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Como o monarca deve agir para perseverar o poder. O bom governante não coincide com o
homem justo, o poder possui uma realidade independente da moral ou da conduta ética. A
política é uma habilidade de usar as leis e as armas, porém o que garante as leis são as armas
(força). “É a combinação da astucia da raposa com a força do leão.” -Maquiavel.
Se você conquista o poder por meio de uma guerra, você deve matar todos que te auxiliaram a
conquistar o poder e colocar todos que respondiam a essas pessoas no lugar delas, para
consolidar o poder e evitar complôs contra você (colocar no lugar o desafeto da pessoa que te
ajudou). O bom governante faz o bem a conta gotas, e o mal de uma vez só (o bem faz com
que as pessoas sejam fiéis a você, o mal você faz de uma vez só e de uma maneira absoluta,
para evitar retaliações contra você).
O que é a virtú? É uma serie de habilidades e qualidades que quem busca poder e se manter
nele deve ter. São as habilidades de utilizar a força e a lei; você só consegue impor uma lei por
meio das armas.
A virtú significa entender as circunstancias e agir com o meio do jeito que você entende a
ação, manipulando a situação ao seu favor; também é avaliar o momento, saber quando agir
ou quando não agir, parecer fraco ou forte; também é a capacidade de se adaptar, “A política
favorece o indivíduo que se adapta”, se a circunstância exigir parar de defender X e começar a
defender Y, faça-o; também é a capacidade de tomar medidas extraordinárias; ter a
capacidade de manipular vícios e virtudes para se manter no poder.
O governante que tem virtú é um governante que sabe como utilizar de todos os meios
possíveis (sejam violentos ou não) para manter a ordem na sociedade e se manter no poder,
administrando seus aliados e seus rivais do modo em que seu governo não possa ser
prejudicado ou deslegitimado por qualquer um.
A fortuna era uma deusa caprichosa que as vezes escolhia agradar o governante ou lhe
desagradar; algo incontrolável que não depende do governante;
A fortuna são as circunstâncias, boas ou más. Maquiavel utiliza o termo para demonstrar que
na política as circunstâncias mudam, em um momento as coisas estão ao favor do governante,
em outro momento contra o governante, a fortuna é o contexto e a virtú é a capacidade de
tirar maior proveito desse contexto. E essencial não ser vítima das circunstâncias, aproveitar
todas as circunstâncias ao seu favor (governante).
Um bom governante tem virtú suficiente para controlar toda má ou boa fortuna que pode vir
ocorrer no seu reino ou governo.
Estado de natureza é o Estado sem ordem ou poder político Desordem (guerra de todos
contra todos). O Estado de Natureza se assemelha ao modo em que os animais vivem,
manutenção da vida (sobrevivência) a qualquer preço. Sem a ordem política o homem não se
torna um selvagem, ele continua sendo homem, mas para a preservação da sua vida e
propriedade ele age sem medir consequências. A construção da ordem põe fim ao Estado de
Natureza (estado de desconfiança permanente).
O ser humano é racional, tem a mesma essência e deseja as mesmas coisas. Desejamos
preservar a nossa vida, progredir economicamente (necessário para preservação da vida)
“prosperar” e desejamos ser estimados (respeitados); “DESEJAMOS O LUCRO, A SEGURANÇA E
A REPUTAÇÃO” -Hobbes; e como não existem regras no Estado de Natureza começam as
disputas, sem um poder político para moderar os conflitos, a competição se torna desenfreada
pelos recursos (não existem regras), e começam os roubos e desconfiança (o que eu tenho
pode ser cobiçado pelo outro). O ser humano também a busca pela glória (busca transmitir
força e prestígio). Ou seja, no Estado de Natureza a vida se torna uma preocupação constante
em manter sua propriedade, vida e liberdade seguras, porque a natureza humana tende a ser
“acumulativa” e “desonesta”. O contrato social definido pelos homens não modifica a sua
natureza, mas utiliza de uma ferramenta (Governo ou Estado) para controlar esta natureza,
auxiliando os indivíduos a viver de uma forma mais pacífica e ordenada (REGRAS DEFINIDAS
PELO GOVERNANTE PARA MANUTENÇÃO DA VIDA; PROPRIEDADE E LIBERDADE; saída do
estado de dominância do mais forte). No Estado de Natureza não existe confiança o bastante
para o desenvolvimento de uma sociedade.
Para sair do Estado de Natureza, os indivíduos devem parar de temer a si e começar a temer
um só indivíduo (O Leviatã), a ordem política só é construída com um ato de violência, com
uma pessoa submetendo a todos ao mesmo tempo A ordem política é um arranjo imposto
pela força, onde o governo ou governante deve ter força o suficiente para que todos se
submetam voluntariamente ao mesmo tempo e o temam, porque caso algum indivíduo não se
submeta, a instabilidade é instalada na sociedade pela falta de confiança no governante; o que
leva a destruição da ordem política.
O poder do governo deve ser suficientemente forte ao ponto que, os governados entregam
sua liberdade (poder de agir conforme sua própria vontade) de maneira irrevogável. Total
submissão ao governo/ governante, o governo consegue submeter qualquer indivíduo que se
impor ao governante rapidamente. O governado não pode impor nenhuma de suas vontades
ou opiniões ao governo, ele simplesmente abandona sua liberdade para adquirir segurança
(sacrifício da auto liberdade pelo soberano). Não existe paz enquanto não existir um governo
que consegue submeter a todos de maneira irrevogável e incondicional. Poder ilimitado do
governo (absolutismo) / monopólio da capacidade de violência (interna e externa ao Estado).
