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Administração de Pessoal pode ser definida como o conjunto de ações
relacionadas às leis, aos direitos e deveres do empregado, como, por exemplo: contrato
de trabalho, carteira profissional, férias, contracheques e todos os demais papéis e
registros que tais atividades representam na empresa e na vida do trabalhador.
Administração de Recursos Humanos, por sua vez, deve ser vista como a parte
que cuida do profissional, visando à sua integração na empresa. São ações dirigidas aos
diferentes papéis que cada trabalhador deve desempenhar e, principalmente, ao
crescimento de sua vida profissional. A Administração de Recursos Humanos é,
portanto, caracterizada pelos processos de seleção e recrutamento, treinamento e
desenvolvimento, cargos e salários, planos de carreiras, benefícios etc., tendo, como
objetivo maior, manter a motivação das pessoas dentro e fora da empresa.
Os conceitos de treinamento e desenvolvimento, cargos e salários, benefícios
etc. você verá, com mais detalhes, ao longo do estudo deste módulo. Qualquer empresa
é um sistema onde suas unidades dependem umas das outras, ou seja, não se pode
considerá-las de modo isolado. Por isso, para entender a administração de recursos
humanos ou qualquer outra função administrativa - é necessário relacioná-la aos
objetivos da organização.
A finalidade das empresas é, antes de tudo, permanecer sempre em atividade.
Para que isso aconteça, uma organização precisa ter, no mínimo, dois tipos de objetivos:
· objetivos operacionais - correspondentes à sua atividade principal;
· objetivos sociais - relacionados a seus compromissos com os clientes, trabalhadores e
sociedade como um todo.
A Administração de Recursos Humanos tem o sentido de contribuir para o
alcance desses dois objetivos. E a maneira como ela se desenvolve depende de
características da organização, tais como seu tamanho, o tipo de atividade que realiza, a
conduta dos dirigentes. Agora pare um pouco e pense nesta afirmação:
“De um modo geral, o empregador espera sempre resultados acima do salário que
paga a seus trabalhadores”
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aumento dos resultados. Mas os trabalhadores não podem nem devem ser tratados
somente como fator de produção; não podem nem devem ser apenas empregados. A
produtividade do empregado é, sem dúvida, muito importante para a empresa. Tanto
que o empregador tem sempre uma expectativa, quanto ao seu desempenho, superior ao
custo de contratação – representado pelos salários, encargos sociais, investimentos em
treinamento, além de outras despesas.
A exigência da empresa com relação ao desempenho do empregado como se ele
fosse peça da engrenagem de uma grande máquina - esbarra com um lado mais pessoal:
o indivíduo tem emoções, que influenciam esse desempenho. E são justamente essas
emoções que tornam o homem diferente da máquina. Afinal, ninguém funciona,
eternamente, como um motor. Aí está o grande desafio do administrador de recursos
humanos: encontrar o equilíbrio entre esses dois pólos, melhorando o rendimento da
mão-de-obra e promovendo a integração do trabalhador, de modo a ajudar a empresa a
obter sucesso.
Para que resultados positivos se façam sentir, é preciso envolvimento entre
indivíduo e organização, o que supõe uma relação madura e proveitosa , entre ambos. A
política de integração entende a empresa como um sistema aberto, pois o indivíduo, ao
ingressar na organização, traz com ele o seu histórico pessoal - os fatos de sua vida. No
entanto, ele não se transfere totalmente para a empresa, pois a família, os amigos e
outras partes da sua vida permanecem do "lado de fora". A integração no trabalho é feita
através de vantagens que beneficiam tanto as organizações quanto os trabalhadores.
Deve atender aos objetivos da empresa e às necessidades da mão-de-obra, sem esquecer
que qualquer desequilíbrio nessa balança fará com que a integração não aconteça,
trazendo um clima desagradável e provocando intranquilidade na realização das
atividades. Às vezes, há apelos motivadores externos, superiores aos incentivos
proporcionados pela empresa, e, por mais que o indivíduo tente se incluir, por mais que
desenvolva esforços, uma parte de sua personalidade não se integra ao seu ambiente de
trabalho. Isso é conhecido como inclusão parcial: o indivíduo dá mais atenção ao que
ocorre lá fora do que ao que acontece dentro da empresa. Esse fenômeno pode ser
explicado pelo fato de a pessoa pertencer a vários grupos sociais e ser obrigada, então, a
representar diversos papéis ao mesmo tempo.
