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Comportamento emocional

e transtornos afetivos
Fisiopatologia dos Transtornos do Humor: Depressão e Transtorno
Afetivo Bipolar
• Depressão -- O paciente é acometido de uma intensa anestesia
afetiva, avolição, apatia, perda de apetite, falta de interesse sexual e
fadiga, mesmo após um esforço mínimo.

• Existe quase sempre uma diminuição da autoestima e da


autoconfiança e frequentemente ideias de culpabilidade e ou de
indignidade, mesmo nas formas leves.

• Pode ou não ser acompanhado de delírios (auto acusatórios, auto


depreciadores) e, mais raramente, de alucinações
Transtorno bipolar
Transtorno afetivo bipolar
• O transtorno bipolar (TB) encontra-se entre as doenças mais
associadas a incapacidade laboral no mundo.

• Os pacientes acometidos apresentam menor qualidade de vida,


menor produtividade laborativa e mortalidade precoce (suicídio e
complicações não psiquiátricas).

• Geralmente se inicia ao redor dos 20 anos e segue apresentando um


curso crônico no qual, com o passar do tempo, as oscilações do
humor se tornam cada vez mais pronunciadas, e os intervalos em
eutimia, mais curtos.
• A hereditariedade do TB é estimada em 90% ou seja, grande parte da
variação fenotípica é explicada por fatores genéticos.

• No entanto, estudos de genética molecular indicam que o estresse


ambiental pode afetar a taxa de replicação gênica por meio da
metilação/acetilação do DNA.

• Assim, por exemplo, o desenvolvimento das estratégias para o


enfrentamento do estresse, mediado pelas intervenções
psicossociais, pode ser um poderoso aliado no tratamento do TB.

• De fato, evidências crescentes tem demonstrado que as abordagens


psicossociais, como a Psicoeducação e a terapia cognitivo-
comportamental, mostraram-se úteis no tratamento agudo, na
prevenção de episódios de alteração do humor e na redução do
numero de hospitalizações.
• A principio, acreditava-se que as alterações cognitivas nos indivíduos
bipolares eram transitórias e secundarias aos sintomas do humor.

• Embora não tenha sido identificado ate o momento um marcador


cognitivo para o TB que seja capaz de diferenciar essa população de
outros grupos psiquiátricos, do ponto de vista terapêutico, sabemos,
hoje, que ha alterações cognitivas em pacientes.

• As alterações cognitivas em pacientes bipolares estão diretamente


relacionadas a qualidade de vida, prognóstico e recuperação
funcional desses pacientes.

• Além disso, existem evidências de que a cronificação do quadro e a


sucessão dos episódios tendem a deteriorar ainda mais a cognição
dos pacientes, dificultando sobremaneira a eficácia de medidas de
intervenção.
• As alterações cognitivas em pacientes bipolares estão diretamente
relacionadas ao status ocupacional dos pacientes ao longo da vida e
também são fortes preditores da qualidade de vida autorrelatada e
do status funcional global desses indivíduos.

• Durante muitos anos, o conceito (frequentemente atribuído a


Kraepelin) de que as alterações cognitivas permanentes
caracterizariam a esquizofrenia e não o TB, norteou a atividade clínica
de profissionais da área da saúde mental.

• A partir dessa forma de raciocínio, considerava-se a eutimia uma fase


do transtorno isenta de prejuízos cognitivos.

• No entanto, hoje sabemos que os déficits cognitivos no TB não estão


presentes somente nas fases de mania e depressão, permanecendo
inclusive apos a remissão dos sintomas.
• Embora não exista um perfil cognitivo típico de pacientes bipolares,
são frequentemente evidenciados prejuízos nos domínios memória e
aprendizagem visuo-espacial e verbal, atenção sustentada e funções
executivas.
Fisiopatologia dos
Transtornos de
Ansiedade: TAG,
TOC, pânico e fobias
• A ansiedade é gerada por qualquer situação que ameace a identidade ou a
auto-estima do indivíduo, ou faz com que se sinta desamparado, isolado e
inseguro.

• A ansiedade decorre de medos pessoais e não de um perigo real.

• É um dos principais males do século XXI, com todas as inovações


tecnológicas que temos e o aumento de compromissos, trabalhos e outras
coisas que nos deixam mais tensos e nervosos, a ANSIEDADE é um mal que
se não tratado, pode acarretar em sérias conseqüências para a nossa saúde
e nosso bem estar.

• A ansiedade é considerada uma sensação que ocorre devido à excessiva


agitação do Sistema Nervoso Central devido à interpretação de uma
situação de perigo, real ou não.
• É uma sensação parecida e até mesmo confundida com o medo, porém, a
diferenciação está entre o abstrato e o palpável, o medo geralmente tem
uma causa já conhecida pelo indivíduo, e a ansiedade geralmente não tem
explicação concreta.
TOC
Pânico
Fobias
Estresse e doenças Psicossomáticas
• Teoria da Síndrome de adaptação geral ou Teoria de Selye: O
organismo se adapta a estímulos prolongados.

• Início: reação de alarme e posteriormente viria um estágio de


resistência ao estímulo aumentado.

• Porém, outros fatores ficariam prejudicados.

• Hans Seyle, (1965) usou o termo Stress para nomear o conjunto


de reações que um organismo desenvolve ao ser submetido a
uma situação que exige esforço para a adaptação.
• O organismo, quando exposto a um estímulo percebido como
ameaçador à homeostase, tende a responder de forma uniforme e
inespecífica, anatômica e fisiologicamente e a esse fenômeno Seyle
chamou de Síndrome Geral de Adaptação.
• Três premissas relacionadas ao
estresse:

1 - Qualquer estresse desenvolve


uma síndrome constituída de
manifestações gerais
essencialmente similares.

2 - Esta síndrome contribui para a


adaptação.

3 - A adaptação pode causar


doença.
Doenças psicossomáticas
• Estados emocionais atrelados a
sentimentos reprimidos (culpa,
ódio, dependência, inveja, etc)
tem respostas fisiológicas
específicas, dependendo de
cada um desses sentimentos.

• Os sintomas são formas de


comunicação ou linguagem
corporal para aqueles que
apresentam limitações para se
expressar
O que pode causar uma doença psicossomática?
• Instabilidade social e/ou financeira.

• Dificuldade de verbalizar seus sentimentos, emoções e necessidades.

• Angústia, medo, raiva, tristeza, insegurança, ambivalência, orgulho,


inflexibilidade, rigidez.

• Depressão, ansiedade, fobias, pânico e estresse.

• Eventos estressantes em qualquer fase da vida: término de uma


relação, morte, desemprego, mudança de trabalho ou de casa,
problema com marido ou filho, dificuldade financeira, etc.

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