Governo Tirânico É um governo que não fornece proteção a vida e ordem aos seus
“súditos”; caso o governo se torne tirânico, o governado tem o direito de revolta. O direito de
revolta só é permitido se a vida do governado for ativamente ameaçada (por incapacidade de
proteger o governado ou ativamente atacar o governado).
Fundador da Sociologia Clássica (MAX, WEBER, DURKHEIM), ciência que lida com o
comportamento dos indivíduos em sociedade. A vida coletiva se faz sobre atos que exercemos
sobre o outro. Sociologia define (lida) o comportamento humano (Ação Humana).
Ação Humana é uma Ação Social e se modifica ao longo do tempo (evolução), (hábitos,
conceitos morais, sociedades, grupos, interesses, tecnologia, modos de utilizar os recursos,
etc.), diferente do comportamento animal (instinto) que pode ser analisado por estímulo e
resposta (ação e reação “simples e direta”, manifestação de um instinto), o comportamento do
ser humano varia pelo fato da existência da consciência (estimulo, consciência e somente
depois resposta), um determinado estimulo tem vários possíveis resultados.
O particular da ação humana é que ela é orientada por um sentido, então é necessário
entender o sentido da ação humana (reações diferentes ao mesmo estímulo). Ex: Estímulo ao
fogo Muitas pessoas fogem para fora de um edifício pegando fogo, porém, alguns correm
em direção ao fogo para apagá-lo.
A sociologia estuda a Ação Social (ação cujo quem executa a ação tem um sentido);
O tipo de sentido da ação pode ser social ou não social; se a ação leva em consideração as
outras pessoas na sociedade ela é uma ação social (comer em um restaurante), se não ela é
uma ação não social (comer em casa). Toda ação em que o sentido que dou a ela é orientada
por uma consideração em razão dos outros é uma ação social (comportamento social). Para
haver uma sociedade é necessário haver a ação social, para haver ação social é necessário que
haja uma sociedade para que sua ação tenha um sentido e seja considerada em razão dos
outros indivíduos.
Ação Social Ação que leva em consideração algum “sentido” (referencias que são
“gravadas” no seu subconsciente e moldam o seu modo de agir). Perspectiva de como o outro
vai agir com base na sua ação (o outro não é somente um outro concreto (singular), mas
também pode ser um “papel” um grupo, ou um local, uma instituição. O comportamento é
baseado levando em consideração o espaço onde estamos ou vamos estar. É necessário
realizar uma análise separada de cada uma das partes para entender o todo. Ou seja, a ação
social é a ação em que o sentido orientador leva em consideração a ação passada, presente e
futura de outros (indivíduos concretos, ou instituições como as listadas acima).
As motivações pessoais não são analisadas pela sociologia (Maneira como os indivíduos se
comportam).
Existem 4 tipos de sentidos que orientam a ação social dos indivíduos em dois grupos (sentido
descritivo):
Ação de Sentido Não Racional Afetiva, Tradicional Ações que não podem ser justificadas;
Ações com base no afeto (Ex: Porque você torce para o time X? Explicação de afeto;
injustificável pela razão) – Afetiva;
Ação baseada no costume (Ex: Porque você faz coisa X assim? Explicação com base no
tradicionalismo ou costumes) – Tradicional.
Ação de Sentido Racional Valores, Fins Ações com razões éticas que podem ser
justificadas (Ex: alistar e ir à guerra(patriotismo)). Explicação com base em um valor para a sua
atitude.
Ação baseada em valores (Ex: Se casar de vestido branco. Explicação com base em algum
valor que vincula o indivíduo a uma religião) – Valores.
Ação baseada em uma finalidade pratica (Ex: Vou contratar um empregado X, com um
objetivo de específico) – Fins.
A sociologia busca entender os sentidos que predominam numa esfera social, para ser possível
entender e explicar os fenômenos daquela esfera social em um determinado período.
A sociedade é formada por 3 esferas sociais Política, Econômica e Social; em cada uma
dessas esferas os indivíduos buscam dominar o que está em jogo (o que é disputado) em uma
esfera específica. Sua ação vai ser realizada com o objetivo de maximizar o ganho dentro da
esfera que o indivíduo está incluso.
Os indivíduos vão buscar poder na esfera política (grupos vão obter mais ou menos;
dominantes ou dominados) os indivíduos buscam isso pelas ações sociais (listadas acima).
O que é poder e a disputa pelo poder? Quando essa disputa é realizada por uma ação social?
Poder É a capacidade de fazer os indivíduos fazerem o que você quer e não o que eles
querem fazer; quando sua vontade prevalece sobre a dos outros. “É a probabilidade de alguém
ou um grupo impor sua vontade ou interesse em uma relação social” -Weber
Política para Weber A construção de uma ordem política acontece quando o exercício de
poder vira dominação Agrupamento político.
Como exercer o poder? Por meios coercitivos (força) ou não coercitivos (convencimento,
manipulação, compra, etc.) (não são exclusivos). A aplicação do meio coercitivo é
“desgastante”, não é uma forma regular de exercer o poder, do meio não coercitivo também,
causa instabilidade de poder.