Para que o homem se sinta integrado em determinado grupo, é necessário que
este lhe proporcione amplas condições de satisfação. Todo ser humano tem expectativas
tanto materiais e econômicas quanto pessoais e SOCIAIS. O salário é o elo básico entre
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o empregado e a empresa. Porém, não é o único fator de integração. Outros incentivos
têm enorme influência no desenvolvimento e no rendimento do trabalhador.
Veja a seguinte reportagem: "A Rossi Construtora, de São Paulo, constatou que
mesmo com as melhorias introduzidas nos canteiros a rotatividade da mão-de-obra
continuava alta na empresa. Através de uma pesquisa, a Rossi descobriu que a maioria
dos seus 520 operários vêm do Norte e Nordeste e que o maior desejo é voltar para
rever a família. 'Eles pediam demissão só para visitar os parentes', diz a responsável
pelo setor de recursos humanos. A Rossi passou a dar uma passagem de ida e volta, e
um bônus extra, correspondente a 20% do salário, após um ano e meio de casa, para que
o funcionário possa viajar para a cidade de origem. Com essas e outras medidas, como
incentivo à continuidade de estudos, treinamentos em serviço, incorporação de horas
extras ao salário etc., os resultados positivos já começaram a aparecer. No último ano, a
produtividade aumentou, a rotatividade da mão-de-obra caiu para 4%, contra os 15% do
mercado de construção civil."
O caso que acabamos de ver mostra como o fato de praticar uma política de
integração contribui para reduzir o conflito entre os fatores capital e trabalho, e busca
criar laços sólidos e duradouros entre a empresa e as pessoas que nela trabalham,
reduzindo o turnover. Turnover significa rotatividade. A rotatividade da mão-de-obra é
medida em índice percentual entre os que saem da empresa e os que nela permanecem.
Se, por exemplo, 261 operários da Rossi Construtora pedem demissão para visitar os
parentes, podemos dizer que mais de 50% do turnover são devidos a esse motivo. Uma
das grandes tarefas da administração de recursos humanos é reduzir a inclusão parcial e
transformar o local de trabalho num ambiente em que o trabalhador se sinta bem. No
entanto, se isso não acontece, a organização, com suas estruturas e normas, acaba por
desmotivá-lo, afastando-o cada vez mais.
Em uma sociedade como a nossa, em que os bens materiais têm muito valor, o
trabalhador insatisfeito pode se sentir apenas como uma máquina que produz e
consome, pode se sentir apenas como um empregado. É claro que, para atender aos
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desejos da mão-de-obra, compete à empresa oferecer um plano de recompensas que
facilite a integração do trabalhador. Mas esse plano tem de equilibrar interesses de
patrões e empregados, incentivando práticas proveitosas para ambos. Deve, ainda, ser
administrado por uma chefia com liderança e atuação positiva diante de seus auxiliares.
Um plano desse tipo requer que as empresas identifiquem tanto as carências dos
trabalhadores (do que sentem falta), como também suas expectativas (o que esperam da
empresa). Para isso, normalmente as grandes organizações elaboram, com a ajuda de
especialistas, uma pesquisa sobre as motivações dos empregados, para descobrir seus
maiores interesses. Um plano de recompensas, visando maior integração do trabalhador
na empresa, deve se basear no conhecimento de suas condições de trabalho e de vida,
além de prever o atendimento de suas necessidades materiais e pessoais, identificadas
através da pesquisa motivacional. Somente a partir daí as grandes empresas podem
tentar atender às expectativas do trabalhador. Já nas pequenas empresas, o contato dos
dirigentes com os empregados é mais constante, facilitando o conhecimento de suas
carências e expectativas e a agilidade na tomada de decisões. Através de uma política de
integração que proponha um plano de recompensas, os trabalhadores terão suas
necessidades atendidas em troca de seu máximo rendimento.
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Os procedimentos relativos à administração de recursos humanos precisam ser
reforçados, na prática, com a elaboração de políticas e diretrizes de pessoal, baseadas
nos conhecimentos já existentes nessa área. Para desenvolver essas políticas e diretrizes,
torna-se necessária a implantação, na empresa, de funções básicas de pessoal. E é a
administração de recursos humanos que vai planejar, organizar, dirigir e controlar essas
funções. Políticas e diretrizes aqui significa o conjunto de objetivos, princípios, normas
que orientam as atividades de pessoal e recursos humanos em uma empresa. Vamos,
agora, ver cada uma delas.
