UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO CAMPOS PETROLINA

LICENCIATURA EM PEDAGOGIA 2° PERÍODO

VALDENISE DE SOUSA FELIX

JÉSSICA ESTEFÂNIA ARAUJO NASCIMENTO.
MARIA JOSÉ DA SILVA
RAISSA MIELINE DA SILVA
ELIAS SALVADOR GOMES DA SILVA
JESSICA COSTA DA SILVA
DÉBORA CHRISTIAN DA SILVA BRASIL

O PAPEL DA BRINCADEIRA NO DESENVOLVIMENTO INFANTIL

PROFª. FRANCIELA FELIX DE CARVALHO MONTE

PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO

Petrolina-PE

2023
O PAPEL DA BRINCADEIRA NO DESENVOLVIMENTO INFANTIL

Atividade para a graduação de Licenciatura em

Pedagogia – Universidade de Pernambuco Campos
Petrolina, Petrolina-PE. Orientação: Profª. Franciela
Felix de Carvalho MONTE

Petrolina-PE

2023
 SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ....................................................................................04

2 REFERENCIAL TEÓRICO..................................................................05

2.1 Revisão das obras e autores que analisam a teoria de vygotsk ..................06

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS ......................................................................... 08

4 REFERÊNCIAS ............................................................................................... 09
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1 INTRODUÇÃO
Este trabalho busca apresentar e esclarecer as ideias de Lev S. Vygotsky,
especialmente da sua teoria e/ou ideia que fala sobre “O papel da brincadeira no
desenvolvimento infantil”, assim como visa trazer os principais argumentos
embasados e orientados, afim de reforçar a defesa da tese de Vygotsky e de outros
autores e pensadores históricos, e também sim, deste trabalho.

Sabendo que há uma resistência hoje em dia em relação a seguir e aderir um

ensino com a presença da ludicidade; e também a aceitação de que as crianças não
são uma “tábula rasa”, ou seja, não são seres sem conhecimentos, vazios. Mas sim
seres espertos, dotados de conhecimentos que construíram sua base de
conhecimentos sem mesmo antes terem chegados à escola, pois o empirismo, a
brincadeira, e os brinquedos os oportunizam a construir uma base de conhecimento
deste cedo.

Contudo, os entraves podem ser quebrados ou superados quando os

conhecimentos a respeito dos benefícios forem espalhados e a maior parcela da
população, ou apenas dos professores, souberem que implementar a brincadeira e
utilizar o conhecimento empírico dos alunos pode aumentar o nível das suas aulas, e
condicionam um aprendizado mais qualitativo aos seus alunos, eles aderirão à
metodologia e oferecerá o melhor à comunidade escolar.

E neste trabalho se encontra as citações, referências e argumentações

necessárias, para que os indivíduos adiram e passem a compreender e educar melhor
uma criança, ou até os adolescentes.

Pois com mais conhecimento, aplicabilidade e a busca pelo desenvolvimento,

assim como mais tolerância e menos ignorância, permitimos e usufruiremos de um
futuro mais próspero, conscientizado e mais educado e saudável também. Uma vez
que os seres forem formados integralmente, o mundo melhorará da mesma maneira,
de forma integral.
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2 REFERENCIAL TEÓRICO
De acordo com Vygotsky (1998), só é possível desenvolver e melhorar os
aspectos das crianças levando-as a um desenvolvimento pleno e satisfatório, pois é
necessário que haja entendimento a respeito de quais são suas necessidades, de
acordo com os estágios de sua vida. Um recém-nascido tem necessidades diferentes
de uma criança de cinco anos, por exemplo, e isso precisa ser compreendido para
que haja uma ação interventora funcional, de acordo com a necessidade da criança.

E ainda de acordo com Vygotsky (1998), as crianças são sedentas por

brinquedos, e aprendem com eles, contudo elas se manifestam e se comportam de
forma diferente em relação a um brinquedo, uma criança pode fazer de um pedaço de
madeira um “revolver”, outra pode fazer dela uma “espada” etc.: (VYGOTSKY, 1998, p.
127) “A criança vê um objeto, mas age de maneira diferente em relação àquilo que vê. Assim,
é alcançada uma condição em que a criança começa a agir independentemente daquilo que
vê”.

As crianças se utilizam dos brinquedos e das brincadeiras para se

desenvolverem e buscarem uma certa autonomia, a qual é alcançada primeiro com o
auxílio de algo material, que são os brinquedos, e depois ela desenvolve-se com a
experiência adquirida e começa a agir de forma autônoma e trazer os seus sentidos
imaginários para a realidade.

