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RESUMO GERAL A.P.S.

AULA MAQUIAVEL E HOBBES – 16/08/2021


Maquiavel  Os fins justificam os meios

Como o monarca deve agir para perseverar o poder. O bom governante não coincide com o
homem justo, o poder possui uma realidade independente da moral ou da conduta ética. A
política é uma habilidade de usar as leis e as armas, porém o que garante as leis são as armas
(força). “É a combinação da astucia da raposa com a força do leão.” -Maquiavel.

Se você conquista o poder por meio de uma guerra, você deve matar todos que te auxiliaram a
conquistar o poder e colocar todos que respondiam a essas pessoas no lugar delas, para
consolidar o poder e evitar complôs contra você (colocar no lugar o desafeto da pessoa que te
ajudou). O bom governante faz o bem a conta gotas, e o mal de uma vez só (o bem faz com
que as pessoas sejam fiéis a você, o mal você faz de uma vez só e de uma maneira absoluta,
para evitar retaliações contra você).

No momento que a ordem política for substituída ou reestabelecida, o governante tem o


direito, sendo ético ou não de agir na margem da legalidade (utilizando força se necessário)
para a instituição e manutenção do poder. Todos os agentes políticos tendem a agir dessa
forma (tomar decisões nas margens da lei em razão do “bem comum” (Realismo político)).

Política é uma espécie de fenômeno que funciona a partir da “particularização” do poder, o


que gera o conflito (o querer governar outros indivíduos gerando o conflito do indivíduo não
querer ser governado, deixando a ordem política em risco, o que permite ações violentas para
manter a ordem política e o bem-estar geral.) É necessário a construção de uma ordem política
para garantir a segurança e o bom andamento da sociedade.

O que é a virtú? É uma serie de habilidades e qualidades que quem busca poder e se manter
nele deve ter. São as habilidades de utilizar a força e a lei; você só consegue impor uma lei por
meio das armas.

A virtú significa entender as circunstancias e agir com o meio do jeito que você entende a
ação, manipulando a situação ao seu favor; também é avaliar o momento, saber quando agir
ou quando não agir, parecer fraco ou forte; também é a capacidade de se adaptar, “A política
favorece o indivíduo que se adapta”, se a circunstância exigir parar de defender X e começar a
defender Y, faça-o; também é a capacidade de tomar medidas extraordinárias; ter a
capacidade de manipular vícios e virtudes para se manter no poder.

O governante que tem virtú é um governante que sabe como utilizar de todos os meios
possíveis (sejam violentos ou não) para manter a ordem na sociedade e se manter no poder,
administrando seus aliados e seus rivais do modo em que seu governo não possa ser
prejudicado ou deslegitimado por qualquer um.

A fortuna era uma deusa caprichosa que as vezes escolhia agradar o governante ou lhe
desagradar; algo incontrolável que não depende do governante;

A fortuna são as circunstâncias, boas ou más. Maquiavel utiliza o termo para demonstrar que
na política as circunstâncias mudam, em um momento as coisas estão ao favor do governante,
em outro momento contra o governante, a fortuna é o contexto e a virtú é a capacidade de
tirar maior proveito desse contexto. E essencial não ser vítima das circunstâncias, aproveitar
todas as circunstâncias ao seu favor (governante).
Um bom governante tem virtú suficiente para controlar toda má ou boa fortuna que pode vir
ocorrer no seu reino ou governo.

Thomas Hobbes  O estado de natureza e o contrato social

A política como em Maquiavel também é a busca e manutenção do poder de um lado, e o


desejo de estabelecer e manter uma ordem do outro lado (Realismo político). Ordem é
estabelecida após o poder ser estabelecido.

Tudo que os políticos fazem é motivado pela busca e manutenção do poder.

Estado de natureza é o Estado sem ordem ou poder político  Desordem (guerra de todos
contra todos). O Estado de Natureza se assemelha ao modo em que os animais vivem,
manutenção da vida (sobrevivência) a qualquer preço. Sem a ordem política o homem não se
torna um selvagem, ele continua sendo homem, mas para a preservação da sua vida e
propriedade ele age sem medir consequências. A construção da ordem põe fim ao Estado de
Natureza (estado de desconfiança permanente).

O ser humano é racional, tem a mesma essência e deseja as mesmas coisas. Desejamos
preservar a nossa vida, progredir economicamente (necessário para preservação da vida)
“prosperar” e desejamos ser estimados (respeitados); “DESEJAMOS O LUCRO, A SEGURANÇA E
A REPUTAÇÃO” -Hobbes; e como não existem regras no Estado de Natureza começam as
disputas, sem um poder político para moderar os conflitos, a competição se torna desenfreada
pelos recursos (não existem regras), e começam os roubos e desconfiança (o que eu tenho
pode ser cobiçado pelo outro). O ser humano também a busca pela glória (busca transmitir
força e prestígio). Ou seja, no Estado de Natureza a vida se torna uma preocupação constante
em manter sua propriedade, vida e liberdade seguras, porque a natureza humana tende a ser
“acumulativa” e “desonesta”. O contrato social definido pelos homens não modifica a sua
natureza, mas utiliza de uma ferramenta (Governo ou Estado) para controlar esta natureza,
auxiliando os indivíduos a viver de uma forma mais pacífica e ordenada (REGRAS DEFINIDAS
PELO GOVERNANTE PARA MANUTENÇÃO DA VIDA; PROPRIEDADE E LIBERDADE; saída do
estado de dominância do mais forte). No Estado de Natureza não existe confiança o bastante
para o desenvolvimento de uma sociedade.

Para sair do Estado de Natureza, os indivíduos devem parar de temer a si e começar a temer
um só indivíduo (O Leviatã), a ordem política só é construída com um ato de violência, com
uma pessoa submetendo a todos ao mesmo tempo  A ordem política é um arranjo imposto
pela força, onde o governo ou governante deve ter força o suficiente para que todos se
submetam voluntariamente ao mesmo tempo e o temam, porque caso algum indivíduo não se
submeta, a instabilidade é instalada na sociedade pela falta de confiança no governante; o que
leva a destruição da ordem política.

O poder do governo deve ser suficientemente forte ao ponto que, os governados entregam
sua liberdade (poder de agir conforme sua própria vontade) de maneira irrevogável. Total
submissão ao governo/ governante, o governo consegue submeter qualquer indivíduo que se
impor ao governante rapidamente. O governado não pode impor nenhuma de suas vontades
ou opiniões ao governo, ele simplesmente abandona sua liberdade para adquirir segurança
(sacrifício da auto liberdade pelo soberano). Não existe paz enquanto não existir um governo
que consegue submeter a todos de maneira irrevogável e incondicional. Poder ilimitado do
governo (absolutismo) / monopólio da capacidade de violência (interna e externa ao Estado).

Governo Tirânico  É um governo que não fornece proteção a vida e ordem aos seus
“súditos”; caso o governo se torne tirânico, o governado tem o direito de revolta. O direito de
revolta só é permitido se a vida do governado for ativamente ameaçada (por incapacidade de
proteger o governado ou ativamente atacar o governado).

LIBERDADE X SEGURANÇA  MÁXIMA DA POLÍTICA  O medo de uma morte violenta faz


com que o ser humano renuncie à sua liberdade para obter segurança e manutenção dos seus
“direitos”, (direito a vida). Se o homem não tivesse medo, não se submeteria ao governo para
que o governo submeta indivíduos que afetam a liberdade de outros indivíduos.

AULA A.P.S. – SOCIOLOGIA POLÍTICA DE MAX WEBER – 18/08/2021

Fundador da Sociologia Clássica (MAX, WEBER, DURKHEIM), ciência que lida com o
comportamento dos indivíduos em sociedade. A vida coletiva se faz sobre atos que exercemos
sobre o outro. Sociologia define (lida) o comportamento humano (Ação Humana).

Ação Humana é uma Ação Social e se modifica ao longo do tempo (evolução), (hábitos,
conceitos morais, sociedades, grupos, interesses, tecnologia, modos de utilizar os recursos,
etc.), diferente do comportamento animal (instinto) que pode ser analisado por estímulo e
resposta (ação e reação “simples e direta”, manifestação de um instinto), o comportamento do
ser humano varia pelo fato da existência da consciência (estimulo, consciência e somente
depois resposta), um determinado estimulo tem vários possíveis resultados.

O particular da ação humana é que ela é orientada por um sentido, então é necessário
entender o sentido da ação humana (reações diferentes ao mesmo estímulo). Ex: Estímulo ao
fogo  Muitas pessoas fogem para fora de um edifício pegando fogo, porém, alguns correm
em direção ao fogo para apagá-lo.

A sociologia estuda a Ação Social (ação cujo quem executa a ação tem um sentido);

O tipo de sentido da ação pode ser social ou não social; se a ação leva em consideração as
outras pessoas na sociedade ela é uma ação social (comer em um restaurante), se não ela é
uma ação não social (comer em casa). Toda ação em que o sentido que dou a ela é orientada
por uma consideração em razão dos outros é uma ação social (comportamento social). Para
haver uma sociedade é necessário haver a ação social, para haver ação social é necessário que
haja uma sociedade para que sua ação tenha um sentido e seja considerada em razão dos
outros indivíduos.

Ação Social  Ação que leva em consideração algum “sentido” (referencias que são
“gravadas” no seu subconsciente e moldam o seu modo de agir). Perspectiva de como o outro
vai agir com base na sua ação (o outro não é somente um outro concreto (singular), mas
também pode ser um “papel” um grupo, ou um local, uma instituição. O comportamento é
baseado levando em consideração o espaço onde estamos ou vamos estar. É necessário
realizar uma análise separada de cada uma das partes para entender o todo. Ou seja, a ação
social é a ação em que o sentido orientador leva em consideração a ação passada, presente e
futura de outros (indivíduos concretos, ou instituições como as listadas acima).
As motivações pessoais não são analisadas pela sociologia (Maneira como os indivíduos se
comportam).

Existem 4 tipos de sentidos que orientam a ação social dos indivíduos em dois grupos (sentido
descritivo):

Ação de Sentido Não Racional  Afetiva, Tradicional  Ações que não podem ser justificadas;

Ações com base no afeto (Ex: Porque você torce para o time X? Explicação de afeto;
injustificável pela razão) – Afetiva;

 Ação baseada no costume (Ex: Porque você faz coisa X assim? Explicação com base no
tradicionalismo ou costumes) – Tradicional.