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-o subgerente assume o cargo de gerente;
-o assistente vai para o lugar do subgerente;
-um mensageiro ocupa o posto do assistente...
... e a empresa recruta um novo mensageiro!
Mas, na prática, nem sempre é assim. E as causas são muitas, entre elas a falta
de planejamento: pessoas não-preparadas para novos desafios, pessoas preparadas,
porém não-disponíveis para promoção, e até o mal funcionamento ou a não-atualização
do sistema de acompanhamento de pessoal.
Normalmente, o candidato a qualquer cargo deve apresentar seu currículo, com
as informações fundamentais de sua vida profissional. Esse documento será submetido à
análise, para possível seleção do candidato. Currículo vem do latim Curriculum Vitae,
que significa carreira da vida. Trata-se de um tipo de relatório que fornece um conjunto
de dados sobre a vida pessoal e profissional de alguém.
Experiência profissional
Aqui serão descritos, em ordem cronológica decrescente (partindo da atividade mais
recente para a mais antiga), os cargos ocupados pelo candidato, indicando sempre a
empresa e o tempo que atuou em cada um.
Escolaridade
Neste item, também em ordem cronológica decrescente, deverão ser informados os dois
últimos níveis de escolaridade do candidato, bem como os nomes das instituições de
ensino onde realizou os cursos.
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Outras informações e cursos
Neste tópico, ainda em ordem cronológica decrescente, serão indicados os
conhecimentos ou domínios adquiridos em cursos (de extensão, aperfeiçoamento,
especialização) mais recentes realizados pelo candidato, assim como os nomes das
instituições que os ofereceram. Conhecimento tem a ver com o saber usar com
desembaraço. Por exemplo: um cozinheiro que prepara um prato, seguindo uma receita,
tem conhecimento. Domínio, por sua vez, se refere à capacidade não só de usar bem
como de modificar o assunto estudado. Por exemplo: um cozinheiro que cria uma
receita tem domínio.
Uma outra forma de recrutamento bastante utilizada é o programa de estágio
técnico e universitário, o trainee no qual o candidato é treinado antes da contratação
definitiva, possibilitando a adaptação do novo empregado às atividades profissionais.
Esses programas têm auxiliado bastante o processo de recrutamento. Eles levam as
empresas a aproveitar e contratar estagiários com melhor base de conhecimento,
adquirida em escolas técnicas, profissionalizantes e universidades. Contratações feitas
através desses programas tornam saudável a forma de ingresso dos novos trabalhadores
na vida profissional, porque ambos (empresa e trabalhador) têm oportunidade de se
conhecer melhor, antes de assumirem compromissos definitivos.
Após ser recrutado, o candidato poderá passar pelo processo de seleção, que
indicará a pessoa certa para o cargo certo. Essa escolha deve ser mútua, agradando a
ambos os lados. Se assim não for, poderá haver frustrações tanto por parte do
empregado quanto do empregador. Trata-se de uma atividade um pouco mais complexa,
pois os critérios de seleção determinam a análise de muitas informações, tanto as
relativas às exigências requeridas pelo cargo, quanto as referentes à capacidade do
candidato.
Algumas empresas adotam técnicas variadas, como provas, testes, atividades
individuais ou em grupo, entrevistas do candidato com especialistas em recursos
humanos e, principalmente, com o supervisor imediato da área ou seção em que irá
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atuar. Em alguns casos, o pretendente poderá ter contato com os demais membros da
futura equipe, de modo a ser testado dentro da realidade do trabalho. Tal prática permite
que a decisão de contratar uma pessoa parta de um acordo, de um consenso entre a área
de recursos humanos e o setor ou seção onde o novo contratado deverá atuar. Esse
procedimento facilita em muito sua futura integração ao ambiente de trabalho e à
própria empresa como um todo.
O trabalhador precisa ter maturidade pessoal elevada: ele deve ter vontade de
melhorar, deve querer progredir. Essa vontade vem sendo uma exigência do próprio
mercado de trabalho, cada vez mais repleto de pessoas preparadas. Quando o indivíduo
apresenta maturidade pessoal elevada, atinge rapidamente a maturidade profissional
desejada, pois se esforça para crescer cada vez mais. As empresas observam muito essas
características, e normalmente preferem pessoas assim. Com maturidade pessoal
elevada, o indivíduo se mostra adulto e pronto para novas responsabilidades, porque ele
quer assumi-las. E com maturidade profissional, o trabalhador está preparado para atuar,
pois aprendeu o que deve ser feito, como deve ser feito e por que precisa ser feito! A
plenitude dessas maturidades é conhecida como maturidade produtiva. Veja no esquema
a seguir como isso pode ser representado: Após ser selecionado, o candidato é
contratado e transforma-se em empregado da empresa. As suas competências lhe são
apresentadas, e ele deverá estar capacitado a desenvolvê-las.