E segundo Vygotsky (1998) as crianças buscam satisfazer o seu prazer de

brincar por meio das brincadeiras que são satisfatórios para si, e assim elas aprendem
a renunciar e desenvolvem a obediência em prol do prazer de brincar, e com isso
ficam de alguma forma subordinados:

A criação de uma situação imaginária não é algo fortuito na vida da

criança; pelo contrário, é a primeira manifestação da emancipação da
criança em relação às restrições situacionais. O primeiro paradoxo
contido no brinquedo é que a criança opera com um significado
alienado numa situação real. O segundo é que, no brinquedo, a
criança segue o caminho do menor esforço – ela faz o que mais gosta
de fazer, porque o brinquedo está unido ao prazer – e ao mesmo
tempo, aprende a seguir os caminhos mais difíceis, subordinandose a
regras e, por conseguinte renunciando ao que ela quer, uma vez que
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a sujeição a regras e a renúncia a ação impulsiva constitui o caminho

para o prazer do brinquedo. (VYGOTSKY, 1998, p. 130)

2.1 Revisão das obras e autores que analisam a teoria de Vygotsky

De acordo com Oliveira (1995) Vygotsky faz uma compilado de ideias, reflexões
e instruções a fim de apresentar as diferentes formas que uma criança pode aprender
e se desenvolver, de forma integral ou não, mas que essas formas ocorrem por meio
das suas pequenas experiências com os objetos do dia, os brinquedos que elas
ganham etc.; e ainda deixa claro que é por meio do aprendizado que as crianças
conseguem desenvolver-se na sua totalidade:

Aprendizagem é o processo pelo qual o indivíduo adquire informações,

habilidades, atitudes, valores, etc. a partir de seu contato com a
realidade, o meio ambiente, as outras pessoas. É um processo que se
diferencia dos fatores inatos (a capacidade de digestão, por exemplo,
que já nasce com o indivíduo) e dos processos de maturação do
organismo, independentes da informação do ambiente (a maturação
sexual, por exemplo). Em Vygotsky, justamente por sua ênfase nos
processos sócio-históricos, a idéia de aprendizado inclui a
interdependência dos indivíduos envolvidos no processo. (...) o
conceito em Vygotsky tem um significado mais abrangente, sempre
envolvendo interação social. (OLIVEIRA, 1995, p. 57).

E neste contexto entra a importância do desenvolvimento por meio da

ludicidade, pois para Vygotsky (1988) a prática desenvolvimentista e as práticas da
aprendizagem, [uma vez que o desenvolvimento é adquirido e melhorado conforme o
aprendizado vai melhorando].

E conforme (Amanda Alencar Machado Rolim1, Siena Sales Freitas Guerra2,

Mônica Mota Tassigny3, 2008, p. 04) “Todas as situações de aprendizado que são
interpretadas pelas crianças na escola já têm uma história prévia, isto é, a criança já
se deparou com algo relacionado do qual pode tirar experiências”.

As crianças antes de chegarem à escola e começarem a assistir as aulas, e

serem instruídas, antes, elas já vinham sendo instruídas e preparando sua base de
conhecimento, por meio das brincadeiras e dos brinquedos que as compõem.
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E Vygotsky (1998) corrobora quando diz que: ““A essência do brinquedo é a

criação de uma nova relação entre o campo do significado e o campo da percepção
visual, ou seja, entre situações no pensamento e situações reais”.

Ainda de acordo com (Vygotsky 2007):

“(...) chama a atenção para a importante função da brincadeira no

desenvolvimento da criança, uma vez que é com o brinquedo que a
criança satisfaz as suas necessidades. Ele alerta para a importância
de entender o caráter especial dessas necessidades, afim de
compreender a singularidade do brinquedo como uma forma de
atividade (Vygotsky 2007, apud Aparecida e Dallagnol, 2022, pag. 3).

As crianças vivem o tempo todo rodeadas de coisas que podem alavancar o

seu aprendizado, proporcionando-lhe diversas oportunidades em adquirir os
conhecimentos para o desenvolvimento físico, mental e motores. Por isso é
interessante fazer com que elas entrem em contato com brinquedos e formas
diferentes de brincar, para que haja uma formação integral, várias habilidades
adquiridas e um bom desenvolvimento das competências.

