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RESUMO
Neste trabalho apresenta-se a implantação do Gerenciamento da Rotina em uma
área piloto, visando potencializar os resultados de uma equipe de manutenção.
A metodologia empregada baseia-se na aplicação consistente de ferramentas
da qualidade. Dentre elas destacam-se análises de falha robustas e auditorias
de padrão. Os resultados obtidos sinalizam que é possível gerar mais resultados,
utilizando o mesmo recurso. Houve ganho de disponibilidade, reflexo direto da
redução do TMNP (Tempo de Manutenção Não Programado). Outros ganhos não
mensuráveis também foram obtidos, como a criação de uma cultura de trabalho
sistematizado, repercutindo na confiabilidade e na melhoria contínua dos
resultados.
Palavras-chave: Gerenciamento da Rotina; Tratamento de falha, TMNP
ABSTRACT
(1) José Carlos Nogueira Couto. Coordenador de Manutenção da Gerdau. MBA Engenharia de
Manutenção | IESAE - Instituto de Ensino Superior Albert Einstein. Graduação em Administração de
Empresas | UNIPAC - Universidade Presidente Antonio Carlos. jcncoutolafaiete@gmail.com.
(2) Hermes Dias Godinho. Coordenador do MBA Engenharia de Manutenção | IESAE - Instituto de
Ensino Superior Albert Einstein. Eng. Industrial Mecânico pela UFSJ. Pós-graduado em Engenharia
de Manutenção e Engenharia de Produção pelo ICAP. MBA Gestão Estratégica | Pitágoras. Expertise
em PCM, TPM, RCM, Auditorias de Manutenção, Planejamento Grandes Paradas e Lean
Manufacturing. Tutor em EAD pela UFF. http://lattes.cnpq.br/1443613510030566. hermes@iesae.com.br.
(3) Lucas Costa Brito. Consultor DYNAMIC Services Consultoria Ltda. Doutorando em Engenharia
Mecânica | UFU (Universidade Federal de Uberlândia). Mestre em Engenharia Mecânica | UFU
(Universidade Federal de Uberlândia). Eng. Mecânico | UFSJ (Universidade Federal de São João del-
Rei) e Lakehead University | Thunder Bay - Ontario, Canada. Sócio ABRAMAN | Matrícula: 10045.
Diretor Técnico Adjunto II da FENEMI (Federação Nacional de Engenharia Mecânica e Industrial.
http://lattes.cnpq.br/9519306355864837. lucas.brito@dynamic.services.com.br.
(4) Jorge Nei Brito. Sócio da ABRAMAN | Matrícula: 5688. Pós-Doutor e Doutor em Eng. Mecânica |
UNICAMP. Mestre Eng. Mecânica | UFU. Eng. Mec. PUC-MG. Professor TITULAR UFSJ.
Coordenador do Curso de Engenharia Mecânica e Gep_LASID. Primero Vice-presidente COPIMERA.
http://lattes.cnpq.br/8160466619165597. brito@ufsj.edu.br.
1. Introdução
Não se pode dizer que uma empresa não pratica Gerenciamento da Rotina.
Certamente ele existe. Senão, a empresa não estaria funcionando, as pessoas
não estariam trabalhando e os produtos e serviços não estariam sendo vendidos.
Mas este gerenciamento pode ainda ser melhorado. (XENOS, 2004).
Um processo é gerenciado por meio de seus itens de controle, que medem sua
qualidade, custo, entrega, moral e segurança. Quando o resultado do item de
controle não é desejável, tem-se um problema. A definição criteriosa de itens de
controle e de verificação, podem contribuir para o resultado esperado levando
ao tão esperado controle efetivo do processo.
