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O QUE É A MANIPULAÇÃO

MÍNIMA? PARA QUEM ESTÁ


INDICADA? E QUAL A SUA
DURAÇÃO E BENEFÍCIOS?
ALTERAÇÕES DO
SISTEMA
NERVOSO DO
RECÉM-NASCIDO
VINHETA DE ABERTURA
HEMORRAGIA
INTRACRANIANA E
LEUCOMALÁCIA
PERIVENTRICULAR
INTRODUÇÃO

HEMORRAGIA INTRACRANIANA – 2 tipos:


o hemorragia periventricular (HPV) (Ao redor dos ventrículos, laterais geralmente)
o hemorragia intraventricular (HIV) (Ocorre dentro dos ventrículos)

Incidência inversamente proporcional à idade


gestacional (Quanto + prematuro a criança +
chance de sangramento o RN)

Ocorre geralmente (Sangramento) nas primeiras


72 horas de vida por desequilíbrio da
homeostase:
o hipotensão / hipertensão
o hipovolemia / hipervolemia
o manipulação excessiva
FISIOPATOLOGIA – HEMORRAGIA INTRACRANIANA

o imaturidade da matriz germinativa subependimária


o sangramento para dentro ou fora dos
ventrículos (laterais – mais comum)
o se houver infarto hemorrágico da substância branca
periventricular, poderá romper-se para dentro do
ventrículo também
FISIOPATOLOGIA - HEMORRAGIA INTRACRANIANA
FISIOPATOLOGIA - LEUCOMALÁCIA PERIVENTRICULAR

o quando há necrose da substância branca, Substituindo-


se por cistos com perda de parênquima cerebral
o se intenso, existe o risco dos cistos se unirem aos
ventrículos ocasionando ventriculomegalia por
ex- vácuo
o aumenta o risco de alterações motoras e cognitivas

Sangue nos ventrículos Ventriculomegalia


Gliose difusa Hipomielinização
Necrose cística da
substância branca
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS

Dependem da severidade do acometimento e da


velocidade em que ocorre:

o forma silenciosa (Se sangramento é


pequeno) – 25 a 50% - pequenos
sangramentos na sua maioria
assintomática; achado exame – Criança
assintomática

o forma catastrófica (Maciso, muito


sangramento) – minutos/horas –
sangramentos massivos com palidez súbita,
fontanela anterior abaulada, hipoatividade
e instabilidade hemodinâmica essas
crianças
DIAGNÓSTICO de HEMORRAGIA PERIVENTRICULAR

o ultrassom transfontanelar (Padrão ouro)


• 3º dia de vida esse ultrassom (72 hrs)
• se normal e boa evolução da criança – 7 dias, 1 e 2 meses próx. USG
• se hemorragia intensa – repetir a cada 1 a 2
semanas (dependendo da evolução do PC)

Outros exames, menos usados, porém fazem Dx definitivo

o TC / RMN cérebro – menos usados


• diagnóstico definitivo
• riscos – transporte + sedação + hipotermia
#MEMORIZE
MEMORIZE

Classificação de Papile – HIC ( Para Hemorragia Intra-craneana):


o I – hemorragia restrita para matriz germinativa
o II – hemorragia intraventricular SEM
dilatação ventricular
o III – hemorragia intraventricular COM
dilatação ventricular
o IV – hemorragia intraparenquimatosa

Melhores prognósticos graus 1 e 2


MEMORIZE – Outra classificação

Classificação de Volpe - HIC


o I – hemorragia intraventricular mínima (<10% do ventriculo acometido por
sangue)
o II – hemorragia intraventricular que ocupa 10
a 50% do ventrículo lateral
o III – hemorragia intraventricular >50% com
possível distensão ventricular
o IV – hemorragia intraparenquimatosa

Melhores prognósticos graus 1 e 2


PREVENÇÃO DA HEMORRAGIA

o evitar prematuridade ( >=34 SEMANAS)


o corticoide antenatal (Reduz risco de HIC)
o clampeamento tardio do cordão umbilical (Também ajuda)
o Cuidados de manipulação mínima na UTI– primeiras 72h
• reduzir luz + ruídos na UTI
• manter cabeça em posição neutra
• evitar mudanças súbitas de posição (não
pronar)- Troca de fralda mto perigosa HIC
• agrupar cuidados em um só horário
• pesar somente após 72 horas de vida (Pois risco de sangramento e
perigoso antes, se ficar mexendo criança)
TRATAMENTO

o graus I/II – sem tratamento específico,


apenas reabsorção espontânea

o graus III/IV
• evento agudo - transfusão sangue CH +
estabilidade hemodinâmica

• observar hidrocefalia hemorrágica pós-obstrutiva


› Avaliar PC (Perímetro craneano) a cada 2-3 dias
› USG semanais
› aval NC (Neuro-cirugião)– Fazer derivação ventriculoperitoneal +
brainwash
PROGNÓSTICO

o HIC graus I/II – boa evolução

o HIC graus III/IV


• risco mortalidade, principalmente no evento agudo
• risco convulsões + sequelas neurológicas

o LMPV extensas (Leucomalacia periventricular)


