
 Descrever os princípios e os componentes da
monitorização invasiva – Pressão Arterial
Invasiva e Pressão Venosa Central;
 Descrever os principais cuidados de
enfermagem ao paciente com monitorização
invasiva;
Definições e Conceitos
“Paciente criticamente doente: é o paciente com
risco de descompensação ou aquele
fisiologicamente instável, necessitando de constante
vigilância e titulação contínua do tratamento, de
acordo com a evolução da sua doença”.

REZENDE, E.; RÉA-NETO, A.; DAVID, C. M.; MENDES, C. L.; DIAS, F. S.; SHETTING, G. et al. Consenso Brasileiro
de Monitorização e suporte hemodinâmico. Parte I: Método e Definições. Revista Brasileira de Terapia Intensiva, v. 17, n.
4, p. 278-281, 2005.
Monitorização Hemodinâmica Básica
 Frequência cardíaca (FC);
 Eletrocardiograma (ECG) contínuo;
 Saturação de pulso de O2 (SpO2);
 Frequência respiratória;
 Diurese;
 Pressão arterial não invasiva;
 Temperatura;
 Pressão Arterial Invasiva (PAI) e Pressão Venosa Central
(PVC).

DIAS, F.S.; REZENDE, E.; MENDES, C.L.; NETO, A.R.; DAVID, C.M.; SCHETTINO, G. Consenso Brasileiro de
Monitorização e Suporte Hemodinâmico. Parte II: Monitorização Hemodinâmica Básica e Cateter de Artéria Pulmonar. Revista
Brasileira de Terapia Intensiva, v. 18, n.1, p.63-77, 2006.
FC e ECG Contínuos
Sensor de Oximetria – SpO2
Monitorização da Pressão Arterial
Invasiva (PAI)
 Permite a avaliação de forma contínua e mais
precisa dos níveis pressóricos;
 Um dos principais objetivos durante o suporte
hemodinâmico é manter pressão arterial em
nível suficiente para garantir adequada
perfusão tecidual;
Monitorização da Pressão Arterial
Média Invasiva (PAMI)
 Pressão Arterial Média: Utilizada para avaliar a perfusão
dos órgãos vitais;

 Normalidade: 70 mmHg a 105 mmHg;

 PAM = PAS + (PAD x 2) / 3

MORTON, P.G.; TUCKER, T.; RUEDEN, K.V. Histórico do pacientes: Sistema Cardiovascular. In: MORTON, P. G.;
FONTAINE, D. K.; HUDAK, C. M.; GALLO, B. M. Cuidados críticos de enfermagem – uma abordagem holística. 8. ed. Rio
de Janeiro: Editora Guanabara Koogan, 2007. cap. 17, p. 215-295.
Monitorização da Pressão Arterial
Invasiva (PAI)
Material necessário para a aferição da PAI:
 Catéter para cateterização arterial;
 Equipo de pressão não complacente + transdutor
de pressão;
 Bolsa pressórica;
 Régua de nível;
 Meio de registrar ou demonstrar as informações
coletadas – monitor multiparamétrico, cabo e
módulo;
Catéter para Cateterização Arterial
Monitorização Hemodinâmica

Transdutor de Pressão

Equipo não
complacente
Monitorização Hemodinâmica
Bolsa Pressórica
Monitorização Hemodinâmica
Cabo
Monitorização Hemodinâmica
Cabo + Módulo + Monitor
Catéter Femural
Monitorização Hemodinâmica
Monitorização Hemodinâmica
Monitor Multiparamétrico
Relembrando....
Mensuração da PVC
Para a mensuração da PVC, é
necessário o posicionamento de
um catéter em veia central (veia
cava superior), comumente
utilizando-se de punção
percutânea de veia subclávia ou
veia jugular interna.
Métodos de monitoramento da Pressão
Venosa Central (PVC)
Pode-se verificar a PVC através de um manômetro de H2O
graduado (coluna de H2O) ou com um transdutor eletrônico
de pressão;
•Medido em cmH2O
• Ocorre oscilação
da coluna de H2O
• Intervalo de
normalidade de 5 a 8
cmH2O • Medido em mmHg
• Presença de curva no
monitor
• Intervalo de normalidade
de 0 a 6 mmHg
Características das Ondas da PVC no
Monitor
 Duas pequenas
elevações:

 onda “a” representa


a pressão diastólica
ventricular direita
final;

onda “v”
enchimento atrial
direito.
Medida da PVC com Transdutor de
Pressão
Material necessário:

 Cateterização de um acesso central;


 Equipo de pressão não complacente + transdutor de
pressão;
 Bolsa pressórica;
 Régua de nível;
 Meio de registrar ou demonstrar as informações
coletadas – monitor multiparamétrico: cabo e módulo .
Medida da PVC com Coluna de Água
Material necessário:

1 equipo de
monitorização de
PVC;
1 frasco de SF 0,9%
(100 ou 250 ml);
Fita adesiva;
Régua de nível.
Encontrando o Zero Hidrostático....
 Posicione o paciente
em decúbito dorsal
horizontal, encontre o
cruzamento existente
entre a linha axilar média
e o 4º espaço intercostal;

Com a régua de nível,


delimite a linha “zero” ,
de referência, marcando
no suporte de soro a
altura encontrada.
Principais Cuidados na Monitorização da
PVC
 Procurar e reparar vazamentos ou bolhas;
 Posição supina;
 Observar conexões e extensões;
 “Zerar” o sistema em relação à pressão atmosférica
- POSICIONAMENTO DO PACIENTE!!!;
 Analisar a morfologia da curva;
 Fixar adequadamente o cateter e o sistema;
 Rotular com clareza as infusões no cateter central;
 Usar uma quantidade mínima de torneiras.
Principais Cuidados na Monitorização
da PVC
 Catéter central de vários lúmens - uma via
exclusiva para PVC;
 No momento da aferição, suspender infusão
de outros líquidos no mesmo lúmen;
 Observar rigorosamente o local de inserção do
catéter venoso central.
Monitorização Respiratória
O monitoramento da mecânica respiratória
abre um campo de estudo para que os
profissionais da unidade possam utilizar tais
informações na abordagem ao paciente grave.
Posteriormente, notou-se que mais que
informações numéricas a respeito da
complacência, resistência e outros, a análise da
morfologia das curvas trazia informações úteis
a respeito da interação paciente-respirador .
Monitorização Respiratória
 Monitor de perfil respiratório recebe informações
sobre os parâmetros respiratórios de fluxo e pressão
através do pneumotacógrafo. A partir destes sinais
podemos calcular diversos outros parâmetros como
volume inspirado e expirado, resistência expiratória
e inspiratória, e complacência estática e dinâmica.
 O monitoramento gráfico permite análise das
curvas pressão-tempo, fluxo-tempo, volume-tempo,
pressão-volume e fluxo-volume, além de gráficos de
tendência.
Monitorização Respiratória
Tipos de monitores perfil respiratório

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