Especificação
a) Processo instável e incapaz b) Processo estável e incapaz
Atendendo à
LIE LSE LSC LIE LSE LSC
Não
LIC
LIC
c) Processo instável e capaz d) Processo estável e capaz
Especificação
Atendendo à
LIC
LIC
Valores
Indicador Unidade
Objetivos jan/17 fev/17 mar/17 abr/17 mai/17 jun/17 jul/17 ago/17 set/17 out/17 nov/17 dez/17
1 Consecução dos Planos S3i % Resultado 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100%
3 5S - Nota das Avaliações % Resultado 70% 72% 80% 84% 81% 86% 85% 85% 89% 89%
4 Consecução Preventiva % Resultado 74% 39% 52% 72% 75% 59% 58% 0% 58% 0%
Figura 2. Itens de controle dos Inspetores. Fonte: Grande Siderúrgica de Minas (2018).
Redução em 57% do
TMNP em relação aos
anos 2012, 2013, 2014
e 2015, 2016 e 2017
• Ciclo PDCA (Plan, Do, Check, Act): Método utilizado dentro da Gestão da
Qualidade para organização dos processos de uma empresa, que em
português significa Planejar (P), Fazer (D), Checar (C) e Agir (A), Figura 5.
.
Figura 6. Diagrama de Pareto. Fonte: Grande Siderúrgica de Minas (2018).
• Matriz de Priorização de GUT (Gravidade x Urgência x Tendência): Foi
proposta por Charles H. Kepner e Benjamin B. Tregoe em 1981 como uma das
ferramentas utilizadas na Solução de Problemas. É uma ferramenta de
Qualidade usada para definir prioridades dadas as diversas alternativas de ação.
No Quadro 1 tem-se um exemplo da Matriz GUT.
10 7 7 Atividade de Execução
5
Atividade do Turno
0
Hidraulica Grade Extratora Caçamba Limpador
Atividade de Inspeção
O objetivo principal de uma Análise de falha, é evitar que novas falhas venham
a ocorrer. A investigação deve determinar as causas da falha, obtendo
informação suficiente que permita a introdução de ações que impeçam a
repetição do problema. Caso contrário não possui utilidade alguma.
A análise das falhas revela causas físicas que, segundo descrito no ASM 38
HANDBOOK, 2002, p.24, podem ser categorizadas como: defeitos de projeto,
defeitos de materiais, defeitos de fabricação/instalação e anomalias de vida útil.
Kardec e Nascif (2011) enfatizam que ocorrência de uma falha no sistema pode
resultar na redução ou interrupção da produção, operação instável, queda na
qualidade do produto e perda da função e proteção do equipamento. A seguir
apresenta-se alguns conceitos sobre falhas.
• Falha Prematura: Ocorre antes do fim da vida útil para tal modo de falha.
• Falha Oculta: Somente é observada quando equipamento é posto em
funcionamento, geralmente ocorre em componentes de segurança.
• Ponto Fraco: É o componente que não é responsável pela falha, mas faz
agravar suas causas;
3.1. Análises de falha, feitas com qualidade, focadas nas causas raízes e
com ações robustas para eliminar as causas
Impacto Sta
Fato Resultado
Causa Ação Quem Quando
tus
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O processo requer muito esforço daqueles que o implementam, e vale dizer que
a ansiedade por resultados imediatos traz frustrações que em nada contribuem
para a implantação. Especialmente por se tratar de mudanças de comportamento
e formas de trabalho a equipe deverá reconhecer como estreitar o que é proposto
do que é percebido na implantação e controle do Gerenciamento da Rotina, de
modo a desdobrar com maior eficiência seus desejos, anseios e necessidades.
REFERÊNCIAS
ASM HANDBOOK. Failure Analysis and Prevention, vol 11 Materials Park, OH:
ASM International, 2002.
SOUZA, Breno Ferreira de. O processo de manutenção, cada vez mais tem
importância no alcance dos objetivos globais da organização,
principalmente aqueles relacionados com a estratégia de produção.
Disponível em: https://www.ebah.com.br/content/ABAAAejUUAI/curso-
votorantim-metais-programacao-planejamento-controle-manutencao-parte-03-
04. Acesso em maio de 2019.