Ação de Sentido Racional  Valores, Fins  Ações com razões éticas que podem ser
justificadas (Ex: alistar e ir à guerra(patriotismo)). Explicação com base em um valor para a sua
atitude.

Ação baseada em valores (Ex: Se casar de vestido branco. Explicação com base em algum
valor que vincula o indivíduo a uma religião) – Valores.

Ação baseada em uma finalidade pratica (Ex: Vou contratar um empregado X, com um
objetivo de específico) – Fins.

A sociologia busca entender os sentidos que predominam numa esfera social, para ser possível
entender e explicar os fenômenos daquela esfera social em um determinado período.

A sociedade é formada por 3 esferas sociais  Política, Econômica e Social; em cada uma
dessas esferas os indivíduos buscam dominar o que está em jogo (o que é disputado) em uma
esfera específica. Sua ação vai ser realizada com o objetivo de maximizar o ganho dentro da
esfera que o indivíduo está incluso.

O que leva ao surgimento de indivíduos dominantes e dominados  Dominantes são os que se


tornam mais bem sucedidos na aquisição dos recursos disponíveis dentro de cada esfera
específica; os dominados são os que não controlam os recursos disponíveis, ou controlam
minimante tais recursos.

Os indivíduos vão buscar poder na esfera política (grupos vão obter mais ou menos;
dominantes ou dominados) os indivíduos buscam isso pelas ações sociais (listadas acima).

O que é poder e a disputa pelo poder? Quando essa disputa é realizada por uma ação social?

Poder  É a capacidade de fazer os indivíduos fazerem o que você quer e não o que eles
querem fazer; quando sua vontade prevalece sobre a dos outros. “É a probabilidade de alguém
ou um grupo impor sua vontade ou interesse em uma relação social” -Weber

Política para Weber  A construção de uma ordem política acontece quando o exercício de
poder vira dominação  Agrupamento político.

Como exercer o poder?  Por meios coercitivos (força) ou não coercitivos (convencimento,
manipulação, compra, etc.) (não são exclusivos). A aplicação do meio coercitivo é
“desgastante”, não é uma forma regular de exercer o poder, do meio não coercitivo também,
causa instabilidade de poder.
O poder é estável somente quando existe obediência, quando o governador desperta no
individuo a vontade de obedecer. A necessidade do uso da coerção ou da “não coerção”
demonstram que os indivíduos não aceitaram o poder do governante.

Existe um meio de poder que é não coercitivo e que estabiliza a relação  Quando a pessoa é
convencida a obediência, mesmo não concordando com o que o governante está mandando
 Dominação  Quando existe vontade de obediência, não existe necessidade de coerção ou
“não coerção” para que um indivíduo obedeça às ordens e regras do governante  Quando
existe uma crença de legitimidade naquele poder

(Ex: Carteira de identidade e fantasia de policial, necessidade de coerção ou não coerção sem
legitimidade, com a fantasia para legitimar a atuação não vai haver necessidade de coerção ou
não coerção, somente obediência).

O poder só é consolidado pela dominação com a crença de legitimação do governo. A forma de


legitimidade orienta o sentido da ação do indivíduo (valores, fins, tradicional, afetiva). Tudo
gira em torno das crenças de legitimidade que fundamentam o poder de alguém e o tornam
em dominação. Ou seja, é necessário analisar os tipos de dominação (tipos de crença, ou tipos
de sentido, que orientam a ação social).

Quais são as crenças de legitimidade que orientam a disputa pelo poder e as relações entre
governantes e governados em determinada situação.

O que é Estado  “Uma organização, (no sentido de que vai organizar o processo de exercer o
poder) e, quem controla o Estado, tem o monopólio da violência legitimada do agrupamento
político. Quando você controla o estado, a violência (meios de coerção) é considerada legítima
por aqueles que sofrem ameaças e execução de violência (autorização da prática legitima da
violência; a violência é monopolizada pelo Estado). O Estado é o que explica a diferença entre
imposto e extorsão (RICHARD NOZICK  A imposição do dispêndio da propriedade dinheiro é
extorsão, a imposição do dispêndio da propriedade trabalho para distribuição da remuneração
privada e pessoal (dinheiro) entre outros indivíduos é escravatura). O Estado é a razão da
legitimidade de poder do governante.

Tipos de dominação  Moldam os tipos de Estado para que o poder seja aceito.

 Carismática  Obediência com base no afeto (forma de poder pessoalizada  carisma


do governante Ghandi e Hitler, pode ser negativo e positivo)

 Tradicional  Com base na tradição (famílias que governam a sociedade).

 Racional- Legal  Ação com relação a fins e valores se fundem na dominação racional
legal (concepção de valores e fins que a política deve visar e buscar). Dominação com
base na lei (ordem jurídica), a vontade de obediência vem da crença de que um poder
baseado na lei é legitimo.

Na história todo agrupamento político começa com a dominação carismática  Seu poder
se transforma em dominação (obediência).

A evolução da dominação carismática é a dominação tradicional, onde se estabelece uma


linha de sucessão entre o governante e os que vão se suceder (FAMÍLIA OU CRITÉRIO DE
SUCESSÃO ESPECÍFICO DEFINIDO PELO GOVERNANTE). O Estado já é presente nesta fase
da dominação Tradicional (3 fases)

 Estado gerontocrático (1ª fase)  Estado cuja crenças estão baseadas nos anciãos,
representam a continuidade da tradição;
 Após este tipo de dominação começa as dominações por Linhagens Hereditárias
(monarquias, dinastias) 2ª
 Dominação Patrimonialista  Aquele que exerce poder é o dono do Estado/
Sociedade/ etc.; o governante exerce o poder com base nos seus costumes e na
tradição. 3ª

Depois deste 3 estágio da dominação tradicional (Patrimonialista) começa a se racionalizar,


retirando a pessoa como líder (ou grupo de pessoas) e são formados conjuntos de
princípios (“regras escritas”), que formam um sistema jurídico, onde após a formação
ocorre a separação completa dos líderes tradicionais (grupos de pessoas) do exercício
legitimo do poder, formando (iniciando o 3º tipo de dominação Real-Legal) o Estado
Nacional Burocrático  Transforma o Estado em uma máquina que funciona com base em
regras que independem da vontade dos que ocupam as posições de poder dentro do
Estado.

AULA TEORIA DAS ELITES - A.P.S - 25/08/2021


Baseada em 7 premissas que foram formuladas com base na observação histórica  É o que
caracteriza as relações políticas ao longo da história em todas as sociedades.

Existência das desigualdades sociais e econômicas (mesmo em tribos indígenas e


sociedades mais simples existem diferenças entre os indivíduos).

 A causa da desigualdade é a concentração do poder nas mãos de minorias (Ganho


de poder por meio da imposição das suas vontades na maioria da população (força; coerção;
etc.)

Dentro das diferentes formas de poder da sociedade, o poder político é o mais


importante (é o poder fundamental para se garantir uma posição no topo da hierarquia
social(poder econômico X político  poder econômico é subjugado).

(“A VERDADEIRA NATUREZA DO PODER É PODER TER AS COISAS E NÃO PRECISAR PAGAR
POR ELAS.” -Stalin)

Aqueles que detém o poder político são sempre minorias na sociedade (poder
sempre se concentra em poucas mãos).

A minoria mantém o poder pelo fato de que minorias são organizadas (TEORIA DA
ESCOLHA PÚBLICA (vaqueiros  minoria X gado  maioria). (ORGANIZAÇÃO = PODER.)

 Os regimes políticos se diferem pelo modo como surge, se desenvolvem e decaem;


assim como também pela forma como exercem o poder. (Não se diferenciam pelo número de
pessoas que detém o poder.)

 O oposto da Elite é chamada de massa; porque é desorganizada. A massa não tem


poder político, não exerce o poder e não tem poder relevante. (Falta poder porque falta
organização.)
Em todas as sociedades existem duas classes de pessoas; os governantes e os governados. A
primeira é menos numerosa e organizada, cumpre todas as funções públicas, monopoliza e usa
o poder e suas vantagens. Enquanto a segunda, mais numerosa, é dirigida e regulada pela
primeira, de modo mais ou menos legal, arbitrário e violento; aparentemente fornecendo a ela
(massa) o mínimo necessário de recursos para sua subsistência e para vitalidade do organismo
público.

Conceitos  As elites são definidas assim porque elas têm o poder político  Poder político
 Capacidade de tomar e impor decisões, inclusive pela força (meios coercitivos).

O Estado é uma das formas que a elite se organiza para exercer o poder político. (Legitimação
do uso da força.) Grupos pequenos sempre impõe decisões sob um grupo maior de pessoas.

Tipos de elites 

Fechadas  Limitam a entrada de novos membros dentro dela (impossibilita a recruta


de membros). Tem mecanismos de transmissão de poder  Principal é a hereditariedade (pai
para filho; é o caso das monarquias antigas, onde o poder era transmitido de pai para filho
somente); também existe a nomeação de sucessores. (Ex: Coreia do Norte; Arabia Saudita;
outros...) Estes tipos de elites formam regimes autocráticos. Para garantir o fechamento o
exercício do poder costuma ser coercitivo (força).

Abertas  Busca novos quadros para exercer o poder (novos membros); o que faz os
mecanismos de transmissão do poder ser exógeno às elites (decisão pode ser feita com base
na popularidade; etc..), o poder nesse caso depende do apoio externo as elites. A forma mais
frequente de transmissão do poder é por meio do apoio dos governados. (Presente em
regimes democráticos; poder menos coercitivo.

Coercitivas/ Artificiais  Classificação de como a elite tomou o poder. Toma de poder


por meio da violência (conquista militar por exemplo).

Voluntaria/ Natural  Classificação de como a elite tomou o poder. Surge de um


processo formado pela concorrência através de meios pacíficos (pessoas recorrem
naturalmente a indivíduos específicos para ajuda em um processo natural) (algo como uma
meritocracia).

De Jure  Classificação de se o poder é formalizado; ou não. O indivíduo só faz parte


da elite depois de tomar o poder (Ex: Juiz; Deputados; Vereadores; etc.) Se o indivíduo sai do
poder ele não faz mais parte da elite. Origem do poder vem da formalização da tomada de
poder (descrito em uma legislação).

De Facto  Classificação de se o poder é formalizado; ou não. A elite que tem o poder


sem necessitar de uma atribuição formal/ oficial (Ex: chefe de quadrilha; qualquer poder que
não necessita de investidura formal para ser investido). Origem do poder não vem da
formalização do seu poder.