O poder é estável somente quando existe obediência, quando o governador desperta no
individuo a vontade de obedecer. A necessidade do uso da coerção ou da “não coerção”
demonstram que os indivíduos não aceitaram o poder do governante.
Existe um meio de poder que é não coercitivo e que estabiliza a relação Quando a pessoa é
convencida a obediência, mesmo não concordando com o que o governante está mandando
Dominação Quando existe vontade de obediência, não existe necessidade de coerção ou
“não coerção” para que um indivíduo obedeça às ordens e regras do governante Quando
existe uma crença de legitimidade naquele poder
(Ex: Carteira de identidade e fantasia de policial, necessidade de coerção ou não coerção sem
legitimidade, com a fantasia para legitimar a atuação não vai haver necessidade de coerção ou
não coerção, somente obediência).
Quais são as crenças de legitimidade que orientam a disputa pelo poder e as relações entre
governantes e governados em determinada situação.
O que é Estado “Uma organização, (no sentido de que vai organizar o processo de exercer o
poder) e, quem controla o Estado, tem o monopólio da violência legitimada do agrupamento
político. Quando você controla o estado, a violência (meios de coerção) é considerada legítima
por aqueles que sofrem ameaças e execução de violência (autorização da prática legitima da
violência; a violência é monopolizada pelo Estado). O Estado é o que explica a diferença entre
imposto e extorsão (RICHARD NOZICK A imposição do dispêndio da propriedade dinheiro é
extorsão, a imposição do dispêndio da propriedade trabalho para distribuição da remuneração
privada e pessoal (dinheiro) entre outros indivíduos é escravatura). O Estado é a razão da
legitimidade de poder do governante.
Tipos de dominação Moldam os tipos de Estado para que o poder seja aceito.
Racional- Legal Ação com relação a fins e valores se fundem na dominação racional
legal (concepção de valores e fins que a política deve visar e buscar). Dominação com
base na lei (ordem jurídica), a vontade de obediência vem da crença de que um poder
baseado na lei é legitimo.
Na história todo agrupamento político começa com a dominação carismática Seu poder
se transforma em dominação (obediência).
Estado gerontocrático (1ª fase) Estado cuja crenças estão baseadas nos anciãos,
representam a continuidade da tradição;
Após este tipo de dominação começa as dominações por Linhagens Hereditárias
(monarquias, dinastias) 2ª
Dominação Patrimonialista Aquele que exerce poder é o dono do Estado/
Sociedade/ etc.; o governante exerce o poder com base nos seus costumes e na
tradição. 3ª
(“A VERDADEIRA NATUREZA DO PODER É PODER TER AS COISAS E NÃO PRECISAR PAGAR
POR ELAS.” -Stalin)
Aqueles que detém o poder político são sempre minorias na sociedade (poder
sempre se concentra em poucas mãos).
A minoria mantém o poder pelo fato de que minorias são organizadas (TEORIA DA
ESCOLHA PÚBLICA (vaqueiros minoria X gado maioria). (ORGANIZAÇÃO = PODER.)
Conceitos As elites são definidas assim porque elas têm o poder político Poder político
Capacidade de tomar e impor decisões, inclusive pela força (meios coercitivos).
O Estado é uma das formas que a elite se organiza para exercer o poder político. (Legitimação
do uso da força.) Grupos pequenos sempre impõe decisões sob um grupo maior de pessoas.
Tipos de elites
Abertas Busca novos quadros para exercer o poder (novos membros); o que faz os
mecanismos de transmissão do poder ser exógeno às elites (decisão pode ser feita com base
na popularidade; etc..), o poder nesse caso depende do apoio externo as elites. A forma mais
frequente de transmissão do poder é por meio do apoio dos governados. (Presente em
regimes democráticos; poder menos coercitivo.
As formas de governo puras são quando as leis trabalham visando o interesse da sociedade.
Totalitarismo: Sistema político que exerce poder e dominação em um grau máximo de toda a
sociedade (governos que tentam controlar até os aspectos mais privado das pessoas), exige
um engajamento real da população com o governo (mobilização ideológica); e são governados
pelo medo. Ex: Nazismo, Fascismo (O que a população pode comer, falar, acreditar, fazer, ter
uma mobilização ideológica com o governo). Pretensão de controle completo para que a
população apoie o regime.
Ditaduras/ Autoritarismo moderno: Governos que reprimem oposições, não exige mobilização
ideológica. Visa a desistência da oposição ao governo (pelos meios necessários), e muitas vezes
trabalha com “recompensas” para a população. (Sem oposição você pode viver uma vida
“”relativamente”” normal.
São regimes fundados pela conquista política de uma pessoa que instaura ou derruba uma
política e “ganha” todos os poderes políticos para si, e exerce o poder de maneira ditatorial
(dar ordens sem dividir o poder). (O governante é o que governa).
Voto de maioria (Regra de maioria); Real alternativa de escolha entre tomada de decisão
(Regra da alternativa de escolha); Liberdade de escolha total (Regra da Liberdade de escolha).
*Eleições não significam que um país é democrático. Ter opções de escolha não significa
também. A democracia somente é real se obedecer a essas três regras para a realização dos
procedimentos.
O chefe de estado tem mais poder que o chefe de governo (primeiro-ministro) porque o
“parlamento” (poder legislativo) pode demitir o chefe de governo; porém o chefe de governo
pode dissolver o legislativo. O chefe de governo depende da sua relação com o poder
legislativo.