• Qual pior evento que pode-se ocorrer :
R: Paralisia cerebral com diplegia
espástica (acometimento cerebral
bilateral dos 4 membros com
predomínio dos membros inferiores)
NA REAL

-É imprevisível saber a evolução dos


prematuros com HIC (Prognóstico)
-Plasticidade cerebral
Essas crianças deve receber para melhorar
o prognóstico:
-Estímulos + equipe multi – fono + fisio + TO
LESÃO DE
NERVOS
PERIFÉRICOS
PARALISIA BRAQUIAL

Costuma ocorrer em neonatos macrossômicos


(>4Kg) , associada, na maioria das vezes, à
distocia de ombro e tração excessiva do pescoço
do RN

A paralisia da parte superior do braço tem


prognóstico melhor do que a paralisia da parte
inferior
Pode ser permanente
#CAI NA PROVA – Perguntas as duas na prova!!!!

NÍVEIS DA LESÃO dos PARES PERIFÉRICOS. Dois tipos de lesão:


Quando lesão é a nível de C5/6 ela é de: Erb-Duchene – melhor prognóstico
o rotação interna + adução do braço
o pronação do antebraço
o moro ausente do lado comprometido

Quando lesão é a nível de C7 a T1 é de: Klumpke– pior prognóstico


o paralisia da mão
o miose + ptose palpebral ipsilateral
o preensão palmar ausente do lado comprometido
PARALISIA BRAQUIAL

TRATAMENTO
o fisioterapia motora

o imobilização parcial – se Fx clavícula com


posicionamento adequado para que não
haja contraturas

o tratamento cirúrgico – se persistir por 3 a 6 meses os déficitis motores


PARALISIA FACIAL (Em vermelho principais)

CAUSAS
Adquirida: Tocotrauma – fórcipe ou por pressão
contra o sacro materno ou pressão da clavícula
contra o ângulo da mandíbula durante o parto

Congênitas - ausência da musculatura facial,


osteopetrose, colesteatoma, síndrome de Moebius
e ausência de unidade motora
PARALISIA FACIAL

Quando a Paralisia é Periférica essa se apresenta


com ausência de contração palpebral e elevação
do ângulo da boca em um hemilado

Em geral, a recuperação é boa e completa em


mais de 90% dos casos
CONVULSÃO
NEONATAL
ETIOLOGIA

EHI (Encefalopatia hipóxico-isquêmica) - 50 a 60% dos casos (Principal)

Distúrbios metabólicos – hipoglicemia, distúrbios


hidroeletrolíticos (Na, Ca e Mg), erros inatos do
metabolismo e dependência de piridoxina
(Vitamina B6)
Hemorragia intracraniana: 10 a 20%

Sepse - 5 a 10% dos casos

Malformações cerebrais: 5 a 10%


QUADRO CLÍNICO

80% das crises convulsivas no periódo neonatal não apresentam nenhuma


alteração clínica característica.(Por isso se baseia em exames o Dx de convulsão)
Quando presentes, podem ser alterações sutis e
facilmente desapercebidas como:
o movimentos de mastigação
o sialorreia
o apneia
o piscar de olhos
o nistagmo
o movimento dos membros (nadar e pedalar)
o fenômenos autonômicos abruptos (taquicardia
e taquipneia)
DIAGNÓSTICO – Para saber se criança está convulsionando

o Dx da crise – aEEG + EEG (Encefalograma)

o Dx da etiologia, como se fazer?

o R: Por esses exames

Exames de imagem: USG transfontanelar


Exames de sangue: glicemia, cálcio, magnésio,
sódio, ureia
Punção lombar: investiga se há infecção
Fundo de olho: pode mostrar hemorragia ou
coriorretinite
#PEGADINHA

“TRATAMENTO da convulsão neonatal em neonatologia segue uma


ordem diferente das demais faixas etárias pediátricas”
1. Fenobarbital Droga inicial (Dose inicial, 20mg/kg EV) – Se continuar
convulsionando a criança:
2. Fenitoína, se continuar ainda convulsionando:
3. midazolam
O QUE É A MANIPULAÇÃO
MÍNIMA? PARA QUEM ESTÁ
INDICADA? E QUAL A SUA
DURAÇÃO E BENEFÍCIOS?

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