O que as elites têm em comum?  Tendencia de formalização do poder, e construção de


mecanismos tradicionais de transmissão e manutenção do poder (mesmo ditaduras ou
conquistas). TODA ELITE BUSCA SE FIXAR NO PODER (Maneira mais fácil de se manter no
poder  criar mecanismos de institucionalizar o poder).

 As elites tendem ao fechamento; reduzindo a abertura. (Para um indivíduo continuar no


poder, ninguém pode ter poder.) Nem sempre é possível; mas existe uma tendencia.
 Toda elite busca ampliar o seu poder com o passar do tempo (ampliação de poder diante
dos seus governados).

-Lei de Ferro das Oligarquias

Tendencia de que movimentos de massa desenvolvam lideranças que acabam se


tornando uma oligarquia dominante, porém, após a tomada do poder ocorre uma separação
das massas em relação aos “dominantes”, separação dos interesses e motivações iniciais dos
movimentos de massa para manutenção do poder de tais oligarcas (governantes).

(SEPARAÇÃO DOS INTERESSES DA OLIGARQUIA PARA MANUTENÇÃO DO PODER)

FORMAS DE GOVERNO E DE REGIMES POLÍTICOS


O que é um Regime Político: “Na mão de quem, e quantos tem o poder”

Quem governa, e como governa. Fala sobre a relação de governantes e governados.

Aristóteles: Classificar a relação governantes e governados é o mesmo que responder a 2


coisas: Quem governa/ Como governa? (De forma coercitiva? De que forma?); Relação entre
poder executivo e legislativo. Classificação a partir de dois critérios:

1º Quantas pessoas governam? (Decidem politicamente)

3 categorias: 1 pessoa “decide” ; poucas pessoas “decidem” ; muitas pessoas “decidem”

2º Qual a orientação do governo?

As leis do governo trabalham em favor do governante (interesses próprios), ou trabalham em


favor da população (bem comum).

As formas de governo puras são quando as leis trabalham visando o interesse da sociedade.

MONARQUIA (uma pessoa governa), ARISTOCRACIA (poucas pessoas), TIMOCRACIA (muitas


pessoas).

Formas corrompidas de governo:

TIRANIA (uma pessoa governa), OLIGARQUIA (poucas pessoas), DEMOCRACIA (muitas


pessoas).

Regimes políticos modernos:

Autocracia: Forma de governo em que o poder está concentrado em um chefe, que


tem o poder de fazer as leis, executar as leis e julgar. Ditaduras, monarquias absolutistas,
autoritarismo etc.; Concentração de poder e manutenção de forma coercitiva. Maior parte dos
governos da humanidade;

Monarquias absolutistas: São “parecidas” com autocracias, (comumente em monarquias os


regimes são parecidos com democracias, se governa por meio de tratados e decisões em
conjunto) o rei tem todo o poder só para si, toda economia gira em torno dos interesses do rei
(o poder divino do rei). Exerce o poder sozinho sobre toda a sociedade pela razão de deter a
economia e o poder militar para si. Todos estão sujeitos ao governo do rei, até mesmo as
entidades religiosas (aprovação real das escolhas dos bispos).
Despotismo Antigo: Regimes como os dos antigos faraós, em que a figura do governante é
divinizada; comumente achada em locais que a economia era baseada em extração de
recursos naturais ou agricultura. 100% de obediência ao governante pelos seus poderes
divinos (por ser divino).

Totalitarismo: Sistema político que exerce poder e dominação em um grau máximo de toda a
sociedade (governos que tentam controlar até os aspectos mais privado das pessoas), exige
um engajamento real da população com o governo (mobilização ideológica); e são governados
pelo medo. Ex: Nazismo, Fascismo (O que a população pode comer, falar, acreditar, fazer, ter
uma mobilização ideológica com o governo). Pretensão de controle completo para que a
população apoie o regime.

Ditaduras/ Autoritarismo moderno: Governos que reprimem oposições, não exige mobilização
ideológica. Visa a desistência da oposição ao governo (pelos meios necessários), e muitas vezes
trabalha com “recompensas” para a população. (Sem oposição você pode viver uma vida
“”relativamente”” normal.

São regimes fundados pela conquista política de uma pessoa que instaura ou derruba uma
política e “ganha” todos os poderes políticos para si, e exerce o poder de maneira ditatorial
(dar ordens sem dividir o poder). (O governante é o que governa).

Democracia: “Procedimento”; é uma maneira de organizar as decisões políticas


(definição de Ciência Política); (igualdade, direitos etc., é a definição normativa). Procedimento
para fazer escolhas políticas e para escolher quem vai nos governar. O resultado destas
escolhas não tem relação com Democracia para a Análise. P. S.

Três grupos de regras para realizar os procedimentos:

Voto de maioria (Regra de maioria); Real alternativa de escolha entre tomada de decisão
(Regra da alternativa de escolha); Liberdade de escolha total (Regra da Liberdade de escolha).

*Eleições não significam que um país é democrático. Ter opções de escolha não significa
também. A democracia somente é real se obedecer a essas três regras para a realização dos
procedimentos.

Tem subclassificações adjetivadas para definir a visão governamental (social-democracia,


democracia-liberal, etc.)

O que são Formas de Governo: “Forma de que se divide e organiza o governo”

Presidencialismo: O presidente é o chefe de estado (o chefe de estado é o chefe do


gov.); tem os poderes executivos (separação dos 3 poderes). Tem um limite de tempo para o
governo (quando a regra de tempo é derrubada ocorre uma hipertrofia do poder executivo, se
tornando uma “autocracia”, o presidente ganha poderes para “derrubar” todos os seus
oponentes (perpetuação contínua do gov.).

Semi – presidencialismo: Mistura das duas formas


(Parlamentarismo/Presidencialismo); diferenças no legislativo e executivo; diferença de chefe
de estado (representa a nação, declara guerras, “comanda”) e chefe de governo (chefe do
poder político (executivo), executa leis, etc.).
O chefe de governo e o chefe de estado compartilham o poder executivo; porém o chefe de
estado tem mais poder que o chefe de estado; é uma diarquia (dois governantes). Ocorrem
eleições separadas para cada um dos representantes (governantes).

O chefe de estado tem mais poder que o chefe de governo (primeiro-ministro) porque o
“parlamento” (poder legislativo) pode demitir o chefe de governo; porém o chefe de governo
pode dissolver o legislativo. O chefe de governo depende da sua relação com o poder
legislativo.

Parlamentarismo: Proximidade entre o executivo e o legislativo, a população elege os


“deputados” (representantes), e os representantes elegem o primeiro-ministro. Ex: Inglaterra.

Maioria representativa determina a governança, caso o primeiro-ministro não detenha a


maioria de representantes, o legislativo no fim das contas perde o seu gabinete (gabinete caí)
e outro é eleito, caso não seja possível uma decisão na escolha, o parlamento caí, e ocorrem
novas eleições. Primeiros-ministros populares ficam longos períodos no cargo. O primeiro-
ministro é o chefe de governo, usualmente o monarca é o chefe de estado (detêm poderes
formais e privilégios (normalmente presente em regimes monárquicos, o chefe de estado
acaba sendo uma figura “decorativa”). No parlamentarismo o chefe de governo tem mais
poder que o chefe de estado.

Como regular o parlamento? Com o voto de confiança, caso o parlamento barre todas as
medidas do primeiro-ministro, ele pode pedir um “voto de confiança”; que diz que ou o
parlamento aprova as medidas, ou o parlamento tem que derrubar o governo do primeiro-
ministro. Ocorrem novas eleições de primeiro-ministro e provavelmente novas eleições do
parlamento (dá mais conforto para o governante).

*Não existe monarquia, a monarquia funciona como o presidencialismo (sem eleições


e tempo determinado de mandato.); existem monarquias que funcionam como
parlamentarismo, o monarca tem o poder de chefe de estado, não chefe do governo.

A QUESTÃO DA DIVISÃO DOS PODERES


Como não deixar os governantes abusarem dos poderes: O poder concentrado corrompe as
pessoas, por isso existem as divisões dos poderes.

A divisão horizontal do poder (Executivo, Legislativo e Judiciário); Constituição (submete todos


as leis (coloca limites)); Parlamento; Limite de mandatos; Veto presidencial; Federalismo;
Estado de direito (império da lei vigorando no território); Controle de constitucionalidade (STF
no BR); Tribunal de contas; Agências reguladoras independentes.

AULA A.P.S – Teoria da Escolha Pública (1) 30/08/2021


Uso da Teoria Econômica para explicar como a política e governo funcionam (como as
escolhas do ser refletem nas escolhas políticas). Rejeição do idealismo político.

1ª Premissa – Todos os indivíduos na política agem em interesse próprio;

2ª Premissa – Os indivíduos fazem escolhas para maximizar seus interesses próprios.


3ª Premissa – Somente os indivíduos fazem escolhas e tem preferências para manter e
maximizar o interesse próprio (a coletividade não tem interesses próprios).

Os fenômenos da política são o resultado de indivíduos tentando realizar e maximizar os


interesses próprios  Realismo Político  Idealismo político cria uma falsa ideia de que os
gestores políticos possuem superioridade intelectual e intuitiva para gerenciar os mecanismos
políticos de um Estado. O indivíduo que age na política tem o mesmo conhecimento imperfeito
de qualquer outro indivíduo que atua na esfera privada.

Particularidades da escolha política:

1º A escolha na política é coletiva e obedecem a regra da maioria (condições necessárias para


realizar escolha). Decisões são ponderadas entre vários indivíduos que são eleitos como
representantes para realizar as escolhas “individualmente”.

2º Quem paga (por uma escolha) nem sempre se beneficia e escolhe  Decisões são tomadas
em conjunto (coletividade) e por razão da regra da maioria (as decisões são impostas, não
existe a escolha do contribuinte), todos tem que aceitar tais escolhas. (Em geral nas escolhas
políticas os grupos são específicos e para agradar ditos membros o custo é dividido entre toda
a massa (população contribuinte).

Eleições  Eleitor e o Político.

O eleitor é todo aquele que tem o direito de votar, após votar ele se torna um votante.