A importância da diversificação ajuda os desenvolvimentos das crianças que

estão adquirindo estes atributos, pois o coloca em contato com a diversidade e os
benefícios que elas trazem, como diz Piaget:

(...) está intimamente ligada ao símbolo, uma vez que por meio dele,
a criança representa ações, pessoas ou objetos, pois estes trazem
como temática para essa brincadeira o seu cotidiano de uma forma
diferente de brincar com assuntos fictícios, contos de fadas ou
personagens de televisão. (Piaget 1978. p.76).

Essa experiência proporciona aos envolvidos chegarem a um nível de

conhecimento sobre si e sobre os outros, assim como os prazeres, prioridades e a
capacidade de tomada de decisão, uma vez que já estão adaptados à pressão; a
diversidade e todas as suas variantes, como forma de adquirir aprendizado e
transformá-lo em uma maneira de diversão, onde preenchem os seus desejos e
brincam como forma de obediência a eles.
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3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O intuito deste trabalho é de analisar as revisões bibliográficas a respeito da

“teoria de Lev Vygotsky”, e também de apresentar e revisar a sua própria visão a
respeito da sua teoria, a qual ainda perpetua entre nós e é sem dúvida umas das mais
utilizadas, quando o assunto é a defesa dos jogos em sala de aula.

É importante ressaltar que um dos incentivos deste trabalho, é apresentar

também que os esportes tem o potencial de cumprir integralmente com os objetivos
da educação, pois ele ensina, socializa e conscientiza, quando aplicado da forma
correta e quando se busca esses objetivos.

Além de fazer uma revisão teórica, neste trabalho entra também alguns outros
importantes pensadores e teóricos muito importantes, afim de os leitores deste
trabalho tenho a nível de informação, independentemente da sua formação, que não
apenas Vygotsky, mas outros interessantes e renomados autores também defendem
a ludicidade e citam os benefícios que há quando se aprendem com os jogos, tanto
de forma consciente ou inconsciente.

É tema constante deste trabalho a ênfase de que as crianças são beneficiadas

e educada por meio dos jogos e os brinquedos que fazem parte do seu ciclo de
brincadeira. É evidente que todas as crianças já são educadas ou aprendem algumas
coisas antes de irem à escola, pois o seu dia a dia os condicionam a este fato.

Um dos enfoques deste trabalho é, mesmo que de forma indireta, esclarecer

que as crianças ou os indivíduos não podem ser excluídos de suas práticas esportivas
nas escolas, em casa, na rua ou em qualquer outro lugar, porque o esporte o ajuda
no pleno desenvolvimento físico, mental e motor. Além de o ajudar a ser um ser
melhor.

Portanto, este trabalho cumpre com o seu objetivo ao listar, trazer ênfases,
argumentos e também referências e citações a respeito de sua temática, para que
assim os seus leitores sintam-se e sejam todos bem orientados e tenha a plena
consciência de que está bem informado e que pode aderir as orientações e os
seguimentos deste trabalho.
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4 REFERÊNCIAS
VYGOTSKY, Lev Semenovich. A formação social da mente. 6. ed. São Paulo: Martins
Fontes, 1998.

VYGOTSKY, Lev Semenovich. Aprendizagem e desenvolvimento intelectual na idade

escolar. In: VIGOTSKY, Lev Semenovich; LURIA, Alexander Romanovich;
LEONTIEV, Alexis N. Linguagem, desenvolvimento e aprendizagem. Tradução de
Maria da Penha Villalobos. 2. ed. São Paulo: Ícone, 1988. p. 103-117.

OLIVEIRA, Marta Kohl de. Vygotsky: aprendizado e desenvolvimento um processo

sócio-histórico. 3. ed. São Paulo: Scipione, 1995.

Alencar, Amanda; Sales Siena; Mota Mônica, Uma leitura de Vygotsky sobre o brincar
na aprendizagem e no desenvolvimento infantil. Fortaleza, pag. 4. 2008. Disponível
em: <https://brincarbrincando.pbworks.com/f/brincar+_vygotsky.pdf> . Acesso em: 03
de ago. 2023.

Aparecida, Fernanda; Dallagnol, Marli. O papel da brincadeira no desenvolvimento

do psiquismo: compreensões à luz da perspectiva histórico-cultural. Rio Grande do
Sul. 2022. Disponível em:
<https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/30473/26335>. Acesso em: 04 de
set. 2023.

Piaget, J. (1978). A formação do símbolo na criança: imitação jogo e sonho, imagem

e representação. Rio de Janeiro: Zahar.