Tem início, então, a fase da preparação desse novo empregado para o
desempenho de sua missão. A função de T & D - treinamento e desenvolvimento - é,
portanto, a que possibilita o crescimento das pessoas nas organizações, ao preparar cada
profissional para o conjunto de suas atividades atuais e futuras. E este preparo somente
terá bons resultados se o novo trabalhador estiver em plenas condições, ou seja, se os
níveis de maturidade (pessoal e profissional) forem bastante elevados. O indivíduo
adulto conhece seus deveres e obrigações como cidadão, e também como trabalhador.
Ele é o responsável e principal interessado em seu próprio crescimento. As empresas e a
sociedade em geral podem ajudá-lo nesse processo de desenvolvimento, mas isso de
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nada adiantará se o indivíduo não quiser crescer. Para ajudar seus trabalhadores a
crescer e produzir mais, as empresas costumam utilizar programas de treinamento e
desenvolvimento.
Treinamento
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quais está habilitado. Um programa de desenvolvimento visa, portanto, à potencialidade
plena do trabalhador. Praticar a função de desenvolvimento requer da empresa
mudanças na maneira de pensar, inclusive nos níveis de direção. Geralmente o
trabalhador começa sua carreira ocupando cargos mais simples e, com o passar do
tempo, à medida que adquire experiência e demonstra responsabilidade, vai alcançando
postos mais complexos, com níveis de dificuldade maiores. Mas para isso, além da
capacitação em assuntos técnicos, ele precisa adquirir conhecimentos mais amplos,
tanto no que se refere aos aspectos conceituais do trabalho, como também – e
principalmente - no que se refere ao relacionamento humano. Veja agora no que
consiste essa capacitação:
Capacidade técnica
Capacidade conceitual
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mais elevado na estrutura organizacional (hierarquia) da empresa, surge a necessidade
de ampliar cada vez mais tanto sua visão conceitual quanto sua capacidade de
relacionamento humano. É evidente que as pessoas que exercem a função de supervisão,
por exemplo, precisam ter conhecimento técnico, pois muitas vezes precisarão capacitar
trabalhadores especializados para suas seções. Já os executivos, que ocupam cargos
mais elevados em uma organização, não precisam necessariamente conhecer, em
detalhes, como se realizam todas as atividades e operações próprias da empresa. Porém,
devem ser capazes de reconhecer a importância e o inter-relacionamento das funções
administrativas para o todo da organização. Precisam, portanto, ter o máximo de visão
conceitual. Seja qual for o cargo ocupado pelo trabalhador, é na capacidade de
relacionamento humano que está a base comum a todos: este é o aspecto vital de uma
empresa.
Todas as pessoas que atuam em uma empresa devem ser capazes de conviver
umas com as outras. Isso acaba sendo tão importante quanto todas as outras habilidades
que o trabalhador possa desenvolver. Por isso, hoje em dia, o conhecimento técnico,
embora muito importante, não é suficiente para o crescimento do indivíduo nas
organizações. Todos devem ampliar suas capacidades, de modo a adquirir, além da ideia
conceitual de seu trabalho (o que ele representa para a empresa e, consequentemente,
para a sociedade), o conhecimento sobre relações humanas, para que possam agir e
interagir positivamente com as outras pessoas e trabalhar em equipe. É preciso deixar
claro que grande parte do desenvolvimento do indivíduo depende dele mesmo. Compete
a ele aproveitar todas as oportunidades de aprendizagem para enriquecer seus
conhecimentos, se desenvolver. Além de assuntos técnicos, o trabalhador deve usar
temas variados, que aumentem sua visão de mundo.
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os direitos trabalhistas (férias, licenças, décimo terceiro salário, afastamento médico,
vale-transporte, vale-refeição etc.) são processados e anotados em formulários próprios,
de acordo com o sistema de pessoal adotado pela empresa. O fato é que quando o
empregado recebe o contracheque com o pagamento do mês, muitas vezes ignora as
inúmeras atividades que fizeram isso acontecer.