Como regular o parlamento? Com o voto de confiança, caso o parlamento barre todas as
medidas do primeiro-ministro, ele pode pedir um “voto de confiança”; que diz que ou o
parlamento aprova as medidas, ou o parlamento tem que derrubar o governo do primeiro-
ministro. Ocorrem novas eleições de primeiro-ministro e provavelmente novas eleições do
parlamento (dá mais conforto para o governante).
2º Quem paga (por uma escolha) nem sempre se beneficia e escolhe Decisões são tomadas
em conjunto (coletividade) e por razão da regra da maioria (as decisões são impostas, não
existe a escolha do contribuinte), todos tem que aceitar tais escolhas. (Em geral nas escolhas
políticas os grupos são específicos e para agradar ditos membros o custo é dividido entre toda
a massa (população contribuinte).
O eleitor é todo aquele que tem o direito de votar, após votar ele se torna um votante.
O retorno de fazer uma análise para fazer uma escolha informada é menor do que o custo de
despender tempo e energia;
A motivação do voto de um indivíduo não é grande por razões de que o voto é 1 dividido pela
população do país/Estado em que a eleição está sendo realizada; além disso, todas as outras
pessoas que fazem parte da população precisam de ter votado no mesmo candidato que você
para que seu voto tenha efetividade (RAZÃO PARA A IGNORÂNCIA RACIONAL).
A maioria dos eleitores tem um custo (tempo, energia, capital, etc.) maior do que retorno
fazendo uma análise aprofundada para tomar uma decisão de voto; Para quais eleitores
(ou votantes) vale a pena fazer uma pesquisa tão complexa e despender tanto tempo/ energia
nesta análise para votar? Pessoas que trabalham diretamente com a política, ou financiam
as campanhas de políticos por interesses próprios.
Políticos sempre vão focar as propostas em coisas que são mais atrativas para a população
(porque o eleitor é o ignorante racional), ou que possam ser fáceis de entender ou
identificáveis (declarações genéricas para que qualquer pessoa simpatize com o que o político
está dizendo).
O político que ganha eleições é o que consegue simpatizar mais com a população; não o que
tem propostas reais.
SISTEMAS ELEITORAIS Distrital e ou por maioria simples; proporcional com lista fechada e
por ordem de preferência:
Distrital e ou por maioria simples Votação por distritos (regiões geográficas especificas)
com vitória de +50% de votos. Distorção: Candidatos podem ser eleitos por maiorias menores
Várias minorias tentam eleger vários candidatos diferentes (ou votos em branco, nulo, etc.),
mas uma maioria menor vota em um só candidato. O candidato normalmente é eleito com ¼
ou 1/3 do eleitorado no máximo. Tendencia de gerar “ciclos” repetitivos bipartidários
(preferencias no sistema eleitoral; causa domínio dos partidos grandes).
Proporcional com lista fechada Votação em listas hierárquicas de partidos. Partidos indicam
os candidatos (lista) para que a população realize as votações 49% dos votos vão para o
partido A, 51% dos votos vão para o partido B, então (no caso de serem 100 vagas) 49 vagas
vão para o partido A e 51% vão para o partido B pela ordem da lista (hierarquia). Sistema
eleitoral transmite a preferência dos chefes dos partidos (decisão de colocar o candidato em
um lugar premeditado da lista; cabeça de chapa, ou lanterninha).
Por ordem de preferência Votação realizada por listas feitas pelos eleitores (durante a
votação os eleitores recebem listas de candidatos de todos os partidos e criam suas próprias
listas) e vencem os candidatos que sempre está nas listas dos votantes. Normalmente vencem
candidatos neutros que não tem rejeição em sua grande maioria, candidatos menos ofensivos.
Predominam candidatos que não expressam as preferências pessoais dos votantes, durante
campanhas em sistemas assim, os candidatos se mantem neutros para maximizar a chance de
vitória.
Paradoxo de Condorcet Quem controla a ordem das votações, controla as votações (se a
eleição contar com mais de dois votantes e mais de duas opções) VIDEO YOUTUBE Hierarquia
de; (BAIXAR AULA 27/07) Agenda setter (definidor da agenda Por mais que exista uma
democracia onde todos votam, e existam inúmeras opções, quem define o resultado da
votação é quem analisou a votação em duplas dos candidatos e organiza a ordem da votação.)
Quanto mais democrático, com mais opções e mais votantes, mais o resultado pode ser
manipulado por um Agenda Setter.
Considerando que em regimes democráticos decisões são tomadas por regra de maioria, por
que decisões impopulares (decisões tomadas pela minoria) sempre são tomadas pelo
governo? (Impostos, Regulações, etc.)
Minorias organizadas são Grupos de Interesse (Ex: Associações); estes grupos fazem pressão
no governo para que suas agendas sejam atendidas (interesses próprios prevalecem interesses
sociais.). (Ex: Merenda escolar, leis que proíbem vendas de produtos em lojas concorrentes
etc.).
Grupos de interesse se tornam grupos de lobby; ou, grupos de pressão, sistemas que
pressionam os sistemas políticos, buscando que seus interesses sejam contemplados.
Políticos dão mais atenção a grupos mais barulhentos; mais bem informados/ financiados/
credíveis/ que “sabem mais sobre o assunto que fazem lobby do que os outros”; que estão
dispostos a financiar diretamente os políticos (questões de ilegalidades).