Eleitor  ignorância racional  O custo de se informar e despender tempo e energia para


obter informações factíveis é maior do que a vontade do indivíduo de fazer uma escolha
informada;

O retorno de fazer uma análise para fazer uma escolha informada é menor do que o custo de
despender tempo e energia;

A motivação do voto de um indivíduo não é grande por razões de que o voto é 1 dividido pela
população do país/Estado em que a eleição está sendo realizada; além disso, todas as outras
pessoas que fazem parte da população precisam de ter votado no mesmo candidato que você
para que seu voto tenha efetividade (RAZÃO PARA A IGNORÂNCIA RACIONAL).

 A maioria dos eleitores tem um custo (tempo, energia, capital, etc.) maior do que retorno
fazendo uma análise aprofundada para tomar uma decisão de voto;  Para quais eleitores
(ou votantes) vale a pena fazer uma pesquisa tão complexa e despender tanto tempo/ energia
nesta análise para votar?  Pessoas que trabalham diretamente com a política, ou financiam
as campanhas de políticos por interesses próprios.

Políticos sempre vão focar as propostas em coisas que são mais atrativas para a população
(porque o eleitor é o ignorante racional), ou que possam ser fáceis de entender ou
identificáveis (declarações genéricas para que qualquer pessoa simpatize com o que o político
está dizendo).

O político que ganha eleições é o que consegue simpatizar mais com a população; não o que
tem propostas reais.

SISTEMAS ELEITORAIS  Distrital e ou por maioria simples; proporcional com lista fechada e
por ordem de preferência:
Distrital e ou por maioria simples  Votação por distritos (regiões geográficas especificas)
com vitória de +50% de votos. Distorção: Candidatos podem ser eleitos por maiorias menores
 Várias minorias tentam eleger vários candidatos diferentes (ou votos em branco, nulo, etc.),
mas uma maioria menor vota em um só candidato. O candidato normalmente é eleito com ¼
ou 1/3 do eleitorado no máximo. Tendencia de gerar “ciclos” repetitivos bipartidários
(preferencias no sistema eleitoral; causa domínio dos partidos grandes).

Proporcional com lista fechada  Votação em listas hierárquicas de partidos. Partidos indicam
os candidatos (lista) para que a população realize as votações  49% dos votos vão para o
partido A, 51% dos votos vão para o partido B, então (no caso de serem 100 vagas) 49 vagas
vão para o partido A e 51% vão para o partido B pela ordem da lista (hierarquia). Sistema
eleitoral transmite a preferência dos chefes dos partidos (decisão de colocar o candidato em
um lugar premeditado da lista; cabeça de chapa, ou lanterninha).

Por ordem de preferência  Votação realizada por listas feitas pelos eleitores (durante a
votação os eleitores recebem listas de candidatos de todos os partidos e criam suas próprias
listas) e vencem os candidatos que sempre está nas listas dos votantes. Normalmente vencem
candidatos neutros que não tem rejeição em sua grande maioria, candidatos menos ofensivos.

Predominam candidatos que não expressam as preferências pessoais dos votantes, durante
campanhas em sistemas assim, os candidatos se mantem neutros para maximizar a chance de
vitória.

Todos os sistemas são imperfeitos na transmissão da preferência majoritária.

AULA A.P.S - Teoria da Escolha Pública 2 - 01/09/2021

Teorema do eleitor mediano  VIDEO YOUTUBE

Paradoxo de Condorcet  Quem controla a ordem das votações, controla as votações (se a
eleição contar com mais de dois votantes e mais de duas opções) VIDEO YOUTUBE Hierarquia
de; (BAIXAR AULA 27/07) Agenda setter (definidor da agenda  Por mais que exista uma
democracia onde todos votam, e existam inúmeras opções, quem define o resultado da
votação é quem analisou a votação em duplas dos candidatos e organiza a ordem da votação.)
Quanto mais democrático, com mais opções e mais votantes, mais o resultado pode ser
manipulado por um Agenda Setter.

Como as coisas de fato se processam dentro da política

Considerando que em regimes democráticos decisões são tomadas por regra de maioria, por
que decisões impopulares (decisões tomadas pela minoria) sempre são tomadas pelo
governo? (Impostos, Regulações, etc.)

Máxima da teoria da escolha pública: Benefícios concentrados; custos dispersos.  Uma


minoria se beneficia das decisões e a maioria paga por isso (custo), o custo é dispersado para
todos os pagadores de impostos; custo mínimo pela razão de ser distribuído entre toda uma
população. (Teoria das Elites: A minoria governa a maioria, porque a minoria é organizada e a
maioria é desorganizada.)

Minorias organizadas são Grupos de Interesse (Ex: Associações); estes grupos fazem pressão
no governo para que suas agendas sejam atendidas (interesses próprios prevalecem interesses
sociais.). (Ex: Merenda escolar, leis que proíbem vendas de produtos em lojas concorrentes
etc.).

AULA A.P.S 08/09/2021 - GRUPOS DE INTERESSE  Todo grupo de pessoas que se


organiza por ter muito a perder ou a ganhar com decisões políticas. ONG’s, Funcionários
públicos, “dependentes” do governo. Tendem a ser grupos pequenos (exemplo investimento)
para que o retorno seja “valido”, e pelo fato da facilidade de organização. Maior recompensa
individual e facilidade de organização; grandes ONG’s e sindicatos são exceções.

Vantagens de grupos de interesse pequenos / grandes 

Pequenos: Facilidade de organização, maior remuneração. Pouca expressão, recursos e


capacidade de influenciar decisões.

Grandes: Mais recursos, expressividade e capacidade de influenciar decisões. Dificuldade de


organização pela pluralidade de interesses dentro do grupo (OAB), menor remuneração
individual (problematização do parasita ganho individual sem esforço pessoal de alguns
indivíduos pelo fato do tamanho do grupo. Poucos ganhos com ou sem empenho alocado nas
necessidades do grupo; existem mecanismos para inibir esse tipo de comportamento
(carteirinha OAB)).

Grupos de interesse se tornam grupos de lobby; ou, grupos de pressão, sistemas que
pressionam os sistemas políticos, buscando que seus interesses sejam contemplados.

Conceitos do lobby  Retórica do “interesse público”: Transformam interesses privados em


interesses públicos para ganhar apoio generalizado (apelo moral para sensibilização) nas suas
agendas. Margaret Thatcher  Para combater o sindicato de mineradores, começou a
combater a poluição do meio ambiente, abriu o governo para grupos ambientalistas e
privatizou a indústria de mineração (carvão).

Políticos dão mais atenção a grupos mais barulhentos; mais bem informados/ financiados/
credíveis/ que “sabem mais sobre o assunto que fazem lobby do que os outros”; que estão
dispostos a financiar diretamente os políticos (questões de ilegalidades).

Logrolling  Troca de favores – define o comportamento político no processo de tomada de


decisão (troca de votos entre parlamentares e outros indivíduos). Diferentes indivíduos
alinhando seus interesses para tomar decisões (cada um apoiando a agenda dos outros). Ex:
Escândalo JBS – vazou áudio de negociação de licenças de vigilância sanitária entre um
indivíduo do governo e o diretor executivo da JBS (frigorifico) exigindo que suas demandas
fossem atendidas com eficiência (solução da exigência feita com logrolling  Acordo entre
parlamentares para que SE algo fosse feito por um dos dois, o outro auxiliaria na resolução da
demanda (uma mão lava a outra).

Logrolling pode ser feito de forma explicita ou implícita; é explicito quando existe uma
negociação pública (Ex: “mini” reforma trabalhista governo Temer/ Reforma da previdência;
não envolve tanta corrupção);

É implícita quando as negociações são veladas (longe do público) ou longe de pessoas que vão
apoiar as medidas sem saber que estão efetivamente apoiando as medidas (votações
exclusivas de líderes de partidos); forma mais comum de Logrolling implícito 
Empacotamento  Dentro de um projeto amplo é colocado um interesse político específico
que não é percebido (ou é percebido) pelos parlamentares votantes. (Ex: Criação Ministério da
Pesca(no meio do projeto existia uma emenda que instituía a presença de um conselho
LGBT.).)

Consequência de Logrolling  Political Business-Cycle  Para ganhar as eleições os políticos


necessitam de apoio; próximo das eleições “surge” um incentivo para “esvaziar os cofres”
investir em obras (inaugurar obras), gerando um crescimento artificial para que os mesmos
políticos se mantenham no poder (gera endividamento e inúmeros problemas). Caso não seja
reeleito, o “problema” vira do sucessor. O sucessor sendo eleito, vai distribuir os custos
residuais do último mandato ao longo do seu mandato (Ciclo de recessão econômica seguido
por uma expansão.

Rent Seeking  Objetivo de grupos de interesses e minorias

 Renda (rentismo/ renda política)  Estabelecer decisões políticas que favorecem


(financeiramente) e permitem a aquisição de lucros maiores do que em um sistema de
livre concorrência.  A busca de um privilégio de monopólio (lucros maiores do que
no mercado de concorrência perfeita).
 Definição  Tentativa de grupos de interesse convencer políticos a concederem
privilégios monopolísticos à custa dos consumidores e pagadores de impostos.

Não são somente os grupos de interesses que praticam o Rent Seeking (procuram os
políticos); os políticos também procuram os grupos de interesses (recebimento de propina,
apoio, financiamento de campanha) para “vender favores”.

Ex: (Políticos procurando empresas)  Microsoft e o escritório de Lobby  Políticos se


aproximaram da empresa para “ajudar” a resolver um problema de um processo
monopolístico (venda de PC com navegador de internet para dominar a concorrência) que
envolvia venda casada e outras ações “ilegais”; após negarem o “auxílio” a Microsoft levou
uma multa enorme por monopolização de mercado e abriu um escritório de lobby em
Washington.

Ex 2:  Coca-Cola nos EUA  O lobby dos produtores de milho passou uma lei que
impedia que os EUA importassem açúcar, ou seja, o preço do açúcar doméstico aumentou
muito; fazendo com que a Coca-Cola tivesse que comprar xarope de milho dos produtores
americanos que são subsidiados.

Como ocorre o convencimento? Propina, pressão, ameaças, coerção, interesses iguais;


assimetria informativa; etc...

Tipos de privilégios  Tarifas e controles de preços, cotas de compras; cotas de


importação, Regulações (licenças e alvarás)  Protegem da concorrência alguns setores;

Tudo isso cria mais dívidas para o Estado o que aumenta o custo da administração da
sociedade. Por que isso acontece? Ganhos concentrados e custos dispersados (interesses
específicos escondidos em regulações para favorecer algumas pessoas ao custo de outras).

