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Neurológica
Avançada
à beira do leito
Monitorização da Pressão
Intracraniana (PIC)
Reconhecimento clínico difícil
Monitor ideal...
Não invasivo
Boa acurácia (validade)
Informação contínua
...ainda não existe
Histórico
Há 170 anos – Magendie circulação liquórica
1891 – Quinke
Da região lombar ao ventrículo lateral Nils Lundberg
Ondas A, B e C
Doutrina de Monro e Kellie
O cérebro está contido por uma caixa não expansível;
O parênquima cerebral é quase incompressível;
O volume de sangue na caixa craniana é quase constante
e finalmente;
Um fluxo sanguíneo venoso de saída contínuo é
necessário para o influxo arterial de sangue.
Histórico – Conceitos Básicos
Conceito de complacência intracraniana
(resposta volume-pressão RVP) =
contrário de elastância
C = Δvolume/Δpressão = 1/elastância
Marmarou Índice Pressão-Volume
IPV = Δvolume/(log10 Po/Pm)
Aferição de grande limitação técnica!
1972 – Mario Brock
Concluindo conceito...
Pressão intracraniana (PIC) é reflexo da
relação entre as alterações do volume
cranioespinhal e a capacidade do eixo
cranioespinhal em acomodar esta
mudança volumétrica. Ela não pode ser
estimada sem aferição direta.
Distorção cerebral
Lesão expansiva deformidade
local redução compensatória do
volume de líquor desvio e
distorção das estruturas vizinhas
(hérnias) desenvolvimento de
gradientes de pressão
(deslocamento para áreas de menor
pressão)
Variáveis controladoras do Fluxo
Sanguíneo Cerebral (FSC)
Exercem influência aguda na pressão
intracraniana
PaCO2 – relação linear com FSC
↑2-6% do FSC para cada ↑1mmHg da PaCO2
PaO2
Taxa do metabolismo cerebral de O2 e glicose
Pressão de autorregulação
Gradiente de pressão osmótica da barreira
hematoencefálica
Temperatura cerebral e taxa de consumo de O2
Hemodinâmica Cerebral
Pressão de perfusão cerebral (PPC)
PPC = PAM – PIC
PAM = (1/3 PA sist.) + (2/3 PA diast.)
Autorregulação cerebral
Mantém Fluxo Sanguíneo Cerebral com PPC entre
50-150mmHg
Causas de HIC
Primárias (Intracranianas)
Tumor cerebral
Trauma (hematoma epi ou subdural ou contusão)
Hemorragia intracraniana não traumática
AVE isquêmico
Hidrocefalia
Hipertensão intracraniana idiopática ou benigna
Outras (p.ex. pseudotumor cerebri, pneumoencéfalo, abscesso, cistos, etc.)
Secundárias (Extra cranianas)
Obstrução de vias aéreas
Hipoxemia ou hipercarbia (hipoventilação)
Hipertensão (dor ou tosse) ou hipotensão (hipovolemia ou sedação)
Postural (rotação da cabeça)
Hipertermia
Crise convulsiva
Drogas ou metabólicas (p.ex. tetraciclina, rofecoxib, divalproato de sódio, intoxicação por lead)
Outros (p.ex. edema cerebral da altitude, insuficiência hepática)
Pós-operatórias
Lesões com efeito de massa (hematoma)
Edema
Aumento do volume sanguíneo cerebral (vasodilatação)
Distúrbios do líquor
Monitorização da PIC –
Indicações
Deveria ser indicado somente naqueles com alto risco de
desenvolver hipertensão intracraniana (HIC)
Traumatismo cranioencefálico (TCE)
TCE com Escala de Coma de Glasgow < 8 (após reanimação)
Anormalidade preditora de HIC na TC de crânio de admissão
TC de crânio normal na admissão mais 2 ou mais das características
abaixo:
Idade > 40 anos
Postura motora anormal
PA sistólica < 90 mmHg
Intraventricular – preferido
Intraparenquimatoso
Subdural
Outros
Técnicas de monitorização da PIC
Posição Classificação Método Drenagem Precisão Recalibração Custo
(relação de
custo / líquor
eficácia)
6 CF Não + Sim +
Adultos
< 10-15 mmHg
20-30 mmHg – leve HIC
Lesões temporais podem levar a herniação com
valores da PIC < 20 mmHg
> 20-25 mmHg – em geral requer tratamento
> 40 mmHg – grave HIC risco de morte
Monitorização da PIC –
Interpretação das variações
Variações patológicas
Ondas de Lundberg (A, B
e C)
Ondas A (Platô)
Amplitude de 50-100 mmHg
durando 5 a 20 min
Acompanhado por uma
simultânea elevação da PAM
Ondas B (Pulsos)
Amplitude de 50mmHg com
frequência 0,5-2/min (30 seg a
2 min)
Ondas C
Amplitude de 20mmHg com
frequência 4-8/min
Monitorização da PIC - Complicações
Raramente produzem morbidade em longo prazo, mas podem aumentar os custos do
tratamento e oferecer medidas imprecisas.
