Você está na página 1de 3

Escola Nacional de Administração Publica

1º Curso de Licenciatura Profissional em Administração Pública

Módulo: Pensamento Político


Duração: 120 Minutos Quarta-feira, 20 de Julho de 2021

EXAME NORMAL

Nome: Serafina Simão Guambe Massango

PARTE I

Leia atentamente as afirmações e assinale com V as verdadeiras e com F as falsas. (10 V)

1. Platão sempre foi um fervoroso defensor de igualdade entre os homens e consequentemente


defensor da democracia. (F)
2. O ideal de sociedade avançada na República para resolver as imperfeições da cidade era uma
organização política de duas classes interligadas entre si. (F)
3. Platão defendia a música e a actividade física como elementos essenciais para moldar o carácter
dos homens e por ai em diante. (V)
4. O estilo de música para moldar o carácter dos homens, segundo Platão, não devia ser nem
“pandza”, nem “quadradinho” mas sim músicas do estilo marrabenta por transmitir paz e
serenidade interior. (F)
5. Segundo a noção da República de Platão os estudantes do 1° LPAP seriam governantes
iluminados, e o docente estaria na classe dos artesãos. (F)
6. Aristóteles defendeu que os homens para serem felizes deviam possuir três tipos de bens,
nomeadamente, os da alma, os do coração e os exteriores. (F)
7. Diferentemente de Platão, Aristóteles é mais rigoroso nas suas análises, ou seja, incluiria todos da
turma do 1° LPAP, assim como o próprio docente numa subcategoria na qual ninguém nesta
turma seria cidadão em Atenas. (V)
8. A constituição da República de Moçambique oferece um ideal de cidadania mais justo e
abrangente que na República. (V)
9. Cada moçambicano já nasce com seu metal na alma, a uns coube a sorte de ouro, a outros de
prata, os últimos, infelizmente, a de ferro. (V)
10. Os formandos do 1º LPAP para estarem a estudar na ENAP significa que a suas almas são de
ouro (adaptada da República). (V)

PARTE II

1. Maquiavel é um dos clássicos do pensamento político ocidental que se celebrizou com a sua
famosa frase “os fins justificam os meios”. Apesar disso, Maquiavel também disse o contrário.
a) Explique “os fins não justificam os meios”, segundo Maquiavel, que pode ser constatado no seu
local de trabalho. (5.0 V)
R: Os poderes da Administração Pública consistem em prerrogativas especiais e instrumentos que
o ordenamento jurídico confere ao Estado para que este cumpra suas finalidades institucionais
para a busca do interesse público.

O uso desses poderes é um poder-dever, pois é por meio deles que se irá alcançar a preservação
dos interesses da coletividade. A Administração tem a obrigação de utilizá-los (e caso o
administrador não use, ele pode ser penalizado). Logo, são irrenunciáveis. O poder subordina-se
ao dever, e assim, torna-se evidente a finalidade de tais prerrogativas e suas limitações.

Se, no exercício desses poderes o administrador não buscar o interesse público, haverá abuso de
poder (na modalidade excesso de poder caso ultrapasse os limites de suas atribuições, o que é
vício de competência; na modalidade desvio de poder caso o agente vise finalidade diversa que
deve perseguir, o que é vício de finalidade).

2. Defina e explica Contracto Social de acordo com Platão e Jean Jacques Rousseau. (5.0 V)
R: O contrato social é uma forma para que a liberdade natural e o bem-estar da vida em
sociedade fosse preservado, fazendo com que a presença do Estado fosse activa prevalecendo a
autonomia da sociedade e a autonomia política do colectivo.
Portanto, a busca por reconhecimento social, satisfação pessoal e outras características que um
individuo busca, poderia causar uma disputa e concorrência entre os seres. Dessa forma, O
Contrato Social serviria para criar e estabelecer a igualdade entre os indivíduos.

Visto isso, a proposta de Rousseau colocaria a vontade do cidadão, aquele que vive em sociedade
como desejo coletivo e um interesse que agregasse ao bem comum de todos. Sendo assim,
o filósofo acredita na paz e na justiça como forma de estabelecer igualdade entre todas as partes.

Sendo assim, O Contrato Social proposto por Rousseau salvaria o indivíduo de atitudes
mesquinhas e individualistas. Logo, o cidadão passaria a pensar nos interesses sociais e na
liberdade do coletivo.

O contrato social, assim, não é meio de sobrepujamento das liberdades individuais, mas as
conduz para a melhor satisfação dos interesses da coletividade. O respeito de todos à lei, outro
fator constitutivo desse contrato social, é elemento capaz de afastar as desigualdades sociais e
injustiças oriundas de um organismo sem regras, pois haveria, sem a ordem legal, a imposição de
subjetivismos e vontades alheias ao corpo social. 

BOM TRABALHO

Prof. Doutor Samuel Ngale

Você também pode gostar