Logrolling pode ser feito de forma explicita ou implícita; é explicito quando existe uma
negociação pública (Ex: “mini” reforma trabalhista governo Temer/ Reforma da previdência;
não envolve tanta corrupção);
É implícita quando as negociações são veladas (longe do público) ou longe de pessoas que vão
apoiar as medidas sem saber que estão efetivamente apoiando as medidas (votações
exclusivas de líderes de partidos); forma mais comum de Logrolling implícito
Empacotamento Dentro de um projeto amplo é colocado um interesse político específico
que não é percebido (ou é percebido) pelos parlamentares votantes. (Ex: Criação Ministério da
Pesca(no meio do projeto existia uma emenda que instituía a presença de um conselho
LGBT.).)
Não são somente os grupos de interesses que praticam o Rent Seeking (procuram os
políticos); os políticos também procuram os grupos de interesses (recebimento de propina,
apoio, financiamento de campanha) para “vender favores”.
Ex 2: Coca-Cola nos EUA O lobby dos produtores de milho passou uma lei que
impedia que os EUA importassem açúcar, ou seja, o preço do açúcar doméstico aumentou
muito; fazendo com que a Coca-Cola tivesse que comprar xarope de milho dos produtores
americanos que são subsidiados.
Tudo isso cria mais dívidas para o Estado o que aumenta o custo da administração da
sociedade. Por que isso acontece? Ganhos concentrados e custos dispersados (interesses
específicos escondidos em regulações para favorecer algumas pessoas ao custo de outras).
Conservadorismo = Experiencia
O conservadorismo hoje se organiza em torno de uma tradição especifica Anglo Saxônica (um
pouco misturada com o liberalismo de Smith); principal referência fundadora é o político
Edmund Burke (XVIII) escreve o livro “Reflexões acerca da revolução na França” Obra
fundadora do conservadorismo contemporâneo. O livro é uma reflexão dos méritos e
deméritos da revolução francesa; porém o livro tem um tom conservador. Posicionamento de
rejeição em relação a ação política orientada por princípios teóricos abstratos (ação em defesa
de alguma bandeira geral); o conservador não age para defender “bandeiras gerais” (defesa da
liberdade; defesa dos direitos; etc.), é uma orientação política voltada para as circunstâncias, e
tais circunstâncias que determinam se algum evento ou posicionamento político pode ser
positivo ou negativo.
As circunstâncias em que o dilema está envolto, é mais importante do que o dilema em si. (Ex:
liberação das drogas).
O conservador sempre vai olhar as coisas e se posicionar dentro delas pelas circunstâncias. A
política é uma ciência pratica, depende da experiencia, e a experiencia depende das
circunstâncias que se desempenha a prática e experiencia da política; o que se relaciona com o
tipo de conhecimento que é necessário para desempenhar o papel político;
Racionalismo X Convenção
Os conservadores rejeitam o racionalismo (a verdade só pode ser obtida por meio da razão.
Tudo aquilo que vem da experiencia e da tradição, que não tem uma explicação racional deve
ser descartado porque, se não existem fundamentos científicos/racionais para determinar a
atitude, tal atitude é baseada em achismo”/ superstição. E que, portanto, toda sociedade
deveria ser reorganizada em uma concepção racional de como um governo e sociedade deve
ser (concepção puramente teórica não parte da experiencia política/ realidade).
O grande erro dos revolucionários é imaginar que a ordem política é como um contrato, onde
são negociados acordos com base nas preferencias individuais, para que estas se
complementem e desta forma seja possível “realizar acordos políticos”. (Contrário ao realismo
político.)
Política Indivíduos racionais fazendo acordos entre si buscando assegurar os seus interesses
(teoria hobbesiana/ Locke) Burke não concorda, diz que na ordem política não existem
contratos, mas sim, pactos, um contrato tem uma finalidade que guia a cooperação e os
compromissos (direitos e deveres) na direção de atingir um resultado comum a todos que
assinam este contrato; um pacto não, nele não existe uma finalidade, mas é sim uma
demonstração de lealdade (algo que confirma uma relação de lealdade e compromisso) é a
demonstração da confirmação de uma relação de lealdade, de que o indivíduo vai se submeter
a uma obrigação, cuja a única finalidade é a própria relação.
A verdadeira ordem política e social está baseada em uma ordem moral que estabelece (pacto
moral) direitos e deveres, cuja única finalidade é a manutenção desta ordem; assim como a
única finalidade dos acordos dentro de uma família é a própria manutenção da família. Existe
um compromisso de valores e ordens entre os indivíduos. Esta ordem é construída por este
pacto moral, que é descoberto ao longo do tempo pela própria convivência.
Burke diz que o objetivo da política é descobrir as leis que regem a realidade definida por Deus
A origem divina das convenções, da ordem moral, que guia a sociedade; cabe aos seres
humanos as descobrirem não as criar; assim como as leis da gravidade já existiam, não foram
criadas; regras naturais.
(As leis não podem ser baseadas em ideias de um plano teórico concebido por qualquer
indivíduo, tem que seguir a continuidade da ordem natural das coisas (tradição Experiencia
acumulada).)
A ordem política deve ser uma ordem moral duradoura (costumes, tradições,
hábitos descobertos ao longo do tempo (prática/experiencia).