Benefícios
Cargos e salários
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Um cargo não nasce por si só. Ele surge da necessidade que a empresa tem de
definir posições na sua hierarquia, de acordo com os objetivos. Cada cargo tem
atribuições próprias. A distinção entre um cargo e outro se dá pelos deveres, direitos e
poderes atribuídos a quem os ocupa. A cada cargo deve corresponder um valor (salário),
cuja determinação tem de considerar tanto a capacidade quanto as perspectivas futuras
de desempenho do profissional que vai ocupá-lo. Possibilitar a relação entre o cargo e
seu salário correspondente - e justo - é a finalidade da administração de cargos e
salários. A eficiência de um sistema de avaliação de cargos e de estabelecimento de
salários está diretamente ligada à descrição e especificação apurada do cargo. São esses
dois fatores que fornecerão o alicerce para a avaliação dos cargos, da qual resultará,
então, a determinação de salários coerentes. Descrição de um cargo é a listagem das
tarefas, registradas de forma organizada. Especificação de um cargo é o rol de
requisitos, responsabilidades e esforços impostos ao seu ocupante.
A administração de cargos e salários é, portanto, peça fundamental para a
administração de pessoal e recursos humanos de qualquer organização e deve ter como
preocupação central a manutenção dos equilíbrios interno (dentro da empresa) e externo
(no mercado de trabalho).
Pesquisa
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quando se conhece as características dos profissionais com quem se trabalha. Em termos
práticos, as funções de pesquisa envolvem as atividades de avaliação de desempenho e o
banco de dados de pessoal, integrando todo o sistema de informações sobre os
trabalhadores da empresa, desde o primeiro contato do empregado com a organização
até seu eventual desligamento.
Plano de carreira
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Quando a empresa é de grande porte, costuma ter muitos trabalhadores, muitos
cargos e vários objetivos a atingir. Em geral, também dispõe de uma infra-estrutura de
pessoal, ou seja, um mínimo de profissionais especializados em administração de
recursos humanos. Nessa condição, precisará adotar um planejamento de como os
trabalhadores poderão ter acesso aos cargos, seja de forma vertical - o que significa para
o trabalhador atingir níveis mais altos -, seja de forma horizontal - quando ele deixará
suas atividades para assumir outras o mesmo grau de complexidade.
Em ambas as situações o trabalhador crescerá, pois em nível mais elevado terá
maiores responsabilidades, enquanto se mantendo no mesmo nível, porém mudando de
atividade, estará, logicamente, ampliando seu conhecimento sobre a organização. Na
prática, o planejamento de carreira constitui um sistema dividido em graus, onde cada
categoria apresenta um conjunto de atribuições, responsabilidades e complexidades. E,
como num grande mapa, ele - o trabalhador - pode ver claramente como chegar aos
níveis superiores e, também, conhecer os pré-requisitos ou condições necessárias para
alcança-los. A administração do plano de carreira requer técnicos especializados, s
quando é mal dirigida pode gerar sérios problemas de pessoal, como desmotivação,
descrença na empresa e, algumas vezes, irremediáveis insatisfações e frustrações.
Promoção
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Lição 10: Preparação e Capacitação de Chefias
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teoria das Relações Humanas, o trabalhador era tratado de uma forma pouco
aprofundada e quase mecânica, reflexo da Escola Clássica. O homem deixa de ocupar o
status de ‘’homem mecânico’’ e passa a ocupar o de ‘’homem social’’, cujo
comportamento é complexo e dinâmico atuando como o centro da discussão. Para saber
mais sobre este tema consulte: http://www.portal-administracao.com/2015/03/teoria-
das-relacoes-humanas-conceito.html
Na verdade, o avanço técnico-científico não foi acompanhado pela preocupação
de melhor situar o ser humano nesse contexto. Podemos dizer que, agora, os homens
enfrentam como principal desafio a necessidade de autoconhecimento e auto ajuste, no
sentido de equilibrar-se no mundo e na convivência com os outros. Essa é uma tarefa
coletiva, da sociedade e dos grupos, embora tenha como ponto de partida a atitude
pessoal de cada um. Cabe aos novos profissionais da área a tarefa de humanizar ainda
mais as relações no setor privado através de uma atuação ética e engajada em valorizar
o ser humano e suas potencialidades.
REFERÊNCIAS
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MARRAS, Jean Pierre. Administração de recursos humanos: do operacional ao
estratégico. 13. ed. São Paulo: Saraiva. 2009.
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