AULA A.P.S. – CONSERVADORISMO 13/09/2021

Conservadorismo = Experiencia

O conservadorismo hoje se organiza em torno de uma tradição especifica Anglo Saxônica (um
pouco misturada com o liberalismo de Smith); principal referência fundadora é o político
Edmund Burke (XVIII) escreve o livro “Reflexões acerca da revolução na França”  Obra
fundadora do conservadorismo contemporâneo. O livro é uma reflexão dos méritos e
deméritos da revolução francesa; porém o livro tem um tom conservador. Posicionamento de
rejeição em relação a ação política orientada por princípios teóricos abstratos (ação em defesa
de alguma bandeira geral); o conservador não age para defender “bandeiras gerais” (defesa da
liberdade; defesa dos direitos; etc.), é uma orientação política voltada para as circunstâncias, e
tais circunstâncias que determinam se algum evento ou posicionamento político pode ser
positivo ou negativo.

 Os revolucionários na França dizem que defendem a liberdade (igualdade,


liberdade, fraternidade); mas eles nunca procuram definir o sentido da liberdade, porque
liberdade indefinida corresponde a qualquer coisa (é positivo soltar os prisioneiros?)
liberdades diferentes podem ser benéficas ou não. A defesa de qual liberdade? Quais
circunstâncias? Etc... – Burke (parafraseado).

As circunstâncias em que o dilema está envolto, é mais importante do que o dilema em si. (Ex:
liberação das drogas).

 Revolução Francesa X Revolução Americana  Burke defendeu a Revolução


Americana e criticou fortemente a Revolução Francesa; pela razão de que as
circunstâncias eram diferentes, a Revolução Francesa queria destruir a ordem social
existente por completo, e colocar no lugar “uma ideia”, um governo que nunca existiu
ou foi praticado antes; já a Revolução de Independência Americana queria preservar o
que havia sido conquistado de um rei que tinha se tornado tirânico em relação as 13
colônias americanas.

O conservador sempre vai olhar as coisas e se posicionar dentro delas pelas circunstâncias. A
política é uma ciência pratica, depende da experiencia, e a experiencia depende das
circunstâncias que se desempenha a prática e experiencia da política; o que se relaciona com o
tipo de conhecimento que é necessário para desempenhar o papel político;

 Racionalismo X Convenção

Os conservadores rejeitam o racionalismo  (a verdade só pode ser obtida por meio da razão.
Tudo aquilo que vem da experiencia e da tradição, que não tem uma explicação racional deve
ser descartado porque, se não existem fundamentos científicos/racionais para determinar a
atitude, tal atitude é baseada em achismo”/ superstição. E que, portanto, toda sociedade
deveria ser reorganizada em uma concepção racional de como um governo e sociedade deve
ser (concepção puramente teórica  não parte da experiencia política/ realidade).

Os conservadores destacam o papel do conhecimento convencional (Convenção; vem com a


prática. Conhecimento teórico cabe em outras áreas (medicina; engenharia; etc.)) A
experiencia adquirida ao longo do tempo forma seu conhecimento geral, somente depois de
ter as experiencias o indivíduo pode realmente afirmar algo sobre aquele tema ; mesmo ao se
aprender teoricamente algo, sem a experiencia o indivíduo não vai possuir o “saber”.

Para os conservadores confiar na razão humana diante da complexidade da política é igual


apostar em uma ferramenta errada para o trabalho; porque o homem é falho; ao se colocar
uma ordem política inteira em dependência direta da razão humana (unicamente) a chance de
isto se mostrar como uma ilusão é muito grande; ou seja; é melhor se basear a ação não em
razões teóricas, mas sim em tradições (que tem base na experiencia (é a experiencia
acumulada)). E a partir deste tipo de conhecimento que a política deve ser implantada. 
Razão do argumento contra a Revolução Francesa. (Não se aprende a andar de bicicleta
teoricamente; somente andando de bicicleta. A França ficou vários anos passando por crises
políticas, porque cada indivíduo tinha uma ideia diferente de como se governar.)

O grande erro dos revolucionários é imaginar que a ordem política é como um contrato, onde
são negociados acordos com base nas preferencias individuais, para que estas se
complementem e desta forma seja possível “realizar acordos políticos”. (Contrário ao realismo
político.)

Política  Indivíduos racionais fazendo acordos entre si buscando assegurar os seus interesses
(teoria hobbesiana/ Locke)  Burke não concorda, diz que na ordem política não existem
contratos, mas sim, pactos, um contrato tem uma finalidade que guia a cooperação e os
compromissos (direitos e deveres) na direção de atingir um resultado comum a todos que
assinam este contrato; um pacto não, nele não existe uma finalidade, mas é sim uma
demonstração de lealdade (algo que confirma uma relação de lealdade e compromisso) é a
demonstração da confirmação de uma relação de lealdade, de que o indivíduo vai se submeter
a uma obrigação, cuja a única finalidade é a própria relação.

A verdadeira ordem política e social está baseada em uma ordem moral que estabelece (pacto
moral) direitos e deveres, cuja única finalidade é a manutenção desta ordem; assim como a
única finalidade dos acordos dentro de uma família é a própria manutenção da família. Existe
um compromisso de valores e ordens entre os indivíduos. Esta ordem é construída por este
pacto moral, que é descoberto ao longo do tempo pela própria convivência.

Burke diz que o objetivo da política é descobrir as leis que regem a realidade definida por Deus
 A origem divina das convenções, da ordem moral, que guia a sociedade; cabe aos seres
humanos as descobrirem não as criar; assim como as leis da gravidade já existiam, não foram
criadas; regras naturais.

(As leis não podem ser baseadas em ideias de um plano teórico concebido por qualquer
indivíduo, tem que seguir a continuidade da ordem natural das coisas (tradição  Experiencia
acumulada).)

A constituição de uma sociedade (ordem jurídica) é um pacto de continuidade, como se


mortos, vivos, e os que estão por vir, entrassem em um acordo de preservar e aprimorar esta
ordem social ao longo do tempo.

Três conceitos principais do conservadorismo:

Rejeitam ação política orientadas por abstrações (bandeiras, slogans universais)

Se baseiam na convenção

A ordem política deve ser uma ordem moral duradoura (costumes, tradições,
hábitos descobertos ao longo do tempo (prática/experiencia).

A ordem social e o estado devem ser continuidades (aprimoramentos) ao longo do tempo, e


não rupturas propostas por indivíduos com ideias utópicas de como uma sociedade deve ser.

Elementos Gerais do Conservadorismo  Não tem alguns dos elementos encontrados nas
outras ideologias (alguns autores classificam o conservadorismo como uma atitude política e
não uma ideologia).
Por que o Conservadorismo não pode ser considerado uma ideologia? (O que o conservador
não é)

 Não existe um projeto de sociedade utópica (como deve ser)  Os conservadores


aceitam o fato de que as questões políticas devem ser avaliadas localmente, com uma
perspectiva histórica, e não com base em um modelo ideal de sociedade (outras
ideologias analisam a sociedade (posições políticas) pela ótica de um ideal utópico).
Uso da experiencia histórica frente ao contexto do momento presente para avaliar as
decisões tomadas.
 Não existe uma doutrina conservadora (não existe um programa; é diferente em cada
país, pelo fato do uso da experiencia para “guiar” a situação). Os livros conservadores
são reflexões em torno de questões políticas que devem ser analisadas com base nas
questões históricas que estão inseridas, o que caracteriza o conservadorismo é a
forma de pensar, não o conteúdo deste pensamento político (conteúdo político varia
com base no contexto histórico).
 O conservador não é um militante (alguém que age politicamente para mudar uma
sociedade em uma direção determinada), ele reage politicamente (reação, não pro
ação). O conservador reage a ameaças de destruição daquilo que merece ser
conservado  O que merece ser conservado? Depende, cada ordem social tem sua
herança, cada sistema político é resultado de uma tradição; o conteúdo que merece
ser conservado depende do contexto histórico que o indivíduo está envolvido, o que
merece ser conservado é o que passou no teste do tempo (o que todos admitem como
algo razoável, como algo natural dentro da sociedade).

Reacionário é diferente do Conservador  Reacionário é um revolucionário que busca


voltar a ao passado para encontrar a sociedade “ideal” e aplicar os conceitos desta
sociedade em uma nova sociedade no futuro (a utopia de sociedade do reacionário está no
passado). O conservador quer continuidade e aperfeiçoamento, não ruptura; busca
mudanças práticas que ocorram naturalmente na sociedade (que não ocorram através de
atos políticos, ou rupturas institucionais), quer que a mudança ocorra primeiro na
sociedade (no convívio social) para que depois sejam adotadas pelas instituições
(mudanças naturais, aperfeiçoamentos de coisas que já existem na sociedade).

A sociedade ideal para um reacionário está no passado, um reacionário quer mudar a


ordem política para como ela já foi (idealização de sociedade(utopia));

O que é o conservadorismo?  Se define pelo desejo de conservar  Desejo de conservar


a ordem social em que ele está inserido; quando o desejo de conservar se volta para a
ordem social você se torna um conservador. Não significa conservar para que tudo se
mantenha imóvel (imutável), um conservador quer preservar em meio a mudança, a
transformação da ordem social é necessária para manutenção e aprimoramento desta
ordem social. Equilíbrio de conservação com mudança  Luta para que a mudança seja
continuidade e aperfeiçoamento do que passou no teste do tempo (construir e mudar a
partir daquilo que existe, e não romper com aquilo que já existe.

Melhorar o que nos foi passado pelos antepassados e não destruir em nome de uma
promessa futura.  Ideal conservador. Trocar o que não existe (teoria) pelo que já existe
não é algo aceito pelos conservadores. A ordem que já existe por mais imperfeita que ela
seja deve ser preservada, para que possamos justamente lidar com os novos desafios.
Lidar com os problemas com os recursos (experiencia) acumulados ao longo de muitos
anos.

O conservador não rejeita a mudança e a Revolução. (Ex: Revolução Americana  Não foi
uma ruptura com o passado, mas sim um aperfeiçoamento de uma ordem social existente
(britânica) com a adição de experiencias adquiridas ao longo do tempo no mundo
ocidental.

Preservar a ordem social para que ela seja melhorada sem rupturas.