Elementos Gerais do Conservadorismo Não tem alguns dos elementos encontrados nas
outras ideologias (alguns autores classificam o conservadorismo como uma atitude política e
não uma ideologia).
Por que o Conservadorismo não pode ser considerado uma ideologia? (O que o conservador
não é)
Melhorar o que nos foi passado pelos antepassados e não destruir em nome de uma
promessa futura. Ideal conservador. Trocar o que não existe (teoria) pelo que já existe
não é algo aceito pelos conservadores. A ordem que já existe por mais imperfeita que ela
seja deve ser preservada, para que possamos justamente lidar com os novos desafios.
Lidar com os problemas com os recursos (experiencia) acumulados ao longo de muitos
anos.
O conservador não rejeita a mudança e a Revolução. (Ex: Revolução Americana Não foi
uma ruptura com o passado, mas sim um aperfeiçoamento de uma ordem social existente
(britânica) com a adição de experiencias adquiridas ao longo do tempo no mundo
ocidental.
Preservar a ordem social para que ela seja melhorada sem rupturas.
Russel Kirk ? Os dez Princípios conservadores (NÃO SÃO PRINCIPIOS QUE DEFINEM UM
PROJETO POLÍTICO ENTENDIDO COMO UM PRJETO DE SOCIEDADE (Não são bandeiras
conservadoras; diferente dos princípios do manifesto comunista lista os pontos do
projeto político comunista). São princípios que servem para guiar e avaliar os eventos
politicamente; são regras sobre como o conservador deve buscar refletir acerca de todos
problemas e assuntos comuns da sociedade pública.
Uma sociedade saudável não é o produto de um regime político ou de leis, mas é resultado
de uma disciplina moral construída ao longo do tempo, da vivência sobre determinados
valores e normas que a sociedade se adere sem a necessidade de que existam normas ou
regulações que seja repressivo para forçar tal comportamento (MMC moral). A
preservação desta ordem moral é o centro da preocupação de conservadores.
3º- Crença na consagração pelo uso Acreditar no que já foi provado pela
experiencia, ter plena crença de que os valores e direitos fundamentais são aqueles que
foram provados (descobertos) pela experiencia e pelo uso (da espécie humana). É um
elemento de continuidade, não romper com tais tradições, aperfeiçoá-las.
4º- Princípio da prudência Toda política deve ser julgada pelas consequências de
longo prazo. Nunca se deve sacrificar um objetivo de longo prazo, por algo de curto prazo. O
fato de que ações podem ter consequências piores a longo prazo do que benefícios a curto
prazo (analisar mais é ter mais prudência).
Sempre considerar a imperfeição humana seres imperfeitos não podem ter criações
perfeitas, a ordem social é um produto dos seres humanos, então consequentemente são
imperfeitas; são concessões de ganhar “aqui” e perder “ali”. Rejeição as utopias utopias são
perfeitas e seres imperfeitos não podem construir coisas perfeitas.
A liberdade de ser responsável por aquilo que você é dono (aquilo que você tem) ensina
responsabilidade, o que gera uma liberdade real para os indivíduos. (Liberdade destrutiva vem
de um ser humano que não tem propriedade (ser humano sem propriedade é um ser humano
sem responsabilidade); Propriedade sem responsabilidade é tirania.)
Deve haver um equilíbrio entre direitos e deveres (ter somente direitos leva a uma liberdade
excessiva (amarelo), ter somente deveres leva a escravidão e a tirania (verde).
8º- Princípio da Defesa das comunidades voluntárias As decisões políticas que mais
afetam os indivíduos devem ser tomadas por indivíduos locais (indivíduos que participam e
vivem na sociedade onde a decisão será tomada) e devem ser aplicadas da forma mais
voluntaria possível. (O município deve ser quem toma as decisões, não a central do governo.)
Locke: Limitação do poder e direitos naturais Não nasce como uma “política” econômica.
Direito a vida (ou a auto propriedade); liberdade e trabalho (livre iniciativa de buscar os meios
necessários de manter sua vida); propriedade (decorrência do direito a livre iniciativa; com o
trabalho o indivíduo adquiri a propriedade); defesa pessoal (autodefesa; se um indivíduo
roubar a propriedade do outro, tal indivíduo tem direito de se proteger).
Não é possível a vida em sociedade sem que tais regras estejam pré-estabelecidas (Locke).
O estado existe para garantir que uma determinada lei que já existe antes do mesmo
ser formado seja mantida; garantia dos direitos naturais para todos os indivíduos da
sociedade; o Estado só deve manter os direitos naturais, por pena de violar os direitos
de liberdade do indivíduo.
Estado de natureza Estado sem ordem política, não existe ordem entre governantes e
governados. O indivíduo tem os direitos naturais, mas, não existe um “organismo” regulador;
No início existem poucos seres humanos e muitos recursos; convivência sem conflitos; sobra
de propriedade. A limitação do acúmulo de propriedade era dada pelo fator trabalho
(incapacidade de produzir excessivamente e ter o desnecessário) e pela degradação dos bens.
O acúmulo de propriedade parou com o início das trocas (escambo entre produtos para
manutenção da vida), porém existe o princípio da dupla coincidência (precisa do que eu
tenho; e tem o que eu preciso) caso não seja possível realizar as trocas, os produtos ou bens,
se degradam, gasta tempo, esforço e energia para produzir bens que não seriam utilizados. Ou
seja; no princípio não fazia sentido o acúmulo de propriedade pelas razões descritas acima;
tornando a convivência relativamente pacífica.