Infecção
Infecções intracranianas clinicamente significativas são incomuns
A colonização bacteriana varia conforme a posição do cateter e aumenta
significativamente após 5 dias
Ventricular – 5%
Subaracnóide – 5%
Subdural – 4%
Parenquimatoso – 14%
Hemorragia intracraniana
A incidência de hematomas é de 1,4%
Incidência de hematomas requerendo tratamento cirúrgico é de ≤ 0,5%
Mau funcionamento
Incidência de obstrução e mau funcionamento varia de 10-30%
Manejo da PIC e da PPC: “Goals”
Está preservada a barreira hematoencefálica?
Existe boa auto-regulação?
PIC < 20 mmHg
PPC > 60 mmHg (PAM > 80mmHg)
PPC > 70 e PAM > 90?
Protocolo do “Lund Group”
Evitar injúrias secundárias que elevem a PIC
Obstrução do retorno venoso (posição da cabeça, agitação, dor)
Distúrbios respiratórios (obstrução das vias aéreas, hipoxemia, hipercapnia, PEEP)
Febre
Hipertensão grave
Hiponatremia
Anemia
Crises convulsivas
Sedação
Na fase aguda preferência ao propofol
Cuidado com a “síndrome de infusão do
propofol”
Pacientes com sepse e choque.
Outros cuidados:
Acidose metabólica (lática ou não)
Hipercalemia;
Insuficiência renal;
Rabdomiólise;
Hipertrigliceridemia
Drenagem de líquor
Bom método de controle da HIC combinando
medida terapêutica e monitorização da PIC
Dependendo do material utilizado permite
abertura constante para drenagem por
transbordamento em nível de PIC pré-
determinado
Atenção para complicações infecciosas
Manter o método por menor tempo possível
Conversão para DVP sempre que possível precoce
Análise rotineira do líquor (5/5 dias)
Tratamento Osmolar
Manitol vs. salina hipertônica (a partir de
3%)
Cuidado com grandes áreas de contusão
(coexistência de edema citotóxico e
vasogênico)
Hipotermia
Bem estabelecida no pós parada cardíaca
Uso rotineiro e sistemático sem evidência
no TCE
Reservado aos pacientes com HIC refratária
Cuidado com infecções
Monitorizar ritmo cardíaco, eletrólitos
Reduzir doses de barbitúricos
Corticosteróides?
Estudo CRASH
NENHUMA CONDUTA
ESPECÍFICA VERIFICAR OBSTRUÇÃO
DO PESCOÇO E
OBSTRUÇÃO VENOSA
ATENÇÃO COM A
VELOCIDADE DE
ASPIRAÇÃO DO SANGUE!
SjvO2 55 - 75%
VERIFICAR
PAM
Técnica do exame
Limitações
Indicações
Monitorização Regional –
Pressão Parcial de O2 tecidual (PbtO2)
Princípios
Técnica de inserção
Limitações
Indicações
Valores normais
Monitorização Regional –
Outros métodos
Eletroneuromiografia
Eletroencefalograma
PVC
Capnografia e capnometria
Monitorização Neurológica
Multimodal na UCI
Exame neurológico seriado
PIC
Microdiálise (metabolismo cerebral)
Extração cerebral de O2
Bulbo jugular
pO2 tecidual
ECG contínuo
PAM
pO2
pCO2
capnometria
Glicemia
Balanço hídrico / volemia
FIM...