Russel Kirk ?  Os dez Princípios conservadores (NÃO SÃO PRINCIPIOS QUE DEFINEM UM
PROJETO POLÍTICO ENTENDIDO COMO UM PRJETO DE SOCIEDADE (Não são bandeiras
conservadoras; diferente dos princípios do manifesto comunista  lista os pontos do
projeto político comunista). São princípios que servem para guiar e avaliar os eventos
politicamente; são regras sobre como o conservador deve buscar refletir acerca de todos
problemas e assuntos comuns da sociedade pública.

1º- Crença numa ordem moral duradoura  Os valores incrustados (profundamente


alocados) nos costumes (hábitos) são a referência de uma ordem moral duradoura.

Uma sociedade saudável não é o produto de um regime político ou de leis, mas é resultado
de uma disciplina moral construída ao longo do tempo, da vivência sobre determinados
valores e normas que a sociedade se adere sem a necessidade de que existam normas ou
regulações que seja repressivo para forçar tal comportamento (MMC moral). A
preservação desta ordem moral é o centro da preocupação de conservadores.

2º- Adesão a costumes, à convenção e à continuidade  Para manter a ordem é


necessário que todos nos enquadremos nos limites do que é costumeiro e convencional,
para evitar disputas perpetuas de direitos e deveres, o que leva a sociedade ao colapso e
ao conflito. Busca como matéria prima na sua forma de pensar o que os costumes e
convenções representam (sabedoria dos costumes e práticas que passaram no teste do
tempo).

Busca as referências naquilo que já se passou.

3º- Crença na consagração pelo uso  Acreditar no que já foi provado pela
experiencia, ter plena crença de que os valores e direitos fundamentais são aqueles que
foram provados (descobertos) pela experiencia e pelo uso (da espécie humana). É um
elemento de continuidade, não romper com tais tradições, aperfeiçoá-las.

Se basear em uma ordem moral adquirida ao longo do tempo

4º- Princípio da prudência  Toda política deve ser julgada pelas consequências de
longo prazo. Nunca se deve sacrificar um objetivo de longo prazo, por algo de curto prazo. O
fato de que ações podem ter consequências piores a longo prazo do que benefícios a curto
prazo (analisar mais é ter mais prudência).

5º- Atenção a variedade  As coisas politicamente têm que funcionar em um mundo


onde as pessoas são diferentes, e desiguais (em virtudes, capacidades e inteligência). Propor
projetos e reformas tomando como referência seres humanos nobres é tão imprudente
quando propor uma proposta tomando como referência seres humanos ruins e traiçoeiros. O
conservador entende que existem inúmeras diferenças na sociedade (e uma variedade de
diferenças em todos os aspectos); e que não existe uma “receita” que sirva a todos para todos
os casos, disto vem a necessidade de se referir ao contexto e a prática. A existência das
diferenças e desigualdades faz com que seja necessário haver líderes. É preciso reconhecer os
melhores e os colocar no lugar de liderança entre os indivíduos. (Exemplo cirurgião  Para
cada contexto é necessário encontrar o melhor líder possível)

6º- Disciplina da imperfectibilidade humana  A natureza humana é imperfeita.

Sempre considerar a imperfeição humana  seres imperfeitos não podem ter criações
perfeitas, a ordem social é um produto dos seres humanos, então consequentemente são
imperfeitas; são concessões de ganhar “aqui” e perder “ali”. Rejeição as utopias  utopias são
perfeitas e seres imperfeitos não podem construir coisas perfeitas.

7º - Relação da liberdade e propriedade  O ser humano é livre porque é proprietário


dos recursos e de si mesmo. A propriedade privada não é importante por causa dos ganhos
materiais (bem-estar material) que ela gera na sociedade, mas sim pelo fato de que a relação
entre as duas (liberdade e propriedade) conduz a verdadeira liberdade (não excessiva ou
destrutiva).

A liberdade de ser responsável por aquilo que você é dono (aquilo que você tem) ensina
responsabilidade, o que gera uma liberdade real para os indivíduos. (Liberdade destrutiva vem
de um ser humano que não tem propriedade (ser humano sem propriedade é um ser humano
sem responsabilidade); Propriedade sem responsabilidade é tirania.)

Deve haver um equilíbrio entre direitos e deveres (ter somente direitos leva a uma liberdade
excessiva (amarelo), ter somente deveres leva a escravidão e a tirania (verde).

8º- Princípio da Defesa das comunidades voluntárias  As decisões políticas que mais
afetam os indivíduos devem ser tomadas por indivíduos locais (indivíduos que participam e
vivem na sociedade onde a decisão será tomada) e devem ser aplicadas da forma mais
voluntaria possível. (O município deve ser quem toma as decisões, não a central do governo.)

Exemplo Obama  Caso de casamento de homossexuais.

9º- Princípio da Necessidade de limites prudentes ao poder e às paixões humanas 


Encontrar um meio termo entre o despotismo e a anarquia  Seres humanos são imperfeitos,
os governantes não podem dar muita liberdade à eles porque excesso de liberdade gera
anarquia; e os governantes também não podem exercer poder (repressão) demais sob os
indivíduos, porque excesso de repressão é tirania; existe a necessidade do equilíbrio, de
encontrar os limites entre o poder e as paixões humanas. Anarquia X Tirania

10º - Harmonizar a permanência e a mudança  Buscar harmonizar a mudança com o


progresso, analisando o que deve ser preservado e aprimorado. Equilibrar mudança com
permanência.

AULA A.P.S - LIBERALISMO; LOCKE & SMITH 15/09/2021

Locke: Limitação do poder e direitos naturais  Não nasce como uma “política” econômica.

Direitos naturais  Direitos universais; inalienados e prévios a criação de um estado;

Direito a vida (ou a auto propriedade); liberdade e trabalho (livre iniciativa de buscar os meios
necessários de manter sua vida); propriedade (decorrência do direito a livre iniciativa; com o
trabalho o indivíduo adquiri a propriedade); defesa pessoal (autodefesa; se um indivíduo
roubar a propriedade do outro, tal indivíduo tem direito de se proteger).
Não é possível a vida em sociedade sem que tais regras estejam pré-estabelecidas (Locke).

Com a existência das leis naturais; qual o papel do estado?

 O estado existe para garantir que uma determinada lei que já existe antes do mesmo
ser formado seja mantida; garantia dos direitos naturais para todos os indivíduos da
sociedade; o Estado só deve manter os direitos naturais, por pena de violar os direitos
de liberdade do indivíduo.

Estado de natureza  Estado sem ordem política, não existe ordem entre governantes e
governados. O indivíduo tem os direitos naturais, mas, não existe um “organismo” regulador;

No início existem poucos seres humanos e muitos recursos; convivência sem conflitos; sobra
de propriedade. A limitação do acúmulo de propriedade era dada pelo fator trabalho
(incapacidade de produzir excessivamente e ter o desnecessário) e pela degradação dos bens.
O acúmulo de propriedade parou com o início das trocas (escambo entre produtos para
manutenção da vida), porém existe o princípio da dupla coincidência (precisa do que eu
tenho; e tem o que eu preciso) caso não seja possível realizar as trocas, os produtos ou bens,
se degradam, gasta tempo, esforço e energia para produzir bens que não seriam utilizados. Ou
seja; no princípio não fazia sentido o acúmulo de propriedade pelas razões descritas acima;
tornando a convivência relativamente pacífica.

Com a invenção da moeda os indivíduos passaram a trocar bens por moeda, o que invalida a
degradação dos bens produzidos; também o da dupla coincidência, o que facilita a compra de
mais propriedade. A moeda permite a acumulação de propriedade;

Início da desigualdade social; especialização do não proprietário na “guerra”; a caça da


propriedade humana. O proprietário começa a investir sua propriedade para proteger ela
mesma. Deterioração da convivência social.

De que o indivíduo abre mão com a criação do Estado?

 O direito inicial de punir quem tenta ou infringe a lei natural.

DIREITO DE RESISTÊNCIA  Direito dos governados de limitar o poder do Estado. Se o Estado


em vez de proteger os direitos, ele tomar estes direitos; os indivíduos têm o direito de ir contra
o governo (Declarar guerra ao governo); o governo se torna um governo tirano (O GOVERNO
DECLARA GUERRA CONTRA OS GOVERNADOS). Como os indivíduos têm direito a vida (antes do
Estado), eles têm o direito de ir contra o governo caso ele se torne tirano (manutenção da
vida). Só é valido se todas as alternativas tiverem sido esgotadas.

(JUSTIFICATIVA A REVOLUÇÃO GLORIOSA) (O PODER DO GOVERNANTE DEVE ESTAR


LIMITADO A GARANTIR OS DIREITOS NATURAIS, NADA MAIS)

ADAM SMITH (RIQUEZA DAS NAÇÕES)

O sistema que permite que cada um busque seu próprio interesse é o sistema ideal.

A única forma de enriquecimento é atender a demanda alheia; encontrando a necessidade e a


satisfazendo para gerar o bem-estar social.

SISTEMAS DE LIBERDADES NATURAIS 

Mercantilismo X Sistema de Liberdades Naturais  Ausência de controles e privilégios no


âmbito econômico (governo não pode dar privilégios para qualquer um, todos devem ter livre
concorrência (“liberdade mútua”, todos estão livres para utilizar seus recursos como bem
entender)); Estado limitado a três funções: defesa nacional (defender a vida); administração da
justiça (defender a vida da mútua agressão de indivíduos; leis; polícia); obras públicas
(educação; infraestrutura (estradas, portos)).

Estado vai se abster a regular, taxar, subsidiar, auxiliar; interferir sobre as liberdades pessoais
dos indivíduos. “Pouco mais é necessário para erguer um Estado, da mais primitiva barbárie
até o mais alto grau de opulência, além da paz, de baixos impostos e de boa administração
da justiça: TODO O RESTO CORRE POR CONTA DO CURSO NATURAL DAS COISAS.” – SMITH.
 “Alegoria” a mão invisível.
Não interferência na vida pessoal, fornecer infraestrutura e assegurar a liberdade pessoal de
cada indivíduo; leva o indivíduo buscar seus interesses pessoais, o que leva a todos a um maior
benefício

AULA A.P.S. - RICHARD NOZICK (LIBERAIS) - 22/09/2021

Liberdade e (Re)Distribuição de Renda

O estado não pode interferir na economia, estado mínimo, atua dentro das 3 bases liberais:
defesa da propriedade, vida e liberdade.