Com a invenção da moeda os indivíduos passaram a trocar bens por moeda, o que invalida a
degradação dos bens produzidos; também o da dupla coincidência, o que facilita a compra de
mais propriedade. A moeda permite a acumulação de propriedade;
O sistema que permite que cada um busque seu próprio interesse é o sistema ideal.
Estado vai se abster a regular, taxar, subsidiar, auxiliar; interferir sobre as liberdades pessoais
dos indivíduos. “Pouco mais é necessário para erguer um Estado, da mais primitiva barbárie
até o mais alto grau de opulência, além da paz, de baixos impostos e de boa administração
da justiça: TODO O RESTO CORRE POR CONTA DO CURSO NATURAL DAS COISAS.” – SMITH.
“Alegoria” a mão invisível.
Não interferência na vida pessoal, fornecer infraestrutura e assegurar a liberdade pessoal de
cada indivíduo; leva o indivíduo buscar seus interesses pessoais, o que leva a todos a um maior
benefício
O estado não pode interferir na economia, estado mínimo, atua dentro das 3 bases liberais:
defesa da propriedade, vida e liberdade.
Caso o Estado atue fora disso, ele está sendo criminoso ou escravagista, para uma distribuição
correta, ela deve ser individual e voluntaria (doação)
(Achado é roubado de acordo o ponto de vista ético; é possível adquirir propriedades por meio
de força ou de fraude; causando injustiça na aquisição da propriedade.)
Princípio de Justiça de Aquisição: Você tem o direito a propriedade porque você foi o
primeiro a possui-la; aquisição de propriedades não possuídas. Propriedade original
“Achei um pedaço de terra, ninguém mora aqui, é meu”.
Exemplo de aplicação do 3º princípio Ladrão rouba dois celulares (de marca e modelo
igual), um dos celulares ele entrega para a pessoa que encomendou o roubo, já o outro celular
ele vende para outro indivíduo dizendo que não era uma mercadoria roubada, mas sim que ele
tinha uma necessidade de vender. O segundo indivíduo não está cometendo um crime, porque
ocorreu uma transação voluntaria de propriedades, sem o saber por parte do comprador que a
propriedade era roubada. O correto seria “pegar” o dinheiro que o ladrão recebeu da venda
deste celular e restituir o indivíduo que foi roubado originalmente. Ou seja, a restauração deve
ser feita entre indivíduos diretamente, não entre um indivíduo e o Estado, porque toda ação
do Estado é feita por meio de violência (força) e segundo o autor, isso não é “fazer justiça”.
Direito pessoal de punir os transgressores (entre indivíduos).
A Moralidade (ou imoralidade) dos Impostos O que valida moralmente taxar os indivíduos
de uma sociedade com base na sua renda ou propriedades?
“Existe justiça em pegar de quem tem muito, para doar para quem não tem nada?” Não,
argumentos assim foram utilizados para justificar atos como a escravização de pessoas.
Imposto é o ato de forçar indivíduos ao trabalho para que muitos se beneficiem, o que é
escravidão. A questão não é a finalidade (benfeitoria; auxílio aos pobres; etc.) da utilização do
imposto; mas sim o fato da obrigatoriedade de contribuição (coerção), forçar a doação da sua
propriedade privada para conseguir os benefícios do Estado. Em tese o indivíduo tem o direito
de escolher se quer ou não fazer parte do sistema estatal, o direito de rescisão do contrato é
obrigatório para que o Estado consiga manter sua legitimidade (manutenção dos direitos de
propriedade) e não obrigue o indivíduo a pagar pela manutenção do contrato; porém, ao
rescindir o contrato, o Estado não vai fornecer mais proteção a propriedade, vida e liberdade
deste indivíduo.
Tese baseada em que o Estado obriga indivíduos a trabalharem para o benefício de outros,
infringindo a propriedade privada dos indivíduos, os escravizando no final das contas, pelo fato
de que as pessoas estão trabalhando e despendendo propriedade para “”auxiliarem”” outros
indivíduos que podem ter ou não meios próprios de sobrevivência. Justificativa moral não
valida a tese de que os indivíduos devem ser escravizados e roubados (parte da sua
propriedade dinheiro está obrigatoriamente sendo doada para outros indivíduos).
O imposto só é justo se ele for voluntário, todas atitudes tomadas pelo Estado que não sejam
voluntariamente sugeridas pelos indivíduos é uma violação da propriedade privada individual,
o que pode ser considerado roubo ou escravatura. O Estado está violando o direito de escolha
de como o indivíduo “gasta” a sua propriedade acumulada por meio do fator trabalho.
Toda ordem social está comprometida com ideias de dominação, opressão etc., fazendo com
que a sociedade precise de uma reforma política completa. TODA SOCIEDADE ESTÁ
COMPROMETIDA POR UM SISTEMA INJUSTO, EXPLORATIVO E DOMINATIVO.
Porque são explorativas e dominativas? Porque o homem foi corrompido, no início o homem
vivia em harmonia na natureza, mas algo colocou o homem nesta relação de dominação e
exploração. É necessário voltar ao início e viver em harmonia e liberdade. Liberdade tem
sinônimo de igualdade, prevalência do coletivo ao individual, todos sendo iguais, define que
todos são livres. A desigualdade social representa a dominação e exploração, demonstrando
que uma parcela da população tem poder de dominar o outro.