Caso o Estado atue fora disso, ele está sendo criminoso ou escravagista, para uma distribuição
correta, ela deve ser individual e voluntaria (doação)

A propriedade é justa quando ela respeita 3 princípios (Princípios de justiça na propriedade)

(Achado é roubado de acordo o ponto de vista ético; é possível adquirir propriedades por meio
de força ou de fraude; causando injustiça na aquisição da propriedade.)

 Princípio de Justiça de Aquisição: Você tem o direito a propriedade porque você foi o
primeiro a possui-la; aquisição de propriedades não possuídas. Propriedade original
“Achei um pedaço de terra, ninguém mora aqui, é meu”.

 Princípio de Justiça na Transferência: Voluntaria transferência de propriedades por


meio de acordos voluntários de troca de propriedades (propriedade dinheiro por outra
propriedade).

 Princípio de Reparação de Injustiça na Propriedade: Aquisições de propriedade a partir


de modos que infrinjam os dois primeiros princípios (Injustiça; Roubo; Fraude; etc.)
devem ser reparadas pelo Estado. Intervir na distribuição da propriedade para
restaurar o direito de propriedade legitima. Este princípio não resulta em conceder ao
Estado o poder de corrigir injustiças sociais históricas (indivíduos que já foram
injustiçados (ou classes) historicamente).

Exemplo de aplicação do 3º princípio  Ladrão rouba dois celulares (de marca e modelo
igual), um dos celulares ele entrega para a pessoa que encomendou o roubo, já o outro celular
ele vende para outro indivíduo dizendo que não era uma mercadoria roubada, mas sim que ele
tinha uma necessidade de vender. O segundo indivíduo não está cometendo um crime, porque
ocorreu uma transação voluntaria de propriedades, sem o saber por parte do comprador que a
propriedade era roubada. O correto seria “pegar” o dinheiro que o ladrão recebeu da venda
deste celular e restituir o indivíduo que foi roubado originalmente. Ou seja, a restauração deve
ser feita entre indivíduos diretamente, não entre um indivíduo e o Estado, porque toda ação
do Estado é feita por meio de violência (força) e segundo o autor, isso não é “fazer justiça”.
Direito pessoal de punir os transgressores (entre indivíduos).

A Moralidade (ou imoralidade) dos Impostos  O que valida moralmente taxar os indivíduos
de uma sociedade com base na sua renda ou propriedades?

“Existe justiça em pegar de quem tem muito, para doar para quem não tem nada?” Não,
argumentos assim foram utilizados para justificar atos como a escravização de pessoas.

Imposto é o ato de forçar indivíduos ao trabalho para que muitos se beneficiem, o que é
escravidão. A questão não é a finalidade (benfeitoria; auxílio aos pobres; etc.) da utilização do
imposto; mas sim o fato da obrigatoriedade de contribuição (coerção), forçar a doação da sua
propriedade privada para conseguir os benefícios do Estado. Em tese o indivíduo tem o direito
de escolher se quer ou não fazer parte do sistema estatal, o direito de rescisão do contrato é
obrigatório para que o Estado consiga manter sua legitimidade (manutenção dos direitos de
propriedade) e não obrigue o indivíduo a pagar pela manutenção do contrato; porém, ao
rescindir o contrato, o Estado não vai fornecer mais proteção a propriedade, vida e liberdade
deste indivíduo.

Tese baseada em que o Estado obriga indivíduos a trabalharem para o benefício de outros,
infringindo a propriedade privada dos indivíduos, os escravizando no final das contas, pelo fato
de que as pessoas estão trabalhando e despendendo propriedade para “”auxiliarem”” outros
indivíduos que podem ter ou não meios próprios de sobrevivência. Justificativa moral não
valida a tese de que os indivíduos devem ser escravizados e roubados (parte da sua
propriedade dinheiro está obrigatoriamente sendo doada para outros indivíduos).

O imposto só é justo se ele for voluntário, todas atitudes tomadas pelo Estado que não sejam
voluntariamente sugeridas pelos indivíduos é uma violação da propriedade privada individual,
o que pode ser considerado roubo ou escravatura. O Estado está violando o direito de escolha
de como o indivíduo “gasta” a sua propriedade acumulada por meio do fator trabalho.

AP1 acaba aqui.

AULA A.P.S. - SOCIALISMO- COMUNISMO (ROUSSEAU E MARX) – 22/09/2021

A defesa do governo intervencionista


Rousseau se junta aos liberais para “regular” o poder das monarquias (Revolução Francesa
(1789-1799)), foi um dos grandes influenciadores da revolução, molda os revolucionários com
o contrato social e suas teses. Foi o primeiro pensador a expressar com nitidez o Ideal
Revolucionário (crença que através de uma ação política, você consegue modificar a
sociedade, criação de uma sociedade sem dominação (REINO RADICAL DE IGUALDADE) por
meio da política; destruição da ordem política existência e reinstalação de uma nova que se
adeque a sociedade do Ideal Revolucionário.

 A ação política radical é justificada pela razão de que o homem é dominado e


reprimido pelo governo.
 A única forma de eliminar a repressão é a construção de uma nova ordem de governo
com igualdade plena para todos (sem repressão).
A ideia socialista prevê um ideal de igualdade que “ultrapassa” a manutenção dos direitos
naturais. “O homem nasce livre e por toda parte o vejo em grilhões” -Rousseau

Toda ordem social está comprometida com ideias de dominação, opressão etc., fazendo com
que a sociedade precise de uma reforma política completa. TODA SOCIEDADE ESTÁ
COMPROMETIDA POR UM SISTEMA INJUSTO, EXPLORATIVO E DOMINATIVO.

Porque são explorativas e dominativas? Porque o homem foi corrompido, no início o homem
vivia em harmonia na natureza, mas algo colocou o homem nesta relação de dominação e
exploração. É necessário voltar ao início e viver em harmonia e liberdade. Liberdade tem
sinônimo de igualdade, prevalência do coletivo ao individual, todos sendo iguais, define que
todos são livres. A desigualdade social representa a dominação e exploração, demonstrando
que uma parcela da população tem poder de dominar o outro.

“Nem muito pobre ao ponto de se vender ao outro, nem muito rico a ponto de poder comprar
o outro.” -Rousseau

O bom selvagem (selvagem quer dizer espontâneo; tendencia natural)  O ser humano é um
ser social, quer viver em comunidade, não tem sentido de virtude (bom); os seres humanos se
orientam a viver em comunidade.

Rousseau parte do princípio de que o homem inicialmente vivia em um Estado de Natureza


(diferente de Locke), e é um ser social, sempre tendendo a viver em sociedade (comunidade),
tem uma inclinação afetiva com outros seres humanos, e sua natureza (bom selvagem) o leva a
viver em comunidade (sociedade), o modo em que a sociedade é “construída” reflete
diretamente no comportamento do homem.

Inicialmente existia o bom selvagem, que tinha igualdade entre todos na comunidade que
gerava liberdade na sociedade, todos tínhamos as mesmas coisas, vivíamos no mesmo lugar e
se viam como irmãos, parceiros etc. Com a “invenção” da propriedade privada houve um
rompimento na sociedade e o surgimento da desigualdade. A propriedade privada é a raiz dos
problemas do homem. O trabalho dá o direito ao fruto do trabalho, não sobre o mecanismo de
produção, com a posse dos meios de produção houve uma exclusão dos direitos de igualdade
e consequentemente de liberdade, causando uma dominação dos que detém os meios de
produção, em relação aos que não tem.

Como resolver?

Instituição da liberdade civil  Vontade geral (NÃO É O INTERESSE DA MAIORIA, OU O


INTERESSE DOS MAIS POBRES) é quando o Estado promove um interesse unitário da
sociedade, que ele funcione em termos de igualdade na sociedade, promovendo igualdade
material e geral é possível retirar a dominação dos indivíduos, sobre outros indivíduos. A
propriedade deve estar servindo aos propósitos da vontade geral (manutenção da igualdade).

O Estado deve promover igualdade material para produzir a situação de “Nem muito pobre ao
ponto de se vender ao outro, nem muito rico a ponto de poder comprar o outro.”. A
propriedade não é um direito individual, mas sim uma propriedade do Estado para ser possível
redistribuir e manter a igualdade e liberdade da população, a propriedade deve ser limitada
para proteger a igualdade.

Ideia que penetrou na democracia até os dias de hoje (político corrupto: alguém que
comprometeu os interesses gerais pelo interesse individual).
Não existe oposição a propriedade pelo trabalho, mas sim a propriedade dos fatores
produtivos (você pode ser proprietário dos peixes pescados, mas não proprietário do lago dos
peixes).

AULA A.P.S. - SOCIALISMO – COMUNISMO – KARL MARX - 27/09/2021


Os temas de Marx retomam as 2 grandes verdades de Rousseau...
A história da humanidade é a história da luta de classes, a luta entre o oprimido e o os
opressores, os oprimidos
RESUMIR TEORIA NEOINSTITUCIONAL, SOCIOLOGIA ECONÔMICA E MARX (ESCOLA DE
Ñ LEMBRO TB) REDES SOCIAIS .
...
AULA A.P.S. - ECOLOGIA ORGANIZACIONAL- AMBIENTE E ESTRATÉGIA – 25/10/2021
O que é a Ecologia das organizações?
É uma abordagem que busca a relação entre o ambiente e os membros desta
população.

AULA A.P.S. – TEORIA DA FIRMA E CUSTOS DE TRANSAÇÃO – 27/10/2021

Entendimento de que a Firma não é uma função de proteção, mas sim de “governo”.

Para produzir e vender um bem e serviço são necessárias várias transações.

O que são transações  Passagem de um bem ou serviço entre agentes e organizações; todas
as relações que envolvem a passagem de mãos de um bem ou serviço são transações.

 O que afeta as transações?  Preço (não é custo de transação)

Uma empresa não é só alocação de recursos, é uma estrutura que aloca a passagem de bens e
serviços. A firma é uma estrutura organizacional; que aloca recursos e governa transações para
garantir o funcionamento e administração dela mesma.

Relação entre governança e administração  governança é o modelo adotado para a


administração de uma firma.

Por que é necessário organizar as transações?  Pelo fato dos custos de transação.
(REDUÇÃO RISCO, INCERTEZA, VULNERABILIDADE E OPORTUNISMO)

Custo de transação  Custos não monetários associados a negociação, monitoramento e


execução de trocas entre pessoas e organizações.