“Nem muito pobre ao ponto de se vender ao outro, nem muito rico a ponto de poder comprar
o outro.” -Rousseau
O bom selvagem (selvagem quer dizer espontâneo; tendencia natural) O ser humano é um
ser social, quer viver em comunidade, não tem sentido de virtude (bom); os seres humanos se
orientam a viver em comunidade.
Inicialmente existia o bom selvagem, que tinha igualdade entre todos na comunidade que
gerava liberdade na sociedade, todos tínhamos as mesmas coisas, vivíamos no mesmo lugar e
se viam como irmãos, parceiros etc. Com a “invenção” da propriedade privada houve um
rompimento na sociedade e o surgimento da desigualdade. A propriedade privada é a raiz dos
problemas do homem. O trabalho dá o direito ao fruto do trabalho, não sobre o mecanismo de
produção, com a posse dos meios de produção houve uma exclusão dos direitos de igualdade
e consequentemente de liberdade, causando uma dominação dos que detém os meios de
produção, em relação aos que não tem.
Como resolver?
O Estado deve promover igualdade material para produzir a situação de “Nem muito pobre ao
ponto de se vender ao outro, nem muito rico a ponto de poder comprar o outro.”. A
propriedade não é um direito individual, mas sim uma propriedade do Estado para ser possível
redistribuir e manter a igualdade e liberdade da população, a propriedade deve ser limitada
para proteger a igualdade.
Ideia que penetrou na democracia até os dias de hoje (político corrupto: alguém que
comprometeu os interesses gerais pelo interesse individual).
Não existe oposição a propriedade pelo trabalho, mas sim a propriedade dos fatores
produtivos (você pode ser proprietário dos peixes pescados, mas não proprietário do lago dos
peixes).
Entendimento de que a Firma não é uma função de proteção, mas sim de “governo”.
O que são transações Passagem de um bem ou serviço entre agentes e organizações; todas
as relações que envolvem a passagem de mãos de um bem ou serviço são transações.
Uma empresa não é só alocação de recursos, é uma estrutura que aloca a passagem de bens e
serviços. A firma é uma estrutura organizacional; que aloca recursos e governa transações para
garantir o funcionamento e administração dela mesma.
Por que é necessário organizar as transações? Pelo fato dos custos de transação.
(REDUÇÃO RISCO, INCERTEZA, VULNERABILIDADE E OPORTUNISMO)
Conflito de interesse vendedor quer vender pelo maior preço possível e você quer
comprar ao menor preço possível. Agentes com interesses próprios e racionalidade
limitada geram conflitos de interesses; variam em complexidade. (MAIS OU MENOS
RISCO; INCERTEZA; OPORTUNISMO)
Não são custos monetários, são os custos de organização do negócio para melhorar os
níveis de RISCO, INCERTEZA, VULNERABILIDADE E OPORTUNISMO.
Ex tentativa de controle de custos de transação: Contratos (controle de custos de
transação) Custo de tempo e esforço para organizar a transação para garantir que
ambas as partes cumpram seus papeis em uma transação.
Quanto mais complexa a operação, maior será o dispêndio de tempo e energia para
organizar os custos de transação.
Incerteza e Oportunismo somente podem ser problemas se o ativo for específico, se o bem
tiver vários usos ou funções o risco se reduz. Quanto mais restritas forem as opções, maior vai
ser o risco de incerteza e oportunismo.
Análise dos Custos de Transação Todos os custos de transação podem ser reduzidos a
análise de um deles: ESPECIFICIDADE DO ATIVO. (Ativos são bens que ao serem colocados na
organização se transformam em lucro; aquilo que você espera lucro é um ativo.
(INVESTIMENTOS.)).
Geográfica Pode ser natural; (determinação “física”, existe no solo de algum lugar
específico) ou ...(esqueci o nome) (criado por indivíduos para determinar a
especificidade);
Físicas Implicam que os usos que podem dar para o ativo são de menor grau
(especificidades físicas podem ser temporais, Ex: Whisky);
Quanto mais central, maior o grau de especificidade, mais determinante vai ser a
complexidade para determinar o grau de oportunismo e incerteza. Todas as reduções
de custos burocráticos geram aumentos de custos de transação (vice-versa). Não é
uma questão de eficiência, os custos sempre se equilibram, é uma eterna
“remediação” para que o ambiente continue funcionando. Padrões de comportamento
também alteram os custos burocráticos ou de transação. A eficiência do modelo
depende do ambiente em que está inscrito, não importa se vertical, horizontal, etc...
Quando o principal contrata um agente por meio de um contrato para executar algo
segundo seu interesse após analisar os Custos de agência e ter certeza da viabilidade
(contratação de um agente para ser inscrito nas relações de trabalho(divisão de
trabalho)).
Principal Parte que delega uma tarefa para outro realizar em nome do seu interesse.
Todos os problemas de agência devem ser analisados pelo principal (contratante), nunca
do agente.
Aversão ao risco transferência do risco do principal para o agente contratada; quanto maior
a aversão ao risco mais caro o agente vai “te cobrar”; para determinar é necessário analisar
quem tem mais aversão ao risco, o principal ou o agente. Quanto mais aversão, mais caro.