 Conflito de interesse  vendedor quer vender pelo maior preço possível e você quer
comprar ao menor preço possível. Agentes com interesses próprios e racionalidade
limitada geram conflitos de interesses; variam em complexidade. (MAIS OU MENOS
RISCO; INCERTEZA; OPORTUNISMO)
 Não são custos monetários, são os custos de organização do negócio para melhorar os
níveis de RISCO, INCERTEZA, VULNERABILIDADE E OPORTUNISMO.
Ex tentativa de controle de custos de transação: Contratos (controle de custos de
transação)  Custo de tempo e esforço para organizar a transação para garantir que
ambas as partes cumpram seus papeis em uma transação.

Quanto mais complexa a operação, maior será o dispêndio de tempo e energia para
organizar os custos de transação.

Tipos e Origens dos Custos de Transação

Incerteza e Oportunismo somente podem ser problemas se o ativo for específico, se o bem
tiver vários usos ou funções o risco se reduz. Quanto mais restritas forem as opções, maior vai
ser o risco de incerteza e oportunismo.

Tipos de custo de transação 

Incerteza: Maior complexidade ambiental (alto investimento na resolução do


problema) + Racionalidade limitada (Limitações  Não temos todas as informações parar
prever TODAS as ofertas de mercado (preços, ofertas, etc) / Não é possível fazer todas as
comparações dentre TODAS as ofertas para decidir em uma negociação.) Quantos mais
fatores existem, mais complexo é a resolução.

Oportunismo: Probabilidade de algum individuo ganhar em cima de outro individuo


(proprietário de uma empresa). Assimetria de informações (a outra parte sabe mais da
transação que o outro indivíduo (Ex: venda de carros usados) + Números pequenos
(quanto mais dependente um indivíduo/ organização é de outro, maior é a probabilidade
de oportunismo (Ex: supermercados famosos e marcas que são vendidas em mercados.)).

Risco: (Incerteza calculada  “porcentagem”) Ativos específicos  O quanto é


necessária uma transação ser controlada. (A quantidade de usos alternativos
economicamente valiosos que uma coisa pode ter para quem a utiliza e tem propriedade.
(Ex: Expectativa de uso para objeto resultando em maior ou menor especificidade:
Restaurante popular utiliza vários ativos, Ex: arroz; é possível vender o arroz em inúmeros
preparos (facilidade de obter retorno com usos alternativos); já em uma Risoteria só existe
uma opção de venda do produto (risoto), caso haja consumo de outros ativos, não existirá
lucro) ATIVOS SÃO TODAS AS COISAS QUE DÃO RETORNO MONETÁRIO, QUANTO MENOS
ESPECIFICO SÃO AS OPÇÕES DE RETORNO DO INVESTIMENTO, MENOR É O RISCO,
QUANTO MAIOR A ESPECIFICIDADE, MAIOR É O RISCO).

Para ser possível reduzir os custos de transação é necessário aumentar o controle da


transação 

CUSTOS BUROCRÁTICOS  Custos internos a organização para aumentar o controle das


transações. Somente são internalizados custos que valem a pena (Ex: Rockfeller e o petróleo
 Utilizava petróleo e refinava óleo para o mercado (próprias reservas); com o crescimento da
firma os parceiros que forneciam transporte (ferrovia) começaram a sofrer oportunismo
(oferta de preços baixos), ocorreu a criação de um cartel para nivelar os preços pagos por
Rockfeller; que tentou mudar para transporte rodoviário, o que foi inviável pelos custos; até
que surgiu a ideia do oleoduto, onde houve a internalização do processo para a firma
(internalizou custo de transação  transformação custo de transação em custos
burocráticos.))
Aumentam com o crescimento da firma. (Expansão)

 Custos associados são

Modelo de governança  Arranjo entre os agentes que governa as formas de cooperação ou


competição entre eles.

Hierárquica  Quando o individuo internaliza a obtenção do recurso (transação


interna). Contratação de funcionários para venderem bens / serviços para você. (Ex
Rockfeller  internalização do transporte de óleo). Bens altamente específicos, poucos
possíveis parceiros de troca, alta incerteza. (ALTA COMPLEXIDADE DE TRANSAÇÕES;
MUDANÇA DE CUSTOS DE TRANSAÇÃO PARA CUSTOS BUROCRÁTICOS (INTERNALIZAÇÃO /
FUSÃO / AQUISIÇÃO / PARCERIAS...).)

Hibrida  Mistura de ambos os modelos  Existem altos custos de transação, porém


com internalização existem custos burocráticos altíssimos (maior dificuldade/ custo na
internalização do processo). Ex: franquias  Processos internalizados e processos externos
a firma.

Mercado  Compra e venda  Compras em lojas (preço informado e se aceito


pagamento será efetuado; mínimo esforço). Ex  Luz elétrica: Preço aceito = Serviço
consumido diariamente. Não existe envolvimento (relação estruturada) com os
vendedores dos serviços/ bens.  Se utiliza quando se tem baixo custo de transação:
Baixa especificidade; baixa complexidade; muitos parceiros de troca. (Ex Rockfeller 
redução dos parceiros de troca = aumento dos custos de transação.) Contratos boca a
boca, mecanismos de reputação. (TRANSAÇÕES SIMPLES)

Análise dos Custos de Transação  Todos os custos de transação podem ser reduzidos a
análise de um deles: ESPECIFICIDADE DO ATIVO. (Ativos são bens que ao serem colocados na
organização se transformam em lucro; aquilo que você espera lucro é um ativo.
(INVESTIMENTOS.)).

Especificidade é a razão de existirem os custos de transação (Ex: Faculdade EAD, reduzindo a


especificidade dos ativos utilizados para prestar o serviço, gera um aumento no número de
alunos, MENOR ESPECIFICIDADE, MENOR RISCO, INCERTEZA, CUSTOS DE TRANSAÇÃO, ETC...

 Três ponto de análise dos custos de transação:

Centralidade do Ativo  A centralidade determina o “tamanho” da importância deste ativo


para o indivíduo.

Grau de Centralidade do Ativo  Quantas oportunidades de “venda” deste ativo existem;


quantos usos alternativos existem para gerar valor para o indivíduo (Ex: Professor de ADM só
dá aula pra ADM; já o de exatas para todos os cursos.).

Tipos de Especificidade do Ativo 

Geográfica  Pode ser natural; (determinação “física”, existe no solo de algum lugar
específico) ou ...(esqueci o nome) (criado por indivíduos para determinar a
especificidade);
Físicas  Implicam que os usos que podem dar para o ativo são de menor grau
(especificidades físicas podem ser temporais, Ex: Whisky);

De Capital Humano  É preciso de um nível de captação de capital humano do que


outros ativos (Ex: Escola Fundamental). Ex: Provadores (perfumes, gastronomia,
música, etc...) Ativos humanos insubstituíveis (Ex: jogadores de futebol.)

Customização  Produtos que são customizados para um certo nicho de indivíduos.


(Ex: Software de gestão bancária, específicos para cada país, estado; e por questões de
segurança não podem ser duplicados, enviados, compartilhados, etc...). Rolls Royce
individual.

Qualidade  A qualidade do ativo aumenta ou reduz a especificidade do ativo


(produtos de luxo, produtos básicos, produtos inferiores, etc...).

Temporal  Quanto demora para conseguir que meu ativo me dê lucro.

Por que a estrutura de custos de transação muda?

 Quanto mais central, maior o grau de especificidade, mais determinante vai ser a
complexidade para determinar o grau de oportunismo e incerteza. Todas as reduções
de custos burocráticos geram aumentos de custos de transação (vice-versa). Não é
uma questão de eficiência, os custos sempre se equilibram, é uma eterna
“remediação” para que o ambiente continue funcionando. Padrões de comportamento
também alteram os custos burocráticos ou de transação. A eficiência do modelo
depende do ambiente em que está inscrito, não importa se vertical, horizontal, etc...

Teoria Principal-Agente das Organizações  Surge nos anos 80 e transforma o mercado


financeiro e as gestões financeiras da época. Tem como foco inicial analisar os problemas
associados às relações de agência  Partes cooperantes + divisão de trabalho.

Quando o principal contrata um agente por meio de um contrato para executar algo
segundo seu interesse após analisar os Custos de agência e ter certeza da viabilidade
(contratação de um agente para ser inscrito nas relações de trabalho(divisão de
trabalho)).

Principal  Parte que delega uma tarefa para outro realizar em nome do seu interesse.
Todos os problemas de agência devem ser analisados pelo principal (contratante), nunca
do agente.

Agente  Parte que executa uma tarefa demandada pelo principal.

Contrato  Acordo que regula a relação entre principal e agente.

Custos de agência  Custo de mensurar comportamento + custo de mensurar resultados


+ custo de transferência de risco para o agente. São os custos que são inseridos no
contrato que emergem da situação para a resolução do conflito de interesse, sem conflito
de interesse não existem custos. (Ex: Médico pedindo exames desnecessários = conflitos
de interesse, maiores ganhos para o médico, resolução do seu problema).

Objetivo  Determinar a forma contratual.... (TERMINAR SLIDE)

Condições para custos de agência  interesses diferentes (conflitos)


Problemas  Comportamento do agente não é observável  Risco moral e oportunismo
(RISCO MORAL = Risco que no meio da transação o agente mude seu comportamento por
qualquer razão (interesse próprio) (Ex: pintor; seguro-desemprego).

Assimetria informacional em favor do agente sobre suas qualidades  Seleção Adversa


(informações falsas no ato da contratação do serviço por razão de interesses próprios.).

Aversão ao risco  transferência do risco do principal para o agente contratada; quanto maior
a aversão ao risco mais caro o agente vai “te cobrar”; para determinar é necessário analisar
quem tem mais aversão ao risco, o principal ou o agente. Quanto mais aversão, mais caro.

Escolha entre dois tipos básicos de contrato:

Baseado em comportamento  Pagamento é feito ao agente por serviços executados


por um tempo indeterminado/ sem comprovação de execução do serviço.

Baseado em resultados  Pagamento é feito ao agente pelo que foi efetivamente


executado.

Condições : São os determinantes para os tipos de contrato. Existem inúmeras maneiras de


analisar os contratos.

Ex 1: A e P tem conflitos de interesses + Resultados podem ser mensurados  Problema:


Oportunismo; Proposição  Contrato por resultados negativamente relacionados ao
oportunismo porque há alinhamento de interesses entre A e P.

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